Umbu

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Também conhecida como imbú, esta fruta é nativa do nordeste do Brasil e é típica da caatinga, o sertão desta região semi-árida.

O nome vem de uma palavra do idioma dos índios Tupi Guarani, ymb-u, que significa “árvore que dá de beber”.

Esta árvore, com sua folhagem em forma de guarda-chuva, tem um sistema especial de raízes que formam grandes tubérculos capazes de armazenar até 3.000 litros de água durante a estação das chuvas, de modo que pode resistir a longos períodos de seca.

Um importante recurso numa das áreas mais pobres e mais secas do Brasil, onde a agricultura, baseada no milho, no feijão e na mandioca, sofre períodos cíclicos de seca.

As frutas da árvore são redondas e de tamanhos variados (de uma cereja ao de um limão), têm casca verde ou amarela, é macia e tem polpa suculenta, aromática e agridoce.

Elas são colhidas manualmente e podem ser comidas cruas ou transformadas em conservas.

Tradicionalmente elas são cozidas até que a casca se separe da polpa. Depois se escorre a calda, acrescenta-se açúcar de cana e o cozimento continua até que se forme uma gelatina (geleia).

Outra forma de preparo é separar a polpa das sementes e acrescentar açúcar, depois cozinhar-se por um longo tempo, até que se torne um doce creme denso ligeiramente amargo.

O umbu também pode ser usado para fazer suco de fruta, vinagre (obtido cozinhando-se as frutas quando estão um pouco passadas), marmelada (obtida a partir de tiras de polpa secas ao sol) e, com a adição de açúcar, uma compota (umbu em calda).

A polpa da fruta fresca ou o vinagre, são usados com leite e açúcar para fazer a tradicional umbuzada, que às vezes é comida ao invés da refeição da noite.

O Umbu

O ciclo produtivo deste, crescendo espontaneamente árvore selvagem começa depois de dez anos de crescimento.

Ele dá frutos uma vez por ano e pode produzir até 300 quilos de frutas em uma única colheita, quando atingir a maturidade.

Devido ao seu sistema radicular robusto, uma grande rede de tubérculos que podem armazenar líquidos durante a estação seca Sertos, a árvore Umbu pode armazenar até 3.000 litros de água durante os meses secos.

A fruta redonda é de cerca de 2-4 cm de tamanho; eles podem ser tão pequenas como cerejas ou tão grande como limões.

A carne é macia e suculenta, com sabor doce e aroma distinto. A casca é lisa e verde ou amarelo, quando o fruto amadurece.

Nome Científico: Spondias tuberosa Arruda Câm.

Família Botânica: Anacardiaceae

UmbuUmbu

Características Gerais

Umbuzeiro e mangueira pertencem à mesma família. São uma espécie de primo pobre (umbu) e primo riquíssimo (manga) .

Sob o sol intenso do semi-árido nordestino, têm habitado espaços tão diferentes e engendrado histórias tão diversas, que parecem destinados a serem ignorados totalmente.

O umbuzeiro é a “árvore sagrada do sertão”, que se presta a exploração extrativa de seus frutos por famílias de pequenos produtores das áreas rurais da região.

A manga, ao contrário, baseada em processos de produção altamente tecnificados, incrementa circuitos comerciais competitivos, insere a economia da região em mercados dinâmicos, até mesmo no âmbito internacional.

ASPECTOS GERAIS E AGRONÔMICOS

O umbuzeiro ou imbuzeiro, Spondias tuberosa, L., Dicotyledoneae, Anacardiaceae, é originário dos chapadões semi-áridos do Nordeste brasileiro; nas regiões do Agreste (Piauí), Cariris (Paraíba), Caatinga (Pernambuco e Bahia) a planta encontrou boas condições para seu desenvolvimento encontrando-se, em maior número, nos Cariris Velhos, seguindo desde o Piauí à Bahia e até norte de Minas Gerais.

No Brasil colonial era chamado de ambu, imbu, ombu, corruptelas da palavra tupi-guarani “y-mb-u”, que significava “árvore-que-dá-de-beber”. Pela importância de suas raízes foi chamada “árvore sagrada do Sertão” por Euclides da Cunha.

O umbuzeiro é uma árvore de pequeno porte em torno de 6m de altura, de tronco curto, esparramada, copa em forma de guarda-chuva com diâmetro de 10 a 15m projetando sombra densa sobre o solo, vida longa (100 anos), é planta xerófila. Suas raízes superficiais exploram 1m de profundidade, possuem um órgão (estrutura) – túbera ou batata – conhecida como xilopódio que é constituído de tecido lacunoso que armazena água, mucilagem, glicose, tanino, amido, ácidos, entre outras.

O caule, com casca cor cinza, tem ramos novos lisos e ramos velhos com ritidomas (casca externa morta que se destaca); as folhas são verdes, alternas, compostas, imparipenadas, as flores são brancas, perfumadas, melíficas, agrupadas em panícula de 10-15cm de comprimento.

O fruto – umbu ou imbu – é uma drupa, com diâmetro médio 3,0cm, peso entre 10-20 gramas, forma arredondada a ovalada, é constituído por casca (22%), polpa (68%) e caroço (10%). Sua polpa é quase aquosa quando madura. Semente arredondada a ovalada, peso de 1 a 2,0 gramas e 1,2 a 2,4cm de diâmetro, quando despolpada. O fruto é muito perecível.

100 gramas de polpa do fruto contém:

44 calorias 0,6 g de protéina
20 mg de cálcio 14 mg de fósforo
2 mg de ferro 30 mg de vitamina A
33 mg de vitamina C 0,04 mg de vitamina B1

O umbuzeiro perde totalmente as folhas durante a época seca e reveste-se de folhas após as primeiras chuvas. A floração, pode iniciar-se após as primeiras chuvas independentemente da planta estar ou não enfolhada; a abertura das flores dá-se entre 0 hora e quatro horas (com pico as 2 horas). 60 dias após a abertura da flor o fruto estará maduro. A frutificação inicia-se em período chuvoso e permanece por 60 dias. A sobrevivência do umbuzeiro, através de tantos períodos secos, deve-se à existência dos xilopódios que armazenam reservas que nutrem a planta em períodos críticos de água.

O umbuzeiro cresce em estado nativo, nas caatingas elevadas de ar seco, de dias ensolarados, e noites frescas. Requer clima quente, temperatura entre 12ºC e 38ºC, umidade relativa do ar entre 30% e 90%, insolação com 2.000-3.000 horas/luz/ano e 400mm a 800mm de chuva (entre novembro e fevereiro), podendo viver em locais com chuvas de 1.600 mm/ano. Vegeta bem em solos não úmidos, profundos, bem drenados, que podem ser arenosos e silico-argilosos. Evitar plantio em solos que estejam sujeitos ao encharcamento.

Propagação / obtenção de mudas

A propagação do umbuzeiro pode ser feita através da semente, de estacas de ramo ou de enxertia. Para a obtenção de pomares uniformes e com indivíduos com características de plantas com produção e qualidade do fruto sugere-se a obtenção via enxertia.

Produção de mudas via sementes: as sementes devem ser provenientes de frutos de plantas vigorosas, sadias e de boa produção; os caroços devem ser originários de frutos com casca lisa, forma arredondada e sadia. O caroço (semente) se possível despolpado, deve ter de 2,0 a 2,4cm de diâmetro; para quebrar a dormência da semente deve-se efetuar um corte em bisel na parte distal do caroço (oposta ao pedúnculo do fruto) para facilitar a emergência da plantinha. O recipiente a receber a semente pode ser saco de polietileno ou outro com dimensão de 40cm x 25cm, que possa receber 5kg de mistura de barro com esterco de curral curtido na proporção 3:1. Três a quatro caroços são colocados no recipiente a 3-4cm de profundidade; a germinação dá-se entre 12 e 90 dias (de ordinário em 40 dias), podendo-se obter até 70% de germinação. Efetuar desbaste com plantinhas com 5cm de altura. Muda apta ao campo com 25-30cm de altura.

Produção de mudas via estacas de ramos: estacas do interior da copa da planta, são colhidas entre os meses de maio e agosto; devem ter 3,5 de diâmetro e comprimento entre 25cm e 40cm. As estacas são postas a enraizar (brotar) em leitos de areia fina ou limo, enterradas em 2/3 do seu comprimento, em posição inclinada; a estaca também pode ser enterrada no local definitivo de plantio.

Produção de mudas via enxertia: método em experimentação/observação; trabalhos do IPA (Pernambuco) asseguram êxito no obtenção da muda por enxertia via método janela aberta; a EMBRAPA/CPATSA obteve 75% de “pega” em enxertos de garfos de umbuzeiro sobre cajazeira (Spondias lutea). Não há registros de frutificação/produção de frutos dos enxertos.

Umbu
Umbu

Plantio

O espaçamento:

Sugere-se 10m x 10 m (100 plantas/ha) 12 m x 12 m (69 plantas/ha) e até 16m x 16m (39 plantas/ha em terrenos férteis).
As covas devem ter dimensões de 40 cm x 40 cm x 40 cm ou 50 cm x 50 cm x 50 cm segundo textura do terreno.
Ao abrir a cova separar terra dos primeiros 15-20 cm; sugere-se adubação de cova com 20 litros de esterco de curral curtido, 300 gramas de superfosfato simples e 100 gramas de cloreto de potássio misturados a terra de superfície e colocadas no fundo da cova 30 dias antes do plantio.
No plantio retirar recipiente que envolve o torrão da muda e irrigar a cova com 20 litros de água.
O plantio deverá ser feito no início das chuvas.

Tratos culturais

Manter o umbuzeiro livre da concorrência de ervas nos primeiros 5 anos; efetuar capina em coroamento em torno da planta e roçagem em ruas e entre plantas nas chuvas. Podar galhos secos, doentes e mal-colocados (que se dirijam de fora para dentro da copa) antes do início da estação chuvosa.

Sugere-se adubar em cobertura com leve incorporação, 30 dias após plantio, a 20 cm do pé da planta, com 50 g de uréia e 30 g de cloreto de potássio; no final das chuvas aplicar a mesma dose. No 2º ano adubar em cobertura com incorporação no início das chuvas, com 60 g de uréia, 200 g de superfosfato simples e 40 g de cloreto de potássio, por planta.

Pragas e doenças

Pragas

A cachonilha escama-farinha (Pinnaspis sp) ataca ramos finos e frutos
Cupim (Cryptotermes sp) escava galerias no caule
Lagarta-de-fogo (Megalopyge lanata Stoll)
Patriota (Diabrotica speciosa, Germ, 1824)

Atacam as folhas e abelha-erapuá (Trigona spinipes, Fabr.1973) ataca os frutos. Ainda cita-se ataque de mosca branca (Aleurodicus) e mané-magro (Stiphid).

Para controle químico das pragas indica-se produtos a base de malatiom (Malatol 50 E) óleo mineral, triclorfom (Dipterex 50) e carbaryl (Carvim 85 M, Sevin 80).

Doenças

As doenças afetam os frutos do umbuzeiro; os agentes são fungos causadores da verrugose-dos-frutos e septoriose.

Colheita / rendimento

O pé franco do umbuzeiro inicia produção a partir do 8º ano de vida. A maturação do fruto é observada quando a cor da sua casca passa do verde ao amarelo. Maduro o fruto cai ao chão, sem danificar-se; deve-se preferir frutos arredondados e com casca lisa.

Para consumo imediato o fruto é colhido maduro; para transportar colher o fruto “de vez”. Cada planta pode produzir 300kg de frutos/safra (15.000 frutos). Um hectare com 100 plantas, produziria 30 toneladas.

O umbu é considerado produto vegetal de extração (não cultivado), coletado em árvores que crescem espontaneamente. Em 1988 a produção brasileira foi de 19.027t e da Bahia 16.926t. As regiões econômicas do Baixo Médio São Francisco, Nordeste e Sudoeste são importantes produtoras de umbu na Bahia.

Utilidades do Umbuzeiro

Vários órgãos da planta são úteis ao homem e aos animais:

Raiz – Batata, túbera ou xilopódio é sumarenta, de sabor doce, agradável e comestível; sacia a fome do sertanejo na época seca. Também é conhecida pelos nomes de batata-do-umbu, cafofa e cunca; criminosamente é arrancada e transformada em doce – doce-de-cafofa.

A água da batata é utilizada em medicina caseira como vermífugo e antidiarréica. Ainda, da raiz seca, extrai-se farinha comestível.

Folhas – Verdes e frescas, são consumidas por animais domésticos (bovinos, caprinos, ovinos) e por animais silvestres (veados, cagados, outros); ainda frescas ou refogadas compõem saladas utilizadas na alimentação do homem.

Fruto

O umbu ou imbu é sumarento, agridoce e quando maduro, sua polpa é quase líquida. É consumido ao natural fresco – chupado quando maduro ou comido quando “de vez” – ou ao natural sob forma de refrescos, sucos, sorvete, misturado a bebida (em batidas) ou misturado ao leite (em umbuzadas). Industrializado o fruto apresenta-se sob forma de sucos engarrafados, de doces, de geléias, de vinho, de vinagre, de acetona, de concentrado para sorvete, polpa para sucos, ameixa (fruto seco ao sol). O fruto fresco ainda é forragem para animais.

A industrialização caseira do umbu sugere os seguintes produtos:

Fruto maduro: Polpa para suco integral, casca para obtenção de pasta, casca desidratadas ( ao sol ou forno) e moídas para preparo de refrescos, xarope
Fruto “de vez” (inchado) ou verde:
Umbuzadas, pasta concentrada, compota
Fruto verde (figa):
Umbuzeitona, doce de umbu
Casca do caule:
Remédio
Madeira:
Leve, mole e fácil de trabalhar, de baixa durabilidade natural.

UMBU-CAJÁ

O umbu-cajazeira é uma planta arbórea, da família Anacardiaceae. Presume-se ser resultante do cruzamento natural entre cajá (Spondias mombin) e umbú (S. tuberosa). Assim como o cajá e o umbú, o umbu-cajazeira é uma frutífera tropical nativa do Nordeste brasileiro, de fácil propagação, que apresenta grandes perspectivas de inserção no mercado interno e externo de frutas exóticas, especialmente na forma de polpa, sucos e sorvetes. A diversidade genética de populações nativas de umbu-cajazeira é aparentemente ampla, e devem ser avaliada e preservada em coleções de germoplasma de modo a evitar o risco de perda de materiais genéticos, especialmente aqueles de valor agronômico e industrial. Atualmente, o conhecimento disponível da variabilidade genética de umbu-cajazeira é pequeno, requerendo esforços para ampliá-lo, de forma que se possa atingir um melhor aproveitamento do potencial de exploração econômica da cultura. Assim, este trabalho tem o objetivo de caracterizar e avaliar, com base em caracteres de interesse agronômico e industrial, genótipos de umbu-cajazeira identificados no Estado da Bahia, visando a seleção dos melhores para uso em sistemas de produção e em trabalhos de melhoramento genético.

Quarenta e um acessos de umbu-cajá foram identificados nos seguintes municípios baianos: Cabaceiras do Paraguaçú, Milagres e Sta Terezinha (5 acessos cada), Santa Bárbara (4 acessos), Amargosa e Itatim (3 acessos cada), Cruz das Almas, Irará, Santo Estevão e Tanquinho (2 acessos cada), Coração de Maria, Santanópolis e Sapeaçú (1 acesso cada). As visitas foram realizadas nos meses de março a junho de 2000, período que coincide com a época de frutificação da espécie. Frutos de cada acesso foram coletados e levados ao Laboratório de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Embrapa Mandioca e Fruticultura para análises físicas, químicas e físico-químicas. Durante as expedições de coleta, observou-se que as plantas de umbu-cajá eram encontradas principalmente em ecossistemas de transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga, e sempre próximas a residências, indicando sua estreita dependência da presença humana no que concerne a sua propagação e dispersão.

CARACTERIZAÇÃO

Diferenças entre acessos foram observadas para a maioria dos caracteres de frutos avaliados. A forma do fruto variou de piriforme e ligeiramente piriforme (73% dos acessos) a ovalada (27% dos acessos). O peso médio variou de 13 a 27g, sendo que em 5 acessos (12%) ele foi inferior a 15g, 19 acessos (49%) apresentaram peso entre 15 a 20g e 16 acessos (39%) tiveram peso de fruto acima de 20g. Diretamente relacionados ao tamanho do fruto, o comprimento e a largura variaram de 3,2 a 4,8cm e 2,6 a 3,4cm, respectivamente. O índice polpa/semente variou de 1,0 a 5,5, com 13 acessos (32%) apresentando índice inferior a 2,0, 23 acessos (56%) com índice entre 2,0 a 2,5 e em 5 acessos (12%) este índice foi superior a 2,5.

Em relação às análises do suco, observou-se que o pH variou entre 2,4 e 3,0. A acidez total titulável (ATT) variou entre 0,9 e 2,6% de ácido cítrico, sendo que 1 acesso apresentou acidez menor que 1,0%, 9 acessos tiveram acidez entre 1,0 e 1,5%, 25 acessos manifestaram acidez maior que 1,5% e inferior a 2,0% e 6 acessos apresentaram acidez maior que 2,0%. O teor de sólidos solúveis totais (SST) variou de 7,2 a 14,0 ºBrix, sendo 5 acessos (12%) com teor inferior a 9,0 ºBrix, 28 acessos (68%) com teor entre 9,0 e 11,0 ºBrix e 8 acessos (20%) com teor acima de 11,0 ºBrix. A relação ATT/SST variou de 3,7 a 10,6, sendo que 24 acessos (59%) apresentaram valores para esta relação inferiores a 6,0, em 9 acessos (22%) a relação situou-se entre 6,0 e 7,0 e em 8 acessos (19%) a relação foi superior a 7,0. A relação SST/ATT foi relativamente baixa na maioria dos acessos, possivelmente devido ao fato dos mesmos apresentarem teores elevados de acidez.

O teor de vitamina C variou entre 3,8 e 16,4mg ácido ascórbico/100g polpa, sendo em geral baixo se comparado com o teor apresentado por frutas como a laranja e o limão, que apresentam em torno de 50mg ácido ascórbico/100g polpa.

A presença de sementes foi avaliada em 20 frutos/acesso. Observou-se que em média 44% dos frutos avaliados não apresentaram sementes, com uma variação, entre acessos, de 5 a 100% de frutos sem sementes. Dezessete acessos (41%) apresentaram, na amostragem realizada, um número de frutos sem semente igual ou superior a 50%. Considerando ser este um percentual elevado, sugere-se levar em conta esta característica na seleção de acessos de umbu-cajá para utilização como porta-enxerto.

Com base nas avaliações realizadas, cinco acessos foram preliminarmente selecionados como promissores, tendo-se eleito como características mais importantes na seleção a produção de frutos grandes, com alta percentagem de polpa. Dos acessos selecionados, três destacam-se, ainda, por possuir acidez baixa a moderada e dois pela elevada relação SST/ATT, em comparação com os demais acessos. Adicionalmente, um dos acessos apresenta a característica singular de seus frutos ficarem retidos na planta quando maduros.

Conclui-se que o umbu-cajazeira apresenta suficiente variabilidade genética no Estado da Bahia, que possibilita a seleção de genótipos apropriados à utilização como variedades-copa em sistemas comerciais de produção.

Umbu
Umbu

Umbu
Umbu

Nome científico: Spondias tuberosa

Do tupi-guarani “y-mb-u”, que significava “árvore que dá de beber”, a resistência à seca é a principal característica do umbuzeiro, uma planta originária do semi-árido nordestino. É na raiz que se encontra uma espécie de batata que armazena água utilizada pela planta nos períodos mais secos.

A árvore, quando adulta, vive em média 100 anos e pode armazenar até dois mil litros de água em suas raízes.

O umbu destaca-se pelo aroma e pelo quanto pode ser consumido sem causar desconforto. Sua polpa tem ação energética e é rica em hidratos de carbono e vitaminas B e C.

Bastante apreciado in natura, o umbu é utilizado na fabricação de polpa, suco, sorvete, doce, geleia e uma grande variedade de produtos. Industrializado, o fruto apresenta-se sob forma de sucos engarrafados, doces, geleias, vinho, vinagre, acetona, concentrado para sorvete e polpa para sucos.

Nomes: umbu, imbu, ambu.
Origem: Nordeste brasileiro.
Frutificação: de dezembro a março.

Umbu
Umbu, uma fruta barata abundante no Estado da Bahia

Árvore pequena, raro ultrapassando os 6 metros de altura, copa larga (até 10 metros de diâmetro), desprovida de folhas durante o período da seca.

Flores brancas, perfumadas, melíferas, reunidas em inflorescências de 10 a 15 centímetros de comprimento.

Fruto tipo drupa, de formato variável, com 2 a 4 centímetros de comprimento, casca coriácea e de cor amarelo-esverdeada quando maduro.

Polpa branca ou esverdeada, mole, suculenta e de sabor agridoce (parte comestível).

Pode-se aproveitar a água que as raízes armazenam.

Tabela de valor nutricional

Quantidade por Porção % VD (*)
Valor Energético 32,2 Kcal = 135,1 Kj 2
Carboidratos 7,4 g 2
Proteínas 0,7 g 1
Gorduras Totais 0,0 g 0
Gorduras Satur. 0,0 g 0
Gorduras Trans. 0,0 g 0
Fibra Alimentar 0,7 g 3
Cálcio 13,4 mg 1
Ferro 1,3 mg 10
Sódio 0,0 g 0
Fósforo 9,4 g 3
Vitamina A 20,1 g 3
Vitamina B1 0,0268 mg 2
Vitamina B2 0,0268 mg 2
Niacina 0,335 mg 2
Vitamina C 9,38 mg 21
* Valores Diários com base em uma dieta de 2.500 Kcal ou 8.400 Kj seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.
*ND = Não Disponivel

Fonte: www.slowfoodbrasil.com/www.fruticultura.iciag.ufu.br/www.brasnica.com.br/www.polifruta.com.br

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