Fava D’Anta

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Fava D'Anta
Fava D’Anta

A fava-danta (Dimorphandra mollis Benth) é um vegetal característica da região do cerrado que apresenta um comprovado potencial medicina.

Do fruto da faveira é extraída a rutina, substância utilizada na fabricação de medicamentos que fortalecem os vasos sangüíneos e capilares, sendo indicada também no tratamento de varizes.

Algumas indústrias já acrescentam a rutina em complementos alimentares direcionados à idosos. Segundo levantamento feito por pesquisadores da Embrapa, mais de 50% do mercado mundial é abastecido com rutina brasileira. Representantes dos laboratórios passam pelas regiões coletoras comprando toda a produção.

Sabe-se que, como a espécie não é cultivada, toda essa matéria-prima é extraída de forma desordenada, não havendo o cuidado com a reprodução da espécie.

O interesse internacional pela faveira tem feito alguns agricultores procurarem as instituições de pesquisa como o CETEC e a EMBRAPA, dentre outras, para saber sobre formas de cultivo, sabedores do potencial econômico da espécie.

OBTENÇÃO E USO DA SEMENTE DE FAVA D’ANTA

As informações referentes ao processo de obtenção das sementes e o conseqüente processo de utilização da fava d´anta para obtenção de produtos e subprodutos pode ser assim caracterizado:

OBTENÇÃO DE SEMENTES:

A obtenção das sementes de Fava-D’Anta é com a coleta da vagem diretamente na planta, quando esta já está madura e com boa formação das sementes.
O período de maturação das vagens e formação das sementes é de julho a agosto, sendo observado, em algumas aéreas, até setembro.
Não se tem notícias, ainda de banco de germoplasma

QUEBRA DE DORMÊNCIA:

A quebra da dormência da semente se dá com a escarificação da mesma (até aparecer à parte amarelada), em lixa grossa, na parte contrária ao embrião – órgão germinativo da planta

PRODUÇÃO DA MUDA

Após a escarificação, as sementes são colcoadas em recipientes com água, por um período de 8 a 12 horas, para entumecimento. Passado este período as sementes são colocadas em sacos contendo material (terra ou areia) recolhido na região onde tem incidência da Fava; as sementes são colocadas a cerca de 2 cm de profundidade, e devem ser regadas, com regador, 1 a 2 vezes por dia

PLANTIO

Espaçamento verificado “in vivo”, entre uma planta e outra, é de 5 a 10 metros de distância, aproximadamente. Além disso, são identificadas várias plantas “chamadas companheiras” (não se sabe, ainda, qual é a interação delas com a Fava)

COLHEITA

As vagens são colhidas com o auxílio de ferramentas (tipo podão) que cortam os caules para recolhimento dos frutos

PROCESSAMENTO

As vagens são processadas totalmente, por trituração, para a extração de princípios ativos, principalmente a RUTINA que é utilizada como medicamento pelas indústrias farmacêuticas

SUBPRODUTOS

Os subprodutos obtidos após a extração da rutina têm sido utilizados como alimento principalmente para animais silvestres; não há, ainda, nenhuma formulação para animais domesticados.

Fonte: www.sbrtv1.ibict.br

Fava D’Anta

A riqueza e diversidade do cerrado brasileiro se revelam em plantas como a fava d’anta.

Nome popular da fruta: Fava d’anta (favela, faveira, falso-barbatimão, cinzeiro, farinheiro)

Nome científico: Dimorphandra mollis Benth.

Família: Leguminosae.

Origem: Brasil (cerrado)

Fruto

O fruto é um legume achatado, de cor variando de marrom-escuro a quase negro; opaco, com superfície irregular, rugoso, de ápice e base arredondados, bordo irregular e lenhoso (seco).

O comprimento varia de 10 a 15 cm, com 3 a 4 cm de largura. Cada vagem produz de 10 a 21 sementes alongadas e avermelhadas.

Planta

Árvore pequena e mediana de porte tortuoso, pode atingir entre 8 e 14 m de altura.

Folhas grandes e bipinadas, com folíolos alternos ou subopostos.

Flores são pequenas de cor creme-amarelada, em espigas.

Cultivo

As sementes de fava d’anta são obtidas pela a coleta da vagem diretamente das plantas no campo, quando está madura e com boa formação das sementes. O período de maturação das vagens e formação das sementes é de julho a agosto, podendo estender-se, em algumas áreas, até setembro.

A quebra da dormência da semente é feita com a escarificação (passar em superfície áspera para promover sulcos em sua pele), até aparecer a parte amarelada, no lado contrário ao embrião – órgão germinativo da planta.

Após a escarificação, as sementes são imersas em água por um período de 8 a 12 horas, para entumecimento. Passado este período, as sementes são colocadas em sacos contendo substrato (terra ou areia), a cerca de 2 cm de profundidade.

As sementes têm viabilidade em armazenamento superior a 4 meses.

As mudas são transplantadas para embalagens individuais quando atingirem 4 cm. Ficam prontas para o plantio entre 8 e 10 meses.

Usos

Fava D'Anta

O interesse comercial na fava d’anta se concentra nos compostos medicinais presentes em seus frutos.

A rutina é extraída da fava d anta, que possui alto teor da substância. O rendimento médio é de 8 g de rutina para 100 g de pericarpo. A rutina é uma substância química que atua no processo de envelhecimento, melhora a circulação sanguínea e alivia as dores de varizes e hemorróidas por meio de mecanismos ainda desconhecidos.

Possui propriedades vasoprotetoras, atuando sobre a resistência e permeabilidade capilar semelhantemente à vitamina P. Outra propriedade atribuída a esta substância é sua ação antiinflamatória. A rutina pode também ser usada como agente terapêutico no tratamento de doenças que envolvem radicais livres.

As vagens são processadas totalmente, por trituração, para a extração de princípios ativos, principalmente a rutina, que é utilizada como medicamento pelas indústrias farmacêuticas. No mercado encontra-se sob a forma de medicamentos, vitaminas e complementos alimentares.

Os subprodutos obtidos após a extração da rutina têm sido utilizados como alimento, principalmente para animais silvestres, pois não há formulação disponível para animais domesticados.

Além da rutina, a madeira da fava d’anta é empregada para tabuado, confecção de caixas, compensados, forros, painéis, brinquedos, lenha e carvão.

É uma planta ornamental, considerada excelente para paisagismo e recuperação de áreas degradadas, de solos pobres. A casca é rica em tanino, bastante utilizado no curtimento de couro.

Pierre Vilela

Fonte: www.sebrae.com.br

Fava D’Anta

Fava D'Anta
Fava D’Anta

Árvore, até 15, m. Suas folhas são compostas, alternas, oblongas, elípticas e cartáceas.

Apresenta inflorescência terminal com muitas flores de cor amarela. Seu fruto (legume) é oblongo a elíptico-linear e carnoso, com várias sementes.

O uso medicinal dessa espécie típica do cerrado brasileiro, está relacionado com a presença de rutina, fitofármaco encontrado nas favas que provoca contrações uterinas e quando associada à vitamina C confere resistência e permeabilidade às paredes dos vasos capilares.

É encontrada em cerrado nos seguintes Estados: AM, DF, GO, MA, MT, MS, MG, PA, PI, SP.

Floresce de outubo a fevereiro e frutifica de janeiro a julho

Fonte: www.ibama.gov.br

Fava D’Anta

Fava D'Anta

Conhecida popularmente como fava-d’anta, a Dimorphandra mollis Benth. tem propriedades medicinais reconhecidas, e é amplamente explorada por laboratórios nacionais e estrangeiros. Seu principal princípio ativo, a rutina, age no fortalecimento de vasos capilares.

Mas no Norte de Minas, este não é o único valor da planta, que vem sendo avaliada para a regeneração de áreas degradadas do cerrado.

Esse é o foco da pesquisa realizada pelo engenheiro agrônomo Manoel Ferreira de Souza, que originou dissertação defendida em agosto passado, dentro do programa de mestrado em Ciências Agrárias do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG.

O experimento foi desenvolvido em área de cerrado em regeneração na comunidade de Olhos d´Água, no município de Montes Claros, onde muitas famílias de agricultores buscam renda adicional na extração do fruto da planta – também conhecida como favela, no Norte de Minas, além de falso-barbatimão, canafístula, cinzeiro, farinheiro ou faveira, em outras regiões.

A pesquisa avaliou a sobrevivência e o crescimento da fava-d´anta em semeadura direta em área de cerrado – e não em casas de vegetação, como acontece com a maior parte dos experimentos do tipo. “Nosso principal objetivo é contribuir para o plantio da fava-d´anta direto no campo”, justifica o pesquisador.

As plantas foram adubadas com esterco bovino e fosfato natural, de origem orgânica, o que condiz com o sistema de produção agroecológica, foco das pesquisas desenvolvidas pelo mestrado em Ciências Agrárias. Além disso, esses adubos são bastante acessíveis aos pequenos produtores locais.

Entre dezembro de 2008 e dezembro de 2009, foram testados quatro tratamentos: com esterco, com fosfato, com os dois adubos juntos e sem adubação.

O crescimento das plantas foi avaliado em termos de altura, diâmetro do colo (base do caule) e quantidade de folhas. Além de comparar os quatro tratamentos, o estudo avaliou o desempenho de cada cultivo em quatro períodos de três meses.

“Apesar de ser uma planta do cerrado, acostumada a solos pobres, a fava-d´anta mostrou bom desenvolvimento com a adubação”, comenta Manoel. Os melhores resultados foram obtidos com a associação de esterco e fosfato. A adubação, no entanto, não influenciou a sobrevivência das mudas.

Segundo o pesquisador, o objetivo é devolver esses resultados à comunidade e mostrar que a fava d´anta semeada diretamente no campo com adubação é boa alternativa para a recuperação de áreas degradadas de cerrado. “A domesticação da espécie seria uma alternativa para a sua utilização sustentável”, observa.

Ação predatória

As áreas do cerrado norte-mineiro que hoje se pretende regenerar foram degradadas principalmente pela atividade agrícola e pecuária, na busca de novas áreas para cultivar e criar os rebanhos, e pelo extrativismo predatório de plantas como a fava-d´anta. A quebra dos galhos na hora da coleta do fruto é exemplo de ação deletéria que já foi muito praticada pelos habitantes locais.

“Hoje, o comportamento do pessoal tem mudado bastante, principalmente por causa do trabalho de orientação e capacitação que vem sendo realizado em relação ao manejo correto das plantas”, comenta Manoel.

O extrativismo é responsável, também, pela coleta dos frutos antes de amadurecerem, o que também prejudica a sobrevivência da espécie a longo prazo, porque as sementes são removidas do ambiente natural ou não têm tempo para se formar adequadamente dentro dos frutos.

A madeira da fava-d´anta – árvore que leva de seis a sete anos para atingir 14 metros, sua altura máxima – também já esteve na mira das comunidades locais, sendo utilizada para construção de postes e cercas e para a produção de carvão vegetal. No entanto, o engenheiro agrônomo explica que a derrubada das árvores para esses fins também diminuiu bastante nos últimos anos.

Fonte: www.ufmg.br

Fava D’Anta

Fava D'Anta
Fava D’Anta

A favela, fava d’anta, fava de arara, falso barbatimão, faveira representam alguns dos diversos nomes pelo o qual a espécie é conhecida nos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Tocantins e Maranhão.

É uma planta caducifólia, pioneira de plena adaptação a solos pobres, ocorre de forma agrupada devida a sua dispersão principalmente por aves (tucanos e arara) e mamíferos (anta, bovino). A floração ocorre no período de janeiro a julho e a frutificação nos meses de abril a agosto.

Frutos

Uso medicinal, sendo as favas uma fonte excepcional de flavonóides (rutina, quercetina e ramnose) substância usada pela indústria farmacêutica para a produção de medicamentos contra problemas circulatórios (hipotensor – abaixa a pressão sanguínea).

Os efeitos produzidos por estas substâncias podem ser resumidos em atividade antioxidante, cardiovascular, efeitos na oxidação de lipídios, antiinflamatória, anticarcinogênica, radioproteção, e outros efeitos.

Sementes

Apresentam potencial de exploração de galactomananos para uso industrial, tecnológico e na indústria de alimentos.

Fonte: www.emporiodocerrado.org.br

Fava D’Anta

Hábito / Porte: árvore

Tipo de Vegetação: cerrado

Nomes Comuns: Faveira, faveleira, favela, faveiro, farinha, farinheiro, barbatimão, barbatimão-falso, barbatimão-de-folha-miúda, canafístula, enche-cangalha.

Fava D'Anta
Fava D’Anta

A faveira é uma espécie muito comum no Cerrado mas que sofre uma alta pressão em função da coleta dos frutos para extração da rutina e do corte seletivo em áreas de pecuária extensiva, para impedir o consumo das favas abortivas pelo gado.

A Fava d’anta é uma planta nativa do Cerrado brasileiro utilizada na extração da rutina, quercetina e ramnose, produtos usados nas indústrias farmacêuticas e de cosméticos. O norte do Estado de Minas Gerais produz cerca de 23% da rutina nacional.

A rutina é uma substância utilizada na medicina para o fortalecimento dos vasos sanguíneos. O fruto é cheiroso e muito apreciado pela anta e outros animais do cerrado.

A rutina, extraída da fava d’anta, é uma substância química que atua no processo de envelhecimento, possui propriedades vasoprotetoras, atuando sobre a resistência e permeabilidade capilar semelhantemente à vitamina P.

Essas e outras propriedades atraem laboratórios farmacêuticos, que têm estimulado a preservação e a exploração comercial da planta.

Fonte: www.rededesementesdocerrado.com.br

Fava D’Anta

Fava D'Anta

Fava D'Anta

Nome científico: Dimorphandra mollis Benth.

Família: Leguminosas-Caesalpiniáceas.

Hábito

Árvore ereta, de 4 a12 m de altura. São características a inflorescência em candelabro e as vagens eretas.

Ciclo

Floresce entre novembro e abril e produz vagem na época seca.

Habitat

Cerrado e cerradão, em solos arenosos e siltosos, ácidos.

Distribuição

Brasil Central, nos cerrados. No Pantanal é esparsa, nas sub-regiões arenosas, como Aquidauana, Paiaguás e Nhecolândia.

Controle

É facilmente eliminada mediante corte ou anelamento (descascar em volta do tronco).

Condições relacionadas à intoxicação

A intoxicação é causada principalmente por suas favas, embora as folhas também sejam tóxicas e provoquem fotossensibilização, porém são pouco pastadas, principalmente por serem pouco acessíveis. As favas amadurecem e caem nos meses de seca, sendo avidamente procuradas pelos bovinos. Em geral, a quantidade de favas não é suficiente para causar intoxicação, mas em áreas vedadas ou pastos rotacionados pode haver acúmulo de favas no chão.

Sinais clínicos da intoxicação

Os principais sinais da intoxicação pela ingestão das favas manifestam-se inicialmente por distúrbios intestinais graves, também sendo tóxica aos rins. O animal apresenta fezes com muco e estrias de sangue e até coágulos sangüíneos.

Ocorrem salivação espumosa, pêlos arrepiados, timpanismo, cólicas, e, às vezes, prolapso do reto. Há diminuição dos movimentos ruminais, emagrecimento rápido, diminuição dos batimentos cardíacos e tremores musculares. No final da intoxicação o bovino passa a maior parte do tempo deitado e gemendo freqüentemente, até que a morte sobrevenha.

Há citações de que as favas causam também alto índice de aborto em vacas, mesmo com a ingestão de pequenas quantidades, o que ainda não foi confirmado experimentalmente.

Quantidade letal: A dose letal pelas favas administradas experimentalmente é de 25 g/kg de peso vivo.

Princípios tóxicos prováveis: Glicosídeo (rutina).

Sinais de outras doenças com que pode ser confundida: Verminoses, dermatites e doenças da reprodução.

Fonte: www.cnpgc.embrapa.br

Fava D’Anta

Fava D'Anta
Fava D’Anta

Nativas do Brasil, as várias espécies das plantas conhecidas como fava-d’anta têm lugar garantido no mercado mundial de produtos cosméticos e farmacêuticos.

Elas praticamente não têm concorrentes, pois apenas uma outra planta chinesa produz os elementos cobiçados pela indústria mundial. As plantas acham-se dispersas no cerrado e a sua exploração é feita pela coleta manual das favas ou, ainda, com instrumentos rústicos (garfos e forquilhas) que retiram os frutos das pontas dos galhos. Alguns catadores quebram galhos ou arbustos para facilitar a coleta.

Depois da coleta, as vagens são vendidas aos atacadistas locais que as revendem a atacadistas regionais, estes sim, os revendedores de fava para as indústrias.

Depois de processados, os produtos são exportados. Embora os moradores da região tenham um vasto conhecimento sobre hábitos e usos da fauna e flora locais, pouco ou nada sabem sobre a produção de mudas de espécies nativas e, ainda, sobre o destino e o aproveitamento da matéria-prima extraída da fava d’anta.

Ainda que a extração das vagens não seja prejudicial às árvores, a estratégia usada na sua coleta, aliada à eventual pressão de mercado, são fatores que podem prejudicar a renovação natural da fava d’anta.

Faça uma proposta viável para que estas plantas nativas não corram risco de extinção.

Para que a Fava D’anta não corra risco de extinção é necessário que se estabeleça um programa integrado de ações que promova a consciência ambiental da população local e que auxilie na obtenção de maneira sustentável das vagens.

Isso poderia ser feito associando educação ambiental a medidas que utilizem técnicas de manejo menos agressivas como: desenvolvimento de métodos de coleta menos predatórios, manutenção de parte dos frutos para persistência do banco de sementes natural, criação e manutenção de um viveiro de mudas, reflorestamento de áreas degradadas predominantemente com mudas de fava d’anta.

Outra medida que reduziria a pressão de exploração das áreas naturais seria o estabelecimento de cooperativas de coletores para que a venda seja negociada diretamente com as indústrias farmacêuticas a um preço justo evitando atravessadores.

Fonte: fisica.cdcc.sc.usp.br

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