João Cabral de Melo Neto
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A morte alheia tem anedota
que prende o morto ao dia-a-dia,
que ainda o obriga a estar conosco
já morto, ainda aniversaria.
Só que não vamos pelo morto:
Queremos ver a companheira,
a mulher com que agora vive;
comprá-la, de alguma maneira.
Dizer-lhe: do marido de hoje
mais do que amigos fomos manos;
para que, amiga, salte um nome
de seu preciso livro Quandos.
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