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Nascimento: 30 de julho de 1863, Greenfield Township.
Falecimento: 7 de abril de 1947, Fair Lane, Dearborn, Michigan, EUA.
Henry Ford
Henry Ford foi um dos industriais mais importante da América.
Henry Ford revolucionou os modos de linha de montagem de produção para o automóvel.
Nascido em 30 de Julho de 1863, perto de Dearborn, Michigan, Henry Ford criou o carro Ford Modelo T em 1908 e passou a desenvolver o modo de linha de montagem de produção, que revolucionou a indústria.
Como resultado, Henry Ford vendeu milhões de carros e tornou-se o chefe de uma empresa mundialmente famosa.
A empresa perdeu a sua posição dominante no mercado, mas teve um impacto duradouro sobre outro desenvolvimento tecnológico e de infra-estrutura dos EUA.
Ford Motor Company
Henry Ford Company e a Ford Motor Company, onde inicia a fabricação de carros em série.
A Ford Motor Company, criada em 1903, consegue, em 1910, produzir num ano 34 000 automóveis numa fábrica com 4200 pessoas. Em 1914, e apesar das interessantes ofertas dos países europeus em guerra, nega-se a participar na indústria bélica. Só o faz em 1917, quando os Estados Unidos da América entram na contenda. Em 1919 produz um milhão de automóveis. Entre 1921 e 1936 continua a expandir-se. Durante a Segunda Guerra Mundial leva a cabo uma transformação total das suas atividades em prol das necessidades militares dos aliados.
Henry Ford introduz inovações importantes tanto no campo da mecânica como no da gestão: vendas a prazo, fomento da exportação, divisão do trabalho, sistema de retribuição por prémios, etc. Publica uma obra, Filosofia do Trabalho, em que expõe os seus princípios. A empresa familiar, após a sua morte, é dirigida pelo seu neto, Henry Ford II.
Henry Ford – Vida
Henry Ford
Henry Ford nasceu no dia 30 de Julho de 1863, no estado do Michigan (EUA).
Era filho de imigrantes irlandeses, William e Mary Ford, que se tinham fixado numa quinta em Dearborn.
Aos 16 anos, Henry Ford, que não gostava nem da escola, nem de ajudar o pai nos trabalhos manuais de campo, por pensar que essas tarefas se podiam fazer mecanicamente com vantagem sobre todos os pontos, partiu para Detroit à procura de emprego.
Começou a trabalhar como aprendiz numa oficina, onde aprendeu tudo acerca do motor de combustão interna.
Após alguns anos, Henry voltou para casa, e para além de ajudar na lavoura da família trabalhava em part-time na WestingHouse Engine Company.
Com espírito aventureiro e independente, acabou a consertar motores e máquinas.
Casou em 1888 com Clara Bryant.
Anos mais tarde, Henry e sua mulher mudaram-se para Detroit, onde Henry foi nomeado engenheiro chefe da Detroit Edison Company, onde viria a ser a General Electric.
O cargo obrigava a Henry estar 24 horas por dia a trabalhar, mas ao mesmo tempo dava-lhe a oportunidade de fazer experiências, na medida em que se tornou colaborador direto e amigo íntimo do seu patrão, Thomas Edison.
Entretanto, Henry Ford já tinha tentado construir veículos movidos a gasolina e carruagens motorizadas até conseguir que o seu primeiro veículo estivesse completo.
Durante os anos que se seguiram, Ford continuou a tentar melhorar o motor dos seus veículos.
Em complemento, construiu um carro de corrida que ele próprio conduzia.
Em 1903 produziu um automóvel que estava pronto a introduzir no mercado e, por essa altura, não tendo capital próprio, fundou a Ford Motor Company com a estratégia de arranjar o capital necessário com o dinheiro dos cidadãos de Detroit.
Em 1908 introduziu no mercado o famoso Model T, cujo projeto inicial havia começado 19 anos atrás a ser concebido e construído.
Foi aí que foi construído o primeiro carro feito em série.
Pouco tempo depois da formação da Ford Motor Company, Henry Ford foi ameaçado pela Associação dos Fabricantes de Automóveis.
Após anos de luta em tribunais, Ford ganhou o caso em 1911, acabando com o monopólio e assim viabilizando que outros pudessem tornar-se construtores do ramo automóvel.
Devido à sua avançada tecnologia de produção, Ford conseguiu que o seu Modelo T fosse comercializado com sucesso.
A fábrica da Ford Motor Company, em Highland Park, no Michigan, introduziu a primeira linha de montagem em 1913, reduzindo drasticamente o tempo gasto na montagem dos veículos.
Instituiu igualmente o salário mínimo de US$5,00 diários, o que, segundo Ford, fez aumentar significativamente a produção.
Em 1926, Ford começou a perder vendas para o seu principal concorrente, a General Motors, porque o Model T estava ultrapassado.
As fábricas Ford fecharam durante cinco meses, após Henry Ford introduzir o Model V8, que apesar de ter tido algum sucesso, foi ultrapassado pela General Motors e pela Chrysler.
Apesar do filho Edsel Ford ter sido nomeado presidente em 1919, o pai continuava com um controlo total da Companhia.
O seu filho Edsel morreu em 1943 e Henry Ford voltou ao cargo de presidente.
Contudo, já tinha sofrido dois enfartes e, dois anos mais tarde, passou o cargo de presidente para o neto, Henry Ford II.
Henry Ford faleceu no dia 7 de Abril de 1947.
Henry Ford – História
Henry Ford
Pioneira no Brasil
A Ford foi a primeira indústria fabricante de carros a se instalar no Brasil. Isso aconteceu no ano de 1919. Antes disso, em 1908, as indústrias Ford lançaram o modelo T, um carro muito resistente e econômico. Isso fez dele um enorme sucesso durante 20 anos.
A idéia da Ford era a seguinte: quanto mais cresciam as vendas, mais baixos ficavam os preços. E isso funcionou mesmo! Quando o Ford T foi lançado, custava 850 dólares e, em 1927, seu preço era de apenas 190 dólares. Bons tempos aqueles!
A Ford nos Estados Unidos
Henry Ford fez isso, porque queria ver o número de compradores sempre crescendo. Em 1927, Ford aumentou consideravelmente o salário de seus 200 mil funcionários e assim eles compraram seus próprios carros.
Nessa época, o “T” já tinha sido bastante aperfeiçoado, tornando-se um veículo mais veloz e seguro.
O aço usado para a fabricação dos carros era melhor e a durabilidade das peças aumentou, assim como a quantidade dos equipamentos.
No final da década de 20, a produção mundial de carros era de mais de 6 milhões de veículos, dos quais mais de 5 milhões era feitos nos Estados Unidos.
Em 1929, houve uma grande crise econômica e várias empresas pequenas foram compradas pela Ford após fecharem suas portas.
Mais uma fábrica no Brasil
Nos anos 50, a Ford inaugura a fábrica do Ipiranga, em São Paulo, e começa a fabricar o primeiro caminhão nacional, o F-600. Outro lançamento desta década foi a pick-up F-100.
Na década de 60 foi a vez do carros nacionais de luxo da Ford. Estava chegando ao mercado, o Galaxie 500 brasileiro. O lançamento do Corcel também marca esta época.
Em 70 chegam o Corcel Belina, o Maverick e novos caminhões.
Carros remodelados
Nos anos 80, o sucesso ficou por conta do charmoso Del Rey, da pick-up Pampa, da linha Escort (com os esportivos XR-3 e XR-3 Conversível) dos caminhões da Linha Cargo, da pick-up F-1000 e do Verona.
Na década de 90 os destaques ficam por conta do Versailles, do Fiesta e dos lançamentos de novos modelos dos carros já existentes, como o Escort, por exemplo.
Além dos modelos nacionais, a Ford traz de suas fábricas no exterior os modelos: Explorer, Taurus, Ranger e Mondeo. Além disso, começa também a produzir ônibus e renova seus modelos de caminhões.
Quem foi Henry Ford
30 de julho de 1863. Esta é a data do nascimento de Henry Ford.
O garoto era filho de um casal de imigrantes irlandeses. O pai e a mãe de Henry estavam nos Estados Unidos porque, em 1847, fugiram de uma guerra civil que estava acontecendo no país deles.
Nosso amigo Ford acabou sendo criado, então, em uma fazenda na cidade de Michigan. Desde criança ele sonhava em desenvolver algum tipo de tecnologia que pudesse auxiliar no trabalho agrícola.
Aos 16 anos ele deixou a família para ir morar em Detroit. Arrumou um emprego, aprendeu algumas coisas sobre mecânica e depois de três anos voltou para perto dos pais.
Construindo o próprio carro
Ford ficava consertando e operando o maquinário da fazenda. Nove anos depois, retornou para Detroit para exercer a função de engenheiro em uma indústria.
Em 1893, já casado e com um filho, Ford ficou fascinado com uma recente descoberta: a da gasolina como combustível. Foi aí que resolveu construir seu próprio carro. Surgia assim o Quadricículo.
Só tinha um probleminha na invenção de Ford: ela era muito grande para passar pela parede do quarto em que foi construída! Se você acha que ele desmontou o automóvel para resolver esse problema está muito enganado. Sabe o que ele fez? Simplesmente derrubou a parede do quarto!
Fundador da Ford
Em 1899, Henry Ford saiu do emprego para se dedicar somente à produção de carros e dois anos depois fundou a Henry Ford Company.
Ford ficou famoso depois de iniciar a fabricação do Ford T.
Era um carro popular, barato e que rodava com uma ótima velocidade para a época: 100 km/h. Vale lembrar que, até então, os automóveis conseguiam alcançar, no máximo, uns 15 km/h.
Ele ficou conhecido em todo o mundo como um dos mais importantes nomes da indústria do automobilismo. Revolucionou na maneira de produzir e de vender. Henry Ford viveu até os 83 anos de idade.
O Primeiro Automóvel
Em 1769, um francês chamado Nicolas Cugnot criou o primeiro automóvel! Se é que nós podemos chamar um trator sobre três rodas movido a vapor de automóvel, né?
A “geringonça” andava a aproximadamente 4 km/h. É, mais ou menos, a mesma velocidade que usamos para caminhar. Não é à toa que esse carro era chamado de “Chaleira Ambulante”… hehe!
Charrete com motor
No século XIX surgiu o carro com motor de combustão interna (parecido com o atual motor à gasolina) que andava pelo que os cientistas chamam de “princípio de quatro tempos”, que é utilizado até hoje.
Em 1893 dois americanos – os irmãos Charles e Frank Duryea – construíram uma carruagem com motor a gasolina. Imaginem só que engraçadadevia ser uma carruagem motorizada!! Mas até esta época, as pessoas preferiam andar de trem.
Afinal de contas, era mais barato e bem mais rápido…
O primeiro Ford
Em 1908, um mecânico de uma fazenda do interior de Michigan, nos EUA, percebeu que o automóvel poderia ser utilizado para facilitar a vida das pessoas e diminuir distâncias. O tal “mecânico” era Henry Ford, o primeiro homem que construiu um carro popular, movido a gasolina e que alcançava até 100km/h.
Era o Ford T. Uma verdadeira revolução!
Este modelo de carro fez sucesso durante 19 anos em diversas partes do mundo!
Foram 15 milhões de “Ford T” vendidos durante este período.
Foi com Henry Ford que o automóvel passou a ser utilizado por pessoas de todas as classes sociais. Começou com ele a união da qualidade e preço baixo.
Os carros eram bons, duravam muito e acessíveis à toda a população.
Carros de luxo
Na década de 60 foi a vez do carros nacionais de luxo da Ford, feitos no estilo dos carros americanos, como o clássico Mustang. Estava chegando ao mercado, o Galaxie 500 brasileiro. O lançamento do Corcel também marca esta época.
Em 70 chegam o Corcel Belina, o Maverick e novos caminhões.
Nos anos 80, o sucesso ficou por conta do charmoso Del Rey, da pick-up Pampa, da linha Escort (com os esportivos XR-3 e XR-3 Conversível) e dos caminhões da Linha Cargo, da pick-up F-1000 e do Verona.
Na década de 90, os destaques ficam por conta do Versailles, do Fiesta e dos lançamentos de novos modelos dos carros já existentes, como o Escort, por exemplo.
A Ford traz também de suas fábricas no exterior os modelos: Taurus, Ranger, e Mondeo. E começa a produzir ônibus e renova seus modelos de caminhões.
Conheça a Fábrica
A fábrica da Ford que você vai visitar agora, fica em São Bernardo do Campo, São Paulo, e é gigantesca! Ela tem 1.250.000 metros quadrados. O equivalente ao tamanho de 250 campos de futebol!
Na Ford, homem e máquina trabalham juntos para que possam ser fabricados uma média de 60 automóveis por dia. Lá dentro, 4.236 funcionários trabalham ao lado de mais de 100 robôs enormes. Em São Bernardo do Campo são fabricados os carros modelos modelos Ka, Fiesta, Courrier, F250, Cargo e Série F. Os outros modelos são feitos em outras fábricas.
Tem uma em Taubaté, e logo ficará pronta a de Camaçari, na Bahia. O Escort, o Focus e a Ranger
são produzidos na Argentina.
Montagem
Um carro leva, aproximadamente, 20 horas para ficar pronto!
Na primeira etapa, o carro tá todo desmontado. As portas ficam “andando” sobre nossas cabeças e os assoalhos fazem o mesmo movimento sobre esteiras que ficam próximas ao chão. Em determinado momento estas peças se encontram para que possam ser “encaixadas” pelos funcionários.
Depois de encaixadinhas, as bases e as laterais seguem para as mãos, ou melhor, para os ganchos, de robôs gigantes e barulhentos! Eles estão lá para soldar estas peças.
Depois de tudo encaixado, é hora de lixá-los para que qualquer respingo de solda seja retirado e para que possa ser verificado se alguma parte da lataria amassou durante o processo.
Pintura
A carroceria segue então para um outro prédio através de um túnel azul. Este túnel, que não passa por baixo, mas por cima da fábrica, foi construído exclusivamente para efetuar este tipo de transporte. Neste segundo prédio, a lataria é pintada. O processo é mecânico, o que agiliza tanto a pintura, quanto a secagem.
Chassi
Já com novo visual, os “esqueletos dos carros” seguem para um terceiro prédio, onde recebem a gravação do número do chassi. Os números que formam o chassi informam as características do carro. De onde ele veio (país, estado, cidade); de que modelo é etc. Esse número é como o RG do carro. Quem faz a gravação deste RG é um robô.
Pneus
Mas ainda falta algo mais importante que os vidros: os pneus! É isso aí! Chegou a hora de colocar as rodas.
Para apertar os parafusos, são as mãos humanas que fazem mais um trabalho importantíssimo: o de parafusar as rodas. Uns dez profissionais dividem a tarefa de apertar uma média de 960 parafusos por dia!
Vidros
Depois de passar pela máquina que grava o chassi, o carro deve se preparar para receber os vidros. Novamente os robôs entram em ação e mandam ver! São eles que colocam a cola. Saindo das mãos destes “robôs colantes” , o carro semi-pronto volta às mãos humanas para que os vidros sejam colocados.
Teste Final
Antes de sair, o carro passa por testes para que seja avaliado como ele está de “saúde”!
O automóvel tem de enfrentar uma verdadeira tempestade no chamado “Teste de Água”! Se entrar água, o carro vai ter de esperar para poder sair às ruas.
Alguns carros são submetidos a testes numa sala que reproduz as condições das estradas. O processo é comandado por um computador e avaliado por técnicos.
Outros são levados para o campo de provas de Tatuí, a 150km de São Paulo. Lá, os pilotos realizam testes em pistas especiais que reproduzem as condições de outras diversas estradas do Brasil. Pronto! Finalmente eles vão poder ser levados às concessionárias.
Lá vão esperar um comprador que vai continuar dando os cuidados de que ele tanto merece!
Henry Ford – Automóvel
O automóvel é um dos produtos mais populares do século, mas no início pouca gente apostava nele. Os primeiros carros eram muito caros, davam um defeito atrás do outro e era difícil dirigi-los. Henry Ford (1863-1947) mudou tudo isso. Com o carro, ele criou a fábrica moderna e transformou a indústria automobilística em um dos empreendimentos mais importantes do século. Ford convenceu as pessoas de que precisavam do automóvel e lhes apresentou um carro simples, fácil de usar, acessível. Lançado em 1908 com o preço de US$ 850, o Modelo T foi um sucesso instantâneo. Não era um carro para os ricos se exibirem em passeios de fim de semana. Era feito para o homem comum usar todos os dias. Nas quase duas décadas em que Ford produziu o Modelo T, ele vendeu 15 milhões de automóveis.
Para conseguir isso, ele teve que virar pelo avesso a fábrica. No início do século, carros eram produzidos de forma quase artesanal pelos operários, um de cada vez. Ford inventou a linha de montagem. Reorganizou a produção para que mais automóveis pudessem ser feitos ao mesmo tempo, dispondo as várias etapas da fabricação de um carro ao longo de uma esteira rolante. Em 1909, a fábrica de Ford produziu 14 mil automóveis. Cinco anos depois, fez 230 mil. Sem a linha de montagem, teria sido impossível produzir em massa os carros que os americanos estavam comprando. Ela também provocou grandes transformações no mundo do trabalho. Para os operários, o trabalho na fábrica tornou-se repetitivo e extenuante. A linha de montagem tinha velocidade própria e azar de quem não a acompanhasse. Para segurar seu pessoal, Ford aumentou o salário dos operários. Oferecendo US$ 5 por dia, o dobro do que a indústria pagava na época, atraiu gente do país inteiro para trabalhar com ele. O trabalho era simples, pagava bem e não exigia nenhuma qualificação especial.
O nascimento da indústria automobilística e da produção em massa também tiveram conseqüências em outros campos. Ford fez os negócios se multiplicarem ao redor de sua empresa. Em 1912, ele já tinha 7 mil revendedores associados à Ford nos Estados Unidos. O crescimento das vendas de automóveis estimulou o aparecimento de postos de gasolina e a construção de estradas asfaltadas. Com o avanço de Ford e de seus concorrentes, fornecedores de peças, revendedores e oficinas de reparos se multiplicaram. Houve também uma revolução nos costumes. Com o carro, as pessoas puderam viajar mais. As cidades cresceram, e elas podiam morar em bairros mais tranquilos, longe das áreas centrais. Com o tempo, também surgiram a poluição, o barulho, acidentes e congestionamentos. Mas poucos lembram hoje de como a vida nas cidades era difícil antes do carro. No início do século, os cavalos deixavam nas ruas de Nova York mais de uma tonelada de esterco e mais de 200 mil litros de urina por dia. Todo ano, era preciso remover 15 mil cavalos mortos das ruas.
O empresário que promoveu tantas transformações no mundo dos negócios e na vida das pessoas foi também um homem detestável. Era autoritário e cruel com os empregados. Vivia cercado de capangas que espionavam os operários na fábrica, livravam-se dos agitadores e mantinham o sindicato do lado de fora dos portões. Era um racista, que não gostava de judeus nem de negros e tinha amigos na Ku Klux Klan. Nascido numa fazenda, Ford cresceu no ambiente rural e gostava de montar e desmontar coisas quando criança. Tinha predileção por relógios, e aos 13 anos conseguiu montar pela primeira vez um que funcionava.
Produziu o primeiro carro uma década depois, um veículo que chamou de Quadriciclo e que só saiu da garagem depois que ele destruiu uma parte da parede para abrir caminho.
Ford era um homem de negócios intuitivo e genial, mas era mau administrador. Gostava de andar pela fábrica e passava muito pouco tempo no escritório. Não tinha paciência para examinar balanços financeiros, detestava banqueiros e mantinha enormes quantias de dinheiro no cofre para não ter que tomá-lo emprestado dos bancos. Seu império era quase auto-suficiente, mas era uma máquina pesada. Ford tinha uma frota de navios, uma ferrovia, minas de carvão e até uma fazenda na Amazônia para produzir borracha. Uma vez deu US$ 1,5 milhão ao inventor Thomas Alva Edison, seu amigo, para que criasse uma bateria elétrica para seus carros. Como Edison não conseguiu produzir uma bateria que funcionasse direito, foi dinheiro jogado fora. Ford também não era muito bom em marketing. Durante 19 anos, ele produziu apenas um tipo de carro, o Modelo T, todos iguais e pretos. Só em 1927 achou que era hora de introduzir mudanças e lançou o Modelo A. Era tarde. A concorrência estava prestes a ultrapassá-lo. Em 1931, a General Motors virou a número 1 da indústria automobilística e nunca mais abandonou o posto.
Henry Ford
Nascido próximo a Dearborn, na periferia de Detroit, Michigan, Henry Ford ainda jovem se interessou pelo funcionamento da mecânica interna dos equipamentos e máquinas inventadas durante a Revolução Industrial e que, na segunda metade do século XIX, haviam se tornado comuns nos Estados Unidos.
Treinado como maquinista, ele se tornou engenheiro-chefe da Companhia Edison em 1887.
O motor de combustão interna fora inventado na Alemanha por Nikolaus Otto (1852-1891) quando Ford tinha treze anos de idade. O automóvel, inventado na Alemanha por Gottlieb Daimler (1834-1900) e Wilhelm Maybach (1846-1929) – alimentado por um motor de combustão interna – surgiu quando ele tinha 26 anos. Os automóveis, quando apareceram, logo inspiraram as pessoas da geração de Ford que viram o imenso potencial daquela novidade. Enquanto os mais velhos ainda encaravam como uma máquina inútil e sem aplicação prática. Ford construiu seu primeiro automóvel em sua casa em Detroit, em 1893, e deixou a Companhia Edison quatro anos depois para se dedicar integralmente à construção de outros automóveis. Com 28 mil dólares ele fundou em 1903 a Companhia de Motores Ford e no mesmo ano lançou o Ford Modelo A.
Até aquela época, os automóveis eram em sua maioria feitos sob encomenda e cada máquina era diferente das demais. O primeiro automóvel produzido em quantidade foi o Curved Dash Oldsmobile, construído em 1901 por Ransom E. Olds (1864-1950), outro mecânico de Detroit. Seus Oldsmobiles, no entanto, eram feitos um a um e muito lentamente.
A grande sacada de Ford foi conceber a idéia de uma linha de montagem, na qual as máquinas, materiais e homens se posicionassem na ordem em que entrariam durante o processo de produção de um automóvel. Meios mecânicos eram usados para entregar as peças no momento, no local e na quantidade certos. Para assegurar um fluxo regular de trabalho, cada funcionário recebia umas poucas tarefas especializadas, que requeriam o mesmo tempo para serem realizadas. Pela extensão total da linha, todas as operações de montagem eram realizadas simultaneamente, e o trabalho em cadeia era transmitido continuamente, num ritmo uniforme, de uma estação de trabalho para outra. A linha de montagem criada por Ford não só possibilitou a fabricação de veículos de forma muito mais rápida do que qualquer outro método, como também permitiu que a empresa dobrasse os salários dos operários e reduzisse a jornada de trabalho de nove para oito horas diárias. Assim, ela podia oferecer um preço menor de venda aos compradores.
Sem trocadilhos, pode-se dizer que Ford pôs a América nos trilhos. Nos dezenove anos que se seguiram ao lançamento do Ford T, em 1908, sua linha de produção havia montado quinze milhões de automóveis. Em 1927, Ford lançou um novo Model A, construindo cinco milhões deles até 1932. Em 1942., quando a produção de automóveis americana foi suspensa para que as fábricas fizessem apenas suprimentos para a guerra, trinta milhões de Fords haviam sido vendidos.
Henry Ford foi o presidente da Companhia de Motores Ford até 1919, quando seu filho Edsel Ford (1893-1943) assumiu o cargo. Depois da morte de Edsel, Ford reassumiu o controle da empresa, ficando no cargo até a Segunda Guerra Mundial, quando foi sucedido por seu neto, Henry Ford II.
Henry Ford – Biografia
No dia 30 de julho de 1863, nascia em Michigan um dos maiores nomes da indústria americana: Henry Ford.
Ele era o irmão mais velho dentre seis irmãos, neto de imigrantes irlandeses, e todos na família trabalhavam na fazenda.
Durante seus primeiros anos, Henry trabalhou na fazenda da família em Dearborn, Michigan.
Henry considerava os ofícios da fazenda desinteressantes. Ele gostava de trabalhar na ferraria da fazenda. Ele tinha um talento nato para a matemática, o que proporcionou a habilidade necessária para desenhar e construir máquinas. Ele tinha uma natureza inteligente e questionadora, o que também contribuía para que fosse um ávido experimentador. Uma vez, para provar a força do vapor, ele colocou uma rolha no bico de uma chaleira com água fervente e ela explodiu!
Conforme crescia, seu pai permitia que ele consertasse e usasse muitas das ferramentas da fazenda. Sua mãe o chamava de “mecânico de nascença”.
Talvez o evento mais dramático em sua vida aconteceu em 1876, aos 13 anos de idade. Enquanto andava com seu pai em uma carroça, eles viram uma máquina a vapor percorrendo a estrada com sua própria força! Ford pulou da carroça imediatamente e foi questionar o condutor sobre sua máquina. Usada para propósitos estacionários, como serrar madeira, a máquina tinha sido montada sobre rodas para se auto propulsar. O engenheiro explicou tudo sobre a máquina e até deixou Ford colocá-la em movimento.
Mais tarde, Ford disse: “Aquilo me mostrou que eu era um engenheiro por instinto”. A semente da idéia de que poderia existir um veículo com auto-propulsão foi plantada naquele momento, e ocupou sua imaginação por anos.
Aos 17 anos, Henry deixou a fazenda da família e foi trabalhar em Detroit. Começou trabalhando na Michigan Car Company por $1,10 por dia.
Ele foi rapidamente demitido por causar insatisfação aos empregados mais antigos: ele fazia consertos em meia hora, quando o usual era de 5 horas.
Henry trabalhou na Detroit Drydock Company, onde aprendeu o funcionamento das máquinas a vapor. Em 1882, Henry se tornou um mecânico certificado pela Westinghouse Company, onde ele viajava pelo sul de Michigan ajustando e consertando máquinas a vapor.
Em 1885, conheceu Clara Jane Bryant e se casaram em 1888. Seu pai o presenteou com uma fazenda de 40 acres, de onde Henry poderia tirar seu sustento. Em seu tempo livre, Henry satisfazia sua paixão por construir máquinas leves. Três anos mais tarde, Henry e Clara Ford se mudaram para Detroit, onde ele poderia trabalhar como engenheiro chefe para a Detroit Illuminating Company. No final de 1893, Henry construiu sua primeira máquina de combustão interna, movida a gasolina. E em 1896, estava com seu quadriciclo pronto para ser testado. O invento assustou os cavalos, causou muitos protestos, mas funcionou!
Durante o tempo em que trabalhou na Detroit Edison Illuminating Company, Henry Ford pôde ser apresentado a Thomas Edison como “o jovem que fez um carro a gasolina”. Depois de discutir suas idéias com o grande inventor, Ford ficou grato em saber que Edison achava que suas idéias tinham grande mérito.
Edison disse: “Meu jovem, você a tem, uma máquina que carrega seu próprio combustível. Mantenha-se nela”. O encontro com Thomas Edison deu a Henry Ford nova inspiração e seu espírito foi renovado pelas palavras de encorajamento do famoso inventor.
Em 1899, Ford viu-se diante do conflito entre seu trabalho de desenvolvimento de automóveis com sua posição na Detroit Edison Illuminating Company. Mesmo com a satisfação da companhia com seu trabalho e com a oferta da posição de Superintendente Geral, eles o pediram para fazer uma escolha. Poderia ele desistir de seu “hobby” de construção de automóveis para se decidir integralmente à Companhia? Ford decidiu que ele queria fazer automóveis.
Em 1901, Henry com Alexander Malcomson fundaram a Ford and Malcomson Company. Ford empregou 10 trabalhadores e teve os chassis do carro construído por John e Horace Dodge. Em 16 de junho de 1903, com 10 investidores e as patentes, conhecimento e máquinas, Henry Ford criou a Ford Motor Company. O Modelo A tinha um preço de $850, com velocidade máxima de 30 mph e era produzido a uma taxa de 15 carros por dia, em julho de 1903.
O auge de sua vida foi comentado por Will Rogers, um comediante da época, que disse: “Centenas de anos serão necessários para dizer se você nos ajudou ou nos machucou. Mas certamente você não nos deixou como encontrou”.
Com a presença de Clarence Avery, que usava os estudos de tempos e movimentos de Frederick Taylor, foi possível aperfeiçoar a técnica para o uso na manufatura de Ford.
O Modelo T foi o novo modelo feito. Começou a ser vendido em outubro de 1908 e dominou as vendas pelos próprios 18 anos. Devido ao seu desenvolvimento da linha de montagem, usada para a produção em massa de automóveis, Ford vendeu mais da metade dos carros na indústria, no período 1918-1919 e 1921-1925. Do período da introdução do Modelo T ou “Tin Lizzie” em 1908 a 6 anos depois, Ford construiria fábricas maiores e diminuiria o tempo de montagem de um carro de 12 horas e meia para 93 minutos.
Ford disse: “O modo de se fazer um automóvel é fazer um automóvel é fazer um igual a outro. Se você não alterar o design e concentrar na produção, conforme o volume aumenta, os carros certamente ficarão mais baratos. Isto significa fazer carros que os trabalhadores possam comprar”.
Disse ainda: “Eu vou construir um automóvel para a grande multidão…construído com os melhores materiais, pelos melhores homens, com os designs que a moderna engenharia pode proporcionar…tão baixo no preço que qualquer homem ganhando um salário razoável poderá adquirir um e aproveitar com sua família a bênção das horas de prazer”. Esta filosofia de negócios fez de Henry um dos homens mais ricos do mundo e um herói americano.
Em 1914, antes da Primeira Guerra Mundial, Henry Ford formou uma organização pela paz. A paz não foi mantida e em 1917 os Estados Unidos entraram na guerra. Ford parou de produzir o seu Modelo T e passou a produzir itens necessários aos Estados Unidos na guerra. No final da guerra, o presidente Woodrow Wilson pediu a Ford para concorrer às eleições para o Senado. Henry não era político, mas concorreu como candidato independente e perdeu por pouco.
Henry voltou a fazer o que ele fazia de melhor: construir e aperfeiçoar seus automóveis. Em 1924, a companhia já tinha vendido 10 milhões de automóveis.
Um ano mais tarde, as vendas começaram a cair, pois a competição apresentava inovações em seus carros.
Para voltar ao topo da indústria automobilística, Ford introduziu o segundo Modelo A, em 1927. Foi um grande sucesso! Em 1929, a companhia produziu próximo de 2 milhões de carros. Para facilitar a aquisição do Modelo A, um novo sistema de vendas foi desenvolvido. Através da companhia financeira de Ford, a Universal Credit Company, o método de prestações iniciou-se.
Em outubro de 1929, a Grande Depressão começou. A Ford Company não foi afetada até 1931, quando perdeu dinheiro. Para energizar a companhia, um novo modelo foi introduzido, a um preço mais baixo, o Ford V-8. Em 1934, a Ford Motor Company estava rentável novamente. Durante este tempo, Ford também cortou os salários e aumentou as horas de trabalho de seus funcionáriso. Contra sua vontade, muitos de seus empregados trocaram a Ford Company pela United Auto Workers Union. Em 1941, novamente Ford parava de fabricar bens para a Segunda Guerra Mundial.
Na noite de 7 de abril de 1947, Henry Ford morria, aos 84 anos. A pessoa se foi, mas seus sonhos e sua companhia permanecem. Ele teve o louvor de um patriota, filantropo, reformista, economista e professor. Representou o símbolo da genialidade produtiva. Os empreendedores modernos devem tirar uma lição da história de como o processo de dedicação conduz ao sucesso.
Henry Ford – Brasil
A constituição da Ford, em 16 de junho de 1903, no estado norte-americano de Michigan, é um divisor de águas na história da indústria automobilística. Movido pelo sonho de fazer do automóvel um produto acessível para as multidões, Henry Ford, com o apoio de outros 11 empreendedores, revolucionou a produção e as relações de trabalho, com a adoção de um modelo de produtividade até hoje exemplar para o setor, o Fordismo, que consiste na separação das funções em dois níveis – planejamento e execução – e na segmentação máxima do trabalho, para se alcançar maior produção em menor tempo.
O sucesso dessa fórmula está refletido atualmente, 100 anos após a fundação da Ford, em números. A companhia, segunda maior do mundo no setor automobilístico, atua em 25 países, abriga 106 fábricas e produziu, em 2001, 7 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Detém ainda as marcas Jaguar, Mazda, Volvo, Land Rover, Aston Martin, Mercury e Lincoln.
Henry Ford no quadriciclo inventado por ele em 1896
No Brasil, onde foi a primeira do ramo a se instalar, em 1919, a performance da empresa não é diferente. Sob os pilares do fortalecimento da marca, da renovação da linha de produtos e da reestruturação da rede de distribuidores, a Ford registrou um crescimento de 27,5% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
As exportações, impulsionadas recentemente pelo Novo Fiesta, somaram US$ 143,4 milhões, o que representou um aumento de mais de 100%, também em relação ao primeiro trimestre de 2002. No mercado nacional, a participação da empresa no segmento de automóveis e comerciais leves saltou de 9,28%, em dezembro do ano passado, para 10,5%, em abril deste ano.
“O centenário mundial e os 84 anos de Brasil são motivos de orgulho para a companhia. Estamos começando a colher os resultados do lançamento de modelos e dos grandes investimentos que fizemos”, afirma o presidente da Ford Motor Company Brasil, Antonio Maciel Neto.
Esses investimentos incluem a construção recente de uma fábrica em Camaçari (BA) – a ponta de lança, no Nordeste, de um novo pólo industrial de desenvolvimento internacional -, o lançamento do Novo Fiesta e do EcoSport e a modernização das fábricas de Taubaté e São Bernardo do Campo, em São Paulo, transformadas em centros exportadores de motores e veículos. Atualmente, a Ford Brasil exporta, para diversos países, o Novo Fiesta, o Ka, as pick-ups Courier e F-250 e os caminhões Cargo e Série F. Além deles, integram ainda a mais completa linha do mercado nacional o Fiesta Street Hatch e Sedan, o Focus, o Mondeo e a pick-up Ranger, além de caminhões de três a quatro toneladas.
A revolução de Henry Ford
Fundador da empresa criou a produção em série e marcou a indústria
Além de carros, Henry Ford fez escola e revolucionou a produção industrial no planeta.
A visão empreendedora do norte-americano, nascido no estado de Michigang, em 1863, de fabricação em série, em larga escala e que assegurasse preços acessíveis aos consumidores, garantiu a ele lugar em capítulos de todos os livros de administração e o nome de um modelo produtivo: o Fordismo.
Na eleição realizada pela revista Time para a escolha das 100 maiores personalidades do século XX, Henry Ford ocupa uma das 20 posições destinadas à categoria Builders & Titans (Construtores & Titãs) e, em trecho da matéria dedicada a ele, escrita pelo ex-presidente da Ford, Lee Iacocca, descreve-se: “Produziu carros acessíveis, pagou altos salários e ajudou a criar a classe média. Nada mau para um autocrata”.
Sua fórmula baseou-se especialmente naquilo que Taylor, o pai da administração científica, preconizava: dividir as funções, numa fábrica, em dois níveis, o do planejamento e o da execução. Ford cercou-se dos melhores profissionais para planejar sua indústria e administrá-la e, nas fábricas, promoveu a segmentação máxima do trabalho.
Foi baseando-se nessa proposta que a Ford passou do status de uma pequena empresa, construída por Henry e outros 11 empreendedores, em 1903, com um capital inicial de US$ 28 mil, para a posição de segunda maior companhia de automóveis do planeta, detentora das marcas Jaguar, Mazda, Volvo, Land Rover, Aston Martin, Mercury e Lincoln, um século mais tarde.
O que Henry Ford fez de revolucionário foi aplicar, em sua empresa, conceitos que a levaram a excelentes índices de eficiência.
Essa estratégia tinha um objetivo, divulgado já nas primeiras propagandas: “Construir e comercializar um automóvel especialmente projetado para o uso e abuso de todos os dias – nos negócios, na área profissional, na família (…). Uma máquina que será admirada tanto pelos homens como pelas mulheres e pelas crianças, por ser compacta, simples, segura e por sua conveniência para tudo (…). E por seu preço excepcionalmente razoável, que a coloca ao alcance de milhares que não poderiam sequer pensar nos preços comparativamente fabulosos da maioria das máquinas”.
Popular
Conta a lenda que foi em uma embaladora de carnes, vendo o produto passar por uma esteira rolante, que Ford teve a inspiração para adotar a fabricação em série. Os princípios dessa inovação eram a máxima produção dentro de um período determinado, a intensificação, o aumento da velocidade rotatória do capital circulante, visando à pouca imobilização dele e rápida recuperação do investimento, e a economia, que diz respeito a reduzir ao mínimo o total de matéria-prima em estoque.
Promover as mudanças não foi fácil. A transformação incluiu a introdução de uma cultura entre os trabalhadores, que passaram a exercer funções específicas e repetitivas nas linhas de montagem. Antes, vários funcionários trabalhavam conjuntamente para fabricar um veículo inteiro. Com o novo modelo, o processo passava a ser segmentado, com uma produção em massa, em série e em cadeia contínua.
Muitos abandonaram a Ford assim que as linhas de produção começaram a funcionar, em 1913, em razão da alta produtividade e repetição de tarefas.
Para evitar a evasão da mão-de-obra, Henry Ford inovou mais uma vez: aumentou o salário dos trabalhadores para US$ 5 por hora, o dobro do que se pagava na época, e reduziu a jornada de trabalho, de nove horas diárias, para oito horas/dia.
A lógica de Ford era a seguinte: pouco importa se tinha de baixar o preço dos carros ou aumentar os salários dos funcionários, desde que a atividades continuassem dando lucros.
Além disso, ao aumentar os salários, ele alcançava outros dois objetivos: a motivação de seus empregados e a criação de uma massa de consumidores, já que, para que ocorra o consumo é preciso que exista gente com dinheiro no bolso. Daí dizer-se que Ford teve participação na criação da classe média.
O modelo T – os antecessores tiveram como nome as letras de A a S -, lançado em 1908, chegou ao mercado a um preço de US$ 850. Foi o único fabricado pela empresa durante 19 anos e seria comercializado, anos depois, por apenas US$ 269 dólares. Em 1927, quando o Ford T deixou de ser produzido, 15 milhões de unidades tinham sido vendidas, nada menos do que 50% do total comercializado no mundo.
Salto
Em 1909, a Ford produziu 14 mil automóveis em um ano. Em 1914, o número saltou para 240 mil, uma conseqüência direta da implantação da linha em série. Já naquele ano, com a primeira esteira de montagem, produzia-se um automóvel a cada 84 minutos.
A partir daí, a linha de veículos foi se diversificando, até a empresa se transformar no grande conglomerado multinacional que é hoje. No mundo, o Fordismo expandiu-se no pós-guerra e foi o modelo que impulsionou a produção em diversos países. As linhas de montagem foram surgindo em vários segmentos, principalmente nos de bens duráveis, e criou-se o mercado consumidor. A partir do seu estilo de produzir, que massificou a utilização de automóveis, a Ford impulsionou outros segmentos, como o de rodovias, postos de gasolina e pneus.
Evolução
O modelo adotado por Ford passou por evoluções, resultantes do desenvolvimento tecnológico e das transformações nas relações econômicas e sociais, que alteraram também as demandas. A partir da década de 1970, iniciou-se uma revisão da doutrina de Ford, o chamado pós-fordismo. Como características, esse novo modelo adotou a flexibilização nas relações de trabalho e de consumo, passando-se à conquista de mercados externos, à expansão de atividades para outros continentes e o “just in time”, que determina que as empresas devem produzir de forma rápida, eficiente, enxuta e somente para atender demandas, sem a menutenção de grandes estoques.
Ainda assim, grandes mudanças introduzidas por Ford permanecem nas fábricas, como a segmentação do trabalho. “Com sua filosofia de produção em massa, preços baixos, altos salários e organização eficiente do trabalho, Henry Ford apresentou ao mundo o maior exemplo de administração eficiente individual que a história conhece”, definiu o professor Reinaldo O. da Silva, em seu livro Teorias da Administração.
Ford, certa vez, revelou: “O segredo do meu sucesso está no fato de pagar como se fosse perdulário e comprar como se estivesse quebrando.”
Fonte: www.biography.com/www.americaslibrary.gov/www.meusestudos.com
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