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O dramaturgo e poeta português Gil Vicente, que escreveu em Português e Espanhol, foi classificado como uma das figuras proeminentes da Renascença Ibérica.
Quase nada se sabe sobre a primeira metade da vida de Gil Vicente até a sua primeira aparição pública como dramaturgo em 1502.
Ele provavelmente foi aprendiz de Martim Vicente, um parente próximo e ourives, e foi como um ourives que Gil atraiu a atenção da Rainha D. Leonor, que em 1495 ficou viúva por D. João II. O irmão dela, em seguida, tornou-se o rei D. Manuel I. A seu pedido Vicente contribuiu alguns versos de um dos Serões famosos do Paço.
Gil Vicente – Dramaturgo
Nascimento: 1465, Guimarães, Portugal
Falecimento: 1537, Évora, Portugal
Foi o mais importante dramaturgo português.
Ourives do reino, mestre de balança da Casa da Moeda, autor da famosa Custódia de Belém, representa, em 1502, o Auto da Visitação (Monólogo do Vaqueiro), perante a rainha parturiente, sendo este o início de uma carreira fecunda de comediógrafo, regular e brilhante.
A sua obra representa o encontro da herança medieval, sobretudo nos gêneros e na medida poética (utiliza sistematicamente a métrica popular, em autos e farsas), com o espírito renascentista de exercício crítico e de denúncia das irregularidades institucionais e dos vícios da sociedade.
Entre as suas inúmeras obras contam-se: o Auto da Índia, 1509, farsa que critica o abandono a que o embarque eufórico e sistemático dos Portugueses para o Oriente, em cata de riquezas, vota a pátria e as situações familiares; os Autos das Barcas (Barca do Inferno, 1517; Barca do Purgatório, 1518; Barca da Glória, 1519), peças de moralidade, que constituem uma alegoria dos vícios humanos; Auto da Alma, 1518, auto sacramental, que encena a transitoriedade do homem na vida terrena e os seus conflitos entre o bem e o mal; Quem Tem Farelos?, 1515, Mofina Mendes, 1515, e Inês Pereira, 1523, que traçam quadros populares de intensidade moral, simbólica ou quotidiana, em urdiduras de cómico irresistível e de alcance satírico agudo e contundente.
É muito rica a galeria de tipos em Gil Vicente, e variada a gama da sua múltipla expressão, desde a poetização do mais comum, até à religiosidade refinada e aos conteúdos abstratos e ideológicos que defende ou satiriza.
Gil Vicente – Vida
Conhece-se mal a sua biografia. Um dos problemas maiores que se apresentam no estudo da biografia do autor é o da identificação do poeta Gil Vicente com um outro Gil Vicente, ourives muito conhecido na época e autor da célebre custódia de Belém. Trata-se do mesmo homem ou de dois homens diferentes? A tese de identificação parece a mais provável, mas o debate não está ainda encerrado…
Para determinar a data do seu nascimento tem-se recorrido várias vezes ao perigoso método que consiste em dar-lhe a idade que a si próprias atribuem certas personagens nas suas peças teatrais. Terá nascido na década de 1460-1470.
Mais séria, embora vaga, é a menção contida na carta que Gil Vicente dirigiu ao rei após o tremor de terra de Santarém, em 26 de Jan. de 1531: «…assi vezinho da morte como estou». Deve ter ocorrido em 1536 ou pouco depois.
Foi casado duas vezes.
Esteve muito tempo ao serviço da «Rainha Velha» Dona Leonor. Esta encontrava-se presente na câmara da rainha Dona Maria, na terça-feira, 7 de Junho de 1502, quando ali foi recitado o Monólogo do Vaqueiro, primeira obra conhecida do autor.
Passou de seguida diretamente para o serviço do rei, D. Manuel. Continuou a gozar da mesma confiança sob o reinado de D. João III, que lhe concedeu diversas «mercês» financeiras.
Fez toda a sua carreira como personagem oficial da corte, na roda imediata da rainha Dona Leonor, de D. Manuel I e de D. João III.
É Gil Vicente o fundador do teatro português?
Garcia de Resende, contemporâneo de G. V. e testemunha particularmente bem informada, falando na sua Miscelânea das «representações» de mestre Gil, escreve:
Ele foi o que inventou
isto cá e o usou
com mais graça e mais doutrina
posto que João del Enzina
o pastoril começou. (Trova 186)
As Fontes de Gil Vicente
A motivação inicial, o impulso que pôs em marcha a obra de Gil V., vieram da Espanha. As primeiras peças que ele concebeu são imitações das éclogas dos poetas de Salamanca Juan del Encina e Lucas Fernández, chegando até a adoptar a língua deles. Mas, a partir desses modestos começos, G. V. foi construindo, por enriquecimentos sucessivos, uma obra de extraordinária diversidade. Como é natural, ela não nasceu do nada. G. Vicente aproveitou-se de fontes diversas, que os investigadores se têm empenhado em identificar.
Havia, em 1.º lugar, os textos religiosos – O Antigo e o Novo Testamento, o Breviário, as Horas Canônicas – de que o autor estava positivamente impregnado e que fecundararm as suas peças de «devação».
Há em seguida as fontes espanholas, que foram muito importantes. G. V. era perfeitamente bilingue e boa parte da sua cultura foi bebida em livros escritos em castelhano.
As fontes populares portuguesas
Inspirou-se também na tradição popular portug.ª transmitida através do folclore e da literatura oral.
Gil Vicente – Biografia
A biografia de Gil Vicente ainda permanece um mistério em muitos aspectos . Não há provas definitivas que possam estabelecer com segurança sua identidade.
Calcula-se que tenha nascido por volta de 1465 .
Há poemas seus no Cancioneiro geral , organizado por Garcia de Resende e publicado em 1516 . A sua carreira teatral , por outro lado , começou de forma inusitada ; por ocasião do nascimento do filho de D.Manuel e de D. Maria de Castela , em 1502 , ele entrou nos aposentos reais e , diante da corte surpresa , declamou um monólogo que tinha escrito em castelhano , à semelhança de Juan del Encina , o Monólogo do vaqueiro ( ou Auto da visitação ) , em que um simples homem do campo expressa sua alegria pelo nascimento do herdeiro , desejando-lhe felicidades . A interpretação entusiasmou a corte , que lhe pediu a repetição na passagem do Natal . Gil Vicente atendeu aos apelos , porém compôs um outro texto , o Auto pastoril castelhano , que também fez sucesso . Tinha início , assim , uma brilhante carreira , que se estenderia por mais de trinta anos . Sua última peça é de 1536 , e depois dessa data não há mais notícias suas.
Preparava uma edição de sua obra quando faleceu . Luís Vicente , seu filho , publicou em 1562 a Copilaçam de todalas peças de Gil Vicente , que deixa muito a desejar por ser incompleta e pelas alterações em vários textos .
A sua participação na vida da corte foi intensa e variada , tendo inclusive recebido prêmios de D.João III . Várias peças suas circularam sob forma de cordel e , por ocasião do estabelecimento da Inquisição em Portugal , algumas foram proibidas .
Dessa forma , pouco se conhece de concreto sobre a vida do homem Gil Vicente , mas as numerosas peças que nos restaram bastam para avaliar o talento indiscutível do escritor Gil Vicente , justamente considerado o fundador do teatro português .
CARACTERÍSTICAS GERAIS
O caráter popular: Embora freqüentador da corte , Gil Vicente é um artista profundamente enraizado nas tradições populares . Em suas peças vemos desfilar toda a galeria de tipos humanos da sociedade portuguesa , de reis a camponeses , de clérigos a cavaleiros , de princesas a alcoviteiras . A poesia popular e os costumes folclóricos também são elementos de que se valeu Gil Vicente para a composição de seu teatro . A linguagem rica e variada das personagens , de acordo com sua origem e posição social , é outro aspecto importante da arte vicentina . Aliás , a riqueza e vivacidade do diálogo , elevando a palavra a um nível sem precedente na época , são a sua maior contribuição para o estabelecimento de um teatro literário português , bem distante das rústicas encenações de então .
O uso do verso não tornou artificial a linguagem teatral vicentina . Sabendo desenvolver com muita arte e inteligência as potencialidades da língua portuguesa ( e castelhana ) , Gil Vicente explora o trocadilho , os ditos populares , utiliza-se de falares regionais , aproveita ( como trovador que foi ) a beleza da linguagem das cantigas e a suavidade dos hinos religiosos .
Por outro lado , esses elementos estilísticos só são chamados à cena para que se representem , com mais fidelidade , as situações dos homens da época . O que interessa a Gil Vicente é a vida quotidiana , é a representação dos problemas de seu tempo.
E aí passamos a outro aspecto da arte vicentina: a crítica social .
A CRÍTICA SOCIAL
Pode-se dizer que o teatro popular de Gil Vicente expressa uma visão extremamente crítica da sociedade da época .
Sem fazer distinção entre as classes sociais , coloca o autor em cena os erros e vaidades de ricos e pobres , nobres e plebeus; censura a hipocrisia dos frades que não fazem o que pregam ; denuncia os exploradores do povo, sejam eles juízes ou sapateiros ; desnuda a imoralidade das alcoviteiras e satiriza os velhos sensuais; ridiculariza os supersticiosos e os charlatães . No conjunto , seu teatro apresenta um vasto painel crítico das classes sociais do fim da Idade Média portuguesa. Tentando alcançar a consciência de cada homem , Gil Vicente deixa explícito em suas peças que seu objetivo não é apenas divertir mas sim destacar os vícios de uma sociedade cada vez mais materialistas e corrupta para reconduzi-la ao caminho do Bem .
Essa posição crítica é , no fundo , uma tentativa de volta ao passado . Contemporâneo das modificações operadas na sociedade portuguesa em função do desenvolvimento comercial gerado pelas conquistas ultramarinas , o espírito medieval de Gil Vicente não encontra lugar na nova ordem que se vai construindo.
Daí seu ataque ferino a todas as classes sociais, que são chamadas a uma reconsideração de atitudes e valores . Embora vivendo em pleno Renascimento, para Gil Vicente o homem não era a medida de todas as coisas. A concepção teocêntrica da vida e a fidelidade aos valores espirituais ainda norteiam sua visão crítica.
Como bem resumir a estudiosa Carolina Michaëlis, “além de poeta , Gil Vicente era pensador, e era cristão de fé medieval . Colocado nos umbrais do tempo moderno , emancipado, e só de leve atingido pelo bafo humanista do Renascimento com seus gozos intelectuais e aristocráticos, ele tinha sempre em mente o mundo do além; preocupava-se com a salvação da alma e o bom emprego de cada dia do capítulo da vida que passamos neste mundo terrestre. Tinha simpatia pelos humildes, ingênuos e perseguidos ; antipatia pelos prevaricadores e devassos. ”
CLASSIFICAÇÃO DA PEÇAS
Gil Vicente escreveu mais de quarenta peças, inclusive algumas em castelhano e outras bilíngües. Apenas para efeito didático, já que muitas delas não apresentam diferenças bem nítidas, podemos agrupar as principais em dois grupos, de acordo com sua preocupação dominante.
Peças de crítica social: Quem te farelos ? – em que um escudeiro pobretão procura namorar uma certa moça mas é enxotado pela mãe desta; Auto da Índia , que apresenta engajado nas expedições de ultramar; Farsa de Inês Pereira , que aborda o tema da mulher impertinente, escolhe um tolo a quem possa enganar.
É a ilustração do dito popular: “Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube “. O Velho da horta , em que se ridiculariza a paixão súbita de um velho por uma jovem.
Outras peças: Farsa dos almocreves, Farsa do escudeiro etc.
Peças religiosas: Auto da Mofina Mendes ( ou Os Mistérios da Virgem ), cujo simbolismo fundamental é a oposição entre a transitoriedade das coisas terrenas e a esperança trazida aos homens pelo mistério da Encarnação; Auto da alma, que apresenta o drama da luta da Alma humana na sua peregrinação terrena. Se ela não encontrasse proteção na “Santa Madre Igreja “teria cedido às seduções do diabo e perdido a vida eterna; Triologia das barcas, composta de Auto da barca do inferno, Auto da barca do purgatório, Auto da barca da glória. Estas peças mostram as almas dos mortos à espera das embarcações que as levarão ao destino final. O ponto central é a acusação e defesa das almas nos diálogos com o diabo e com o anjo. A sátira social é marcante no Auto da barca do inferno.
Outras peças: Breve sumário da história de Deus, auto da sibila Cassandra, Auto da feira , Auto da fé etc.
Há ainda outros tipos de peças, que podem ser reunidas da seguinte maneira: peças de temas romanescos tais como Amadis de Gaula, D.Duardos e Comédia do viúvo, em que o assunto é extraído geralmente das novelas de cavalaria, tão populares naquele tempo; autos pastoris, como Auto da visitação, Auto pastoril castelhano, Auto dos reis magos etc., que colocam em cena pastores e pastoras, quase sempre desenvolvendo algum motivo religioso; peças alegóricas, como Nau de amores, O Templo de Apolo, Cortes de Júpiter etc., que são fantasias de assuntos variados.
Gil Vicente – Poeta Português
Dramaturgo e poeta português. Não há dados seguros acerca da sua biografia. Eventualmente terá nascido em Guimarães.
Como dramaturgo, conservam-se hoje 44 peças suas de vários gêneros. A circulação da sua obra fazia-se, em parte, através de folhetos impressos, em literatura de cordel, datando a primeira compilação das suas peças, a COMPILAÇAM DE TODALAS OBRAS DE GIL VICENTE (da responsabilidade de seu filho, Luís Vicente), de 1562.
Gil Vicente retrata a sociedade portuguesa do seu tempo, em todos os seus vícios e impulsos, num registo de valor incomensurável para o conhecimento da época. Do ponto de vista poético, é notável a sua capacidade de captar as mais diferentes tonalidades e registos de linguagem – a linguagem típica de cada grupo social, de cada atitude, em diálogos ou monólogos extremamente vivos que os definem exemplarmente. Consegue exprimir, em tom adequado, tanto as mais elevadas vivências espirituais, como o sofrimento dramático, a manha ou a inocência de certas personagens, ou ainda a força viva da natureza, em elementos que a personificam. Não sendo um inovador (recorre sobretudo à métrica tradicional), recolhe a vivacidade da linguagem coloquial na sua variedade e no seu poder sugestivo.
Gil Vicente é figura ímpar do espírito medieval e dos inícios do Humanismo, Gil Vicente é figura ímpar da tendência lírica, sentimental, representada por outros poetas, como Bernardim Ribeiro.
Gil Vicente – História
Caricatura de Gil Vicente
Como afirma o professor Segismundo Spina “Gil Vicente, como outros grandes gênios da literatura ocidental – desde Homero a Camões e Shakespeare – não tem uma biografia segura, ignora-se o lugar de seu nascimento (…) como se ignoram as datas de sua existência”. O mais provável é que ele tenha vivido entre os anos de 1465 e 1537.
Gil Vicente foi ourives oficial da corte, como afirmam seus biógrafos, até por volta do ano de 1502, quando encenou a sua primeira peça o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro, em homenagem ao nascimento do filho de D. Manuel com D. Maria. A peça fez tanto sucesso que o levou a elaborar outras, igualmente cheias de êxito.
Gil Vicente, além de ser colaborador na obra O Cancioneiro Geral, de Garcia Resende desempenhou na corte a importante função de organizar as festas palacianas. Ele alcançou tanto prestígio na corte que ousou em 1531, pôr ocasião de um terremoto, num discurso feito perante os frades em Santarém, censurar energeticamente os sermões nos quais os frades explicavam a catástrofe como resultado da ira divina. Na sua carreira de dramaturgo, foi protegido pela rainha D. Leonor.
Perfil literário
Gil Vicente foi sem dúvida um homem que viveu um conflito interno, por conta da transição da idade Média para a Idade Moderna. Isso quer dizer que foi um homem ligado ao medievalismo e ao mesmo tempo ao humanismo, ou seja, um homem que pensa em Deus mais exalta o homem livre.
O Autor critica em sua obra, de forma impiedosa, toda a sociedade de seu tempo, desde os membros das mais altas classes sociais até os das mais baixas. Contudo as personagens por ele criadas não se sobressaem como indivíduos. São sobretudo tipos que ilustram a sociedade da época, com suas aspirações, seus vícios e seus dramas (tipo é o nome dado aos personagens que apresentam características gerais de uma determinada classe social).
Esses tipos utilizados por Gil Vicente raramente aparecem identificados pelo nome. Quase sempre, são designados pela ocupação que exercem ou por algum outro traço social (sapateiro, onzeneiro, ama, clérico, frade, bispo, alcoviteira etc.). Ainda com relação aos personagens pode-se dizer que eles são simbólicos, ou seja, simbolizam vários comportamentos humanos.
Os membros da Igreja são alvo constante da crítica vicentina. É importante observar, no entanto, que o espírito religioso presente na formação do autor, jamais critica as instituições, os dogmas ou hierarquias da religião, e sim os indivíduos que as corrompem.
Acreditando na função moralizadora do teatro, colocou em cenas fatos e situações que revelam a degradação dos costumes, a imoralidade dos frades, a corrupção no seio da família, a imperícia dos médicos, as práticas de feitiçaria, o abandono do campo para se entregar às aventuras do mar.
A linguagem é o veículo que Gil melhor explora para conseguir efeitos cômicos ou poéticos. Escritas sempre em versos, as peças incorporam trocadilhos, ditos populares e expressões típicas de cada classe social.
A estrutura cênica do teatro vicentino apresenta enredos muito simples. Provavelmente as peças do teatrólogo eram encenadas no salão de festas do castelo real.
O teatro de Gil Vicente não segue a lei das três unidades básicas do teatro clássico (Grego e Romano) ação, tempo, espaço.
A ideologia das obras vicentinas apresentam sempre o confronto entre a idade Média e o Renascimento ou Medievalismo (Teocentrismo versus antropocentrismo).
As obras de Gil Vicente podem ser divididas em três fases distintas:
1ª fase (1502/1508)
Juan del Encima
Temas Religiosos
2ª fase (1508/1515) – Problemas sociais Decorrentes da expansão marítima Destacando:
“O Velho da Horta” (obra de cunho hedonta);
“Auto da Índia”.
3ª fase (1516/1536) – Maturidade artística
“Farsa de Inês Pereira”, que tem como tema é a educação feminina;
“Trilogia das Barcas”, uma critica social e religiosa.
A obra teatral de Gil Vicente pode ser didaticamente dividida em dois blocos:
Autos: peças teatrais de assunto religioso ou profano; sério ou cômico.
Os autos tinham a finalidade de divertir, de moralizar ou de difundir a fé cristã.
Os principais autos vicentinos são: Monólogo do Vaqueiro; Auto da Alma; Trilogia das Barcas (compreendendo: Auto da Barca do Inferno; Auto da Barca da Glória, Auto da Barca do purgatório); Auto da Feira, Auto da Índia e Auto da Mofina Mendes.
Farsas: são peças cômicas de um só ato, com enredo curto e poucas personagens, extraídas do cotidiano.
Destacam-se Farsa do Velho da Horta, Farsa de Inês Pereira e Quem tem Farelos?
A obra vicentina completa contém aproximadamente 44 peças (17 escritas em português, 11 em castelhano e 16 bilingües).
Obra Vicentina
Gil Vicente
De Gil Vicente (1465?-1537?) pouco se sabe em concreto.
Desconhece-se o local e a data exatos do nascimento e morte.
Alguns documentos dão-no como, além de dramaturgo, ourives. Sabe-se, todavia, que no dia 8 de Junho de 1502 representou um monólogo à rainha D. Maria.
É provável que tenha nascido na província (Guimarães), cedo se fixando em Lisboa. Na capital, a sua principal ocupação parece ter sido a de escrever e representar autos nas cortes do rei D. Manuel e do rei D. João III.
É considerado o pai do teatro português. De 1502 a 1536, Gil Vicente produziu mais de quarenta peças de teatro, chegando a publicar em vida algumas delas. Colaborou no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.
No entanto, só em 1562 é que o seu filho Luís Vicente publicou toda a sua obra com o título Compilaçam de todalas obras de Gil Vicente, a qual se reparte em cinco livros.
Da compilação, destacamos as peças mais conhecidas: Auto da Índia (1509), Exortação da Guerra (1513), Quem Tem Farelos? (1515), Auto da Barca do Inferno (1517), Auto da Fama (1521), Farsa de Inês Pereira (1523), Auto da Feira (1528) e Floresta de Enganos (1536).
Fonte: www.profabeatriz.hpg.ig.com.br/www.bibvirt.futuro.usp.br//br.geocities.com/biography.yourdictionary.com
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