Fagundes Varela

Fagundes Varela – Vida

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Nome completo: Luís Nicolau Fagundes Varela.

Nascimento: 17 de agosto de 1841, Rio Claro, Rio de Janeiro.

Falecimento: 18 de fevereiro de 1875, Niterói, Rio de Janeiro.

Forma autorizada: Varela, Fagundes.

Poeta brasileiro.

Sua obra romântica combina elementos do cristianismo primitivo ao lirismo e exaltação do Novo Mundo.

Ao romper com a vida urbana e levar a extremos a opção dos românticos pela natureza, Fagundes Varela criou uma obra marcada pela brasilidade, onde elementos de um cristianismo primitivo e puro unem-se ao lirismo da terra e à exaltação do Novo Mundo.

Luís Nicolau Fagundes Varela nasceu em Rio Claro RJ em 17 de agosto de 1841.

Em 1859, transferiu-se para São Paulo, mas só conseguiu ingressar na Faculdade de Direito em 1862.

Influenciado pelos últimos suspiros do “byronismo” estudantil paulistano, dedica-se à boêmia e à bebida, atraído constantemente pela marginalidade.

Daqui por diante a vida foi-lhe um rosário de boêmia, de infelicidades, de intemperança alcoólica, mas de fecundidade poética e de extraordinária inspiração.

Um ano passou em Recife (1865) continuando o curso de direito (3º ano). Em 1866 está de volta a São Paulo, matriculando-se no 4º ano.

Os sofrimentos morais levam-no a abandonar o curso e todos os compromissos sociais: só duas realidades o consolam – a poesia e a natureza.

Influenciado pelos últimos suspiros do “byronismo” estudantil paulistano, dedica-se à boêmia e à bebida, atraído constantemente pela marginalidade.

A morte de seu primeiro filho inspira-lhe seu mais conhecido poema, “Cântico do Calvário”. Tenta concluir o curso de direito em Recife, mas a morte da esposa o faz retornar a São Paulo.

Abandona, então, a faculdade e retorna à fazenda onde nascera, continuando a escrever poesia.

Casando-se outra vez, muda-se para Niterói, onde se entrega à bebida.

Fagundes Varela – Poeta

Fagundes Varela
Fagundes Varela

Associado à chamada escola byroniana, tornou-se conhecido por seu desregramento e intensa vida boêmia. Rebelde ante as convenções sociais, traiu as expectativas familiares ao casar-se ainda estudante com uma bailarina de circo.

O casamento durou pouco e terminou em tragédia: a morte de seu primeiro filho, aos três meses de idade, inspirou-lhe o “Cântico do calvário”, de emoção profunda, e foi seguida pela morte da esposa. Um segundo casamento não ajudou a enquadrar socialmente o poeta nem conseguiu afastá-lo da bebida, hábito que se tornou mais intenso e acabou por levá-lo à ruína.

Após extravasar-se nas “Palavras de um louco”, texto em prosa com força de manifesto publicado em 1861, e retratar-se como personagem maldito e extravagante em “Arquétipo” (“Era-lhe a vida uma comédia insípida / Estúpida e sem graça…”) e em outros poemas de seu primeiro livro, Noturnas (1863), Fagundes Varela lançou os versos patrióticos de O estandarte auriverde (1863), que precede os condoreiros por seu ardor nacionalista. De igual modo, fixou o mito do paraíso americano da liberdade em Vozes da América (1864) e deu precoce tratamento ao tema do negro em “Mauro, o escravo” (1864), que seria de praxe na literatura abolicionista das décadas seguintes.

Manteve-se sempre como poeta engajado, não raro com um tom didático, mas foi com o lirismo bucólico da fase madura que se tornou mais completo. Alguns de seus mais famosos poemas, como “Mimosa” e “A flor de maracujá”, datam dessa fase, enfeixada nos livros Cantos e fantasias (1866), Cantos meridionais (1869) e Cantos do ermo e da cidade (1869).

Nos últimos quatro anos de vida, concentrou-se na criação dos 8.484 decassílabos do Evangelho das selvas, que deixou inédito, e do Diário de Lázaro, que é em síntese a vida de Cristo, com interpolações livres, narrada aos índios do Brasil pelo jovem padre Anchieta. Precursor de posturas ecológicas e de certos traços de comportamento que só se tornaram comuns muito mais tarde, Fagundes Varela morreu aos 33 anos, em Niterói RJ, em 18 de fevereiro de 1875.

Em 1875, com trinta e quatro anos, morre de apoplexia, deixando uma esposa (segundo matrimônio), duas filhinhas e uma obra poética de fulgurações de gênio: Noturnas (São Paulo, 1861); O estandarte auriverde (São Paulo, 1863); Vozes da América (São Paulo, 1864); Cantos e fantasias (Paris, 1865); Cantos. meridionais (São Paulo, 1809); Cantos do ermo e da cidade (Paris, 1869); Anchieta ou o Evangelho nas selvas (Rio, 1875); Cantos Religiosos (Rio, 1878) e Diário de Lázaro (Rio, 1880).

Publicaram-se as Obras Completas em três volumes (Havre, 1886), editadas pela Livraria Garnier.

A morte de seu primeiro filho inspira-lhe seu mais conhecido poema, Cântico do Calvário. Tenta concluir o curso de Direito em Recife, mas a morte da esposa o faz retornar a São Paulo. Abandona, então, a faculdade e retorna à fazenda onde nascera, continuando a escrever poesia.

Fagundes Varela – Poeta Brasileiro Romântico

Fagundes Varela
Fagundes Varela

Luís Nicolau Fagundes Varela foi um poeta brasileiro romântico, adepto da “Movimento Ultra Romantismo”. Ele é patrono da cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras.

Fagundes Varela (Luís Nicolau F.V.), poeta, nasceu em Rio Claro, RJ, em 17 de agosto de 1841, e faleceu em Niterói, RJ, em 17 de fevereiro de 1875.

É o patrono da Cadeira n. 11, por escolha do fundador Lúcio de Mendonça.

Era filho do Dr. Emiliano Fagundes Varela e de Emília de Andrade, ambos de famílias fluminenses bem situadas.

Passou a infância na fazenda natal e na vila de S. João Marcos, de que o pai era juiz.

Depois, residiu em vários locais. Primeiro em Catalão (Goiás), para onde o magistrado fora transferido em 1851 e onde Fagundes Varela teria conhecido o juiz municipal Bernardo Guimarães.

De volta à terra natal, residiu em Angra dos Reis e Petrópolis, onde fez os estudos do primário e secundário.

Em 1859, foi terminar os preparatórios em São Paulo. Só em 1862 matricula-se na Faculdade de Direito, que nunca terminou, preferindo a literatura e dissipando-se na boêmia. Em 1861, publicara o primeiro livro de poesias, Noturnas.

Contraiu matrimônio com a artista de circo Alice Guilhermina Luande, de Sorocaba, que provocou escândalo na família e agravou-lhe a penúria financeira.

O primeiro filho, Emiliano, morto aos três meses de idade, inspirou-lhe um dos mais belos poemas, Cântico do Calvário. A partir daí, acentuam-se nele a tendência ambulatória e o alcoolismo, mas também a inspiração criadora. Publicou Vozes da América em 1864 e a sua obra-prima Cantos e fantasias, em 1865. Nesse ano, ou em 66, durante uma viagem prolongada a Recife, faleceu-lhe a mulher, que não o acompanhara ao Norte.

Ele voltou a São Paulo, matriculando-se em 1867 no 4o ano do curso de Direito. Abandonou de vez o curso e recolheu-se à casa paterna, na fazenda onde nascera, em Rio Claro, onde permanece até 1870, poetando e vagando pelos campos. Deixou-se sempre ficar na vida indefinível de boêmio, sem rumo, sem destino determinado. Casou-se pela segunda vez com a prima Maria Belisária de Brito Lambert, com quem teve duas filhas e um filho, este também falecido prematuramente.

Em 1870, mudou-se com o pai para Niterói, onde viveu até o fim da vida, com largas estadas nas fazendas dos parentes e certa freqüência nas rodas da boêmia intelectual do Rio.

Vivendo na última fase do Romantismo, a sua poesia revela um hábil poeta do verso. Em “Arquétipo”, um dos primeiros poemas, faz profissão de fé de tédio romântico, em versos brancos.

Embora o preponderante em sua poesia seja a angústia e o sofrimento, evidenciam-se outros aspectos importantes: o patriótico, em O estandarte auriverde (1863) e Vozes da América (1864); o amoroso, na fase lírica, dos poemas ligados à natureza, e, por fim, o místico e religioso. O poeta não deixa de lado, também, os problemas sociais, como o abolicionismo.

CARACTERÍSTICAS LITERÁTIRAS

Sua poesia marca a transição entre a geração ultra-romântica de Álvares de Azevedo e a geração condoreira de Castro Alves, passando por vários temas comuns do Romantismo vigente. Chegou a situar sua própria poesia “entre a descrença de Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu e a escola de ‘morrer moço’ e ‘os tacapes e borés’ do Sr. Gonçalves Dias.” Em certos momentos, seus versos ganham a depressão, o pessimismo, o culto à morte e a melancolia byroniana típicos da segunda geração romântica. A ingenuidade, e a paixão incontida, que o aproxima da poesia de Casimiro de Abreu, está sempre presente nos seus versos dedicados ao amor, à musa idealizada e perfeita. A sua religiosidade também é sempre forte e visível. Seus versos melosos, muitas vezes superficiais e de linguagem simples, convivem com obras-primas do mais puro e sincero sentimento humano, como é o caso de “O Cântico do Calvário”, dedicado ao filho que perdeu.

Fagundes Varela foi um dos mais fervorosos poetas a cantar a natureza e suas belezas, que servem de alívio à sua debilitada vida errante. A exaltação à pátria também é marcante, onde o poeta canta as grandezas da nação e seu povo, bem como a figura ilustre de D. Pedro II. Essa exaltação muitas vezes entra em conflito com o inconformismo e a inadequação à sociedade, o que o leva a escrever sobre os problemas sociais, aproximando-o da poesia condoreira da terceira e última geração romântica.

PRINCIPAIS OBRAS

Poesia

Noturnos (1863);
O estandarte auriverde (1863);
Vozes da América (1864);
Cantos e Fantasias (1865);
Cantos do Ermo e da Cidade (1869);
Cantos meridionais (1869);
Anchieta, ou Evangelho na Selva (1875);
Cantos religiosos (1878);
Diário de Lázaro (1880).

Fagundes Varela – Biografia

Fagundes Varela
Fagundes Varela

Luís Nicolau Fagundes Varela nasceu no estado do Rio de Janeiro, na cidade de Rio Claro, em 18 de Agosto de 1841.

Era filho de Emiliano Fagundes Varela e Emília de Andrade.

Passou a infância na fazenda Santa Rita e na vila de S. João Marcos, onde o pai era juiz.

Posteriormente, residiu em Catalão, Goiás; nesta cidade, Fagundes Varela conheceu Bernardo Guimarães, o então juiz municipal.

De volta ao Rio de Janeiro, morou em Angra dos Reis e Petrópolis, concluindo ali os estudos primários e secundários.

Em 1861 publicou o primeiro livro de poesia, Noturnas.

No ano de 1859 Fagundes Varela viaja para São Paulo, e em 1862 matricula-se na Faculdade de Direito, que nunca seria concluída, optando pela literatura e dissipando-se na boemia, fortemente influenciado pelo ”byronismo” dos estudantes paulistanos. No mesmo ano casou-se com Alice Guilhermina Luande, atriz circense da cidade de Sorocaba. Este matrimônio não era desejado pelas famílias do casal, assim a penúria financeira de Fagundes Varela foi agravada.

Uma das mais belas obras do autor é o poema Cântico do Calvário, inspirado na morte precoce de Emiliano, seu primeiro filho, falecido aos três meses de vida.

A partir deste momento, o poeta entrega-se definitivamente ao alcoolismo. Em contrapartida, cresce sua inspiração criadora.

Vozes da América foi publicada em 1864, e sua obra-prima Cantos e Fantasias, em 1865.

No ano seguinte, viaja para Recife e é avisado sobre o falecimento da esposa.

Assim, em 1867 retorna para São Paulo e matricula-se novamente no 4º ano de Direito. Porém, abandona o curso mais uma vez e recolhe-se na casa paterna, em sua cidade natal. Fagundes Varela permanece até 1870 em Rio Claro, compondo suas obras entre noitadas boêmias, vagando indefinidamente pela vida.

Casou-se pelas segunda vez com a prima Maria Belisária, com quem teve duas filhas e um filho que também morreu prematuramente.

Em 1870 vai para Niterói na companhia de seu pai, estabelecendo-se ocasionalmente na casa de familiares e ainda freqüentando a vida noturna carioca.

Em 17 de fevereiro de 1875, morre aos 34 anos de apoplexia, já em estado de completo desequilíbrio mental.

Em uma de suas primeiras obras (Arquétipo), Fagundes Varela revela-se um hábil na arte de versar.

Além da angústia predominante em sua poesia, percebe-se também uma forte apelação religiosa e mística. A influência amorosa e até mesmo os temas sociais e patrióticos enquadram-se na totalidade de sua extensa obra.

Varela é o patrono da Cadeira nº 11 da “Academia Brasileira de Letras”, por escolha do fundador Lúcio de Mendonça.

Escreveu as seguintes obras: Noturnas (1861); Vozes da América (1864); Cantos e fantasias (1865); Cantos meridionais e os Cantos do ermo e da cidade (1869).

Deixou inédito o Anchieta ou Evangelho na selva (1875), O diário de Lázaro (1880) e outras poesias.

Otaviano Hudson, amigo fiel, reuniu os Cantos religiosos (1878), com o fim de auxiliar a viúva e filhos do poeta.

As Poesias completas, organizada por Frederico José da Silva Ramos, foram lançadas em 1956.

Fonte: br.geocities.com/catalogos.bn.br

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