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Os detalhes sobre a vida de Bento Teixeira são muito escassos.
Seu local de nascimento é mais comumente aceito para ser Porto, Portugal, para Manuel Álvares de Barros e Lianor Rodrigues.
Bento Teixeira mudou-se para a colônia do Brasil em 1567 (?). Primeiro morando em Bahia, mas ele teve de fugir para Pernambuco, quando ele foi acusado de ser um judeu.
Em Pernambuco, Bento Teixeira tornou-se professor de aritmética, gramática e latim.
Voltando à Bahia, ele se casou com Filipa Raposa na cidade de Ilhéus, em 1584 (?).
Alegadamente, Bento Teixeira assassinou sua esposa sob suspeita de adultério, o que o fez fugir para Pernambuco mais uma vez. Refugiou no Mosteiro de São Bento, onde ele escreveu sua obra-prima Prosopopéia.
Outra versão diz que a esposa de Bento Teixeira acusou-o de ser judeu.
Depois de ser interrogado e absolvido em 1589, ele foi intimado pelo chamador da Inquisição Português, e Bento Teixeira, em seguida, confessou que ele era um seguidor do judaísmo. Enfurecido por delação de sua esposa, ele a matou e fugiu para o mosteiro acima mencionado. No entanto, ele foi encontrado, preso e enviado para Lisboa em 1595 (?), Permanecendo lá até sua morte.
Obras
Muitos trabalhos foram atribuídos a Bento Teixeira, tais como:
Relações do Naufrágio: De acordo com estudos feitos por Francisco Adolfo de Varnhagen, que foi escrita por Luís Afonso, piloto de uma nau chamada Santo Antônio, mencionado no poema Prosopopéia.
Diálogos das Grandezas do Brasil: De acordo com Capistrano de Abreu, que foi escrito por Ambrósio Fernandes Brandão.
O único cuja autoria é confirmado foi o poema épico Prosopopéia, escrito em 1601.
O poema, inspirado por Luís de Camões “Os Lusíadas, fala sobre a vida e obra do então governador de Pernambuco Jorge de Albuquerque Coelho e seu irmão Duarte.
Bento Teixeira – Biografia
Bento Teixeira
Bento Teixeira, escritor Português nasceu em Porto, Portugal em 1560 e morreu em 1618.
Controversa, durante muito tempo, a sua naturalidade e a sua própria identidade (Bento Teixeira ou Bento Teixeira Pinto), parece ser pacífica a questão de que toda a sua educação se processou no Brasil, para onde veio de tamanino, e onde viveu até morrer.
Considerado o mais antigo poeta brasileiro, a sua Prosopopeia ( poema épico em moldes camonianos, onde se cantam os feitos do governador Jorge de Albuquerque Coelho) surge como primeiro documento poético com uma referência local, brasileira, com especial relevo para uma descrição do Recife.
Obras: Prosopopeia, Lisboa, 1601; reedições de Ramirez Galvão, Rio de Janeiro, 1873, e de Afrânio Peixoto, idem, Academia Brasileira de Letras, 1923.
Bento Teixeira – Vida
Nasceu no Porto, em 1545 e faleceu a 1605, as datas são imprecisas. Desde os escritos de Abade Machado, em sua “Biblioteca Lusitana”, até os recentes trabalhos de Artur Mota, todos vieram repetindo o erro histórico de que este Bento Teixeira Pinto foi o primeiro poeta brasileiro.
Rodolfo Garcia na introdução que escreveu para o segundo volume de “Visitação do Santo Ofício às Partes do Brasil coleção provou que o poeta é simplesmente israelita do Porto. Não é, portanto, brasileiro. Filho de Manuel Alvares de Barros e Lianor Rodrigues, cristãos-novos.
Emigrou com a família para a Bahia em cujo seminário se matriculou, andando de batina. Tendo-se revelado israelita fugiu para Pernambuco, desposando Filipa Raposa, vivendo como professor de gramática, latim e aritmética. Pelas acusações que lhe fizeram em 1591, na Bahia, e em 1593 em Olinda, era o homem mais culto e intelectualmente capaz em todo o Brasil. Por questões de adultério, assassinou a esposa, refugiando-se no mosteiro dos Beneditinos, graças ao direito de asilo, ainda vigente naquele tempo.
Quando se viu novamente acusado perante a Inquisição, compôs e dedicou ao governador de Pernambuco, Jorge de Albuquerque Coelho, o poema “Prosopopéia” que apareceu, em Lisboa, em 1601.
Várias obras lhe têm sido atribuídas; mas, certamente, só sabemos que escreveu o poema camoniano “Prosopopéia”. Quanto à forma é pura imitação de Os Lusíadas, com versos inteiros, tirados de Camões. Quanto ao assunto, narra as peripécias de um naufrágio em que se encontrou Jorge de Albuquerque Coelho.
Aproveita a oportunidade para fazer descrições da terra pernambucana.
0 seu grande mérito é todo histórico: foi o primeiro trabalho aqui feito com intuitos puramente literários.
Tudo em sua biografia, e em sua bibliografia é incerteza, escreve o crítico Múcio Leão. Julgam-no alguns pernambucano, mas corrente mais numerosa o considerava português”.
Rodolfo Garcia o identifica ao cristão novo que depõe nas denunciações de Pernambuco ao Santo Ofício e se diz natural do Porto, como se vê no livro da “Primeira Visitação do Santo Ofício às partes do Brasil”.
Diogo Barbosa Machado, em sua “Biblioteca Lusitana” atribuiu-lhe a autoria de três obras: “Prosopopéia”, “Relação do Naufrágio” e “Diálogos das Grandezas do Brasil”.
Graças às investigações de Varnhagen, verificou-se que estas duas últimas obras, em prosa, não são da autoria de Bento Teixeira. “Relações do Naufrágio” foi escrita pelo piloto da nau Santo Antônio, Afonso Luís. Os “Diálogos” segundo demonstrou Capistrano de Abreu, são da autoria de Ambrósio Fernandes Brandão.
Ficará para Bento Teixeira – sujeito de maus princípios, uxoricida, segundo Rodolfo Garcia – apenas a insulsa “Prosopopéia”, cujo valor, como obra de brasileiro, pouco ou nada tem de característico, a não ser o colorido de algumas paisagens nossas, como a do “Recife de Pernambuco”.
Prosopopeia
É o único livro de Bento Teixeira, publicado em 1601. É um poemeto épico, com 94 estâncias em oitava-rima e decassílabos heróicos, obedecendo os moldes camonianos, focalizando Jorge Albuquerque Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco e de seu irmão Duarte, quem o autor pretende exaltar. Obra de Indiscutível valor histórico onde o herói narra acontecimentos heróicos no Brasil e em Alcácer-Quibir, na África. A descrição da batalha de Alcácer-Quibir, em que os dois irmãos se distinguem com ações preclaras. Nesta parte da obra encontram-se os melhores versos saídos da pena de Bento Teixeira.
Para o poeta Manuel Bandeira PROSOPOPÉIA:
“Nenhum valor literário tem, quer pelo conteúdo, mera sucessão de lisonjas bombásticas ao sublime Jorge… quer pela forma, canhestro decalque das dicções camonianas (no argumento: Cantem poetas o poder romano… Que eu canto em Albuquerque soberano… ; na invocação: E vós, sublime Jorge… suspende por agora a mente alta… ; na narração: A lâmpada do Sol tinha encoberto ao Mundo sua luz serena e pura…” e até na conclusão; Não mais, espírito meu, que estou cansado…
O fato de imitar Camões, não diminui Bento Teixeira, se for visto dentro da estética clássica: os tópicos da superioridade dos heróis portugueses sobre os antigos, da sorte inconstante e cruel, da pouca estima em que o vulgo tem a verdade, e, como bem notou Sores de Amora, cumpre estudá-la para determinar a originalidade de Bento Teixeira. Foi, sem dúvida alguma, uma imitação deliberada. Prosopopéia reflete franco acatamento da autoridade de Camões, mas também francas e até explícitas discordâncias de concepção poética.
Bento Teixeira – Prosopopéia
Bento Teixeira
Filho de Manuel Alvares de Barros e Lianor Rodrigues, cristãos-novos, Bento Teixeira nasceu no Porto, em 1545 e faleceu a 1605, as datas são imprecisas.
Desde os escritos de Abade Machado, em sua “Biblioteca Lusitana”, até os recentes trabalhos de Artur Mota, todos vieram repetindo o erro histórico de que este Bento Teixeira Pinto foi o primeiro poeta brasileiro.
Rodolfo Garcia na introdução que escreveu para o segundo volume de “Visitação do Santo Ofício às Partes do Brasil coleção provou que o poeta é simplesmente israelita do Porto. Não é, portanto, brasileiro.
Emigrou com a família para a Bahia em cujo seminário se matriculou, andando de batina. Tendo-se revelado israelita fugiu para Pernambuco, desposando Filipa Raposa, vivendo como professor de gramática, latim e aritmética.
Quando se viu novamente acusado perante a Inquisição, compôs e dedicou ao governador de Pernambuco, Jorge de Albuquerque Coelho, o poema “Prosopopéia” que apareceu, em Lisboa, em 1601.
Várias obras lhe têm sido atribuídas; mas, certamente, só sabemos que escreveu o poema camoniano “Prosopopéia”.
Ficará para Bento Teixeira – sujeito de maus princípios, uxoricida, segundo Rodolfo Garcia – apenas a insulsa “Prosopopéia”, cujo valor, como obra de brasileiro, pouco ou nada tem de característico, a não ser o colorido de algumas paisagens nossas, como a do “Recife de Pernambuco”.
Bento Teixeira – Poeta
Nome literário: Teixeira, Bento.
Nome completo: Teixeira, bento.
Nascimento: Porto, Portugal, cerca de 1561.
Falecimento: Lisboa, Portugal, julho de 1600.
Filho de cristãos-novos, veio com a família para o Brasil por volta de 1567, com destino à capitania do Espírito Santo, frequentando o colégio dos Jesuítas.
Em 1576 foi para o Rio de Janeiro e em 1579 para a Bahia. Em 1583 vai para Ilhéus onde se casa com Filipa Raposa, cristã-velha.
Sem possibilidade de melhoria financeira, parte em 1584 para Olinda, abrindo aí a escola.
Em 1588 vai para Igaraçu, dedicando-se ao magistério, à advocacia e ao comércio. Foi aí que a esposa começou a traí-lo sob pretexto de ele ser mau cristão e judeu.
Foi aí também que blasfemou, sendo, em consequência, levado a auto-de-fé em 31 de julho de 1589, mas conseguindo a absolvição do ouvidor da Vara Eclesiástica.
A 21 de janeiro de 1594 fez sua denúncia e confissão perante o Visitador do Santo Ofício, em Olinda. Em dezembro desse ano matou a esposa por adultério e refugiou-se no Mosteiro de São Bento daquela cidade.
Continuando sob a mira da Inquisição por judaísmo, foi preso em Olinda em 20 de agosto de 1595 sendo embarcado para Lisboa, aí chegando em janeiro de 1596.
Recolhido aos cárceres, negou a crença e prática judaicas, vindo a confessá-las depois.
Levado a auto-de-fé em 31 de janeiro de 1599, abjurou o judaísmo, recebeu doutrinação católica e obteve liberdade condicional a 30 de outubro.
Doente, faleceu na cadeia de Lisboa em fins de julho de 1600.
Fonte: self.gutenberg.org/Virtual Books/www.unicamp.br/www.cervantesvirtual.com
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