Arte Românica

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Em seu sentido mais amplo, o termo “românico” pode ser usado para cobrir todas as derivações da arquitetura romana no Ocidente, a partir da queda de Roma (c.450 dC) até o advento do estilo gótico em torno de 1150.

Tradicionalmente, no entanto, a termo refere-se ao estilo específico de arquitetura, juntamente com escultura e outras artes menores que apareceram em toda a França, Alemanha, Itália e Espanha durante o século 11.

Arte Românica – Arte Carolíngia

É chamada de arte carolíngia a arte românica que data do período dominado pelo Imperador Carlos Magno.

Este reinado teve um notável desenvolvimento cultural; nas oficinas de arte de sua corte os artistas redescobriram a cultura e a arte greco-romana (também germânicos, sírios, bizantinos e outros) que foi fator decisivo para posteriormente criarem um novo estilo, o românico, usado principalmente nas construções de igrejas e mosteiros.

Se constitui num aglomerado de elementos diversos: romanos, germânicos, gregos, sírios, bizantinos e outros.

A escultura

escultura românica está subordinada à arquitetura e à religião. São esculpidos relevos e estátuas-colunas para ornamentar as paredes. As figuras geralmente eram aglomeradas e entrelaçadas.

O período mais notável; a figura humana é esculpida ora com ingenuidade ora com deformações extremas. É enorme o número deesculturas em miniatura de marfim.

A pintura

pintura apresenta-se nitidamente influenciada pela bizantina. São numerosos afrescos (hoje arruinados), mosaicos (encontrados na Grécia e sobretudo na Itália), murais e iluminuras. Retratam temas religiosos, pois numa época em que havia pouquíssimos letrados, a igreja recorria à arte para transmitir os ensinamentos religiosos.

Uma das principais características da pintura românica é a deformação. O artista interpretava de modo místico a realidade e retratava seus sentimentos religiosos nas figuras de forma desproporcional. Ex. Cristo em tamanho maior que as outras figuras próximas a ele. As cores eram vivas e planas e os perfis bem marcados.

A pintura também aparece nos manuscritos sob a forma de iluminuras (ilustrações de textos com cores vivas, ornamentadas com ouro e prata) são possivelmente o ponto mais alto da arte românica por sua originalidade e beleza. Podem ser letras iniciais de um texto, folhagens e flores nas margens dos textos, figuras ou cenas. As primeiras obras do gênero são da Irlanda e datam do séc.. VII; mais tarde estenderam-se por toda a Europa. Os temas dessa iluminuras são ainda orientais e religiosos.

Arquitetura

Na arquitetura destacam-se as igrejas e mosteiros românicos se caracterizam pela utilização de arco pleno, abóbodas de aresta e de berço. Predomina a horizontalidade, a solidez de suas paredes com pequenas janelas, cria ambientes escuros e sombrios.

A decoração em relevo consiste geralmente em figuras de animais fantasiosos e demônios (representam as tormentas a que os pecadores, após a morte, seriam submetidos).

arte românica predominou até o início do século XII, quando surgiram as primeiras mudanças que mais tarde resultariam numa revolução arquitetônica e de modo depreciativo, essa nova arquitetura foi chamada de gótica.

arte românica

arte românica, cuja representação típica são as basílicas de pedra com duas apses e torres redondas repletas de arcadas, estendeu-se do século XI à primeira metade do XIII. Seu cenário foi quase toda a Europa, exceto a França, que já a partir do século XII produzia arte gótica. Apesar da barbárie e do primitivismo que reinaram durante essa época, pode-se dizer que o românico estabeleceu as bases para a cultura européia da Idade Média.

O feudalismo era a nova ordem da sociedade de então, enquanto o Sacro Império ia se firmando politicamente. Até esse momento, aarquitetura não diferenciava formalmente palácios de igrejas, devido ao fato de o imperador, de alguma forma, representar tanto o poder religioso quanto o temporal. Os beneditinos, logo após as primeiras reformas monacais, foram os primeiros a propor em suas construções as formas originais do românico.

Surge assim uma arquitetura abobadada, de paredes sólidas e delicadas colunas terminadas em capitéis cúbicos, que se distancia dos rústicos castelos de pedra que davam seqüência à linha pós-romana. Na pintura e na escultura, as formas se mantêm dentro da mesma linha da arquitetura, severa e pesada, completamente afastadas de qualquer intenção de imitar a realidade e conseguindo, como resultado, uma estética dotada de certa graça infantil.

ARQUITETURA

Foi nas igrejas que o estilo românico se desenvolveu em toda a sua plenitude. Suas formas básicas são facilmente identificáveis: a fachada é formada por um corpo cúbico central, com duas torres de vários pavimentos nas laterais, finalizadas por tetos em coifa. Um ou dois transeptos, ladeados por suas fachadas correspondentes, cruzam a nave principal. Frisos de arcada de meio ponto estendem-se sobre a parede, dividindo as plantas.

O motivo da arcada também se repete como elemento decorativo de janelas, portais e tímpanos. As colunas são finas e culminam em capitéis cúbicos lavrados com figuras de vegetais e animais. No conjunto, as formas cúbicas de muros e fachadas se combinam com as cilíndricas, de apses e colunas. Nesse estilo destacam-se a abadia de Mont Saint-Michel, na França, e a catedral de Speyer, na Alemanha.

Embora hoje em dia os resultados dessa abordagem nos pareçam pouco sofisticados, atrasados em relação às aquisições do império romano ou do Oriente em geral, o românico significou em sua época um progresso para a Europa, esgotada e embrutecida por inumeráveis invasões bárbaras que duraram quase cinco séculos. A paz que Carlos Magno impôs na Europa reflete-se nesse estilo, fundamento de toda a cultura que se seguirá a ele.

ESCULTURA

A escultura românica desenvolve-se nos relevos de pórticos e arcadas com uma exuberância inesperada e em perfeito contraste com as pesadas formas arquitetônicas. A fusão das formas orientais de Bizâncio com as romanas antigas resulta numa estatuária de caráter ornamental.

O espaço em branco dos frisos, capitéis e pórticos é coberto por uma profusão de figuras apresentadas de frente e com as costas grudadas na parede.

O corpo desaparece sob as inúmeras camadas de dobras angulosas e afiladas das vestes. As figuras humanas se alternam com as de animais fantásticos, mais condizentes com a iconografia do Oriente Médio do que com a do cristianismo. No entanto, a temática das cenas representadas é religiosa. Isso se deve ao fato de que os relevos, além de decorar a fachada, tinham uma função didática, já que eram organizados em faixas, lidas da direita para a esquerda.

Devemos mencionar também o desenvolvimento da ourivesaria durante esse período. A exemplo da escultura e da pintura, essa arte teve um caráter religioso, tendo por isso se voltado para a fabricação de objetos como relicários, cruzes, estatuetas, Bíblias e para a decoração de altares. Os grandes reis também se sentiram atraídos por essa forma de grandeza, encomendando aos ourives luxuosas coroas incrustadas, bem como globos decorados e cetros de ouro.

O românico coincidiu com as primeiras peregrinações na Europa. Para que uma igreja fosse considerada um lugar de peregrinação, ela deveria possuir as relíquias de algum santo, ou seja, seus restos mortais ou parte deles, ou algo que tivesse pertencido a ele. Tais itens eram guardados em primorosas obras de ourivesaria, como cruzes de fundo duplo de ouro ou esmalte, ou imagens ocas de madonas com incrustações de pedras preciosas lapidadas rusticamente.

As Sagradas Escrituras, em versões manuscritas elaboradas pelo trabalho paciente de monges copistas, eram encadernadas em sólidas capas de ouro, pedras preciosas e pérolas. As igrejas mais ricas revestiam seus altares com esses mesmos materiais. Embora, a princípio, o estilo fosse um tanto primitivo, de acordo com o espírito da época, se desenvolveram técnicas refinadas, entre as quais se destacam a filigrana e o esmalte.

PINTURA

Originalmente, as naves das igrejas românicas eram decoradas com pinturas murais de uma policromia intensa e perfeitamente harmonizadas com a arquitetura.

Seus desenhos iam das formas da antiga pintura romana aos ícones bizantinos, ocupando naves e absides. Os temas mais freqüentes abordavam cenas retiradas do Antigo e do Novo Testamento e da vida de santos e mártires, repletas de sugestões de exemplos edificantes.

Também não faltavam as alegorias dos vícios e virtudes, representadas por animais fantásticos, próprios de um bestiário oriental. As figuras não tinham nenhuma plasticidade, e as formas do corpo apenas se insinuavam nas rígidas dobras dos mantos e túnicas. Os traços faciais eram acentuados por contornos de traços grossos e escuros. Os fundos apresentavam uma só cor, branco ou dourado, emoldurados por frisos geométricos.

Para desenvolver esse tipo de pintura mural, os artistas do românico em geral recorreram às técnicas da pintura do afresco, misturando a tinta com água de cola ou com cera. Por outro lado, é preciso mencionar também o trabalho que se fazia então de iluminura de Bíblias e obras manuscritas. Cada vez mais sofisticado, ele evoluía paralelamente à pintura formal, tanto em termos de estilo quanto de desenvolvimento da técnica pictórica.

Em síntese:

A Arte Românica (século IX ao XIII) se caracterizou principalmente pela arquitetura. O principal motivo artístico românico foram as igrejas, as basílicas e as catedrais, estas, sempre grandiosas e sólidas, eram chamadas de fortalezas de Deus. A explicação para que não tenham a beleza dos castelos reais está no fato de serem construções clericais, ou seja, desenvolvidas por religiosos.

A pintura, a escultura e os mosaicos românicos são, do ponto de vista artístico, muito simples e, como na arquitetura, buscavam sua inspiração na religião cristã.

São diversas histórias bíblicas retratadas na forma de vitrais e afrescos (pintura na parede), estas obras eram utilizadas para narrar as histórias bíblicas já que a maior parte da população não sabia ler e escrever.

Arte Românica – Românico Carolíngio

Relativo a Carlos Magno, imperador de quase todo o ocidente, que realizou a primeira reunião de quase toda a Europa e lançou os ensinamentos da cristandade medieval.

Na seqüência das invasões bárbaras, o império romano do ocidente entrou em colapso. As regiões anteriormente sob o domínio romano foram divididas entre muitos soberanos. O estado, a justiça e a técnica sucumbiram. O nível de vida retrocedeu. O desenvolvimento das cidades estagnou.

Apenas o poder da igreja não se viu restringido. Tornou-se a mais importante depositária da cultura após a queda de Roma ocidental.

Os conventos beneditinos, primeira ordem monástica (529), tiveram um papel fundamental. Os livros antigos eram aqui compilados e traduzidos, a investigação e a instrução fomentadas nos monastérios.

Para garantirem sua base econômica, os conventos tinham terra e, desta forma, poder.

Serviam de refúgio, numa sociedade onde valia a lei do mais forte. A importância política, econômica, cultural e social da igreja cresceu no séc. VIII Pepino, rei dos francos, firma aliança com a igreja, aliança mais tarde desenvolvida por Carlos Magno. Desta forma o papa assegurou independência do imperador bizantino.

Este pacto acontece no natal de 800, com a coroação de Carlos Mano como imperador, pelo papa Leão III, em Roma.

Afora as obras executadas no ou pelo império bizantino (Ravena, p. ex.), nada foi criado e grandioso, duradouro ou suntuoso na Europa. Em concorrência com a monarquia bizantina, houve um regresso à construção monumental em pedra, com Carlos Magno. Estas construções limitamse quase exclusivamente às igrejas e mosteiros (monastérios) na aliança entre clero e coroa.

A disposição das várias funções no recinto do mosteiro é significativa :

Tudo que é temporal encontrava-se no poente;
Tudo que era espiritual, estava à nascente;

O módulo era o cruzeiro, entre a nave principal e o transepto. Deste modo foram erigidos edifícios simples, quase simétricos, com naves centrais carregadas de simbolismo, dominadas pelo grupo edificado à nascente (dedicado ao Senhor) e um parcialmente idêntico, à poente, que servia ao senhor secular.

Secular = leigo, não divino

O poente também se destinava ao rei ou imperador. No lado oposto do altar-mor sentava-se o executor terreno do arcanjo São Miguel. O primeiro caso é a capela Platina, no reinado de Carlos Magno. Na maioria dos casos o imperador e sua corte, utilizavam as igrejas dos conventos para o culto divino, às quais era anexada uma capela à oeste.

No que se refere às edificações românicas, a relação entre modelo e reprodução não deve ser interpretada no sentido de cópia. O essencial era a forma base e o espírito da construção.

Fechada, sólida, maciça, severa – estes conceitos são válidos na generalidade.

O termo “românico” cunhado apenas no século XIX não é exato. O românico não se difundiu apenas entre os povos de origem romana, ou seja, marcadas pela cultura de Roma antiga. Na Alemanha dos finais do séc. XIX procurou-se, por motivos nacionalistas, substituir a expressão românica por “germânica”.

Em grande parte o românico parece ainda uma reação contra o período de instabilidade e decadência. As igrejas e os conventos assemelham-se a fortalezas, com muros grossos e pesados.

Há realce das linhas horizontais.

O efeito da pedra é puro, sem revestimento.

A impressão provocada pelo espaço das igrejas românicas é:

Estática;
Austera;
Um pouco desajeitada;

As criptas aumentavam ainda mais a imagem de desequilíbrio. O edifício agrupado cria a imagem de “fortaleza celeste” ou “palácio divino”

APÓS CARLOS MAGNO

Morto Carlos Magno (724-814), o Sacro Império Romano divide-se entre seus três herdeiros. Pelo tratado de Verdun, firmado em 843, a região que se estende dos Alpes ao mar do Norte cabe a Lotário, a Germânia a Luis e a Francônia a Carlos.

A Europa atravessa uma fase difícil: invasões diversas assolam seu território em todas as direções.

Os exércitos reais não conseguem deter os árabes, que, no século IX, atacaram Roma e Campânia (na Itália) e Marselha e Arles (na França atual). Pelo Norte atacam os normandos, apoderando-se das costas setentrionais da França, de parte da península Ibérica e da Inglaterra. No século X, incursões húngaras atingem a Lombardia, parte da França e Roma. Tudo contribuía para a decomposição das instituições monárquicas.

O poder real, diminuído em sua autoridade, vai sendo substituído pelo poder dos nobres castelões: o castelo feudal era a única fortaleza que oferecia alguma resistência aos invasores, e as populações atemorizadas se organizavam em torno dele. Essa instabilidade colabora para a propagação da crença de que o mundo acabaria no ano 1000.

Os homens vivem aterrorizados com a perspectiva do juízo final pregado pela Igreja: temem o caos.

A arte reflete o apocalipse, as pinturas murais apavorantes retratam o pânico que invade a Europa ocidental.

Começou o ano 1001 e o mundo não acabou. Oto I, que reunificara a Germânia e fora coroado, pelo Papa João XII, imperador do Sacro Império Romano-Germânico (962), consegue dominar os húngaros e eslavos e expandir suas conquistas para o Norte. Ressurgem as atividades comerciais antes freadas pelas invasões, e o aumento demográfico é seguido pelo aumento de áreas cultivadas.

A Igreja fortalece seu poder temporal aumentando as extensões de terra que dominava até então: chega a possuir um terço de todo o território francês.

Crescem as ordens monásticas, e a mais importante, a ordem de Cluny, fundada em 910, na Borgonha (França atual), vai estendendo sua autoridade a ponto de congregar, no início do século XII, 10 mil monges em 1.450 mosteiros espalhados por toda a Europa. A ordem cisterciense, por sua vez, conta com 530 mosteiros sob seu controle.

A Igreja é a maior instituição desta época: ela domina, secular e culturalmente, o espírito medieval.

Nos anos que se seguiram ao ano 1000, viram-se reconstruir igrejas em quase toda a Europa cristã.

Mesmo quando isso não era necessário, cada comunidade cristã concorria em emulação para edificar santuários mais suntuosos que sua vizinha. A febre de construção que invadiu a Europa reflete o espírito da época, e o estilo românico, que caracterizou as artes desde o fim do século X até meados do século XII, sintetiza em seus traços a histórica desse período.

Arte Românica
Abadia de Murbach Alsácia, França

Arte Românica
Basílica da Borgonha Borgonha, França

Arte Românica
Catedral de Roskilde Sjaelland, Dinamarca

O feudalismo era a nova ordem da sociedade então, enquanto o Sacro Império ia se firmando politicamente.

Até esse momento, a arquitetura não diferenciava formalmente palácios de igrejas, devido ao fato de o imperador, de alguma forma, representar tanto o poder religioso quanto o temporal. Os beneditinos, logo após as primeiras reformas monacais, foram os primeiros a propor em suas construções as formas originais do românico.

Surge assim uma arquitetura abobadada, de paredes sólidas e delicadas colunas terminadas em capitéis cúbicos, que se distancia dos rústicos castelos de pedra que davam seqüência à linha pós-romana.

A Igreja é o único edifício onde se reúne a população, e parte importante da vida social se desenrola no seu interior. As ricas ordens monásticas e os nobres poderosos procuram elevar em louvor a Deus os testemunhos de sua fé.

Por isso, o estilo românico encontrará sua expressão maior na arquitetura.

Considerada “arte sacra”, ela está voltada à construção de igrejas, monastérios, abadias e mosteiros – as “fortalezas sagradas”.

Arte Românica
Igreja Saint-Benoit-sur-Loire Loiret, França

Arte Românica
Igreja de Santa Maria de Ripoll Gerona

Arte Românica
Igreja de São Martinho Frómista, Palência

arte românica, cuja representação típica são as basílicas de pedra com duas apses e torres redondas repletas de arcadas, estendeu-se do século XI à primeira metade do século XIII. Seu cenário foi quase toda a Europa, exceto a França, que já a partir do século XII produzia arte gótica. Apesar da barbárie e do primitivismo que reinaram durante essa época, pode-se dizer que o românico estabeleceu as bases para a cultura européia da Idade Média.

Foi nas igrejas que o estilo românico se desenvolveu em toda a sua plenitude.

Suas formas básicas são facilmente identificáveis: a fachada é formada por um corpo cúbico central, com duas torres de vários pavimentos nas laterais, finalizadas por tetos em coifa. Um ou dois transeptos, ladeados por suas fachadas correspondentes, cruzam a nave principal. Frisos de arcada de meio ponto estendem-se sobre a parede, dividindo a planta.

O motivo da arcada também se repete como elemento decorativo de janelas, portais e tímpanos. As colunas são finas e culminam em capitéis cúbicos lavrados com figuras de vegetais e animais.

No conjunto, as formas cúbicas de muros e fachadas se combinam com as cilíndricas, de apses e colunas. Datam dessa época entre outras, as famosas catedrais de Worms, na Alemanha, St. Sernin de Toulouse, St. Trophyme em Arles, St. Madeleine de Vezelay e a Catedral de Autun, na França, Santo Ambrósio de Milão e a Catedral de Pisa.

Arte Românica
Catedral de Pisa – Pisa, Itália

Força e solidez caracterizam as Igrejas românicas. O elemento essencial é a abóbada de pedra, tijolos e argamassa, em forma de berço, dada pelo arco de plena cinta (meia circunferência). Seu peso é sustentado por paredes espessas e maciças, com poucas janelas, para não comprometer a estabilidade da construção.

Colunas internas e pilastras exteriores – chamadas contrafortes – proporcionam um reforço suplementar. Os pilares e colunas, às vezes formam espinhões – saliências na superfície interna das abóbadas.

Os capitéis simples e robustos não obedecem a um estilo definido: são semi-esféricos, cúbicos, trapezoidais, conforme a fantasia do construtor.

Arte Românica
Catedral de Trani Bari, Itália

Arte Românica
Igreja de São Domingo Santo Domingo

A fachada é simples. Sobre a porta central está o óculo, abertura circular para iluminação e ventilação do interior. O resultado final é sempre um conjunto imponente de interiores sombrios. O estilo românico sintetiza a alma dos homens que o criaram. Por um lado, reflete o medo que dominava as populações da Europa ocidental; por outro, exprime o profundo sentimento religioso que marcou o período. À medida que o tempo passava e o poderio da Igreja aumentava, as construções foram se tornando mais e mais requintadas. O luxo da Abadia e dos inúmeros mosteiros chegou a tal ponto que motivou protestos dentro da própria Igreja.

Embora o estilo românico tenha dominado a Europa ocidental, unida pela fé, sua arquitetura apresentou, entretanto, variações regionais de acordo com as influências locais diversas, que originaram várias escolas românicas.

Na antiga Magna Grécia (Sul da Itália), são comuns as construções de teto plano, paredes e pisos de mosaico. Em Roma persistem as tradições cristãs primitivas, mantendo-se a planta em cruz latina.

Na região de Milão, Como, Pavia, Verona, a arquitetura sofre influências dos lombardos. Na Toscana, mantêm-se as tradições greco-romanas. Em Veneza, a influência bizantina é acentuada. Na França, destaca-se a escola de Borgonha, orientada segundo as tradições da Abadia de Cluny, a de Auvergne, de influência espanhola, a de Perigeux, que utiliza a cúpula bizantina. Na Inglaterra, após a conquista de Guilherme, em 1066, a ascendência é nitidamente normanda. Na Alemanha, a influencia lombarda dá origem à escola renana. E, finalmente, na Espanha setentrional misturam-se os estilos cristão e sarraceno.

O plano protótipo da igreja românica deriva da basílica latina, local amplo, anteriormente destinado ao funcionamento dos tribunais romanos. A nave principal é cortada pelo transepto, o que lhe dá a simbólica forma de cruz. As naves laterais, secundando a principal, permitiam que muitos peregrinos circulassem sem interromper as celebrações dos rituais.

Nas absides, pequenas capelas semicirculares que arrematam as naves, encontravam-se as imagens sagradas, e as valiosas relíquias eram encerradas na cripta, sob o altar principal. Entre o altar principal e as absides situa-se o coro, e tem-se acesso a essas capelas por uma passagem em semicírculo, denominada deambulatório. A iluminação indireta vem através das naves secundárias, dada por pequenas aberturas laterais, janelas diminutas que não conseguem atenuar o aspecto sombrio da igreja românica. Solange Irene Smolarek Dias

Fonte: www.visual-arts-cork.com/www.geocities.com/www.fag.edu.br

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