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Gepeto era um homem bom que morava sozinho numa casa Como era habilidoso e sentia falta de companhia, fez um boneco de madeira.
– Seu, nome será Pinóquio – disse ele, ao terminar o boneco. – Pena que não possa nem falar! Mas não faz mal. Mesmo assim, será meu amigo!
Certo dia, enquanto Gepeto dormia, a Fada Azul foi visitar Pinóquio. E disse, ao entrar:
– Pimbinlimpimpim!
E. por encanto; Pinóquio deu um pilo e gritou:
– Estou vivo! Não sou mais um boneco qualquer! Obrigado, Fada! Agora, Gepeto terá com quem conversar!
– Foi por isso que eu vim, Pinóquio. Seu amigo, o velho Gepeto, é um homem bom e merecia uma recompensa. Bem, agora tenho de ir andando. Até logo, Pinóquio.
– Até logo, Fada!
E a boa fada desapareceu. Ela não ficou preocupada com Pinóquio, pois sabia que ele seria um menino bonzinho.
No dia seguinte, quando Gepeto acordou e viu o boneco dando-lhe bom-dia, espantou-se:
– Será que estou sonhando?
– Não, Gepeto! Eu estou vivo, mesmo! Ontem, a Fada Azul veio aqui em casa e me encantou. Agora sou um boneco que fala e que anda!
– Que bom ! Você será meu filho, Pinóquio!
Os dias se passaram. Gepeto matriculou Pinóquio numa escola para que ele pudesse aprender a ler, a falar e contar corretamente.
Mas, certo dia, quando estava indo para o colégio, Pinóquio encontrou-se com o Lobo e o Gato.
– Olá, Pinóquio! – saudou o Lobo.
– Olá,, Seu Lobo – respondeu o boneco. – Você está indo para a escola, ê?
– Estou, sim. Porquê?
– Ora, por nada – mentiu o Lobo. E que há um circo na cidade, e nós poderíamos ir lá.
E Pinóquio, maravilhado com a idéia., resolveu, então, faltar à aula e ir ao espetáculo com os vadios. Mas o que os dois queriam era vendê-lo ao circo.
Após as apresentações no circo, Pinóquio foi trancado numa gaiola. Ali ficou, sozinho, durante muito tempo, até que, de manhã, apareceu a Fada Azul:
– Pimbinlimpimpim! Você está livre, Pinóquio. Mas terá de prometer-me que nunca mais faltará à aula.
– Eu prometo, Fada Azul,
– Bem, agora vá correndo para casa porque seu pai está muito preocupado com sua ausência. Adeus!
– Eu vou bem depressa, Fada. Adeus!
E Pinóquio foi correndo. Feliz por ser livre outra vez.
Estava ainda no caminho quando encontrou três meninos, jogando bola de gude.
Então, parou e ficou olhando:
– Você quer jogará. menino? – perguntou um dos garotos.
– Quero, sim – respondeu Pinóquio.
Mas, pouco depois:
– Oh! Minhas orelhas cresceram! Apareceu uma caudal Foi isto mesmo que aconteceu. A Fada Azul castigou Pinóquio. Ele tinha dito que iria correndo para casa e não foi, Por isso, suas orelhas cresceram e apareceu-lhe uma cauda.
Arrependido de ter mentido, Pinóquio correu para casa. Mas, ia, não encontrou ninguém.
– Por favor, a senhora viu meu pai? – perguntou o boneco à sua vizinha.
– Vi, sim, meu filho. Saiu à sua procura. Mas aconteceu uma coisa horrível – disse ela.- Uma baleia engoliu seu pai! – Quê?! – exclamou Pinóquio. – Pois, vou lá salvá-lo.
E saiu correndo em direção à praia. Lá viu que havia, real-mente, uma baleia. Então, cheio de coragem, atirou-se ao mar e nadou para perto do animal. E aconteceu o que ele queria: a baleia o engoliu também.
Dentro da barriga do grande animal, estava Gepeto:
– Você aqui, Pinóquio?
– Sim, papai. Vim salvá-lo! Temos que fugir daqui!
Então, andando pela garganta da baleia. os dois fizeram com que ela desse um espirro. E como Gepeto tinha sido engolido com barco e tudo, foi fácil chegarem ate a praia.
Assim que chegaram em casa, receberam uma visita. Era a bondosa Fada, que, ao saber o que tinha acontecido, dera um pulo até lá:
– Meus parabéns, Pinóquio – disse ela. – Você fez uma bela ação. E, para recompensá-lo, vou transformar você num menino de verdade.
E, assim, Pinóquio passou a ser um menino igual aos ou-tros. Nunca mais Gepeto se preocupou com ele, pois era um menino bonzinho e obediente.
FIM
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