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TOALHAS verdes, alva espuma,
Areia branca sem fim,
E as ondas, que, de uma a uma,
Vêm quebrar-se ao pé de mim.
Longe, um barco leve, leve,
Cortando o espelho do mar,
Com velas brancas de neve,
Que o vento enfuna a cantar.
E o barco avança ligeiro
Num garbo de quem conduz
Gozo plácido e fagueiro
Das águas a flux.
Vem de outras terras e praias,
Que eu não conheço, e nem sei
Onde assentam suas raias,
Qual seu nome e sua lei.
No largo bojo profundo,
Que lindas cousas não traz!
Vem das plagas de outro mundo?
É mensageiro de paz?
Uma canção, doce e bela,
Voz de marinheiros, vem,
Numa toada singela,
Que afaga o peito e faz bem.
E eu sonho ignotos países;
Céus de esplêndido fulgor;
Vergéis de ricos matizes;
Rios de ingente rumor;
Cidades, palácios, quintas;
Sons de outra língua; outra voz;
Decorações de áureas tintas,
E outros povos como nós…
E a visão prende-se a vista…
E eu sonho – crescer… crescer…
E, olhos de sábio e de artista,
Por todo o mundo estender.
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