Cubismo

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O Cubismo é o nome dado a um movimento artístico no qual era liderado pelos pintores Braque e Picasso na cidade de Paris a partir do ano de 1906. As esculturas primitivas e  Cézanne influenciaram esse movimento, fazendo com que a perspectiva fosse eliminada, e os pontos de vista de um mesmo quadro fossem multiplicados.

Os pintores cubistas tinham a sua própria maneira de pintar objetos, não da maneira como os viam, mas da maneira como os entendiam. As estruturas geométricas eram reorganizadas representando os vários aspectos que os objetos tinham. Já na literatura, o escritor Oswald de Andrade possuía grande influência do cubismo.

Abaporu - Tarsila do Amaral
Uma obra representante do Cubismo no Brasil é Abaporu, de Tarsila do Amaral.

Cubismo – Origem

O Cubismo foi um dos primeiros movimentos verdadeiramente modernas a emergir dentro da arte. O Cubismo evoluiu durante um período de inovação heroica e rápida entre Pablo Picasso e Georges Braque.

O movimento tem sido descrita como tendo duas fases: cubismo ‘analítica “, em que as formas parecem ser analisados e fragmentado; e cubismo ‘sintético’, em que jornal e outros materiais estranhos, tais como chibatadas, cadeira e laminado de madeira, são colagens para a superfície da tela como sinais “sintéticas” para objetos descritos.

O estilo foi desenvolvido de forma significativa por Fernand Léger e Juan Gris, mas que atraiu uma multidão de adeptos, tanto em Paris e no exterior, e que viria a influenciar os expressionistas abstratos, particularmente Willem de Kooning.

Cubismo – O primeiro estilo da arte abstrata

Cubismo foi um estilo verdadeiramente revolucionário da arte moderna desenvolvido por Pablo Picasso e Georges Braque.

O Cubismo foi uma tentativa por artistas para revitalizar as tradições da arte ocidental. Os cubistas desafiaram as formas convencionais de representação, como perspectiva, que havia sido a regra desde o Renascimento. Seu objetivo era desenvolver uma nova maneira de ver o que refletiu na era moderna.

Nas quatro décadas de 1870-1910, a sociedade ocidental testemunhou o progresso tecnológico mais do que nos quatro séculos anteriores.

Durante este período, invenções como a fotografia, cinematografia, gravação de som, o telefone, o automóvel e o avião anunciava a aurora de uma nova era.

O problema para os artistas no momento foi a forma de refletir a modernidade da época usando as tradições cansadas e confiáveis que tinham servido a arte para os últimos quatro séculos.

Picasso e Braque desenvolveu as suas ideias sobre o cubismo por volta de 1907 em Paris e seu ponto de partida foi um interesse comum nas pinturas posteriores de Paul Cézanne.

Cubismo – Artistas

Diversos movimentos artísticos contribuíram para a formação do design moderno, entretanto, pretendo enfatizar aqui o cubismo, que é considerado um dos mais importantes e precursores dentre os demais movimentos.

Iniciado por Pablo Picasso em 1907, com o quadro Les Demoiselles d’Avilon, o cubismo só iria ter este nome anos mais tarde, quando seria de fato reconhecido como estilo. A insatisfação do pintor em relação a perfeição formal e linear de suas pinturas, em sua fase rosa, o fez introduzir este novo conceito de realidade, rejeitando tradicionais técnicas de perspectiva, forma, textura, cor e espaço. Esta maneira diferente de representar o mundo foi amplamente discutida, ainda como “arte de pintar cubos”, em cafés parisienses, na companhia de champagne e vinho, por muitos artistas como Raoul Dufy, Georges Braque, André Derarn e o próprio Picasso, além de jornalistas, fotógrafos, poetas e escritores.

Sob forte influencia negro-africana e principalmente de Cézanne (“Nature should be handled with the cylinder, sphere and cone”), ocubismo caracteriza-se por ser semiabstrato, esquemático e em parte geométrico, sendo muitas vezes bidimensional. Elementos como o papel de jornal e revistas eram utilizados em obras pintadas ou desenhadas, através da colagem. Objetos fragmentados com vários lados, podendo-se enxergá-los simultaneamente também foram construídos.

cubismo teve sua própria força e destaque, dependendo pouquíssimo de outras influências. Braque ocupou também, junto a Picasso, papel relevante no desenvolvimento e solidificação do cubismo. Le Corbusier é um exemplo da influência cubista na arquitetura, uma vez observadas as casas por ele planejadas na década de 20. No Brasil, o pai deste estilo é Antonio Gomide, que depois de conviver com Picasso, Braque e Andre Lhaote na Europa, inaugurou a arte cubista em sua terra natal.

Outros grandes representantes brasileiros são Anita Malfati, que participou da Semana de Arte Moderna de 1920, Vicente do Rego Monteiro e Cândido Portinari.

cubismo foi um acontecimento artístico único, que em muito contribuiu para o progresso no campo visual da comunicação. Tendo como antecessor a Art Noveau, e influenciando estilos posteriores e até mesmo simultâneos como o futurismo, que mesmo prejudicado pelo advento da 1ª guerra fincou suas raízes, dadaísmo, a arte enlouquecida e revoltada, surrealismo, construtivismo e demais movimentos russos, Art Decó, que retomou a decoração rebuscada da Art Noveau, a escola de Bauhaus e De Stijl de Doesberg.

Apesar da 1ª guerra Mundial, o movimento cubista persistiu na Espanha, na Holanda e na Suíça, que não participaram do conflito, se aperfeiçoando e se ampliando até meados da década de 20.

Cubismo – Períodos

Primeiro estilo de arte abstrata do século XX cujo período mais importante do estilo é de 1907 a 1914.

As primeiras obras verdadeiramente cubistas são aquelas em que pessoas, paisagens e objetos são representados por sólidos multilaterais. Seus originadores foram Pablo Picasso e Georges Braque.

Este estilo é marcado pelo intelectualismo e irrealismo, sendo racional ao aplicar conhecimentos científicos de espaço e tempo. O movimento é a grande perseguição do cubismo, que procura situar a forma no espaço sem empregar processos perspectivos. Se caracteriza por uma composição bidimensional, onde a profundidade é conseguida pela superposição dos planos no espaço. A obra “Demoiselles d’Avignon” é considerada a primeira obra cubista criada por Picasso.

O Cubismo se divide conforme os períodos:

Período Analítico ou Pré-cubista (1911)

Cubismo Analítico introduziu um processo artístico que era, ao mesmo tempo, destrutivo e recreativo. O artista decompõe a forma em partes, registrando todos os seus elementos, em planos sucessivos e superpostos.

O que eles procuram é a visão do espectador, examinando-a em todos os ângulos em um mesmo momento, é como se quem observa estivesse girando ao redor da figura. Assim, a superposição de formas, criando vários planos, em movimentos simultâneos, coloca na pintura a representação do tempo. É criado no cubismo, neste momento, a quarta dimensão, que é o tempo na obra de arte.

Os cubistas aproveitaram um limitado número de objetos e destruíram-lhe a integridade individual. Ex. partes do corpo misturam-se com partes de mesa e com partes de garrafa e um copo sobre essa mesa, sendo visto em diversos ângulos.

Nota-se em certas obras a influencia da arte ibérica (esculturas) e africana (máscaras).

Cubismo Hermético (fechado) (1911)

Tipo de abstração mais decisiva, em que o padrão global se torna mais importante, e os objetos representados são em grande parte ou totalmente indecifráveis.

Neste período a cor encontrava-se quase totalmente ausente das obras, que são essencialmente monocromáticas, cinzentas, azuis ou castanhas e brancas.

Utilizam colagens de letras, números, jornal e outros elementos e símbolos da vida diária e a obra assim se afasta da figura humana.

Cubismo Sintético (resumido)

Fase final do cubismo onde a cor reaparece e as decomposições das formas estão menos fragmentadas, embora reunidas formam uma síntese de elementos, que continuam geometrizados, afastados da aparência natural.

A figura é dividida em planos, segmentos e zonas de cor, dentro de uma escala tonal. O movimento e a simultaneidade perdem seus valores neste período. A figura é vista, geralmente, de um ângulo apenas. Nesta fase, as formas se tornam mais decorativas e mais ricas em cores, em contraste com o analítico.

Cubismo – Brasil

Cubismo tem início no início do século XX, por volta de 1907, num período um pouco anterior à edição do Manifesto Surrealista.

Tem como principal característica a libertação do ideal estético iniciado com a Renascença e abstrai a perspectiva, achata as formas.

Retratam formas geométricas, cubos, cilindros, quadrados e retângulos – tudo o que a maioria odeia nas aulas de matemática! Daí vem o nome Cubismo, como na maioria dos nomes dados a movimentos artísticos, este também é uma ironia.

De qualquer forma, o Cubismoespecializava-se chegando a sua segunda fase em 1910, procurando uma forma de arte analítica, geométrica e bidimensional, preferindo tonalidades ocres e marrons. O movimento se espalha também na arquitetura, na literatura e teatro.

No Brasil o movimento ganha força apenas depois da Semana de Arte Moderna, em 1922, quando os artistas entram em contato com o movimento, o que de fato não espalha este no Brasil, mas influencia os artistas do movimento de Arte Moderna.

Principais características:

1- Desligamento da estética Renascentista; sem ideais de forma e aparência
2-
 Procura por formas geométricas e analíticas, criando planos novos e bidimensionalidade
3-
 Influenciada pela arte africana

IDÉIAS-CHAVE SOBRE O CUBISMO

Bidimensionalidade: O fato de que as imagem não possuem uma perspectiva tridimensional, ou seja, não respeitam regras de perspectiva e planos;
Perspectiva:
Arte de representar os objetos em um plano tal como se apresentam à vista, panorama, aparência
Estética:
Filosofia do belo na arte (não o cantor que coleciona tênis, tá!?), uma designação que aparece a partir do século XVIII, por Baumgarten – ciência filosófica que estuda as obras de arte e os aspectos da realidade sensorial classificados entre belo e feio
Realidade Sensorial:
A impressão de espaço e interesse que a obra passa
Geometria:
Ramo da matemática que estuda as propriedades e relações entre os pontos – retas, curvas, superfícies e volumes no espaço e no plano; aquilo que é geométrico é o que de alguma forma respeita estas proporções cabíveis
Analítica:
Esquema que é utilizado para estudar alguma coisa

Os Grandes Artistas

Pablo Picasso

Foi um carinha dos mais curiosos, importantes e controversos para a arte de todos os tempos. Nasceu na Espanha em 1881 em Málaga. Seu pai José Luiz Blasco era professor de desenho, e obviamente daí surgiu o gosto pela arte. Aliás, outro gosto que Picasso tinha era pelas mulheres – o cara não era nenhum galã, mas sabe como é… Tinha lá o seu charme…

Bem, continuando: estudou na Escola de Belas Artes de Barcelona e na Real Academia de Belas Artes de San Fernando em Madri. Logo tinha prestígio na Espanha e em Paris pelas mostras que executou e pelas amizades influentes de escritores – como Guillaume Apollinare – e críticos. Com o passar do tempo suas pinturas começaram a ganhar novos temas. Pintou de temas relacionados à Guerra Civil Espanhola até quadros abtratos cubistas. Não se limitou à pintura, sua série de gravuras do Minotauro é das mais famosas, além disso era escultor. Pablo Picasso morreu em 1973, talvez como o artista mais famoso do século XX.

Pieter Cornelis Mondrian

Nasceu em Amersfoort, na Holanda, e seguia a carreira artística apesar de toda a família ser contra. Estudou na Academia de Belas Artes de Amsterdã de 1892 a 1895. Seus primeiros trabalhos tratavam de belas e calmas paisagens com tons cinzentos, mas por volta de 1908, sob a influência do pintor holandês Jan Toorop, começou a experimentar cores mais brilhantes tentando abstrair as formas da mesma natureza que antes retratava com mais fidelidade. Mudando-se para Paris em 1912 e conhecendo os Cubistas, encontrou o ideal que procurava. Logo seus trabalhos foram cada vez mais se voltando para as formas puras e composições de formas geométricas.

Como curiosidade: por volta da década de 70, estilistas começaram a usar as obras de Mondrian como tema para vestidos e outras peça de roupa…

Georges Braque

Nascido nos arredores de Paris, Georges Braque logo se familiarizou com a pintura, já que seu pai trabalhava com pintura decorativa. Logo Braque se dedicou à pesquisa de arte em geral e à procura de texturas, o que o fez desenvolver uma maneira bem própria de estabelecer espaços e formas. Quando encontrou com Picasso em Avignon, também na França, a arte de Braque ganhou novas influências e se afastou do fauvismo – outro movimento que se desenvolvia na época – e começou a se aprofundar no Cubismo. Procurava formas e texturas, como antes fizera, mas agora dando ênfase aos objetos e ao seu espaço no tempo. Braque dizia que em seus quadros o tempo é perfeito.

Fernando Léger

Nasceu na França em 1881 e se dedicou a pintar a vida cotidiana urbana, usando as formas e as cores mais puras, realçando as linhas e trabalhando de forma esquemática. Trabalhou com cenografia – tarefa de criar cenários para peças de teatro e cinema, embora ele tenha feito apenas para a primeira área. Retratava de uma forma atual e compromissada a vida urbana, a expansão e o progresso.

Marcel Duchamp

Nasceu na França, em Blainville. Era irmão de Raymond-Duchamp Villon e meio irmão de Jacques Villon. Foi um dos grandes nomes a explorar diversos tipos de Movimentos e ideais de arte, entre eles o Dadaísmo e o Cubismo. Seu nome foi muito mais conhecido pela história da Arte Moderna pela sua obra voltada para os fundamentos do Movimento de Arte Conceitual, que ganhou o mundo todo e determinou os caminhos da arte moderna. Marcel Duchamp – ou Dudu, para nós estudantes de arte que somos muito amigos dele, afinal aprendemos muito sobre o seu ‘Mictório’ que talvez seja a sua obra mais conhecida… Sim, o mictório dele… – deixou vários quadros de influência Cubista em sua vasta vida relacionada à arte e a seu estudo.

Cubismo – Movimento

Movimento artístico radical, irrompido em Paris entre os anos de 1907 e 1914, tendo por figuras centrais os pintores Pablo Picasso e Georges Braque. O nome cubismo encerra uma ilusão às obras da primeira fase do movimento, quando os objetos, nas telas, se representavam “cubificados”.

A evolução do movimento divide-se em três etapas: cézanniana, analítica e sintética.

Fase cézanniana

A primeira etapa (1907-09) começa com as grandes retrospectivas de Georges Seurat e Paul Cézanne, em Paris. Promovida em outubro de 1907 pela Société du Salon d`Automone, a exposição de cézanne pôs em evidência a preocupação dos últimos dez anos de vida do grande impressionista francês, para quem a natureza devia ser representada “a partir do cilindro, da esfera, do cone, tudo posto em perspectiva, de modo que cada lado de cada objeto, de cada plano, se dirija para um ponto central”. Não obstante a repercussão dessa posição estética de Cézanne, no que toca às origens do cubismo, o marco inicial do movimento está no quadro Les Demoiselles d`Avignon (As Donzelas de Avignon), pintado por Picasso em 1907, sem influêcia de Cézanne. O trabalho de Picasso agirá sobre Braque, em seu Nu (1907-08).

Picasso, nas paisagens de Horta del Ebro, Espanha, denotará tentativa de seguir a direção apontada por Cézanne: todos os elementos de suas paisagens se transformam em cubos, em idêntico tratamento adotado por Braque, na mesma época, na série de paisagens de Estaque.

As telas pintadas por Braque em Estaque foram apresentadas por Apollinaire (autor de Pintores cubistas, teórico máximo do movimento e integrante do grupo do Bateau-Lavoir, fundado em 1908), em exposição realizada na galeria Kahnweiler, de 9 a 28 de novembro de 1908. A propósito dessa exposição, Matisse usou a expressão ´cubismo` para significar que, em suas telas, Braque transformava todas as coisas em cubos. Os primeiros compradores de obras cubistas de Picasso e Braque foram colecionadores russos. Os quadros adquiridos constituem hoje o fundo do Museu Pushkin, de Moscou. Os cubistas, pouco a pouco, abandonariam o tema da paisagem, limitando-se a naturezas mortas. O espaço visual, como diria Braque, foi sendo substituído pelo espaço tátil.

Fase analista

Denominação devida a Juan Gris, aplicável à fase do Cubismo em que se verifica a decomposição crescente da forma: passa-se a dar, de um mesmo objeto, uma série de aspectos diferentes, retratando-se as coisas não como são vistas, mas como se sabe que elas são. O Cubismo analítico é, sob certos ângulos, a última conseqüência da pintura representativa.

Desarticula a linguagem da pintura e põe à mostra os elementos simples de que esta se compõe: a linha; a cor, o plano.

A pintura, já não mais imitação da natureza torna-se um modo de expressão do pensamento, ou ‘pintura conceitual’, como a denomina Apollinaire.

Novos recursos de expressão passarão a ser usados: o papier collé (papel colado), a imitação de nervuras da madeira (faux bois) e do mármore (faux marbre).

Fase sintética

Teve em Gris e em Fernand Léger seus principais adeptos. Signos plásticos tomam a lugar do processo imitativo, do qual começa a emancipar-se rapidamente a pintura. “De um cilindro faço uma garrafa”, afirmou Gris certa vez, numa frase que traduz a essência doCubismo sintético, e que se põe à concepção que o próprio Gris atribui a Cézanne, qual a de fazer “de uma garrafa um cilindro”. O Cubismo da fase sintética estende-se pelos anos de 1913 a 1914, e representa, na prática, o reconhecimento de que a estética cubista atingira seu termo. Impunha-se a síntese do que fora realizado. O quadro volta a instrumento de linguagem figurativa ou reintegração sintática dos elementos pictóricos, que até então haviam sido desarticulados.

A guerra de 1914 pôs fim ao período criador do Cubismo, ao mesmo tempo que, simbolicamente, sacrificava Guillaume Apollinaire, o principal exegeta do movimento.

Cubismo jamais se manifestou sob as normas de uma teoria geral. Certos conceitos estéticos, todavia, prevaleceram nesse movimento, constituindo matéria de discussões permanentes por parte de escritores e artistas, à luz de idéias suscitadas pela experiência da vida artística. Mas foi realmente Apollinaire quem lançou as bases de todas as teorias cubistas posteriores à primeira exposição do novo estilo de arte. Essa teorização inicial vem exposta em Les Trois vertus plastiques (As Três virtudes plásticas), prefácio de Apollinaire ao catálogo daquela exposição. Deve-se ainda Apollinaire a primeira menção do termo ‘quarta dimensão’, a propósito do espaço pictural cubista, em 1911. A importância da matemática na pintura foi debatida desde 1912 (André Salmon, Roger Allard), bem como a autonomia e pureza estética das intenções estilísticas (apesar da declarada atenção antidecorativa da escola, que Gleizes e Metzinger analisaram em Du Cubisme (1912), primeiro livro exclusivamente consagrado ao movimento. Os fundamentos filosóficos do Cubismo remontam a Bergson (Marcereau, Salmon), a Kant (Oliver-Hourcade, Kahnweiler) e a Platão (Ozenfant). A última contribuição notável à teoria cubista parece ser Der Weg zum Kubismus (1920; O Caminho do Cubismo), de Kahnweiler. Nessa obra, Kahnweiler situa as origens do estilos cubistas em Les Demoiselles d’Avignon e designa como fases do movimento as categorias já citadas de ‘estilos analítico’ (termo utilizado pela primeira vez por Allard em 1910) e ‘estilo sintético’ (utilizado pela primeira vez por Charles Lacosta em 1910).

Louis Marcoussis, André Lhote, Jacques Villon, Roger de la Fresnaye , Henri Le Fauconnier e Gino Saverini são alguns dos pintores cubistas dignos de admiração, além dos mencionados no correr deste estudo. Raymond Duchamp-Villon, Pablo Gagallo, Alexander Archipenko e Constantin Brancusi figuram entre os que levaram até a escultura os princípios cubistas. Para a arquitetura, esses princípios foram formulados pelo futurista italiano Antônio sant’ Elia (1914).

E tanto o Cubismo quanto os movimentos correlatos – Futurismo, Construtivismo, Suprematismo e Neoplasticismo – foram salvos do desaparecimento justamente pela adoção das suas formas angulosas, das suas transparências, dos seus plano interpenetrantes por arquitetos de gênio: Gropius, van der Rohe, Le Corbusier.

Cubismo – Etapas

cubismo apresenta os objetos tal como são concebidos pela mente. O pintor cubista pinta o que existe e não como se vê.

Existem 3 etapas no Cubismo:

O Cubismo Primitivo (1907),
O Cubismo Analítico (1910-1912) e o
Cubismo Sintético (1913).

O Cubismo teve influência do pintor Cézanne, mas também se relaciona às teorias relativistas de Albert Einstein, que estabeceu que é impossível determinar um movimento. Um objeto pode parecer estar parado ou em movimento, segundo a perspectiva de quem olha.

CARACTERÍSTICAS

1. Representa os objetos selecionados em cubos como se fôssem cristais.
2. 
Descreve uma natureza morta por meio de uma monocromia definida por claros-escuros, sombras. etc.
3. 
Não se utiliza da perspectiva, que representa a natureza através de um único ponto de vista (ponto de fuga). Ao contrário , procura dar as muitas faces de um mesmo objeto, a partir da mudança do ponto de vista (parecem faces sobrepostas e coladas)

Cubismo Primitivo: (1907)

Representado por ” As Senhoritas de Avignon “, a pintura dos primeiros anos do cubismo se caracterizou pela redução à rígidas formas geométricas de tudo.

Aparecem casas sem portas, sem janelas e pessoas com uma só mão ou apenas um olho. As cores eram ocres, marrons e verdes, com a função principal de remodelar as formas.

É o ponto de partida das pesquisas que resultariam no cubismo. Iniciado em 1906, só ficou pronto no ano seguinte, depois de muitas transformações.

Considerado por alguns o primeiro quadro verdadeiramente cubista, esta obra encerra com o reinado de quase quinhentos anos da Renascença na arte ocidental. Considerada a mudança mais radical na arte desde Giotto e Masaccio, essa pintura abalou todos os preceitos da convenção artística.

Os cincos nus de Picasso tem anatomia indistinta, olhos tortos, orelhas deformadas e membros deslocados. Picasso fraturou também as leis da perspectiva, abrindo espaço entre planos quebrados sem uma recessão ordenada – chegando a colocar o olho de uma figura em visão frontal e a face de perfil. Picasso despedaçou os corpos e os recompôs em planos facetados que um crítico comparou a “um campo de cacos de vidro”. A agressiva feiúra das mulheres repelia os visitantes do estúdio de Picasso.

Matisse achou o quadro uma piada , e Braque, abalado, disse: “É como beber querosene para cuspir fogo”.

Cubismo Analítico (1910-1913): Apresenta uma decomposição de objetos simples, tais como guitarras, violinos, cabeças ,figuras, etc. Era uma combinação de fragmentos de objetos, vistos de distintos pontos de vista, com uma perspectiva movediça.

Cubismo Sintético (1913): Empregam-se colagens , papéis diversos, como jornais, papéis de paredes, etc. Há um interesse grande por texturas e materiais e as cores se tornam muito mais vivas. Volume e espaço são insinuados com pequenos e leves traços de sombra. Há uma completa ruptura com qualquer procedimento imitativo.

Cubismo – Artistas

Movimento artístico, de curta duração, que analisou mais a geometria e a estrutura dos objetos do que sua aparência, dando ênfase a formas e linhas puras.

Seus artistas se preocupavam em como representar a forma no espaço e desenvolveram um método de analisar os objetos através de formas básicas.

Cubismo
A Lua, Tarsila do Amaral, 1928

O cubismo se desenvolveu na França e teve grande influência em toda a arte posterior.

PINTURA

O Cubismo surgiu no início do século XX. Uma de suas características era a utilização de formas geométricas com o predomínio de linhas retas.

Não havia nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas: as formas da natureza foram representadas como esferas, cones e cilindros.

Teve como fundadores Georges Braque e Pablo Picasso, que foram diretamente influenciados pelas obras de Cezzane e a arte africana. Os objetos passaram a ser representados com todas as suas partes num mesmo plano.

Teve duas fases:

Cubismo Analítico: Caracterizado pela desestruturação da obra em busca de uma visão total da figura. São sobrepostos vários ângulos da mesma imagem. Com o tempo, esta fragmentação da imagem foi se dando de maneira tão intensa que o reconhecimento de qualquer figura se tornou impossível.
Cubismo Sintético:
Surgiu a fim de amenizar o grau de abstração atingido em sua fase analítica. Os artistas passaram a buscar uma arte mais sutil e que fizesse uma ponte com o mundo real. Era conhecido também como Colagem, pois eram utilizados pedaços de madeira, jornais, a fim de despertar no observador além das sensações visuais que a pintura sugere, sensações táteis.

ESCULTURA

A escultura cubista foi muito influenciada pela arte africana. Seus escultores apresentaram ricas representações plásticas em três dimensões. O desenvolvimento da escultura se limitou a conseguir efeitos parecidos a colagem, mas depois utilizaram restos de materiais e, como a obra não é realizada em um bloco homogêneo de pedra ou mármore, o resultado apresenta espaços vazios, surgindo então o que se denominou ausência de massas. Destacam-se entre os escultores Naum Gabo, com suas esculturas geométricas e o pintor Pablo Picasso, que também se dedicou à escultura.

ARQUITETURA

O cubismo foi uma revolução estética para a arte ocidental. O movimento cubista começou em 1907 e ganhou esse nome porque retratava na estrutura das figuras humanas e de objetos, formas geométricas, como cubos e cilindros. As cores utilizadas em geral eram preto, cinza, marrom e ocre, para o cubismo analítico e cores fortes num segundo momento, do cubismo sintético. Seus principais focos de resistência foram as artes decorativas e arquitetura do século XX.

O cubismo rompeu com várias características da arquitetura renascentista, com a continuidade espacial, com a aproximação do interior e exterior e com a associação espaço-tempo. Inovou e radicalizou uma forma de expressão arquitetônica. A influência cubista contribuiu imensamente para a evolução da arquitetura mundial.

Cubismo – Artes Plásticas

Movimento das artes plásticas, sobretudo da pintura, que a partir do início do século XX rompe com a perspectiva adotada pela arte ocidental desde o Renascimento.

De todos os movimentos deste século, é o que tem influência mais ampla.

Ao pintar, os artistas achatam os objetos, e com isso eliminam a ilusão de tridimensionalidade. Mostram, porém, várias faces da figura ao mesmo tempo.

Retratam formas geométricas, como cubos e cilindros, que fazem parte da estrutura de figuras humanas e de outros objetos que pintam.

Por isso o movimento ganha ironicamente o nome de cubismo. As cores em geral se limitam a preto, cinza, marrom e ocre.

movimento surge em Paris em 1907 com a tela Les Demoiselles d’Avignon (As Senhoritas de Avignon), pintada pelo espanhol Pablo Picasso. Também se destaca o trabalho do ex-fauvista francês Georges Braque (1882-1963). Em ambos é nítida a influência da arte africana.

cubismo é influenciado ainda pelo pós-impressionista francês Paul Cézanne, que representa a natureza com formas semelhantes às geométricas.

Essa primeira fase, chamada de cézanniana ou protocubista, termina em 1910. Começa então o cubismo propriamente dito, conhecido como analítico, no qual a forma do objeto é submetida à superfície bidimensional da tela. O resultado final aproxima-se da abstração.

Na última etapa, de 1912 a 1914, o cubismo sintético ou de colagem constrói quadros com jornais, tecidos e objetos, além de tinta. Os artistas procuram tornar as formas novamente reconhecíveis.

Em 1918 o arquiteto francês de origem suíça Le Corbusier e o pintor francês Ozenfant (1886-1966) decretam o fim do movimento com a publicação do manifesto Depois do Cubismo.

cubismo manifesta-se ainda na arquitetura, especialmente na obra de Corbusier, e na escultura. No teatro, restringe-se à pintura de cenários de peças e de balés feita por Picasso

Literatura

Os princípios do cubismo aparecem na poesia. A linguagem é desmontada em busca da simplicidade e do que é essencial para a expressão. O resultado são palavras soltas, escritas na vertical, sem a continuidade tradicional.

O expoente é o francês Guillaume Apollinaire (1880-1918), que influencia toda a poesia contemporânea. Ao dispor versos em linhas curvas, torna-se precursor do concretismo.

CUBISMO NO BRASIL

cubismo só repercute no país após a Semana de Arte Moderna de 1922. Pintar como os cubistas é considerado apenas um exercício técnico. Não há, portanto, cubistas brasileiros, embora quase todos os modernistas sejam influenciados pelo movimento.

É o caso de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti.

Cubismo – Origem

Escola de pintura e escultura do início do século XX, na qual o assunto ou tema é retratado através de formas geométricas sem detalhes realistas, acentuando-se sua forma abstrata, em grande parte às custas do uso de outros elementos pictóricos, freqüentemente com a sobreposição de cubos transparentes e cones.

Cubismo, um estilo altamente influente nas artes visuais do século XX, deve sua origem principalmente aos pintores Pablo Picasso e Georges Braque, em Paris, entre os anos de 1907 e 1914. O estilo cubista enfatizou a pequena superfície bidimensional do plano da tela, rejeitando as técnicas tradicionais de perspectiva, escorço, modelagem e chiaroscuro, além de refutar as consagradas teorias que consideravam a arte como uma imitação de natureza.

Os pintores cubistas não se limitavam a uma simples cópia de formas, texturas, cores e espaço a partir da natureza; ao invés disso, apresentaram uma nova realidade, em pinturas que descreviam objetos radicalmente fragmentados, em que vários ângulos diferentes eram vistos simultaneamente.

Sendo uma escola de pintura que floresceu de 1910 a 1930, o cubismo pretendeu representar objetos decompostos em elementos geométricos simples (recordando o cubo) sem restabelecer sua perspectiva. O Cubismo é especialmente conhecido pelas telas de Picasso, de Braque e de Juan Gris.

A origem do termo “Cubismo” data de 1908, sendo controversa, pois alguns o atribuem a um capricho de Matisse, ao falar sobre um quadro de Braque exposto naquele ano, e outros a um crítico parisiense que visitou a mesma exposição.

Fonte: www.theartstory.org/www.edukbr.com.br/www.excelenciaglobal.com.br/br.geocities.com/www.puc-rio.br

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