Almeida Garrett

Almeida Garrett – Vida

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Nascimento: 4 de fevereiro de 1799, Porto, Portugal.

Falecimento: 9 de dezembro de 1854, Lisboa, Portugal.

Almeida Garrett foi um poeta Português, dramaturgo, romancista e político.

Garrett nasceu João Leitão da Silva no Porto, o filho de António Bernardo da Silva Garrett (1740-1834), um fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo, cuja mãe era filha de um irlandês pai nascido no exílio em França e um italiano mãe nascidos em Espanha, e sua esposa (m. 1796) Ana Augusta de Almeida Leitão (b. Porto, c. 1770).

Em uma idade precoce, em torno de 4 ou 5 anos de idade, Garrett mudou seu nome para João Baptista da Silva Leitão, acrescentando um nome de seu padrinho e alterando a ordem de seus sobrenomes.

Em 1809, sua família fugiu da segunda invasão francesa realizada por Soult tropas, procurando refúgio em Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores.

Enquanto nos Açores, ele foi ensinado por seu tio, Dom Frei Alexandre da Sagrada Família (Faial, Horta, 22 de maio, 1737 – Terceira, Angra do Heroísmo, 22 de abril, 1818), também um maçom, então o 25º Bispo de Angra (1816-1818) e ex-bispo de Malaca e Timor; os outros dois tios eram Manuel Inácio da Silva Garrett, Archdeacon de Angra, e Inácio da Silva Garrett, também um clérigo de Angra.

Na infância, sua mulato brasileiro babá Rosa de Lima ensinou-lhe algumas histórias tradicionais que mais tarde influenciou seu trabalho.

Em 1818, mudou-se para Coimbra para estudar na Universidade da escola de direito.

Em 1818, ele publicou O Retrato de Vénus, um trabalho para o qual foi logo para ser processado, por ter sido considerado “materialista, ateu e imoral”; foi durante este período que ele adotou e acrescentou o seu nome da pena de Almeida Garrett, que era visto como mais aristocrática.

Embora ele não tomou parte ativa na Revolução Liberal que eclodiu em Porto, em 1820, ele contribuiu com dois versos patrióticos, o Hymno Constitucional e o Hymno Patriótica, que seus amigos copiado e distribuído nas ruas de Porto. Depois do “Vilafrancada”, um reacionário golpe de Estado liderado pelo Infante Dom Miguel em 1823, ele foi forçado a buscar exílio na Inglaterra.

Ele tinha acabado de se casou com a bela Luísa Cândida Midosi que tinha apenas 12 ou 13 anos de idade na época e era a irmã de seu amigo Luís Frederico Midosi, mais tarde casado com Maria Teresa Achemon, ambos relacionados ao teatro e filhos de José Midosi (filho de um italiano pai e um irlandês mãe) e esposa Ana Cândida de Ataíde Lobo.

Enquanto na Inglaterra, em Edgbaston, Warwickshire, ele começou sua associação com o Romantismo, estando sujeito às influências de primeira mão de William Shakespeare e Walter Scott, bem como ao da estética gótica. No início de 1825, Garrett foi para a França onde escreveu Camões (1825) e Dona Branca (1826), poemas que são geralmente consideradas as primeiras obras Romântico em literatura Português.

Em 1826, regressou a Portugal, onde se estabeleceu por dois anos e fundou os jornais O Portuguez e O Chronista.

Em 1828, sob o governo do rei Miguel de Portugal, ele foi novamente forçado a se estabelecer em Inglaterra, a publicação de Adozinda e realizando sua tragédia Catão no Theatre Royal em Plymouth.

Junto com Alexandre Herculano e Joaquim António de Aguiar, participou no Desembarque de Mindelo, realizado durante as Guerras Liberais. Quando uma monarquia constitucional foi estabelecido, ele serviu brevemente como seu Cônsul Geral para Bruxelas.

Após seu retorno, ele foi aclamado como um dos principais oradores do liberalismo, e tomou a iniciativa na criação de um novo teatro Português (durante o período, ele escreveu suas peças históricas Gil Vicente, D. Filipa de Vilhena, e O Alfageme de Santarém).

Em 1843, Garrett publicada Romanceiro e Cancioneiro Geral, uma coleção de folclore; dois anos depois, ele escreveu o primeiro volume de seu romance histórico O Arco de Santana (publicado integralmente em 1850, levou a inspiração de Victor Hugo ‘s O Corcunda de Notre Dame).

O Arco de Santana significou uma mudança no estilo de Garrett, levando para uma prosa mais complexa e subjetiva com que ele experimentou longamente em Viagens na Minha Terra (As Viagens na minha terra natal, 1846). Sua maneira inovadora também foi sentido em suas coleções poema Flores sem Fruto (Flores sem Fruto, 1844) e Folhas Caídas (folhas caídas) 1853).

Almeida Garrett terminou seu relacionamento com Luísa Midosi e se divorciaram em 1835 (que mais tarde se casou novamente Alexandre Desiré Létrillard) para se juntar aos 17 anos de idade ao Pastor Adelaide Deville em 1836 – ela era permanecer o seu parceiro até sua morte prematura em 1839, levando-o a quebrar , e deixando uma filha chamada Maria Adelaide (que mais tarde se casou e teve problema), cujo início de vida tragédia e ilegitimidade inspirou seu pai, a fim de escrever a peça Frei Luís de Sousa.

Mais tarde em sua vida, ele se tornou a amante de Rosa de Montúfar y Infante, um espanhol filha nobre da 3ª Marqueses de Selva Alegre, esposa de Joaquim António Velez Barreiros, 1º Barão e 1º Visconde de Nossa Senhora da Luz e duas vezes (277 e 286 ) Comandante da Ordem da Imaculada Conceição de Vila Viçosa, e Ministro e Governador de Cabo Verde, a quem ele comemorou em seu último e provavelmente o melhor livro de poesia Folhas Caídas.

Garrett morreu de câncer em Lisboa às 6:30 na tarde de 09 de dezembro de 1854.

Ele foi enterrado no Cemitério dos Prazeres e, em 3 de Maio de 1903, seus restos mortais foram transferidos para o panteão nacional no Mosteiro dos Jerónimos, onde eles descansam perto às de Alexandre Herculano e Luís Vaz de Camões.

Apesar do desejo de que ele foi para sua filha natural, uma das razões por que ele aceite, o seu título passada para os descendentes de seu irmão Alexandre José da Silva de Almeida Garrett (7 de agosto de 1797 – 24 Outubro 1847), fidalgo da Casa Real, que, ironicamente, era um partidário do rei Miguel I de Portugal para toda a sua vida, e da esposa (m 16 de junho de 1822.) Angélica Isabel Cardoso Guimarães (02 de fevereiro de 1803 -).

Ele também tinha uma irmã Maria Amália de Almeida Garrett, que se casou nos Açores onde eles foram, então, viver com Francisco de Meneses de Lemos e Carvalho (Terceira, Angra do Heroísmo, 20 de setembro, 1786 -) e teve a edição feminina.

Lista de obras

1819 – Lucrécia (Lucretia)
1820 – O Roubo das Sabinas (poema escrito na juventude, publicado em 1968) (O Roubo do Sabines)
1820 – Mérope (teatro) (Mérope)
1821 – O Retrato de Vénus (poesia) (O retrato de Vênus)
1821 – Catão (teatro) (Cato)
1825 – Camões (poesia) (Camões)
1826 – Dona Branca (poesia) (Sra Branca)
1828 – Adozinda (poesia)
1829 – Lírica de João Mínimo (poesia) (Lyric de João Mínimo)
1829 – O TRATADO “Da Educação” (tratado “Educação”)
1830 – Portugal na Balança da Europa (Portugal nas escalas da Europa)
1838 – Um Auto de Gil Vicente (teatro) (Auto de Gil Vicente)
1842 – O Alfageme de Santarém (teatro)
1843 – Romanceiro e Cancioneiro Geral, tomo 1
1843 – Frei Luís de Sousa (teatro) ISBN 0-85051-510-6 (Irmão Luís de Sousa)
1845 – Flores sem fruto (poesia) (Fruitless Flores)
1845 – O Arco de Sant’Ana I (ficção) (O Arco de Sant’Ana I)
1846 – Falar Verdade a Mentir (teatro) (Falando a Verdade, deitando-se)
1846 – Viagens na Minha Terra (ficção) ISBN 0-85051-511-4 (Travels na minha Pátria)
1846 –
D. Filipa de Vilhena (teatro)
1848 – Como fazer profecias Bandarra (Bandarra ‘s Prophecies)
1848 – Um Noivado não Dafundo (Um casamento em Dafundo)
1848 – A sobrinha do Marquês (teatro) (sobrinha do Marquês)
1849 – Memórias Históricas de José Xavier Mouzinho da Silveira (Memórias históricas de José Xavier Mouzinho da Silveira)
1850 – O Arco de Sant’Ana II (ficção) (O Arco de Sant’Ana II)
1851 – Romanceiro e Cancioneiro Geral, tomo 2 e 3
1853 – Folhas Caídas (poesia) (folhas caídas)
1853 – Fábulas e Folhas Caídas (poesia) (Fables e folhas caídas)
1854? – Helena (ficção)
18 ?? – Afonso de Albuquerque
1871 – Discursos Parlamentares e Memórias Biográficas (Discursos Parlamentares e biográfica Memórias)

 

Almeida Garrett – Quem foi

João Baptista da Silva Leitão, a que só depois acresceram os apelidos com que se notabilizou, nasce a 4 de Fevereiro de 1799 numa casa da velha zona ribeirinha do Porto.

Segundo filho, entre cinco irmãos, de António Bernardo da Silva e de Ana Augusta de Almei da Leitão, família burguesa ligada à atividade comercial e proprietária de terras na região portuense e nas ilhas açorianas.

Almeida Garrett
Almeida Garrett

Seu nome verdadeiro era João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett.

Foi escritor e político, foi fortemente influenciado pelo escritor neoclássico Filinto Elísio.

Em 1820 participou, como líder da classe estudantil, da Revolução Liberal.

Ele é considerado como sendo o introdutor do movimento romântico em Portugal.

Ele é considerado como um dos maiores românticos da história e um verdadeiro revolucionário e humanista.

Em 1821, após concluir o curso de Direito na Faculdade de Coimbra, publicou o poema “Retrato de Vênus” e depois foi processado por obscenidade. Após o golpe de 1822, no qual o liberalismo foi derrotado, Garrett partiu para o exílio na Inglaterra, de onde regressou somente em 1826.

Durante o exílio Garret, influenciado pelas obras de Walter Scott e Lord Byron, compôs os poemas “Camões” e “Dona Branca”.

Essas obras foram publicadas em 1824 e são consideradas o marco inicial do Romantismo em Portugal. Garrett voltou a Portugal em 1832 integrando o exército de D. Pedro no cerco à cidade do Porto.

Entre 1833 e 1836, foi cônsul geral na Bélgica.

Após a Revolução de Setembro foi encarregado de organizar um plano de um teatro nacional, que veio a promover.

Em 1851 recebeu o título de Visconde de Almeida Garrett. Da sua vasta obra literária destacam-se a peça de teatro “Frei Luís de Sousa” (1844), o romance “Viagens da Minha Terra” (1846) e a coletânea de poemas líricos “Folhas Caídas” (1853).

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu no Porto em 4 de fevereiro de 1799, e faleceu a 9 de dezembro de 1854.

Partiu com a família para a Ilha Terceira em 1808, de onde regressou em 1815, ano em que se matricula no curso jurídico.

Após seu casamento em 1822 e a estréia de sua tragédia Catão, emigra para a Inglaterra e França no ano seguinte, e publica em Paris, em 1826, D. Branca, e em 1827 Camões, voltando a Portugal em 1826.

Funda nos anos seguintes os periódicos O Português e O Cronista, mantendo polêmicas políticas com José Agostinho de Macedo. Após ser preso e libertado, sai novamente para a Inglaterra, publicando em Londres Adozinda e a Lírica de João Mínimo.

Participa da campanha de 1832 ao lado de Dom Pedro, e após exercer funções diplomáticas é eleito deputado, em 1837, fundando nesse ano o Teatro Nacional. Nos anos seguintes, vê representadas as peças Um Auto de Gil Vicente, O Alfageme de Santarém e Frei Luís de Sousa, e publica em 1843 o 1º volume do Romanceiro, e em 1845 Arco de Santana (1º tomo), Flores sem Fruto e Viagens na Minha Terra, esta sua obra mais conhecida.

É designado Ministro dos Negócios Estrangeiros em 1852, quando recebe o título de Visconde, e publica em 1853 seu último livro, Folhas Caídas.

Almeida Garrett – Biografia

Almeida Garrett
Almeida Garrett

Escritor e Dramaturgo romântico, foi o proponente da edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e da criação do Conservatório.

Nasceu no Porto, em 4 de Fevereiro de 1799; morreu em Lisboa em 9 de Dezembro de 1854.

Em 1816, tendo regressado a Portugal, inscreveu-se na Universidade, na Faculdade de Leis, sendo aí que entrou em contato com os ideais liberais.

Em Coimbra, organiza uma loja maçônica, que será frequentada por alunos da Universidade como Manuel Passos. Em 1818, começa a usar o apelido Almeida Garrett, assim como toda a sua família.

Participa entusiasticamente na revolução de 1820, de que parece ter tido conhecimento atempado, como parece provar a poesia As férias, escrita em 1819. Enquanto dirigente estudantil e orador defende o vintismo com ardor escrevendo um Hino Patriótico recitado no Teatro de São João.

Em Coimbra publica o poema libertino O Retrato de Vénus, que lhe vale ser acusado de materialista e ateu, assim como de “abuso da liberdade de imprensa”, de que será absolvido em 1822. Torna-se secretário particular de Silva Carvalho, secretário de estado dos Negócios do Reino, ingressando em Agosto na respectiva secretaria, com o lugar de chefe de repartição da instrução pública. No fim do ano, em 11 de Novembro, casa com Luísa Midosi.

A Vilafrancada, o golpe militar de D. Miguel que, em 1823, acaba com a primeira experiência liberal em Portugal, leva-o para o exílio. Estabelece-se em Março de 1824 no Havre, cidade portuária francesa na foz do Sena, mas em Dezembro está desempregado, o que o leva a ir viver para Paris. Não lhe sendo permitido o regresso a Portugal, volta ao seu antigo emprego no Havre. A mulher regressa a Portugal.

É amnistiado após a morte de D. João VI, regressando com os últimos emigrados, após a outorga da Carta Constitucional, reocupando em Agosto o seu lugar na Secretaria de Estado. Em Outubro começa a editar O Português, diário político, literário e comercial, sendo preso em finais do ano seguinte. Libertado, volta ao exílio em Junho de 1828, devido ao restabelecimento do regime absoluto por D. Miguel. De 1828 a Dezembro de 1831 vive em Inglaterra, indo depois para França, onde se integra num batalhão de caçadores, e mais tarde, em 1832, para os Açores integrado na expedição comandada por D. Pedro IV. Nos Açores transfere-se para o corpo académico, sendo mais tarde chamado, por Mouzinho da Silveira, para a Secretaria de Estado do Reino.

Morre devido a um cancro de origem hepática, tendo sido sepultado no Cemitério dos Prazeres.

Cronologia

1799: João Baptista da Silva Leitão, nasce a 4 de Fevereiro no Porto.
1804-08:
Infância repartida pela Quinta do Castelo e a do Sardão, em Vila Nova de Gaia.
1809-16:
Partida da família para os Açores, antes que as tropas de Soult entrassem no Porto. Primeiras incursões literárias, sob o pseudónimo de Josino Duriense.
1818-20:
Matricula-se na Universidade de Coimbra, em Leis. Lê os escritores das Luzes e os primeiros românticos. Funda, em 1817, uma loja maçónica. Em 1818, primeira versão de “O Retrato de Vénus”, que será acusada como sendo “materialista, ateu e imoral”. Participa na Revolução vintista. Vem para Lisboa.
1822:
Dirige, com Luís Francisco Midosi, “‘O Toucador’, periódico sem política, dedicado às senhoras portuguesas”. Casa com Luísa Midosi: Garrett tem 23 anos, ela 14…
1823-27:
Com a Vilafrancada, é preso no Limoeiro. Vai para o primeiro exílio em Inglaterra, Birmingham. Vive numa precária subsistência. Em 1824, está em França, no Havre. Escreve “Camões” e “Dona Branca”. Em Dezembro, fica desempregado. Com a morte de D. João VI, em 1826, é amnistiado mas só regressa a Portugal depois da outorga régia da Carta Constitucional por D. Pedro.
1828:
D. Miguel regressa a Portugal. Garrett, que vê morrer uma sua filha recém-nascida, parte para o segundo exílio, em Inglaterra, Plymouth. Começa a escrever a “Lírica de João Mínimo”.
1829:
Em Londres, é secretário de Palmela no governo exilado.
1830-31:
Edita o violento panfleto “Carta de Múcio Cévola ao futuro editor do primeiro jornal liberal em português”, numa época marcada por duas crises de saúde graves.
1832: Um ano de fogo
: ao lado de Herculano e Joaquim António de Aguiar, parte em Janeiro, com a expedição de D. Pedro, integrando o corpo académico de voluntários. É o praça nº 72. Em Maio, é chamado para a secretaria do Reino junto de Mouzinho da Silveira, ministro da regência em S. Miguel. Integra em Junho a expedição que desembarca nas praias do Mindelo a 8 de Julho e, a 9, entra no Porto. Começa “O Arco de Santana”. É reintegrado por Palmela e é nomeado por Mouzinho da Silveira para coordenar o Código Criminal e Comercial. É encarregue de várias missões diplomáticas, dissolvidas em 1993. Desabafa: “Se não sou exilado ou proscrito, não sei o que sou.”
1833:
Regresso a Lisboa, depois de saber da entrada das tropas liberais. Secretário da comissão de reforma geral dos estudos cujo projeto de lei inteiramente redige.
1834: Cônsul-geral e encarregado de negócios na Bélgica. Lê os grandes românticos alemães
: Herder, Schiller e Goethe.
1835-40:
Separa-se da mulher por comum acordo. As nomeações, demissões e rejeição de cargos continua. Em 1836, colabora com o governo setembrista. Apresenta o projeto de criação do Teatro D. Maria II. Em 1837, é deputado por Braga, para as Cortes Constituintes. Em Novembro, nasce o primeiro filho de Adelaide Pastor – com quem começara a viver -, Nuno, que morre com pouco mais de um ano. 1838: enquanto continua a redigir leis, escreve “Um Auto de Gil Vicente”. É nomeado cronista-mor do reino. Nasce o segundo filho de Adelaide, que também morrerá. Em 1840, é eleito por Lisboa e Angra na nova legislatura
1841-42:
Nascimento da sua filha Maria e morte de Adelaide Pastor com apenas 22 anos. Com a assinatura de Joaquim António de Aguiar (!), é demitido dos cargos de inspetor dos teatros, de presidente do conservatório e de cronista-mor. Em 1842, é eleito deputado e entra nas Cortes. Publica “O Alfageme de Santarém”.
1843 – 17 de Julho:
inicia a celebérrima viagem ao vale de Santarém que na está na origem de “As Viagens da Minha Terra”.Escreve a sua outra obra-prima: “Frei Luís de Sousa”.
1844:
Publica anonimamente uma autobiografia na revista “Universo Pitoresco”. No Parlamento, reclama a reforma da Carta Constitucional e revela-se contra a pena de morte. Por ocasião dos acontecimentos de Torres Novas e das posições que defende, a sua própria casa é por três vezes assaltada e devassada pela polícia. Salvo de prisão certa e deportação, graças à imunidade diplomática que lhe concede o acolhimento do embaixador brasileiro. Morre nos Açores a única irmã, Maria Amália.
1845:
Aparece em capítulos, em Junho, na “Revista Universal Lisbonense”, “Viagens na Minha Terra”. É representada “Falar Verdade a Mentir”, enquanto outra, “As Profecias do Bandarra” se estreia. Envolve-se na campanha eleitoral da oposição ao cabralismo. Morre outro irmão, Joaquim António.
1846:
Publica “Viagens na Minha Terra”. Conhece Rosa Montufar, com quem tem uma ligação amorosa que se prolongará até ao ano da sua morte.
1847-50:
Anda escondido no auge dos episódios da Patuleia. Com o regresso de Costa Cabral ao executivo, é remetido ao ostracismo político. No ano seguinte, é representado “A Comédia do Marquês”. Em 1849, desgostoso de amores, passa uma breve temporada em casa de Alexandre Herculano, à Ajuda. A política passa-lhe ao lado e cultiva a vida dos salões lisboetas. Protesta contra o projeto de lei de imprensa, a designada “lei das rolhas”. Dedica-se com regularidade à compilação final do seu “Romanceiro”.
1851-53:
Volta, intensamente, à vida política com o advento da Regeneração. Visconde – que pretende aceitar em duas vidas -, chegou a ministro, por cinco meses. Está na reforma da Academia Real das Ciências, redige o primeiro Ato Adicional à Carta, que discute na própria casa com os ministros. Em 1953, é criado um conselho dramático no D. Maria II, por decreto de 22 de Setembro, foi seu presidente, demitindo-se a pedido dos atores e dramaturgos. Começa a escrever o testamento.
1854:
Numa casa na Rua de Santa Isabel, morre, vítima de cancro de origem hepática. O seu biógrafo Francisco Gomes de Amorim escreve: “Eram seis horas e vinte e cinco minutos da tarde de sábado nove de dezembro de mil oitocentos e cinquenta e quatro.”

Passos Manuel, Almeida Garrett, Alexandre herculano e José Estevão de Magalhães por Columbano Bordalo Pinheiro
Passos Manuel, Almeida Garrett, Alexandre herculano e José Estevão de Magalhães por Columbano Bordalo Pinheiro

Após uma resenha das variadíssimas facetas da personalidade de Garrett, Almeida Santos concentra o seu artigo na análise dos discursos parlamentares do grande escritor, sublinhando o seu brilhantismo, expresso no dom da palavra na elocução justa e direta, e no apuro da linguagem que distinguem o Garrett parlamentar.

Antes de ser eleito deputado, Garrett distinguiu-se desde logo pela redação de um conjunto de notáveis textos legislativos, sobre matérias tão diversas como a reforma do ensino público, ou o direito de autor. Sobre esta última questão desenvolveu, aliás uma famosa polémica com Alexandre Herculano, que tinha uma posição idealista, recusando a considerar a propriedade literária como qualquer outra. A esta posição contrapunha Garrett, que os escritores e os artistas tinham que almoçar todos os dias como toda a gente.

Garrett foi eleito deputado inúmeras vezes, tendo porém recusado vários cargos governamentais, preferindo dedicar-se à tarefa mais importante de legislador e reformados. a sua atenção incidiu também, para além dos aspectos já mencionados, no teatro. Elaborou os projetos de criação de um Teatro Nacional, do Conservatório de Arte Dramática, e da Inspeção-Geral dos Teatros e Espetáculos Nacionais. O seu amor pelo teatro levou-o a ser um dos professores fundadores do Conservatório, tendo escrito inclusivè, peças de teatro para serem representadas pelos alunos. Mas, como observa Almeida Santos, “por entre as árduas lutas e as importantes tarefas de que foi incumbido, encontrou sempre ânimo, para dar continuidade à exploração do filão inesgotável da sua criatividade artística.”

Fonte: en.wikipedia.org/www.bibvirt.futuro.usp.br/www.revista.agulha.nom.br/www.instituto-camoes.pt

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