Engenharia Sanitária e Ambiental

Engenharia Sanitária e Ambiental – O que é

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O engenheiro ambiental elabora e implementa ações que garantem a preservação do meio ambiente e a utilização adequada de recursos naturais. Instituições privadas com projetos de construção se valem de suas orientações, assim como órgãos governamentais interessados em aplicar políticas ambientais. Ele também se ocupa do saneamento, tratamento de resíduos e recuperação de áreas degradadas.

O Curso

O Curso de Engenharia Sanitária, implantado na Universidade Federal de Mato Grosso em 1978, teve sua origem a partir das sugestões do PNMA – Política Nacional de Meio Ambiente e PLANASA – Plano Nacional de Saneamento. Esses programas recomendavam a implantação de Pólos Regionais de Engenharia Sanitária em cinco regiões consideradas estratégicas no Brasil, como forma de superar o quadro negativo demonstrado no setor de saneamento e meio ambiente, provocado pelo rápido processo de urbanização e desenvolvimento industrial.

A partir de 1995, como resultado de um processo de amadurecimento, o Programa do Curso de Engenharia Sanitária da UFMT passou por uma reestruturação curricular, contemplando com maior ênfase o seu componente ambiental ( os diversos compartimentos do ecossistema: água, ar, solo e vida humana), com o objetivo de oferecer instrumentos que propiciem maior eficiência e desempenho de um trabalho profissional.

Neste contexto, a Universidade Federal de Mato Grosso, agindo como pólo gerador e propagador de informações e conhecimentos, oferece, através do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, o Curso de Graduação em Engenharia Sanitária – Ambiental, atendendo às necessidades de formar, habilitar e difundir recursos humanos na Área Ambiental, capazes de suprir a demanda de profissionais para a região Centro – Oeste, Amazônica e Países vizinhos.

As disciplinas básicas dos primeiros anos incluem matemática, física, química, biologia e topografia. Ao longo do curso, há aulas também de administração, gestão e planejamento ambiental. O estudante aprende, ainda, hidráulica e gestão de recursos hídricos e conhece técnicas de tratamento de água e esgoto, além de tecnologias de controle ambiental e coleta, deposição e tratamento de lixo urbano e industrial. O estágio é obrigatório e, no último ano, é preciso desenvolver um projeto de conclusão para receber o diploma.

A profissão

O engenheiro sanitarista é um profissional fundamental para a preservação da ecologia e dos recursos naturais. Ele é responsável pela manutenção da qualidade da água consumida pela população e pelo tratamento do esgoto e do lixo doméstico e industrial. Para isso, planeja, coordena e administra redes de distribuição de água e estações de tratamento de esgoto, e supervisiona a coleta e o descarte do lixo urbano e industrial. Também avalia o impacto de grandes obras sobre o meio ambiente, para prevenir a poluição dos mananciais. A privatização dos serviços de saneamento urbano está abrindo vagas nesse mercado de trabalho. O registro no Crea é obrigatório.

O Profissional

A engenharia sanitária mescla conhecimentos de engenharia civil, da biologia e da química para a construção de sistemas e estações de tratamento de esgoto e de redes de coleta e distribuição de água.

Atua no controle da poluição da água e do ar e faz planejamento ambiental. Enchentes, falta de água e/ou sua contaminação, epidemias, fazem parte das preocupações desse profissional.

O trabalho desse engenheiro é de grande importância social, pois leva em conta as necessidades da comunidade. Ele atua também, em equipes, pesquisando o impacto de grandes obras sobre o meio ambiente.

Atuação Profissional

O engenheiro sanitário e ambiental pode atuar no campo da saúde pública, em empresas privadas, órgãos governamentais, como secretarias de água e esgoto, além de prestar serviços de consultoria a diversos projetos e obras.

O Engenheiro Sanitarista-Ambiental tem formação interdisciplinar que integra estudos teóricos, técnicas de análises e desenvolvimento experimental, ligados à prevenção, à medida e à limitação das influências negativas da atividade humana sobre o meio ambiente, de modo a atender às necessidades de proteção e utilização dos recursos naturais de forma sustentada.

O profissional desenvolve ações de diagnóstico e caracterização do meio ambiente, monitoramento, controle, manutenção e recuperação da qualidade ambiental e de saúde pública.

Função

A principal função do Engenheiro Ambiental é cuidar do controle ambiental das atividades humanas, ajudando a preservar os recursos ambientais tais como a água, o solo, o ar, a vegetação e a fauna.

Sempre que um novo empreendimento industrial vai ser instalado, é necessário o trabalho de um trabalho de engenharia ambiental para realizar estudos de impacto ambiental ( buscando minimiza-lo ).

O engenheiro ambiental também atua em projetos de reflorestamento de áreas esgotadas e degradadas, utilizando técnicas de engenharia ambiental e manejo para recuperar o ambiente natural original.

Áreas de atuação

Estudar, e minimizar, os efeitos da produção industrial na água, no ar e no solo é um campo vasto de trabalho. O engenheiro ambiental é consultado para avaliar o melhor aproveitamento dos recursos energéticos de uma região. A reciclagem e a recuperação de áreas poluídas são outros ramos dessa atividade.

Mercado de Trabalho

O mercado de trabalho requer profissionais com elevada competência técnico-científica para intervir nos processos e/ou procederes que afetam a qualidade ambiental .

Pela sua formação, a atividade profissional é exercida em numerosos setores, por exemplo, empresas privadas e órgãos públicos: prefeituras, companhias de saneamento, secretarias de meio ambiente, secretarias de planejamento, secretarias de saúde, empresas de consultorias e projetos, as mais diversas indústrias, etc.

Atualmente cresce a importância do profissional, principalmente devido á maior conscientização da sociedade à problemática ambiental e a busca de qualidade pelas empresas.

Estrutura Curricular

Para a integralização curricular, o estudante de Engenharia Sanitária-Ambiental á obrigado a cursar um mínimo de 4.050 horas-aula, distribuídas em disciplinas teóricas e práticas.

Os dois primeiros anos de curso são consagrados a estudo equilibrado das ciências de base (matemáticas, compreendendo a estatística e informática, biologia, física, química), dando uma abertura para as disciplinas de formação geral (desenho, topografia, geologia, teoria das estruturas).

Os três últimos anos compreendem um ensinamento mais especializado, com cerca de dois terços das disciplinas de formação profissional, com ênfase em fundamentos (microbiologia, qualidade das águas, liminogia, epidemiologia, solos, hidrologia, hidraúlica, materiais de construção civil, etc.). O terço restante caracteriza-se pela formação profissional específica com equilíbrio entre fundamentos e aplicações (tratamento de águas para abastecimento, tratamento de efluentes, controle de poluição-água, ar e solo, manejo de resíduos sólidos, planejamento ambiental, avaliação de impactos ambientais, recursos hídricos, problemas de saúde pública, etc.). Nesta etapa estão o estágio supervisionado e a monografia de conclusão de curso. São ainda oferecidas, ao longo do curso, uma série de disciplinas optativas que complementam a formação e definem especializações.

Currículo Mínimo

Nos dois primeiros anos de curso são oferecidas disciplinas básicas da engenharia, como Física, Cálculo, Geometria Descritiva, Geometria Analítica, Álgebra Linear, Química Básica, e Matemática.

A formação específica normalmente começa a partir da quarta fase, quando o aluno cursa matérias sobre Construção de Obras e Saneamento, Qualidade da Água, Tratamento e Distribuição de Água, Tratamento e Coleta de Esgoto Doméstico e Industrial, Gestão e Tratamento de Resíduos Sólidos, Controle de Poluição Atmosférica e Drenagem Urbana.

Aspectos Favoráveis da Carreira de Engenharia Ambiental

Com o aumento da preocupação ambiental geral no mundo e endurecimento das leis relativas a Meio Ambiente estão aparecendo boas oportunidades de trabalho para profissionais graduados em Engenharia Ambiental, a recuperação de áreas degradas por atividades indústrias tais como a mineração, também oferece bons empregos.

Aspectos Desfavoráveis da Carreira de Engenharia Ambiental

O aspecto negativo é a competição na área, infelizmente o mercado ainda não está sendo capaz de absorver todos os engenheiros.

Onde Estudar

As atividades didáticas são asseguradas pelo Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, principal unidade acadêmica de apoio ao curso.

O departamento possui laboratórios que são utilizados em atividades de ensino, de pesquisa e extensão: Laboratório de Hidráulica/Hidrologia, Laboratório de Fenômeno de Transportes, Estação Agro-Climatológica, Laboratório de Microbiologia Sanitária, Laboratório de Microscopia, Laboratório de Modelos e Análises de Águas e Resíduos, Estação de Tratamento de Esgotos (escala real), bem como recursos de Micro-informática e Acervo Bibliográfico Setorial.

O curso possibilita o acesso de alunos de graduação a atividades de iniciação científica, mediante participação em projetos de pesquisa, supervisionados por um professor orientador, e bolsas de estudo de instituições de fomento à pesquisa (CNPq, CAPES, etc.). Convênios com empresas privadas e/ou órgãos públicos, também, possibilitam atividades em pesquisas e estágios para os alunos.

O departamento oferece cursos, em nível de pós-graduação, de especialização e aperfeiçoamento para graduados, já engajados na vida profissional, que buscam uma complementação em sua formação.

Sanitarista ou engenheiro ambiental?

Enquanto o ambientalista se dedica a projetar e acompanhar a execução de obras, o sanitarista se concentra mais no controle da poluição e da degradação urbana.

Na prática, porém, o sanitarista acaba exercendo a função de engenheiro ambiental em determinadas oportunidades, assim como este acaba invadindo um pouco a área de atuação do primeiro.

Além de indústrias e empresas de consultoria, projetos e obras ligadas ao saneamento e ao meio ambiente, há muitas vagas nas companhias estaduais de saneamento.

Nessas instituições, um dos principais desafios é executar grandes obras dentro das exigências legais no que tange à preservação do meio ambiente, apesar da precariedade dos recursos públicos destinados para tanto.

Duração do Curso

O curso de graduação em Engenharia Sanitária-Ambiental tem duração mínima de 5 (cinco) anos. Nos dois primeiros anos, muita física, matemática, química e biologia.

Depois, entre as disciplinas do currículo: topografia, urbanismo, geologia, meio ambiente, formas de tratamento da água e do esgoto, hidráulica, etc

A integralização curricular, do primeiro ao quinto ano, é realizada em regime seriado com periodização anual.

Engenharia Sanitária e Ambiental – Profissão

O meio ambiente é um dos temas mais importantes para a humanidade neste século. Nos últimos 30 anos, os desafios do uso sustentável do patrimônio natural, da sua proteção e conservação em todas as escalas, mobilizaram governos nacionais, a sociedade civil, empresas privadas e a comunidade científica.

Sendo um tema multidisciplinar por excelência, envolve quase todos os campos do conhecimento científico, sendo notável como as novas exigências ambientais têm impulsionado o avanço nas pesquisas, desenvolvimento de novas tecnologias e a criação de carreiras específicas como as de Engenheiro e Gestor Ambiental.

A função principal destes profissionais está na preservação da qualidade da água, do ar e do solo, projetando e executando, em conjunto com profissionais de outras áreas, programas de gerenciamento dos recursos hídricos, recuperação de áreas degradadas, saneamento básico e tratamento de resíduos.

Outros cursos de Graduação também oferecem formação na área de meio ambiente como Ecologia, Engenharia Hídrica, Biotecnologia, Engenharia Química, Engenharia Sanitária e os cursos Tecnológicos em Gestão Ambiental e Saneamento.

Tipos de Curso

a)Nível Superior

Bacharelado (Engenharia ambiental)

Duração média de 5 anos, com estágio obrigatório e apresentação de monografia na conclusão do curso. A grade curricular é bem multidisciplinar, com disciplinas como hidrologia, geologia, ecologia, meteorologia, física, matemática, química, economia e administração.

As disciplinas específicas são: impactos ambientais, manejo e recuperação de recursos naturais, conservação e usos do solo, poluição ambiental.

b) Nível superior

Bacharelado (Gestão Ambiental)

Duração média de 4 anos, com estágio obrigatório. O currículo básico apresenta disciplinas como biologia, geologia, meteorologia, química e física. O conteúdo curricular específico compreende disciplinas nas áreas de Monitoramento Ambiental, Estudos de Impacto Ambiental, Legislação Ambiental, Educação Ambiental e Planejamento e Gestão Ambiental, Geoprocessamento, Análise de água e solos e sistemas gerenciais.

c) Nível Superior

Tecnólogo (Saneamento)

Duração média de 4 anos. Existem cursos de habilitação específica como Tecnologia de Saneamento Ambiental e Hidráulica e Saneamento ambiental. As disciplinas básicas são matemática, química, física, português, biologia e saneamento. As disciplinas específicas variam conforme a habilitação do curso. O estágio é obrigatório.

d) Nível Superior

Tecnólogo (Gestão Ambiental)

Duração média de 2 anos, com estágio obrigatório e trabalho de conclusão de curso(TCC). A grade curricular apresenta boa quantidade de aulas práticas em laboratórios de biologia, química e física, além do desenvolvimento de projetos de recuperação em ambientes degradados durante quase todo curso.

As matérias teóricas que compõem o currículo são: planejamento urbano, saneamento, educação ambiental, tratamento de resíduos e ecologia.

e) Nível médio

Curso Técnico

Duração média de 2 anos, oferecendo diploma de habilitação técnica em nível médio.

Os cursos técnicos na área de meio ambiente são: Técnico Ambiental, Técnico em gerenciamento de empreendimentos imobiliários entre outros. As disciplinas básicas são biologia, química e física. As Específicas variam conforme a vocação do curso.

f) Cursos Livres

Diversos cursos livres como Contabilidade Ambiental, Legislação Ambiental, Marketing Ambiental , Perícia Ambiental , Tratamento de Efluentes e Recuperação de Áreas Degradadas, podem complementar a formação do profissional, ou então oferecer uma gama de conhecimentos específicos. Não conferem diploma, apenas certificado de conclusão de curso.

Mercado de Trabalho

O mercado de trabalho se expande à medida que a sociedade vai tomando consciência da urgência da preservação dos recursos naturais e também do potencial econômico do uso sustentável das reservas ambientais.

O profissional na área de meio ambiente trabalha na elaboração de propostas integradas sobre a gestão do meio ambiente, incluindo questões relacionadas ao planejamento ambiental, exploração sustentável de recursos naturais, mitigação de problemas na exploração de ecossistemas, análises de risco ambiental, manejo e recuperação de áreas degradadas, gerenciamento e aplicação de auditorias e certificações ambientais, análise de legislação ambiental e estudos de impacto ambientais (EIA).

Estes profissionais atuam de forma transdisciplinar no meio ambiente, bem como na pesquisa científica e analítica para diagnosticar e gerar dados, propondo soluções que minimizem os impactos causados pelas atividades humanas ao meio natural.

Ofertas de Emprego

As atuais exigências legais de proteção ao meio ambiente têm impulsionado a carreira do profissional em meio ambiente. No setor privado ele poderá encontrar boas colocações na área de consultoria em análise de riscos e impactos ambientais, sendo contratado por indústrias, construtoras ou como consultor independente.

No setor público também existem vários postos de trabalho para este profissional, em prefeituras, órgãos governamentais como o Ibama ou secretarias de meio ambiente e em empresas estatais ligadas ao tratamento da água e de efluentes.

A maior oferta de vagas está na região Sudeste, onde há concentração de indústrias e empreendimentos agrícolas. Na região Norte este profissional irá encontrar vagas na área de mineração e de certificação pela ISO 14.000. Já no Nordeste as melhores oportunidades surgem em programas de preservação ambiental, sítios arqueológicos e no desenvolvimento de políticas públicas para o turismo ecológico sustentável.

Fonte: www.ufmt.br/www.cursocerto.com.br

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