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BARBARISMO
É o emprego de vocábulos, expressões e construões alheias ao idioma. Os estrangeirismos que entram no idioma por um processo natural de assimilação de cultura assumem aspecto de sentimento político-patriótico que, aos olhos dos puristas extremados, trazem o selo da subserviência e da degradação do país.
Esquecem-se de que a língua, como produto social, registra, em tais estrangeirismos, os contatos de povos. Este tipo de patriotismo linguístico (Leo Spitzer lhe dava pejorativamente o nome de “patriotite”) é antigo e revela reflexos de antigas dissensões históricas. Bréal lembra que os filólogos gregos que baniam os vocábulos turcos do léxico continuavam, à sua moda, a guerra da independência. Entre nós o repúdio ao francesismo ou galicismo nasceu da repulsa, aliás, justa, dos portugueses aos excessos dos soldados de Juno quando Napoleão ordenou a invasão de Portugal.
O que se deve combater é o excesso de importação de línguas estrangeiras, mormente aquela desnecessária por se encontrarem no vernáculo vocábulos equivalentes.
CACÓFATO
Palavra de origem grega que significa “mau som”, RESULTANTE DA aproximação das sílabas finais de uma palavra com as iniciais de outra, formando uma terceira de “som desagradável”.
Exemplos:
Durante a Olimpíada de Atlanta, um repórter afirmou com muita ênfase: “Até hoje, o atletismo era o esporte que havia dado mais medalhas para o Brasil.”
Na transmissão do jogo Brasil x Coréia, ouviu-se: “Flávio Conceição pediu a bola e Cafu deu.”
Cacófatos mais conhecidos:
“Uma prima minha…”, “Na boca dela…”, “Na vez passada…”, “Eu vi ela…”, “Teu time nunca ganha”, entre outros.
Segundo o gramático e filólogo Napoleão Mendes de Almeida “Só haverá cacofonia quando a palavra produzida for torpe, obscena ou ridícula. É infundado o exagerado escrúpulo de quem diz haver cacófato em ‘por cada’, ‘ela tinha’ e ‘só linha’.” No mesmo caso podemos incluir “uma mão” e “já tinha”.
No meio empresarial, corre uma história muito curiosa.
Dizem que uma engenheira química, durante visita a uma indústria, recebeu a seguinte pergunta: “Que a senhora faria se este problema ocorresse em sua fábrica?”
Ela respondeu secamente: “Eu mandaria um químico meu.” A resposta causou constrangimento. Todos disfarçaram e continuaram a reunião.
Lá pelas tantas, nova pergunta: “E neste caso?”
Nova resposta: “Eu mandaria um outro químico meu.”
Foram tantos “químico meu” que um diretor mais preocupado perguntou: “Mas…foi a fábrica toda?” Ela deve ter voltado para casa sem saber o porquê de tanto sucesso.
REDUNDÂNCIA
Palavra ou expressão desnecessária, por indicar idéia que já faz parte de outra passagem do texto.
Exemplos:
Você sabe o que significa “elo”? Além de sinônimo de argola, figurativamente elo pode significar “ligação, união”. Então “elo de ligação” é outro belíssimo caso de redundância. Basta dizer que alguma coisa funciona como elo, e não que funciona como “elo de ligação”.
O mesmo raciocínio se aplica em casos como o de “criar mil novos empregos”. Pura redundância. Basta dizer “criar mil empregos”.
Se é consenso, é geral. É redundante dizer “Há consenso geral em relação a isso”. Basta dizer que há consenso.
Prefiro mais é errado. A força do prefixo (pre) dispensa o advérbio (mais). Diga sempre: prefiro sair sozinha; prefiro comer carne branca. Nada mais!
Outros exemplos de redundância:
“Acabamento final” (O acabamento vem no fim mesmo)
“Criar novas teorias” (O que se cria é necessariamente novo)
“Derradeira última esperança” (Derradeira é sinônimo de última)
“Ele vai escrever a sua própria autobiografia” (Autobiografia é a biografia de si mesmo)
“Houve contatos bilaterais entre as duas partes” (Basta: “bilaterais
entre as partes”)
“O nível escolar dos alunos está se degenerando para pior” (É impossível degenerar para melhor)
“O concurso foi antecipado para antes da data marcada” (Será que dá para antecipar para depois?)
“Ganhe inteiramente grátis” (Se ganhar só pode ser grátis, imagine inteiramente grátis. Parece que alguém pode ganhar alguma coisa parcialmente grátis)
“Por decisão unânime de toda a diretoria” (Boa foi a decisão unânime só da metade da diretoria!)
“O juiz deferiu favoravelmente” (Se não fosse favoravelmente, o juiz tinha indeferido)
“Não perca neste fim de ano, as previsões para o futuro” (Ainda estamos para ver as previsões para o passado!)
SOLECISMO
Colocação inadequada de algum termo, contrariando as regras da norma culta em relação à sintaxe (parte da gramática que trata da disposição das palavras na frase e das frases no período).
Exemplos:
Me esqueci (em lugar de: Esqueci-me).
Não falou-me sobre o assunto (em lugar de: Não me falou sobre o assunto)
Eu lhe abracei (por: Eu o abracei)
A gente vamos (por: A gente vai)
Tu fostes (por: Tu foste)
ALGUMAS MANEIRAS DE FALAR OU ESCREVER ERRADO (TAUTOLOGIA)
A tautologia é um dos vícios de linguagem que consiste em dizer ou escrever a mesma coisa, por formas diversas, meio parecida com pleonasmo ou redundância.
O exemplo clássico é o famoso subir para cima ou descer para baixo. Mas há ainda muitos outros.
Observe a lista abaixo.
Se vir alguma que já usou, procure não utilizar mais:
Acabamento final;
Quantia exata;
Nos dias 8, 9 e 10, inclusive;
Superávit positivo;
Todos foram unânimes;
Habitat natural;
Certeza absoluta;
Quantia exata;
Sugiro, conjecturalmente;
Nos dias , e inclusive;
Como prêmio extra;
Juntamente com;
Em caráter esporádico;
Expressamente proibido;
Terminantemente proibido;
Em duas metades iguais;
Destaque excepcional;
Sintomas indicativos;
Há anos atrás;
Vereador da cidade;
Outra alternativa;
Detalhes minuciosos / pequenos detalhes;
A razão é porque;
Interromper de uma vez;
Anexo (a) junto a carta;
De sua livre escolha;
Superávit positivo;
Vandalismo criminoso;
Palavra de honra;
Conviver junto;
Exultar de alegria;
Encarar de frente;
Comprovadamente certo;
Fato real;
Multidão de pessoas;
Amanhecer o dia;
Criar novos empregos;
Retornar de novo;
Frequentar constantemente;
Empréstimo temporário;
Compartilhar conosco;
Surpresa inesperada;
Completamente vazio;
Colocar algo em seu respectivo lugar;
Escolha opcional;
Continua a permanecer;
Passatempo passageiro;
Atrás da retaguarda;
Planejar antecipadamente;
Repetir outra vez / de novo;
Sentido significativo;
Voltar atrás;
Abertura inaugural;
Pode possivelmente ocorrer;
A partir de agora;
Última versão definitiva;
Obra-prima principal;
Gritar/ Bradar bem alto;
Propriedade característica;
Comparecer em pessoa;
Colaborar com uma ajuda / auxílio;
Matriz cambiante;
Com absoluta correção/ exatidão;
Demasiadamente excessivo;
Individualidade inigualável;
A seu critério pessoal;
Abusar demais;
Preconceito intolerante;
Medidas extremas de último caso;
De comum acordo;
Inovação recente;
Velha tradição;
Beco sem saída;
Discussão tensa;
Imprensa escrita;
Sua autobiografia;
Sorriso nos lábios;
Goteira no teto;
General do Exército; (Só existem generais no Exército)
Brigadeiro da Aeronáutica; (Só existem brigadeiros na Aeronáutica)
Almirante da Marinha; (Só existem almirantes na Marinha)
Manter o mesmo time;
Labaredas de fogo;
Erário público; (Os dicionários ensinam que erário é o tesouro público, por isso, basta dizer somente erário)
Despesas com gastos;
Monopólio exclusivo;
Ganhar grátis;
Países do mundo;
Viúva do falecido;
Elo de ligação;
Criação nova;
Exceder em muito;
Expectativas, planos ou perspectivas para o futuro.
Quando o modo de falar ou escrever, contrariando as normas de uma língua, torna-se frequente e habitual na expressão de um indivíduo ou de um grupo, temos o que chamamos de vícios de linguagem.
Ambiguidade ou anfibologia: caracteriza-se pelas mensagens de duplo sentido. Pode ocorrer devido à disposição inadequada das palavras numa frase.
Exemplos:
“Abandonei-o contrariado”
“O guarda deteve o suspeito em sua casa”
Barbarismo: uso de palavras erradas quanto à pronúncia, forma ou significação.
Exemplos:
“metereologia” em vez de “meteorologia” (cacoépia: erro de pronúncia)
“rúbrica” em vez de “rubrica” (silabada: deslocamento do acento tônico)
“excessão” em vez de “exceção” (cacografia: erro de grafia)
“namorar com” em vez de “namorar”, “bom-tom” em vez de “educação” (estrangeirismo – obs.: quando o vocábulo estrangeiro é muito necessário, adapta-se à pronúncia e à grafia do português, como nas palavras “bife”, “clube”, “abajur”, “gol”, etc).
Cacófato: som desagradável ou palavra inconveniente, ridícula, obscena, resultante da junção de vocábulos numa frase.
Exemplos:
“Não tenho pretensões a cerca dela”
“Ela tinha muito dinheiro”
Colisão: sequência de sons consonantais iguais, da qual resulta um efeito acústico desagradável.
Exemplos:
“Se você se sair satisfatiramente bem, seremos salvos”
“Futebol define finalistas do final de semana”
Hiato: é o acúmulo de vogais que produz um efeito acústico desagradável.
Exemplos:
“O amálgama faz mal”
“Assava a asa da ave”
Pleonasmo: uso de palavras ou expressões redundantes ou supérfluas, que não acrescentam nada ao que já foi dito.
Exemplos:
“Subir para cima “
“Monopólio exclusivo”
Solecismo: infração às normas de sintaxe (concordância, regência ou colocação).
Exemplos:
“Haviam dez alunos na sala” em vez de “havia dez alunos na sala”
“Assisti o filme” em vez de “assisti ao filme”
“Me empresta o guarda-chuva” em vez de “empreste-me o guarda-chuva”
Arcaísmo: emprego de palavras ou construções que já caíram em desuso.
Exemplos:
“Os dias de nojo passaram” em vez de “os dias de luto passaram”
“Trabalho feito de muita gente” em vez de “trabalho feito por muita gente”
Vícios de Linguagem – O que é
Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. É o mesmo que redundância, pleonasmo. O exemplo clássico é o famoso subir para cima ou descer para baixo.
Chama-se vício de linguagem ao modo de falar ou escrever que contraria as normas de uma língua.
A infração à norma só recebe o nome de vício quando se torna frequente e habitual na expressão de um indivíduo ou de um grupo
Vícios de linguagem são palavras ou construções que deturpam, desvirtuam ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor.
Vícios de Linguagem – Gramática
A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante. Quando o falante se desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, ocorre a figura de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não-conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.
DEFINIÇÃO
São alterações defeituosas que sofre a língua em sua pronúncia e escrita devidas à ignorância do povo ou ao descaso de alguns escritores. São devidas, em grande parte, à suposta idéia da afinidade de forma ou pensamento.
Os vícios de linguagem são: barbarismo, anfibologia, cacofonia, eco, arcaísmo, vulgarismo, estrangeirismo, solecismo, obscuridade, hiato, colisão, neologismo, preciosismo, pleonasmo.
BARBARISMO
É o vício de linguagem que consiste em usar uma palavra errada quanto à grafia, pronúncia, significação, flexão ou formação.
Assim sendo, divide-se em: gráfico, ortoépico, prosódico, semântico, morfológico e mórfico.
Gráficos: hontem, proesa, conssessiva, aza, por: ontem, proeza, concessiva e asa.
Ortoépicos: interesse, carramanchão, subcistir, por: interesse, caramanchão, subsistir.
Prosódicos: pegada, rúbrica, filântropo, por: pegada, rubrica, filantropo.
Semânticos: Tráfico (por tráfego) indígena (como sinônimo de índio, em vez de autóctone).
Morfológicos: cidadões, uma telefonema, proporam, reavi, deteu, por: cidadãos, um telefonema, propuseram, reouve, deteve.
Mórficos: antidiluviano, filmeteca, monolinear, por: antediluviano, filmoteca, unlinear.
OBS.: Diversos autores consideram barbarismo palavras, expressões e construções estrangeiras, mas, nesta apostila, elas serão consideradas “estrangeirismos.”
AMBIGÜIDADE OU ANFIBOLOGIA
É o vício de línguagem que consiste em usar diversas palavras na frase de maneira a causar duplo sentido na sua interpretação.
Exemplo:
Não se convence, enfim, o pai, o filho, amado. O chefe discutiu com o empregado e estragou seu dia. (nos dois casos, não se sabe qual dos dois é autor, ou paciente).
CACOFONIA
Vício de linguagem caracterizado pelo encontro ou repetição de fonemas ou sílabas que produzem efeito desagradável ao ouvido.
Constituem cacofonias:
A coli: Ex.: Meu Deus não seja já.
O eco: Ex.: Vicente mente consantemente.
o hia: Ex.: Ela iria à aula hoje, se não chovesse
O cacófato: Ex.: Tem uma mão machucada: A aliteração – Ex.: Pede o Papa paz ao povo. O antônimo é a “eufonia”.
ECO:
Espécie de cacofonia que consiste na sequência de sons vocálicos, idênticos, ou na proximidade de palavras que têm a mesma terminação. Também se chama assonância. Ex.: É possível a aprovação da transação sem concisão e sem associação.
Na poesia, a “rima” é uma forma normal de eco. São expressivas as repetições vocálicas a curto intervalo que visam à musicalidade ou à imitação de sons da natureza (harmonia imitativa); “Tíbios flautins finíssimos gritavam” (Bilac).
ARCAÍSMO:
Palavras, expressões, construções ou maneira de dizer que deixaram de ser usadas ou passaram a ter emprego diverso.
Na língua viva contemporânea: asinha (por depressa), assi (por assim) entonces (por então), vosmecê (por você), geolho (por joelho), arreio (o qual perdeu a significação antiga de enfeite), catar (perdeu a significação antiga de olhar), faria-te um favor (não se coloca mais o pronome pessoal átono depois de forma verbal do futuro do indicativo), etc.
VULGARISMO:
É o uso linguístico popular em contraposição às doutrinas da linguagem culta da mesma região.
O vulgarismo pode ser fonético, morfológico e sintático.
Fonético:
A queda dos erres finais: anda, comê, etc. A vocalização do “L” final nas sílabas.
Ex.: mel = meu , sal = saú etc.
A monotongação dos ditongos.
Ex.: estoura = estóra, roubar = robar.
A intercalação de uma vogal para desfazer um grupo consonantal.
Ex.: advogado = adevogado, rítmo = rítimo, psicologia = pissicologia.
Morfológico e sintático:
Temos a simplificação das flexões nominais e verbais. Ex.: Os aluno, dois quilo, os homê brigou.
Também o emprego dos pronomes pessoais do caso reto em lugar do oblíquo. Ex.: vi ela, olha eu, ó gente, etc.
ESTRANGEIRISMO:
Todo e qualquer emprego de palavras, expressões e construções estrangeiras em nosso idioma recebe denominação de estrangeirismo.
Classificam-se em: francesismo, italianismo, espanholismo, anglicismo (inglês), germanismo (alemão), eslavismo (russo, polaço, etc.), arabismo, hebraísmo, grecismo, latinismo, tupinismo (tupi-guarani), americanismo (línguas da América) etc…
O estrangeirismo pode ser morfológico ou sintático:
Estrangeirismos morfológicos:
Francesismo: abajur, chefe, carnê, matinê etc…
Italianismos: ravioli, pizza, cicerone, minestra, madona etc…
Espanholismos: camarilha, guitarra, quadrilha etc…
Anglicanismos: futebol, telex, bofe, ringue, sanduíche breque.
Germanismos: chope, cerveja, gás, touca etc…
Eslavismos: gravata, estepe etc…
Arabismos: alface, tarimba, açougue, bazar etc…
Hebraísmos: amém, sábado etc…
Grecismos: batismo, farmácia, o limpo, bispo etc…
Latinismos: index, bis, memorandum, quo vadis etc…
Tupinismos: mirim, pipoca, peteca, caipira etc…
Americanismos: canoa, chocolate, mate, mandioca etc…
Orientalismos: chá, xícara, pagode, kamikaze etc…
Africanismos: macumba, fuxicar, cochilar, samba etc…
Estrangeirismos Sintáticos:
Exemplos:
Saltar aos olhos (francesismo);
Pedro é mais velho de mim. (italianismo);
O jogo resultou admirável. (espanholismo);
Porcentagem (anglicanismo), guerra fria (anglicanismo) etc…
SOLECISMOS:
São os erros que atentam contra as normas de concordância, de regência ou de colocação.
Exemplos:
Solecimos de regência:
Ontem assistimos o filme (por: Ontem assistimos ao filme).
Cheguei no Brasil em 1923 (por: Cheguei ao Brasil em 1923).
Pedro visava o posto de chefe (correto: Pedro visava ao posto de chefe).
Solecismo de concordância:
Haviam muitas pessoas na festa (correto: Havia muitas pessoas na festa)
O pessoal já saíram? (correto: O pessoal já saiu?).
Solecismo de colocação:
Foi João quem avisou-me (correto: Foi João quem me avisou).
Me empresta o lápis (Correto: Empresta-me o lápis).
OBSCURIDADE:
Vício de linguagem que consiste em construir a frase de tal modo que o sentido se torne obscuro, embaraçado, ininteligível.
Em um texto, as principais causas da obscuridade são: o abuso do arcaísmo e o neologismo, o provincianismo, o estrangeirismo, a elipse, a sínquise (hipérbato vicioso), o parêntese extenso, o acúmulo de orações intercaladas (ou incidentes) as circunlocuções, a extensão exagerada da frase, as palavras rebuscadas, as construções intrincadas e a má pontuação.
Ex.: Foi evitada uma efusão de sangue inútil (Em vez de efusão inútil de sangue).
NEOLOGISMO:
Palavra, expressão ou construção recentemente criadas ou introduzidas na língua.
Costumam-se classificar os neologismos em:
Extrínsecos: que compreendem os estrangeirismos.
Intrínsecos: (ou vernáculos), que são formados com os recursos da própria língua. Podem ser de origem culta ou popular.
Os neologismos de origem culta subdividem-se em:
Científicos ou técnicos: aeromoça, penicilina, telespectador, taxímetro (redução: táxi), fonemática, televisão, comunista, etc…
Literários ou artísticos: olhicerúleo, sesquiorelhal, paredro (= pessoa importante, prócer), vesperal, festival, recital, concretismo, modernismo etc…
OBS.: Os neologismos populares são constituídos pelos termos de gíria. “Manjar” (entender, saber do assunto), “a pampa”, legal (excelente), Zico, biruta, transa, psicodélico etc…
PRECIOSISMO:
Expressão rebuscada. Usa-se com prejuízo da naturalidade do estilo. É o que o povo chama de “falar difícil”, “estar gastando”.
Ex.: “O fulvo e voluptoso Rajá celeste derramará além os fugitivos esplendores da sua magnificência astral e rendilhara dalto e de leve as nuvens da delicadeza, arquitetural, decorativa, dos estilos manuelinos.”
OBS.: O preciosismo também pode ser chamado de PROLEXIDADE.
PLEONASMO:
Emprego inconsciente ou voluntário de palavras ou expressões involuntárias, desnecessárias, por já estar sua significação contida em outras da mesma frase.
O pleonasmo, como vício de linguagem, contém uma repetição inútil e desnecessária dos elementos.
Exemplos:
Voltou a estudar novamente.
Ele reincidiu na mesma falta de novo.
Primeiro subiu para cima, depois em seguida entrou nas nuvens.
O navio naufragou e foi ao fundo. Neste caso, também se chama perissologia ou tautologia.
Vícios de Linguagem – Resumo
O emprego indevido de determinadas palavras ou expressões, de maneira a provocar interpretações equivocadas, erros gramaticais ou sons desagradáveis, é chamado de vicio de linguagem.
Ambiguidade ou anfibologia | Cacofonia ou cacófato | Barbarismo | Estrangeirismo | Pleonasmo vicioso | Arcaísmo | Colisão | Solecismo | Eco | Hiato | Preciosismo ou rebuscamento | |
Conceito | Falta de clareza que acarreta duplo sentido na frase. | União de 2 palavras, formando uma terceira de sentido inconivente. | Pronuncia e/ou grafia incorretas de uma palavra ou expressão. | Palavra ou expressão estrangeira empregadas mesmo havendo termo correspondente na língua portuguesa | Repetição desnecessária de um termo ou expressão | Palavra ou expressão já ultrapassada | Efeito sonoro desagradável criado pela repetição de fonema. | Erro de sintaxe, seja de concordância, de regência ou de colocação. | Repetição da ultima silaba | Repetição de vogais | Usar palavras difíceis comprometendo o significado |
Exemplo | Luciana e Carlos foram a festa e levaram sua irmã. ( a irmã de quem?) | Deu vinte reais por cada CD.
Mande-me já a procuração assinada.
|
Rúbrica em vez de rubrica.
Mendingo em vez de mendigo. |
Menu(cardápio)
Chofer(motorista) Drinque(bebida) Gafe( disparate) |
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Grande maioria Hoje em dia |
Frecha
( flecha) Fremosa ( formosa) Vosmece (você) |
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
Sem cessar, só sei sofrer por você. |
Recebe-se formulários. (recebem-se)
Me traga o jornal.(traga-me) |
Seu andar e seu falar faziam-nos sonhar. | A plateia homenageia o cantor com faixas cheias de palavras apaixonadas. | Seu gesto altruísta e empreendedor ensombrece a existência dos demais mortais. |
Fonte: intervox.nce.ufrj.br/br.geocities.com/www.pesquisasnota10.hpg.ig.com.br
Excelente orientador! Grato e parabéns!