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Cerebelo – Definição
O cerebelo é a parte do sistema nervosos central situada dorsalmente ao tronco e inferiormente ao lobo occipital do telencéfalo. Faz parte do sistema supra segmentar que controla e corrige o ato motor.
O cerebelo tem a aparência de uma estrutura separada anexada à parte inferior do cérebro, aninhada abaixo dos hemisférios cerebrais.
Em termos gerais, acredita-se que o cerebelo atua no controle motor fino (coordenação e precisão) e no aprendizado motor, equilíbrio, postura, bem como alguma capacidade cognitiva e emocional.
A interação das funções sensoriais, cognitivas e motoras também pode contribuir para a propriocepção (a consciência de si mesmo no espaço), planejando movimentos e avaliando informações para a ação.
O que é o cerebelo?
O cerebelo, latim para “pequeno cérebro”, é uma parte do cérebro do tamanho de uma ameixa localizada abaixo dos hemisférios cerebrais e atrás do tronco cerebral.
Sua principal reivindicação à fama é que contém metade dos neurônios do cérebro, apesar de ter apenas 10% de seu tamanho. Isso ocorre porque seus principais constituintes são células granulares minúsculas.
O cerebelo se liga atrás do tronco cerebral na base do cérebro
A principal função do cerebelo é fornecer feedback e ajuste fino para a saída do motor.
Também está associado ao senso de propriocepção, que nos fornece um mapa intuitivo da localização das partes do nosso corpo. Sem a propriocepção, seria impossível permanecer equilibrado enquanto caminhamos no escuro – não teríamos uma sensação intuitiva de onde nossas pernas estão localizadas.
Como muitas outras partes do cérebro, o cerebelo foi originalmente associado a uma única função, mas com o advento da Tomografia por Emissão de Pósitrons e outras técnicas de imagem neural, foi descoberto que ele é ativado em tarefas que requerem o delegação de atenção e processamento de linguagem, música e outros estímulos sensoriais temporais.
O cerebelo é citoarquiteturalmente uniforme, como muitas outras partes do cérebro. Isso significa que suas células são organizadas em um padrão bastante regular, uma rede tridimensional de circuitos neurais que se cruzam perpendicularmente. Isso o torna particularmente suscetível a coloração e estudo ao microscópio. É, portanto, atraente para uso em trabalho de laboratório instrucional em universidades.
Semelhante a seu primo maior, o cérebro, o cerebelo é dividido em dois hemisférios e 10 lobos, todos os quais foram estudados extensivamente.
O cérebro é uma das porções filogeneticamente mais antigas do cérebro. É muito semelhante em todos os vertebrados, incluindo peixes, répteis, pássaros e mamíferos. Isso é fortemente sugestivo de que ele desempenha funções universais para todas essas espécies.
Curiosamente, pessoas com cerebelos danificados são capazes de levar uma vida relativamente normal.
Os sintomas de lesão nesta área incluem controle motor deficiente, marcha desajeitada, superestimação ou subestimação da força e incapacidade de realizar movimentos alternados rapidamente.
Devido à relativa simplicidade do cerebelo, as tentativas de modelagem cerebelar são populares entre os criadores de redes neurais e neurocientistas computacionais.
Cerebelo – Localização
Cerebelo
O cerebelo localiza-se posterior ao tronco encefálico, sendo conectado ao mesmo pelos pedúnculos cerebelares.
É composto de uma porção mediana, o vermis, e duas massas laterais, os hemisférios cerebelares. Sua superfície apresenta lâminas transversais, as folhas do cerebelo, que estão separadas por sulcos aproximadamente paralelos.
O cerebelo apresenta três faces: superior, posterior (ou póstero-inferior) e anterior. A face superior está em contato com a tenda do cerebelo.
A face póstero-inferior está em contato com a escama inferior do osso occipital; nela encontram-se as tonsilas, que projetam-se medialmente sobre a face dorsal do bulbo.
A face anterior aplica-se contra a face posterior do bulbo e da ponte para formar o teto do quarto ventrículo; nela encontram-se os pedúnculos cerebelares (inferior, médio e superior) que ligam o cerebelo ao tronco encefálico.
Nesta face encontram-se também as extremidades superior e inferior do vérmis (língula e nódulo), que participam da formação do teto do quarto ventrículo.
Além da divisão anatômica em vérmis e hemisférios cerebelares, o cerebelo é também dividido, do ponto de vista da ontogênese, em três lobos: anterior, posterior e flóculo-nodular.
Na face anterior do cerebelo, a porção mais inferior do vérmis corresponde ao nódulo, que se liga ao flóculo, situado lateralmente, e abaixo do pedúnculo cerebelar médio.
O nódulo e os flóculos formam o lobo flóculo-nodular (arquicerebelo), que é separado do corpo do cerebelo pela fissura póstero-lateral.
Na face superior do cerebelo, a fissura prima divide o corpo do cerebelo em um pequeno lobo anterior (paleocerebelo) e um grande lobo posterior (neocerebelo).
Anatomia Macroscópica do Cerebelo
Origem embriológica: Parte posterior do metencéfalo
Posição anatômica
Na fossa posterior do crânio, limitada superiormente por uma dobra de dura-máter. Localiza-se posteriormente ao tronco encefálico
Relações
Pedúnculo cerebelar superior: Formados predominantemente por fibras eferentes que projetam-se ao cérebro
Pedúnculo cerebelar médio: Formados predominantemente por fibras aferentes dos núcleos pontinos
Pedúnculo cerebelar inferior: Formados predominantemente por fibras aferentes oriundas da ME e bulbo
Funções
Controle dos movimentos (equilíbrio e postura) e do tônus muscular, bem como a aprendizagem motora. Controla/influencia os neurônios motores homolaterais da ME, TE e córtex motor.
Lesões cerebelares determinam erros no planejamento e execução do movimento
Aspectos morfológicos
Faces
Face anterior – relaciona-se com o Tronco Encefálico.
Face superior – relaciona-se com o lobo occipital, separados pela tenda do cerebelo.
Face inferior- apoiada na fossa posterior do crânio. Nesta face encontra- se a amígdala que em casos de hipertensão craniana podem penetrar no forame magno (hérnia), comprimindo o bulbo.
Fissuras
Póstero-lateral – filogeneticamente foi a primeira que surgiu.
Primária (ou prima) – surgiu posteriormente a fissura pósterolateral.
Divisão Anatômica
Verme – região central. A porção superior é pouco delimitada e a porção inferior é separada por sulcos laterais.
Hemisférios cerebelares – porções laterais ao verme
Divisão Ontogenética
Lobo floculonodular- limitado do lobo anterior pela fissura póstero-lateral, constituído pelo flóculo (localiza-se abaixo do ponto em que penetra o pedúnculo cerebelar médio) e o nódulo (localiza-se ântero-inferiormente verme)
Corpo cerebelar: é dividido pela fissura prima em
Lobo anterior
Lobo posterior
Divisão Filogenética
Constituído por 3 fases (esta divisão relaciona-se com as síndromes):
Arquicerebelo (cerebelo vestibular): Surgiu em vertebrados aquáticos, forma cilíndrica (lampréia), que necessitavam do equilíbrio (canais semicirculares) onde o cerebelo dava a posição do animal para a coordenação muscular. É formado pelo lobo flóculo-nodular. Funções de equilíbrio.
Paleocerebelo (cerebelo espinhal): Surgiu nos peixes, onde as nadadeiras representam indício de membros, os quais possuem fusos neuromusculares (grau de estiramento muscular, velocidade do movimento, posição do membro e ângulo das articulações) e o órgão neurotendíneo de Golgi que informa sobre o grau de contração muscular. O paleocerebelo é formado pelo lobo anterior mais o segmento pirâmide e úvula (porções Antero-inferior da porção inferior do verme). Recebe informações proprioceptivas da ME. Relaciona-se com o tônus, marcha e postura do animal.
Neocerebelo (cerebelo cortical): Aparece nos mamíferos que começaram a utilizar os membros para execução de movimentos delicados e assimétricos Porção envolvida no controle de movimentos finos (coordenação motora).Tem amplas conexões com o córtex cerebral. É formado pelo lobo posterior menos o segmento pirâmide e úvula.
Divisão longitudinal
Constituída de três partes, cada uma com distintas conexões:
Verme: Relaciona-se com o núcleo fastigial que emite fibras para regiões corticais e para o TE dando origem ao sistema descendente medial.
Zona intermediária: Relaciona-se com o núcleo interpósito, emite fibras para regiões corticais e ao TE que dão origem ao sistema descendente lateral.
Zona lateral: Relaciona-se com o núcleo denteado, emitindo fibras para regiões motoras e pré-motoras do córtex cerebral envolvidas com o planejamento dos movimentos.
Distribuição das substâncias cinzenta e branca:
Córtex cerebelar: Fina camada externa de substância cinzenta que recobre um centro branco (corpo medular).
Centro branco medular: Formado pela irradiação das lâminas medulares (em forma de árvore). Ao contrário do cérebro existem poucas fibras de associação. Constituído por fibras aferentes e eferentes (ao córtex motor com o cérebro).
Folhas Cerebelares
Lâminas brancas
Córtex – estruturalmente menos complexo que o córtex cerebral.
Núcleos centrais
Núcleos profundos (conduzem sinais cerebelares para outras partes do SNC):
Fastigial
Interpósito:Globoso
Emboliforme
Fonte: www.cefid.udesc.br/cistosaracnoide.org/www.wisegeek.org/www.medicina.ufmg.br/nba.uth.tmc.edu/www.brainfacts.org/cdn.psychologytoday.com/www.neuroskills.com
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