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Imunologia – Definição
A imunologia é o ramo da ciência biomédica que lida com a resposta de um organismo ao desafio antigênico e seu reconhecimento do que é e do que não é. Trata dos mecanismos de defesa, incluindo todas as propriedades físicas, químicas e biológicas do organismo que o ajudam a combater sua suscetibilidade a organismos estranhos, materiais, etc.
A imunologia consiste no estudo da resposta imune, isto é, estudo dos mecanismos pelos quais um organismo tem capacidade de reconhecer, neutralizar, metabolizar e eliminar as substâncias heterólogas, assim como tornar-se resistente a reinfecção. Este processo ocorre com ou sem lesão tecidual.
O que é imunologia?
A imunologia é o estudo do sistema imunológico e é um ramo muito importante das ciências médicas e biológicas.
O sistema imunológico nos protege contra infecções por meio de várias linhas de defesa.
Se o sistema imunológico não estiver funcionando como deveria, pode resultar em doenças, como autoimunidade, alergia e câncer.
Também está se tornando claro que as respostas imunológicas contribuem para o desenvolvimento de muitos distúrbios comuns não tradicionalmente vistos como imunológicos, incluindo condições metabólicas, cardiovasculares e neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.
A imunologia se concentra no sistema de defesa embutido do corpo humano. Em uma pessoa saudável, o sistema imunológico ajuda o corpo a combater infecções, rejeitando vírus e bactérias estranhos.
Quando o sistema imunológico está com defeito, ele pode deixar de proteger o corpo ou até mesmo atacá-lo. Doenças causadas por distúrbios do sistema imunológico podem ser causadas por imunodeficiência, na qual partes do sistema imunológico falham em fornecer uma resposta adequada, ou autoimunidade, na qual o sistema imunológico responde excessivamente, causando danos ao corpo de seu hospedeiro.
Outros distúrbios imunológicos incluem hipersensibilidade, na qual o sistema responde de forma inadequada ou muito intensa a compostos inofensivos, como na asma e nas alergias.
Por que a imunologia é importante?
Do trabalho pioneiro de Edward Jenner no século 18, que acabaria por levar à vacinação em sua forma moderna (uma inovação que provavelmente salvou mais vidas do que qualquer outro avanço médico), aos muitos avanços científicos nos séculos 19 e 20 que levariam a, entre outras coisas, o transplante seguro de órgãos, a identificação de grupos sanguíneos e o uso agora onipresente de anticorpos monoclonais em toda a ciência e saúde, a imunologia mudou a face da medicina moderna.
A pesquisa imunológica continua a ampliar horizontes em nossa compreensão de como tratar problemas de saúde significativos, com esforços contínuos de pesquisa em imunoterapia, doenças autoimunes e vacinas para patógenos emergentes, como o Ebola.
O avanço de nossa compreensão da imunologia básica é essencial para a aplicação clínica e comercial e tem facilitado a descoberta de novos diagnósticos e tratamentos para gerenciar uma ampla gama de doenças.
Além do acima exposto, juntamente com o avanço da tecnologia, a pesquisa imunológica forneceu técnicas e ferramentas de pesquisa extremamente importantes, como a citometria de fluxo e a tecnologia de anticorpos.
Imunologia – Doença
A imunologia, que começou como um esforço para compreender e intervir em vários estados de doença, é a ciência que se concentra no estudo da estrutura e do funcionamento do sistema imunológico.
Além do estudo básico que enfoca o funcionamento do sistema imunológico, os imunologistas também estudam a maneira como os distúrbios do próprio sistema imunológico afetam (atacando células saudáveis) o corpo na imunologia clínica.
Desde que o termo imunologia foi cunhado no início de 1900, várias subdisciplinas foram adicionadas à disciplina, dando foco a campos de interesse específicos.
Imunis: livre ou isento de Doença
O homem mantém contato direto com uma grande quantidade de organismos com características biológicas bastante variadas (vírus, bactérias, fungos, parasitos), muitos dos quais podem causar um desequilíbrio fisiológico focal ou generalizado causando o estado de doença.
Graças à vigilância imunológica o organismo mantém a sua integridade, agindo contra agentes agressores e substâncias endógenas ou exógenas. Para tanto o homem utiliza diferentes mecanismos de defesa.
Os diferentes mecanismos tem como base de ação o reconhecimento do próprio e do não próprio, desencadeando processo imune contra o não próprio.
É reconhecido como próprio toda e qualquer molécula e estrutura criada simultaneamente ao amadurecimento do sistema imune, desta forma os espermatozóides masculinos serão reconhecidos como não próprio ao organismo masculino, pois sua morfogênese ocorre somente durante e após a puberdade, quando o sistema imune já esta totalmente formado. Este processo é causa de esterilidade masculina em muitos homens quando a barreira hemato-testicular é rompida.
O mecanismo de reconhecimento do próprio e do não próprio pode ser inespecífico (fagocitose de partículas por neutrófilos e macrófagos) ou específicos (cada linhagem de linfócito age contra um agente agressor específico). Podem ocorrer situações onde o sistema imunológico confunde-se e passa a agir contra o próprio, nestes casos são desencadeadas as doenças auto imunes. As respostas imunológicas podem ser desencadeadas em caso de fusão de organismos, são os casos de transfusões e transplantes.
A resposta imune específica contra um agressor é realizada através da participação de agentes celulares e agentes humorais.
Tem como característica básica o poder descriminatório, ser específica apresentar mecanismo de memória.
Em um primeiro contato com o agente agressor, o organismo desencadeia a resposta imune após um certo período de contato.
Durante este período há uma proliferação do agressor no organismo causando o estado de doença. Porém após o desencadeamento da resposta imune, o agressor é neutralizado e eliminado.
Como resultado temos o estado de resistência a reinfecção. Dessa forma, em um próximo contato o organismo desencadeia a resposta imune mais rápida e mais eficiente, impedindo a proliferação do agente agressor, impedindo o estado de doença.
O que faz um especialista em imunologia?
Imunologia
Um especialista em imunologia é um tipo de médico que diagnostica e trata doenças que afetam o sistema imunológico, como alergias e doenças autoimunes.
Os médicos que desejam trabalhar nessa área geralmente precisam de treinamento e certificação adicionais além da faculdade de medicina ou de uma bolsa de estudos em medicina interna ou pediatria. Em alguns casos, um especialista em imunologia pode trabalhar em um laboratório de pesquisa ou em um ambiente acadêmico, investigando as causas de alergias ou outras respostas imunológicas, em vez de tratar pacientes.
Normalmente, um especialista em imunologia é certificado em sua área. O processo de se tornar um imunologista geralmente leva mais de 10 anos. Esse médico precisa concluir um curso de graduação de quatro anos e, em seguida, um diploma de medicina. Depois de obter o diploma de medicina, geralmente espera-se que ela faça residência em pediatria ou medicina interna.
Assim que a residência inicial for concluída, ela poderá começar uma bolsa de estudos em imunologia. Depois de completar esta fase de treinamento, ela precisa passar em um exame para se tornar um especialista em imunologia certificado pelo conselho. Para manter a especialização, a médica deve fazer cursos de educação continuada ao longo de sua carreira.
Os especialistas em imunologia diagnosticam alergias em pacientes. Um médico pode realizar testes, como teste cutâneo ou respiratório, para avaliar a resposta do paciente a um alérgeno.
Os imunologistas também diagnosticam reações alérgicas na pele, como eczema ou urticária. Assim que o diagnóstico é feito, um especialista em imunologia desenvolve um plano de tratamento para prevenir a ocorrência da reação alérgica, ou tratá-la se ocorrer.
No entanto, as alergias não são a única condição que preocupa os imunologistas. Eles também avaliam e tratam condições do sistema imunológico, como distúrbios autoimunes.
Isso ocorre quando as células do sistema imunológico atacam as células saudáveis do corpo. Exemplos de doenças autoimunes incluem lúpus e esclerose múltipla. Quando uma pessoa tem uma dessas doenças, seu sistema imunológico ataca os órgãos e tecidos do corpo, causando inflamação. Para tratar esses distúrbios autoimunes, um médico pode prescrever corticosteroides ou drogas que suprimem o sistema imunológico para aliviar a condição.
Alguns desses especialistas tratam pacientes com deficiências do sistema imunológico. Um sistema imunológico deficiente pode ser uma doença hereditária ou causada por um vírus. Normalmente, um imunologista realiza um exame de sangue para diagnosticar uma imunodeficiência. Os tratamentos podem incluir antibióticos para combater infecções e terapia para melhorar a resposta do sistema imunológico.
Um especialista em imunologia pode optar por trabalhar em um ambiente acadêmico em vez de clínico.
Esse tipo de médico realizará testes de laboratório para desenvolver novos métodos de tratamento ou testes de diagnóstico.
Ela pode escrever artigos detalhando os resultados de seus testes para publicação em revistas médicas. Em alguns casos, ela pode apresentar seus dados em conferências.
Imunologia – História
Imunologia
A Imunologia surgiu na história da ciência de uma forma bastante peculiar, tendo evoluído em um âmbito bastante diferente de outras ciências. Enquanto, por exemplo a Anatomia e Fisiologia aprofundaram seus estudos gregos em relação aos seres vivos, a Imunologia surgiu dentro da Medicina, revolucionando uma nova arte de curar ou de prevenir doenças, calçada sob aspectos novos da filosofia de visão da Medicina em lugar da cura das doenças, entendendo-se ser melhor previna-las. Em uma época em que as doenças infecciosas arrasavam o mundo, as descobertas da bacteriologia deram início a arte médica da cura. Antes que a humanidade conhecesse os agentes etiológicos das doenças,
Tucídides conseguiu fazer um relato científico do processo da prevenção contra estas doenças.
Foi a partir do surgimento da Imunologia que, pela primeira vez a medicina foi capaz de mostrar intervir no curso de uma doença.
Os primeiros indícios de interferência na saúde humana se fez através de um instrumento imunológico: A VACINA.
Eduard Jenner (1749-1823), foi o pioneiro no processo de criação da vacinação. Logo, a compreensão da imunização e da proteção, surgiu no final do século XVIII, bem mesmo antes de se conhecer os microorganismos, quando foi criada por Louis Pasteur a Teoria dos Germes no final do século XIX.
Jenner, o qual foi discípulo de John Hunter, era médico de província e um exímio médico experimental. Na sua época a varíola era uma ameaça constante à população, sendo responsável na Inglaterra por um óbito em cada sete crianças. As crianças que sobreviviam à varíola ficavam com importantes seqüelas.
Curiosamente, Jenner observou que em vacas a varíola (cowpox ou vaccínia) também se manifestava, porém de uma forma bem mais branda e atípica em relação a humana. A característica da cowpox, assim chamada diferentemente da humana (smallpox), manifestava-se por pústulas no úbere, cujas infecções eram passadas para as mãos e braços das pessoas que trabalhavam na ordenha. Entretanto, essas pessoas não adoeciam subsequentemente com a varíola. Após alguns anos de convívio com o fato e fazendo observações científicas, Eduard Jenner propôs inocular pus das lesões de cowpox em crianças, inoculando após alguns meses o própio pus da varíola de indivíduos gravemente doentes na mesma criança. Repetindo em adultos e percebendo que os indivíduos não adoeciam, jenner submeteu seus resultados a Royal Society. Esta metodologia de prevenção à doença levou à prática da vacinação, cuja palavra tem origem grega em “vacca”, dando origem ao nome vaccínia que levou à palavra vacinação, que é o significado do processo de imunização.
No final do século XIX, Louis Pasteur lançou a idéia de que as doenças epidêmicas eram causadas por microorganismos (chamados de corpos quando vistos ao microscópio) e que haveria possibilidades que fossem evitados. Este ilustre pesquisador interessou-se pelas técnicas de isolamento de microorganismos e pelos estudos das doenças com suas respectivas bactérias.
Estudou as infecções responsáveis pelas bactérias, onde defendeu a idéia de que as doenças devem ser tratadas previamente pela Medicina, antes de se instalarem nos indivíduos.
Pasteur estudou cientificamente a cólera aviária e descobriu que é possível em laboratório atenuar os microorganismos, lançando o princípio da atenuação microbiana e realmente tornado possível a preparação das vacinas. Pasteur contribuiu muito com a saúde da humanidade, quando a partir de um extrato de células de medula de coelhos infectados como vírus da raiva, foi capaz de produzir uma vacina contra a hidrofobia.
Este fato lhe conferiu o reconhecimento público e a criação do Instituto Pasteur em 1888, onde foi difundida as suas idéias universalmente.
Em 1888, Von Behring e Kitassato encontraram no soro de animais imunizados contra a difteria e o tétano, substâncias neutralizantes específicas, as quais foram denominadas anticorpos (anti-corpos).
Eles demonstraram que a proteção contra estas duas doenças podem ser transferidas passivelmente de um animal doente (imune) para outro animal normal, quando transferimos soro deste contendo estas moléculas chamadas de anticorpos. Assim, estava criada a soroterapia, a qual iniciou um processo de cura na Medicina em crianças com difteria em todo o mundo.
Paul Erlich também destacou-se na história da ciência Imunologia, desde o início do século. Foi um pesquisador nato, fez carreira como químico, quando iniciou seus trabalhos científicos com a implantação da indústria química alemã.
Responsável pela síntese dos primeiros corantes biológicos, criou métodos de coloração das células sanguíneas, onde conseguiu distinguir neutrófilos, eosinófilos e basófilos, depois descobrindo o mastócito no tecido.
Erlich interessou-se pela especificidade dos fenômenos imunológicos, sendo capaz de diferenciar os mecanismos de imunização ativa e passiva, demonstrando para a comunidade científica, que existia uma transmissão de anticorpos de mãe para seus filhos, através do processo de amamentação.
Vários cientistas ganharam o prêmio Nobel na área de Imunologia durante o decorrer do século XX :
1907: Alfhonse Laveran pelos seus trabalhos evidenciando o papel dos protozoários como agentes causadores de doenças.
1908: Elie Metchnikoff pelos seus trabalhos sobre a Imunidade Celular.
1919: Jules Bordet que colocou em evidência o papel dos anticorpos e complemento.
1928: Charles Nicole: colaborou com as pesquisas imunológicas em tifo.
1957: Daniel Bovet: descobriu os antihistamínicos.
1965: Franços Jacob, André Lwoff e Jacques Monod: descobriram a regulação genética da síntese das enzimas e dos vírus. A Imunologia Moderna nasce imbricada no complexo processo de transformação da Ciência e da Medicina.
Enquanto o descobrimento dos linfócitos e sua grande importância na constituição do Sistema Imune, somente ocorreu em 1950, muitas décadas antes usava-se o processo da vacinação, a soroterapia e o sorodiagnóstico. Os diferentes estudos dos mecanismos do Sistema Imunológico, voltados para a montagem dos seus componentes bioquímicos e genéticos, geram uma evolução rápida da compreensão dos mecanismos biológicos dos organismos. Portanto, há um grande desafio para a descoberta da cura das infecções, da compreensão dos processos das neoplasias e um desafio maior na prevenção destas doenças, através do empenho do desenvolvimento de novas vacinas para um futuro bem próximo.
Fonte: www.immunology.org/www.geocities.com/www.news-medical.net/www.wisegeek.org/www.microscopemaster.com/research.med.virginia.edu
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