Vivienne Westwood – a mãe do punk
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Firme em suas convicções, a criadora britânica não abre mão de ser arrojada e de pincelar as suas coleções com deliciosas referências punk.
“Hoje as pessoas querem ser rebeldes, mas eu não acho que haja espaço para elas, porque a única e verdadeira rebeldia está relacionada a ideias, e não houve nenhuma ideia no século XX.
Hoje em dia, tudo é ditado pela indústria de massa e pela propaganda. Minha moda não é para todos – você precisa ter algo de muito forte em sua personalidade para querer vestir minhas roupas.
Vivienne Isabel Swire, nascida em Derbyshire, Inglaterra, aos 17 anos, mudou-se para Londres e algum tempo depois passou a dar aulas de inglês e casou-se com Derek Westwood, um diretor de uma escola de dança, com quem teve seu primeiro filho.
Influenciada pelo clima rebelde e liberal do final dos anos 60, a até então pacata mãe de família terminou seu casamento e iniciou uma viagem por uma vida completamente nova, pautada por muita polêmica e ousadia.
Vivienne conheceu Malcolm McLaren, que tornou-se rapidamente seu segundo marido. McLaren era um crítico do movimento flower power, pois o considerava sem sentido e comercial.
Juntos, em 1970, buscaram nos anos 50 a inspiração para a criação de sua primeira loja, chamada “Let It Rock” e localizada no número 430 da Kings Road. Lá, eles vendiam objetos e roupas que lembravam Elvis Presley e o rock and roll original da época.
Com McLaren, a designer teve seu segundo filho, Joseph Corre, que atualmente é dono de uma das lojas de lingerie mais famosas de Londres, a Agent Provocateur.Westwood é sem dúvida alguma, uma das figuras mais importantes e reconhecidas do design britânico. Começou então a criar suas próprias roupas, pensando nos que vivem à margem da sociedade, negros e rockers. Em 1972, a loja passou a chamar-se “Too Fast to Live, Too Young to Die”.
Em suas coleções destacavam-se as peças em couro, t-shirts com estampas eróticas, motivos africanos, entre outros. Somente em 1974, sua loja já com o novo nome “SEX” trazia inspirações fetichistas, t-shirts rasgadas e aviamentos representativos do movimento punk.
Nessa época, Malcolm havia se tornado produtor da banda punk mais influente da época, os Sex Pistols, também vestidos pela estilista.
“…na época, não me via como estilista. Procurávamos motivos de rebelião para provocar o stablishment. O resultado dessa procura foi a estética punk”.
Em meados da década de 80 ela se divorcia e muda-se para a Itália, passando a dar aulas na Academia de Artes Aplicadas de Viena, onde conhece seu atual marido Marc Andréas.
Em 1981, Vivienne cria então sua primeira coleção, Pirates, apresentando looks com cortes inspirados nos séculos XVII e XVIII, romantismo vitoriano muito explorado pela estilista anos depois.
Em 1987 fez sua primeira coleção para o público masculino mostrando muito erotismo. O estilo escocês virou um padrão em suas coleções, normalmente ironizado, com a criação de roupas femininas sensuais e coquetes.
Nunca perdeu sua identidade e sempre se mostrou atenta aos acontecimentos do mundo lançando roupas inusitadas, como uma camiseta com a frase Não sou terrorista, por favor, não me prenda, feita em edição limitada protestando contra as duvidosas leis anti-terroristas adotadas pelo governo inglês depois dos ataques em Londres no ano de 2005.
Vivienne é o centro da moda inglesa há 34 anos, influencia gostos, pessoas e atitudes. Seu sucesso proporcionou uma retrospectiva no Museu Victoria & Albert de Londres com exibição com 150 peças e passagens significativas de sua vida e carreira.
Foi apontada no livro Chic Savage como uma das seis melhores estilistas do mundo, e como estilista do ano duas vezes. Aos 64 anos ganhou o titulo de Lady da Rainha Elizabeth II.
Contra o consumismo
A roupa da marca Westwood é cara, mas segundo ela significa um investimento. “Compre uma coisa muito boa e não continue sempre a comprar.” Ela recomenda: “Se tem dinheiro suficiente, faça-o durar. Aconselho as pessoas a procurarem arte e com isso vão deixar de consumir todo esse lixo; penso que se pode fazer o mesmo com as roupas.”
Quer fazendo campanha contra o consumismo, a favor dos direitos humanos ou ainda exibindo as partes íntimas (ficou famosa por revelar tudo quando recebeu a Ordem do Império Britânico em 1992 e em 2006, depois de ser feita dama, ao dizer de novo que não levava calcinhas), Westwood tem o dom de provocar controvérsia.
Elaborou um manifesto sobre a natureza da cultura e das artes, que apresentou no Hay Festival, e fez uma campanha incansável pela libertação do ativista Leonard Peltie, do American Indian Movement (AIM). Na verdade, as suas convicções são tão sérias que a tornam vulnerável a críticas, sendo por vezes rotulada com a etiqueta de “excêntrica e louca”.
A indomável Vivienne Westwood
Firme nas suas convicções, a criadora britânica não abdica de ser arrojada e de pincelar as suas coleções com uma pitada de estilo punk. História de uma diva.
De humilde proprietária de uma loja até à cabeça de um império mundial da moda e aspirante a figura política, é evidente que apesar da sua idade, o espírito subversivo do movimento punk, que Vivienne Westwood ajudou a germinar, continua vivo e de boa saúde.
Os seus modelos sem concessões e muitas vezes provocadores continuam a ser notícia e a sua legião de fiéis continua a crescer. Apesar de outros estilistas se terem dado por vencidos em termos de cedências quanto à sua integridade, Westwood permanece firme nas suas convicções.
Nascida Vivienne Isabel Swire, no Derbyshire, Inglaterra, Westwood é provavelmente uma das figuras mais influentes e reconhecidas do design britânico, com o lampejo laranja brilhante do seu cabelo contrastando com a sua pele branca de porcelana.
A primeira loja, Let It Rock, abriu em Londres em 1971, mas só quando a boutique se transformou em Sex, em 1974, depois de diversas mudanças de nome e de estilo, é que começou a vender o vestuário de inspiração fetichista, t-shirts rasgadas e outras coisas representativas de Westwood e da explosão punk.
Em 1981, colocou-se decisivamente no panorama internacional com o seu primeiro desfile em Londres e no ano seguinte apresentou-se em Paris. A sua aparente trajetória ascendente continuou e, em 1990, lançou a primeira coleção de vestuário masculino, Cut and Slash, em Florença.
Bem conhecida pelas opiniões anticonsumistas – faz uma vida relativamente modesta, indo todos os dias de bicicleta para o trabalho e mobilando a sua casa apenas com “duas poltronas em segunda mão, uma mesa de cavalete, um frigorífico e um fogão” -, a decisão de Westwood de abrir uma loja num dos epicentros mundiais do materialismo pode parecer uma contradição com o seu discurso político, especialmente tendo em conta que os preços da marca Westwood nas lojas estão a par de todas as outras casas de estilistas de luxo.
Contudo, ela responde rapidamente a qualquer crítica, dizendo: “O meu manifesto é contra o consumo obsessivo de porcarias, mas não é exatamente contra o consumo em si – gosta de andar nu ou prefere ter roupa?”
Contra o consumismo
A roupa da marca Westwood é cara, mas segundo a sua máxima significa que é um investimento. “Compre uma coisa muito boa e não continue sempre a comprar.” Ela recomenda: “Se tem dinheiro suficiente, faça-o durar. Aconselho as pessoas a procurarem arte e com isso vão deixar de consumir todo esse lixo; penso que se pode fazer o mesmo com as roupas.”
Quer fazendo campanha contra o consumismo, a favor dos direitos humanos ou ainda exibindo as partes íntimas (ficou famosa por revelar tudo quando recebeu a Ordem do Império Britânico em 1992 e em 2006, depois de ser feita dama, ao dizer de novo que não levava calcinhas), Westwood tem o dom de provocar controvérsia.
Elaborou um manifesto sobre a natureza da cultura e das artes, que apresentou no Hay Festival, e fez uma campanha incansável pela libertação do ativista Leonard Peltie, do American Indian Movement (AIM). Na verdade, as suas convicções são tão sérias que a tornam vulnerável a críticas, sendo por vezes rotulada com a etiqueta de “excêntrica e louca”.
Agora, Vivienne está a abordar a sua missão seguinte: salvar a floresta tropical. “A questão mais urgente é a floresta tropical.” Diz uma ansiosa Westwood: “Se salvarmos a floresta tropical, temos hipótese de salvar o mundo tal como o conhecemos.
Precisamos da cooperação internacional, não de competição entre países.” Considera que o excesso de população e a exploração dos recursos da terra – associados ao nacionalismo – são os fatores principais que presidem à crise ambiental do mundo de hoje.
Westwood está outra vez a utilizar a sua tribuna pública, explicando: “A única coisa que nos pode salvar é a opinião pública. A raça humana nunca antes enfrentou tal inimigo: É o próprio planeta que declarará guerra contra nós. Está em jogo o futuro dos nossos filhos e netos.”
A solução que propõe é humanizar o nosso pensamento e globalmente juntar esforços (e dinheiro). Segundo diz, “colhemos aquilo que semeamos, esse é o meu lema. E poderia ser o lema do mundo se o aplicássemos a todo o planeta”.
Com o seu talento para a agitação política, a moda, como se pode imaginar, não foi primeira opção de carreira para Westwood. Na verdade, ela reconhece que a fez principalmente para ganhar a vida. “A razão por que continuei”, diz ela, “foi porque estava cheia de ideias e queria aproveitar essas ideias”.
Westwood vai ficar nos anais da história como a designer de moda mais intimamente associada à estética punk da década de 1970 (embora a sua influência se estenda muito além disso); a compreensão da ideologia punk é essencial para compreender o estilo de Westwood.
Por muito chocante que o punk fosse para a sociedade desse tempo, Westwood pensa que não há espaço para uma rebelião semelhante, agora ou num futuro próximo. “Hoje, as pessoas querem ser rebeldes”, diz ela, “mas acho que não há muito espaço para elas, porque a única verdadeira rebelião tem a ver com as ideias e não houve muitas ideias no século XX”.
A produção em massa e a publicidade são os maiores males no mundo de Westwood e em resposta a isso os modelos dirigem-se aos que têm um sentido mais arrojado. As suas roupas destacam-se, em definitivo.
Vivienne – A Dama da Moda
Poucas pessoas tiveram uma história de vida tão extraordinária quanto a inglesa Vivienne Westwood. Figura central do movimento punk na Inglaterra em meados dos anos 70, ela se transformou em uma das estilistas mais importantes e influentes da atualidade. Misturou subversão com inovação. Celebrou seu país e a anglomania que, sem trocadilhos, virou nome de mais uma de suas marcas.
Agora, numa parceria até então inédita com uma empresa brasileira, Westwood chega ao Brasil com criações exclusivas para a Melissa. São dois lançamentos para o Inverno 08 e duas exposições inéditas que a Melissa traz com exclusividade para o São Paulo Fashion Week e para a Galeria Melissa, numa homenagem a grande dama da moda.
Para Paulo Pedó, gerente de operação da Melissa, a parceria consolida o reposicionamento da marca na moda e também no mercado internacional. Mais do que uma celebração, ele acredita que o trabalho com Vivienne Westwood é o encontro de duas marcas que têm valores muito próximos. “É um grande orgulho e uma honra fazer parte da história de um projeto tão influente como o de Vivienne Westwood, estilista que apostou na irreverência, inovação e conteúdo, elementos que a Melissa sempre buscou ao longo de sua trajetória. “
Além dos ingredientes comuns às duas marcas, um ponto foi decisivo para a concretização dessa parceria. ” O que me entusiasmou nesse projeto com a Melissa foi poder criar produtos modernos, de altíssima qualidade, e com preços acessíveis” disse Vivienne Westwood, que captou a a democratização da moda e do design, essências do trabalho da marca brasileira.
Vivivenne Westwood nunca comprometeu os seus ideais e os seus conceitos de moda. Provocou e chocou como poucos e hoje seu nome conquistou o respeito do mundo da moda.
Seu nome também é sinônimo de moda britânica, de história e de grandes mudanças. Foi e ainda é através da moda que Dame Westwood mudou a maneira de pensar de muita gente. Depois de ser eleita três vezes estilista do ano na Inglaterra, recebeu em 2006, o título de Dame (o equivalente ao de Sir para os homens).
Westwood é uma revolucionária. Aprendeu moda sozinha, como autodidata e espalhou suas idéias mundo afora. É também uma pioneira. Foi a primeira a levar elementos do dia-a-dia britânico para as passarelas.
Usou materiais e tecidos típicos como o tartan (xadrez), trouxe elementos da história para a moda e fez do punk mais do que um simples modismo, uma tendência até hoje levada a sério. Para ela, “roupas proporcionam uma vida melhor”.
O começo
Eleita como uma das mais importantes estilistas do século 20 pela bíblia fashion WWD, e reverenciada por todos no mundo da moda, Westwood foi a primeira inglesa a merecer uma restrospectiva que aconteceu em 2004, no Victoria & Albert Museum em Londres, resultado de sua influência mundo afora.
Foi graças a Westwood que o punk entrou para a história como um dos grandes movimentos da moda do século 20.
Nascida em 1941 em Derbyshire, Vivienne Westwood se mudou para Londres ainda adolescente, aos 17 anos. Depois de lecionar em Londres, criou, nos anos 70, o visual punk, com suas roupas rasgadas e visual sexualmente explícito e fetichista.
Com materiais como couro, borracha, tartan e bondage (amarrações) vestiu bandas como Sex Pistols e Adam & the Ants e, de 1971 a 1983, foi proprietária da badalada loja Sex, na rua King’s Road, epicentro do movimento punk em meados dos anos 70.
Em uma palavra, ela sacudiu a moda e o establishment. Provocou grandes mudanças de comportamento na Inglaterra e no mundo. O efeito bombástico da revolução foi tal que os seus efeitos ainda são sentidos em 2007.
O Pós Punk
Excêntrica, Vivienne Westwood foi a representante de um cultura jovem, urbana e anárquica e que até hoje aponta caminhos e estabelece comportamentos. Antes que o fenômeno punk acabasse, apresentou sua versão para uma moda romântica e levou às passarelas a moda New Romantic. Lançou o look “pirata” em desfile. O ano era 1981 e os precursores da tendência eram os rapazes de uma banda nova Adam & the Ants. Afinal, música e moda sempre andaram juntas, uma influenciando a outra e naquela época não iria ser diferente.
Nessa mesma época, a estilista, volta às origens de intelectual e junta toda sua criatividade à sua cultura clássica, suas leituras e seus estudos. Faz o seu primeiro desfile em Paris, em março de 1982.
Entrar para o circo da moda não a fez abandonar as suas características marcantes, a subversão e a anarquia. Westwood apenas toma um rumo diferente para mostrar o que sabe sobre moda e suas teorias. Para ela, é extremamente importante olhar para o passado.
Começa uma nova fase, na qual recria a moda no seu sentido mais clássico, sem perder de vista o seu conteúdo sexual e libertador. Se a sua moda é de difícil entendimento, a sua atitude e postura são claras. “A única razão na qual estou na moda é para destruir a palavra conformismo”, disse em uma de suas entrevistas. E, como boa rebelde, nunca se vendeu em troca de sucesso e dinheiro.
A inglesa inicia então uma detalhada pesquisa histórica que a conduz a novos caminhos. Apesar da mudança de rumo, a mensagem é a mesma. Moda exige personalidade. De quem faz e de quem usa. Seu plano: buscar nos elementos do vestuário feminino, como o corselet e a crinolina, o jeito de provar a sua tese.
Outro talento é o abundante uso de tecidos que usa para criar silhuetas pouco convencionais. Em Paris, leva finalmente para as passarelas uma releitura histórica e única da moda. Desconstroí roupas dos séculos 17 e 18 adaptando-as para os novos tempos.
O império
Para a crítica e jornalista de moda Suzy Menkes, nenhuma outra estilista criou tanta controvérsia, mostrou uma energia tão gritante através de sua moda, ou criou roupas que vibram com tamanha paixão. Pudera. Westwood, com a sua personalidade única, se aliou à cultura de rua e promoveu roupas sexuais.
Foi antítudo, agressiva, irreverente e, acima de tudo, ousada. Explorou extremos, transformou roupas, intelectualizou a moda e manteve um frescor pouco visto. Ainda desfila em Paris e mostra sua linha masculina, MAN, em Milão.
Hoje a sua conduta é outra. Não desafia mais as regras do mundo da moda, mas continua uma estilista profilica, com uma única diferença. É agora dona de um império. Suas lojas estão presentes nos quatro cantos do planeta. Na Inglaterra, são oito no total, em cidades como Londres (três), Manchester, Newcastle e Leeds. Possui ainda uma em Milão, duas em Moscou e cinco em Taiwan.
O império Vivienne Westwood tem domínios em Hong Kong com quinze flagships, na Koreia são quatro e no Oriente Médio são mais cinco boutiques . Só no Japão são cinquenta pontos de venda e dez lojas próprias, espalhadas em dezesseis cidades.
Ao todo são quinhentos pontos de venda no mundo, passando ainda pela China, França e África. Nos Estados Unidos são sessenta multimarcas que comercializam seus produtos.
Além da Anglomania, possui uma segunda marca chamada Red, que criou em 1999, ano em que inaugurou sua primeira loja nos EUA. Em 2008, inaugura uma nova loja em Nottingham, além de uma linha jóias.
Afiada como sempre, diz: “É muito difícil ser vanguarda hoje em dia. As pessoas se acostumaram com tudo”.
Trinta anos depois de implodir o sistema da moda, Vivienne Westwood continua desafiando as convenções.
Fonte: www.fashiongenesis.com.br/aeiou.expresso.pt/www.presspass.com.br
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