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A Besta-Fera é a versão brasileira do centauro. Crê-se que ela seja o próprio demônio que sai do inferno nas noites de lua cheia.
Ela tem o corpo de cavalo e o torso humano, corre através dos vilarejos até encontrar um cemitério e aí desaparece.
O som de seus cascos é suficiente para aterrorizar os homens. Segue-lhe uma matilha de cães, aos quais ela açoita.
Quando ele encontra um animal, a “Besta-Fera” chicoteia-a cruelmente. Segundo o mito, apesar de ela ser terrível, aparentemente é inofensiva aos homens.
Quando alguém vê sua face, enlouquece por alguns dias, mas depois se restabelece.
Besta-Fera – Mito
Este mito (Besta-Fera), é uma mistura do mito da Mula-Sem-Cabeça e Lobisomem.
Não se sabe ao certo de onde sai essa criatura. Acredita-se que na verdade trata-se do próprio
Demônio em pessoa, que sai das profundezas em noites de Lua cheia e corre pelas ruas dos povoados e pequenas cidades, só parando quando chega no cemitério da cidade, quando simplesmente, desaparece.
Seria um ser fantástico metade homem metade cavalo. O barulho dos seus cascos correndo é motivo mais que suficiente para as pessoas se trancarem em suas casas nesses dias.
Besta-Fera
Por onde passa, uma matilha de cachorros, e ouros animais o acompanham numa algazarra infernal. Vez por outra ele açoita os cachorros e os ganidos são pavorosos.
Quando ele pára na porta de uma casa, dá para ouvir sua respiração demoníaca e nessa hora, a pessoa deve rezar o “Credo” para que ele siga seu caminho.
O animal que se atreve a chegar mais perto é açoitado sem piedade.
Besta-Fera – Crença
Besta-Fera
A definição mais simples que se possa dar à besta-fera é a de que se trata de uma criatura selvagem, cruel, sanguinária e desapiedada.
A crença nesse ser fantástico certamente tem a ver com o texto bíblico do Apocalipse, onde São João relata: “Vi, então, levantar-se do mar uma fera que tinha dez chifres e sete cabeças; sobre os chifres, dez diademas, e nas suas cabeças, nomes blasfematórios. A fera que eu vi era semelhante a um leopardo: os pés como os de urso, e as faces como as do leão. Deu-lhe o dragão a sua força, o seu trono e grande poder (13, 1 e 2)”.
E mais adiante: “Vi, então, outra fera subir da terra. Tinha dois chifres, como um cordeiro, mas falava como um dragão. Ela exercia todo o poder da primeira fera, sob a vigilância desta, e fez com que a Terra e seus habitantes adorassem a primeira fera (13, 11 E 12)”. E finalmente: “Eis aqui a sabedoria” Quem tiver inteligência, calcule o número da fera, porque é número de um homem, e esse número é seiscentos e sessenta e seis (13,18) ”.
Quando o Livro do Apocalipse foi escrito os cristãos eram perseguidos e presos pelos romanos, e os que se recusavam a renegar sua fé em Jesus Cristo acabavam morrendo torturados, condenados às feras ou executados nos espetáculos públicos. Por essa razão o império romano foi comparado a uma besta, uma fera terrível que pretendia ser adorada por todo mundo, e por isso o apóstolo João escreveu o texto bíblico falando da besta do Apocalipse.
A lenda sobreviveu aos séculos, sofrendo adaptações conforme o local e época em que era lembrada. Os nordestinos brasileiros, por exemplo, representam a besta-fera como uma criatura metade cavalo, metade homem, cuja aparição acontece em noites sem lua, sempre em localidades remotas, onde fica a correr em desabalada carreira, emitindo uivos e gritos horríveis. Isso dura minutos, e nesse espaço de tempo ninguém se atreve a abrir portas ou janelas porque o barulho dos cascos da coisa fantástica é apavorante e costuma deixar o homem mais valente sempre de cabelo em pé.
E nesse vai e vem agalopado pelas ruas da cidadezinha cujos moradores se mantém em suas casas, silenciosos e amedrontados, o que se ouve, além do bater dos cascos da fera sobrenatural, são os latidos frenéticos de dezenas de cachorros que a seguem à certa distância, prudentemente, pois o que chegar mais perto acabará sendo açoitado sem dó e sem piedade.
Fonte: en.wikipedia.org/sitededicas.uol.com.br/recantodasletras.uol.com.br
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