Porque Sentimos Cócegas?

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Porque sentimos Cócegas

Elas estão relacionadas à reação do organismo a situações de medo e pânico.

É por isso que as cócegas geralmente se manifestam por meio de risadas desconfortáveis. São provavelmente uma resposta primitiva, com o objetivo de fazer o corpo reagir no caso, por exemplo, de haver algum inseto caminhando sobre ele.

A pele de certas partes mais vulneráveis do corpo possui receptores sensíveis chamados de terminações nervosas livres.

“Esses receptores nervosos são os mesmos que nos permitem sentir dor, coceira e excessos de calor ou frio – ou seja, estímulos perturbadores que levam o organismo a se afastar deles”, diz o neurologista Benito Pereira Damas, da Unicamp.

Quando a pele é acariciada de uma certa maneira, esses receptores transmitem o estímulo até o centro de prazer do cérebro, localizado no hipotálamo.

Mas quando a estimulação é profunda, rápida e contundente, essa reação pode ter o resultado contrário, com risadas nervosas, gritos e movimentos bruscos, sinais de que se tornaram uma verdadeira tortura.

Cócegas

Quando uma pessoa faz o mesmo tipo de estimulação em suas próprias terminações nervosas, porém, ela não consegue sentir cócegas.

Isso se deve ao fato de que o cerebelo, centro de controle motor do cérebro, já recebeu uma cópia da informação desse movimento antes mesmo que ele se completasse, deixando o cérebro de sobreaviso e bloqueando sensações injustificadas de medo

Definição

Entenda por que o cérebro é incapaz de bloquear sensações que não pode prever

Saber, com certeza, ninguém sabe. Mas há uma boa dica: sentimos cócegas quando alguma coisa toca nossa pele de um jeito que o cérebro não consegue prever. E sem conseguir “adivinhar” qual vai ser a sensação, o cérebro não tem como bloqueá-la.

Não é por falta de treino. Afinal, bloquear sensações é algo que o cérebro faz o tempo todo com as que são produzidas pelos movimentos do corpo. Por isso, a gente não nota os sapatos roçando nos pés a cada passo, nem a língua mexendo dentro da boca quando falamos, a não ser que prestemos atenção de propósito (ainda bem!).

Cócegas

Quem consegue prever e bloquear essas sensações é o cerebelo, a parte do cérebro escondida logo acima da nuca, que recebe uma “cópia” de toda ordem que o cérebro manda aos músculos para executar um movimento. Essa cópia é uma maneira de informar às outras partes do cérebro que há uma ordem em execução, preparando o resto do corpo para que o movimento aconteça e talvez sirva, até mesmo, para reconhecermos esses movimentos como nossos.

Usando essa cópia, o cerebelo, de alguma forma ainda desconhecida, prevê quais serão as sensações resultantes daquele movimento e compara essa previsão com as sensações que são percebidas pelos nossos sentidos. Aí, se a sensação prevista for parecida com a sensação que chegou pelos sentidos, o cerebelo manda cancelar o sinal e o cérebro não sente quase nada. Mas, se forem diferentes… O cerebelo “autoriza” a sensação que está chegando que é, então, percebida com toda força. Como as cócegas feitas por outra pessoa!

Por isso, aliás, não é possível fazer cócegas em si mesmo. Quer dizer: fazer tic-tic-tic na sola do próprio pé ou debaixo do suvaco é claro que dá. Só que não tem a menor graça. Você já tentou? O resultado fica loooonge daquela sensação intensa que faz a gente se contorcer em risadas. E nem adianta recorrer a uma pena ou fiozinho de lã na sola do pé. Seu cerebelo sabe que é você quem está por trás da tentativa de cócegas e corta o seu barato!

A vantagem é que assim o cérebro fica livre para receber sensações inesperadas. Ainda bem, porque as sensações provocadas por nós seriam tantas e tão constantes que deixariam qualquer um doido! Melhor o cérebro se preocupar somente com sensações imprevistas.

E por que tem gente que começa a se dobrar de rir só de ver dedinhos em riste se aproximando ameaçadoramente? Segundo cientistas suecos que ameaçaram fazer cócegas em voluntários enquanto estudavam seus cérebros (você já tinha imaginado um cientista fazendo cócegas em alguém?), é porque a região do cérebro que sente toques reage da mesma forma às cócegas e à expectativa das mesmas. Para o cérebro, a ameaça de cócegas funciona tão bem quanto a própria.

Só que com todas essas pesquisas ainda não explicaram por que alguns toques são só toques e outros são cócegas. O que faz a diferença: a força do toque? Os movimentos repetitivos das cosquinhas? O lugar do corpo? Essa pesquisa ainda vai render muitas gargalhadas!

Fonte: super.abril.uol.com.br/mydreamland.wordpress.com

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