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Chevrolet Corsa – História
O Chevrolet Corsa, compacto da General Motors, nasceu na Europa em 1982 e tinha um desenho bem quadrado.
Estilo que quase foi lançado aqui se não fosse a insistência bem-sucedida do então vice-presidente da empresa, André Beer, que bateu o pé e conseguiu trazer as linhas arredondadas da segunda geração lançada no velho continente em 1993.
O Corsa chegou aqui em março do ano seguinte, inicialmente na única versão Wind, com acabamento simples, mas de qualidade, e motor 1.0 de 50 cavalos de potência.
Foi o sucessor do Chevette e o primeiro carro popular equipado com injeção eletrônica de combustível, que ainda tinha injetor de bico único. Era mais espaçoso que o antecessor, mas tinha um motor fraco.
O concorrente Mille ELX, sem injeção eletrônica, tinha 56 cv. O Corsa acelerava de 0 a 100 km/h em 18,6 segundos e alcançava a velocidade máxima de 145 km/h.
Mesmo com a tecnologia cara, o novo modelo custava 7.350 URVs, a unidade monetária que foi aperitivo do Real, que só chegaria em julho de 1994.
E o rendimento fraco do motor não impediu o aumento da procura, a demora na entrega do carro e a cobrança de ágio nas concessionárias de até 50% do valor do carro.
O problema fez o próprio André Beer anunciar em rede nacional o aumento da produção do carro.
Em junho foi lançado o Corsa GL com motor 1.4, mais potente (60 cv) e mais equipado, com ar condicionado opcional, vidros elétricos e o inovador display do rádio afastado do aparelho.
A sua pré-estreia foi no sorteio do Faustão nos intervalos da Copa do Mundo de 94 em que o Brasil ganhou o tetra. O carrinho nasceu com fama de pé-quente.
1998 são lançados o Corsa Sedan Super
O modelo 1998 europeu recebia leves alterações de estilo e motor 1,0-litro de três cilindros.
Dois anos depois seria apresentada a terceira geração do Corsa
No final do ano apareceu no Salão do Automóvel de SP o esportivo GSi, que tinha aerofólio, grade mais aberta, bancos anatômicos e motor 1.6 de dezesseis válvulas importado da Hungria. Da família Ecotec (uma versão mais antiga e menor do bloco do atual utilitário Captiva 2.4), o propulsor rendia 108 cavalos.
Acelerava em menos de dez segundos e alcançava os 192 km/h. Era equipado com freios ABS de série e de opcional tinha teto solar com abertura manual por manivela.
Em 1995 a linha Corsa se tornou uma família com o lançamento da picape GL em maio, do hatch GL quatro portas em agosto (que tinha traseira e vidros traseiros diferentes e porta-malas maior – 280 contra 260 litros) e do sedã em novembro (versões GL e GLS e porta-malas de 390 litros), exclusivamente com o motor 1.6 multiponto de oito válvulas e 92 cavalos que chegaria ao resto da linha em fevereiro do ano seguinte.
A picape foi lançada com o 1.6 single-point de 79 cavalos.
O 1.0 também ganharia os injetores múltiplos, passando a render 60 cv. Na mesma época foi lançada a série especial do 1.0 Wind Super, com ar condicionado e direção hidráulica.
Chevrolet Corsa Pickup
Em 1997 a linha ficou completa com a entrada do Wind 1.
0 quatro portas e o surgimento da perua, que era um hatch de quatro portas esticado, mas com motor 1.6 16v de 102 cv (que logo chegaria ao sedã). Com exceção do hatch, todos os derivados do Corsa foram desenhados no Brasil.
Chevrolet Tigra
O Tigra, um coupé esportivo também de origem Opel foi importado da Hungria em 1998, com motor 1.6 16v.
Tinha desenho totalmente diferente, mas o chassi e o painel eram do Corsa. No mesmo ano, o sedã ganhou motor 1.0 de 60 cv. Em 1999, o três volumes, a perua e o hatch ganharam um 1.0 de 16v de 68 cv, sendo opcional neste último. Enquanto os dois primeiros adotaram a versão Super, o carro-chefe trocava a versão GL por GLS.
Corsa Hatch
Corsa Sedan 2005
Ainda em 99 o Corsa ganharia uma nova frente, inspirada no já extinto GSi, sem o friso que dividia a grade, que passou a ser em forma de colméia. Os faróis ficaram mais transparentes. A picape ganharia uma versão mais simples chamada ST e em 2000 um furgão com baú adaptado (nada a ver com o Combo europeu que lhe deu origem).
O Corsa voltaria a dar sorte para o futebol brasileiro em 2002, quando foi totalmente reestilizado em abril daquele mesmo ano. O Brasil ganharia o penta no final de junho. As linhas do hatch e do sedan foram totalmente reestilizadas e os dois cresceram. O hatch ganhou lanternas na coluna traseira. O painel também foi renovado. Os dois tinham, como opcional, o moderno câmbio AutoClutch, sem embreagem, e motores 1.0 (71 cv) e 1.8 (102 cv), este último fabricado em parceria com a Fiat sob a marca Powertrain.
Em agosto a plataforma do novo Corsa deu origem ao monovolume Meriva, que fez a sua estreia no Brasil e meses depois foi fabricado também na Europa pela Opel. O Meriva tinha um interessante recurso que rebatia os bancos traseiros e tornava o assoalho plano, chamado FlexSpace, mas foi abandonado logo depois por redução de custos. O mesmo corte foi feito no câmbio sem embreagem da linha Corsa.
Chevrolet Montana
A picape renovada passou a ser chamada de Montana em 2003 e ganhou vidro vigia na lateral e apoio de pés no exterior da caçamba. No mesmo ano toda a linha Corsa ganharia o motor Flexpower, movido a álcool e a gasolina, primeiro o 1.8 (105 cv com gasolina e 109 cv com álcool) e dois anos depois o 1.0 (77 e 79 cv).
Meriva
Se o 1.0 era muito lento, o 1.8 era caro e gastava muito combustível. Para corrigir o problema a GM resgatou o motor 1.4 (99-105 cv) para a linha Corsa, fazendo leves alterações no estilo, como friso cromado na grade com emblema dourado, faróis com máscara escura e lanternas fumê no hatch. Isso foi em 2007.
No ano anterior, o hatch e a Meriva ganharam a versão esportiva SS, que de arrojado só tinham a grade inteiriça, pois o motor era o mesmo 1.8 e ainda com quatro portas.
Celta 2009
Quinze anos depois do lançamento da versão popular Wind, a linha Corsa vive a expectativa de ser renovada ou definitivamente extinta.
O seu sucessor, do projeto Viva, está para ser lançado nos próximos meses e a decisão do nome vai determinar o destino desta linha que chegou ao Brasil para oferecer uma opção moderna no aquecido mercado dos populares nos anos 90.
Hoje, esta missão é do Celta, seu sedã Prisma e do remanescente Classic.
Enquanto isso, o Corsa vai aguardando discretamente no mercado a sua situação.
Chevrolet Corsa – Carros
A disputa pelo mercado de carros compactos está crescendo muito a cada dia, e com isso o consumidor terá em pouco tempo uma frota de carros totalmente remodelados a sua disposição.
Foi o que aconteceu com o Chevrolet Corsa, que desde 1994 continuava com o mesmo desenho e por esta entre outras razões, vinha tendo suas vendas caindo muito nos últimos anos.
Por conta desta recente mudança, o Corsa deve ganhar uma nova posição no mercado de carros novos, já que requisitos de campeão ele tem. Resta saber se estas mudanças foram para melhor ou pior.
A começar pelo seu desing – inédito para o mercado brasileiro e até mesmo em outros países em que o carro é comercializado, pois na Europa o Corsa apresenta algumas diferenças, principalmente na frente. O “nosso” Corsa tem a frente mais parecida com a família do Astra e é claro, a motorização também é bem diferente do europeu.
Sem dúvida quanto ao desing o Corsa, se saiu muito bem contando com novas linhas bem atuais e limpas, bem como seu interior que também passou por total remodelação.
A grande surpresa é em relação às duas opções de motores, uma é inédita tanto para a GM quanto para nós consumidores – a versão 1.8 que equipa os modelos mais sofisticados e que foi desenvolvida a partir do motor 1.6 da família do Corsa, e não tem nada a ver com o motor 1.8 do Astra.
Mas por que a GM desenvolveu um novo motor sendo que ele já dispunha de uma versão 1.8 litros em sua linha de produção?
A resposta é que este novo motor é exatamente 30 kilos mais leve que seu irmão maior (o Astra 1.8), o que representa na verdade uma relação peso potência melhor e também responde o porquê da potência do Corsa 1.8 (102 cv) ser inferior ao do Astra 1.8 (110 cv).
Seria de se esperar de um compacto equipado com um motor 1.8, um desempenho muito bom, ou pelo menos próximo ao de um esportivo, entretanto seu desempenho é apenas satisfatório, pois o novo Corsa é 145 kilos mais pesado que sua versão antiga. A antiga com motor 1.6 litros é mais rápida em aceleração que a nova versão 1.8 e se iguala em velocidade máxima.
É claro que as pessoas não compram um carro só pelo desempenho, mas sim pela soma de diversos itens, como segurança, estilo, conforto, consumo, equipamentos e preço.
Em alguns quesitos o Corsa melhorou muito, como por exemplo em acabamento, conforto e estilo.
O mesmo não se pode dizer em consumo, desempenho e preço. Por falar em conjunto a versão 1.0, que é o carro chefe e é a que tem maior aceitação no mercado, tem nos itens de conforto, equipamentos e segurança, quase igualdade com a versão 1.8, até externamente a única diferença fica por conta da capa do retrovisor que na versão 1.8 é pintada na cor do carro e na versão 1.0 o retrovisor é preto.
O seu motor 1.0 litros vai dar o que falar, pois se trata do 1.0 litros 8 válvula mais potente do mercado, com potência declarada de 71 cv!! Mas parece que os 71 cv não foram suficientes para levar o novo Corsa a ter marcas de desempenho a altura de seu novo desing. A aceleração de 0 a 100 km/h foi feita em mais de 20 segundos, um número muito além da concorrência, e seu consumo se mostrou também um pouco acima da média.
Para conseguir esta potência, a GM alterou a taxa de compressão do motor, conseguindo uma taxa inédita para um motor movido à gasolina – de 12,6:1 – a mesma taxa de carros movidos a álcool.
Bem, não foi tarefa das mais simples e para consegui-lo, a GM adotou pistões com o desenho parecido dos motores a diesel e adotou um gerenciamento eletrônico de última geração para controlar o funcionamento do motor.
Todavia motores com tais taxas de compressão exigem cuidados, pois níveis elevados como este, podem provocar pré-detonação, responsável pelo o aumento da temperatura e da pressão. Para evitar o fenômeno, o motor é monitorado por sensores que controlam a pressão de cada cilindro para evitar o fenômeno.
Portanto a GM acertou no desing do carro, no interior, na segurança, bem como nos equipamentos e acessórios disponíveis, mas no item motor o carro fica devendo algo mais, ainda mais pelo preço que você vai pagar por essa novidade.
É certo que quem compra um carro 1.0, não pode exigir muito do desempenho, mas também ficar para trás de todos os 1.0 e gastando mais combustível não é muito agradável.
Agora é só esperar a reação do mercado, pois o novo Corsa tem tudo para ocupar uma posição privilegiada em vendas, mas não se esqueçam, a concorrência está chegando aí com o VW Polo e o novo Fiesta em agosto. A briga vai ser dura.
Ficha Técnica:
Versão | 1.0 | 1.8 |
---|---|---|
Motor: | 1.0 VHC (Very High Compression), dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 8 válvulas, injeção eletrônica. | 1.8 SOHC, dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 8 válvulas, injeção eletrônica. |
Pot. Líq. Máx.: | 71 cv @ 6 400 rpm | 102 cv @ 5 200 rpm |
Torque Líq. Máx.: | 8,8 kgfm @ 3 000 rpm | 16,8 kgfm @ 2 800 rpm |
Transmissão: | Manual de 5 marchas, Auto-Clutch (embreagem automática opcional) 1ª – 4,24:1 2ª – 2,35:1 3ª – 1,48:1 4ª – 1,05:1 5ª – 0,80:1 Ré – 3,31:1 Diferencial – 4,87:1 |
Manual de 5 marchas |
0 – 100 Km/h: | 21,5 s | N/D |
Vel. Máx.: | 148 km/h | N/D |
Pneus: | 175/65 R14″ | 175/65 R14″ |
Rodas: | 5,0 X 14″ | 5,0 X 14″ |
Freios: | A disco nas rodas dianteiras e tambor nas traseiras | A disco nas rodas dianteiras e tambor nas traseiras. |
Direção: | Mecânica ou hidráulica de pinhão e cremalheira. | Mecânica ou hidráulica de pinhão e cremalheira. |
Peso: | 1015 kg | N/D |
Susp. Diant.: | Independente, McPherson, mola helicoidal e amortecedor. | Independente, McPherson, mola helicoidal e amortecedor. |
Susp. Tras.: | Eixo de torção, mola helicoidal e amortecedor. | Eixo de torção, mola helicoidal e amortecedor. |
Comprimento: | 3822 mm | 3822 mm |
Largura: | 1646 mm | 1646 mm |
Altura: | 1432 mm | 1432 mm |
Entre-Eixos: | 2491 mm | 2491 mm |
* – Dados do fabricante, referentes aos modelos Corsa produzidos em Abril de 2002. |
Linha do Tempo
1994 – Inicio produção, Wind 1.0 e GL 1.4 (60 cv)
1995 – Versão esportiva GSi 1.4 16V (106 cv) e picape 1996 – Injeção eletrônica MPFi, GL recebe motor 1.6 (92 cv)
1996 – Sedan e fim da versão GSi
1997 – Corsa Wagon
1997 – Série Piquet (cor amarela)
1998 – Série Champ – Referência à Copa da França
1999 – Sedan 1.0 16V
1999 – Versão ST da picape
2000 – Faróis transparentes e novas lanternas
2001 – Fim da versão Wagon
2002 – Reestilização, fim da versão hatch antiga e da picape
2003 – Motor 1.8 Flex Power bi-combustível Álcool/Gasolina
2003 – Lançamento da picape Montana (outubro)
2004 – O Corsa Classic passa, na linha 2005, a ser identificado apenas como Classic nas versões: Life, Spirit, e Super (agosto)
2004 – Versões Joy, Maxx, e Premium (agosto)
2004 – Picape Montana nas versões Conquest, Sport e Off-Road (agosto)
2005 – Utilização do motor 1.0 Flex Power bi-combustível Álcool/Gasolina e fim do motor 1.0 gasolina (setembro) 2005 – Versão esportiva SS (novembro)
2006 – Corsa Classic 1.0 VHC Flex com 72 cv (janeiro)
2006 – Fim do motor 1.6 no Corsa Classic (outubro)
2007 – Motor 1.4 Econo.Flex de 105/99 cv, acelerador eletrônico drive by wire, grade do radiador com barra cromada. Versões de acabamento: Maxx, intermediária, e Premium, topo de linha. A motorização 1.0 disponível com os pacotes Joy, de entrada, e Maxx, e o bloco 1.8 passa a equipar apenas as versões SS (Super Sport), no hatch e Premium, no sedan (junho)
2009 – Classic com motor VHCE com até 78 cv de potência, acelerador eletrônico (janeiro)
2009 – Fim dos motores 1.0 e 1.8 (maio)
Pontos Positivos:
Design moderno
Confiabilidade mecânica
Atenção:
Batida de pino em motores VHC
Câmbio impreciso
Pontos Negativos:
Alto consumo nos motores 1.6
Manutenção cara nas versões de 16 válvulas
Grelha no capô pode ser quebrada facilmente facilitando o desligamento da bateria e o roubo do veículo.
Fonte: www.envenenado.com.br/www.carrosnaweb.com.br/novoguscar.blogspot.com
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