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A planta nó de cachorro tem propriedades benéficas ao ser humano. É energética, estimulante, afrodisíaca e antioxidante.
Heteropterys aphrodisiaca
Descrição
Ocorre em cerrados em solos distróficos sob cerradão, borda de cerradão, capões e caronal, em solos não alagáveis e arenosos. É tolerante às queimadas e tem ocorrência aumentada com o desmatamento. Ocorrência nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
A planta apresenta crescimento arbustivo, com altura variando entre 0,5 a 2,0 m. As folhas possuem pecíolo canaliculado, grosso, com margem ciliada, ápice agudo, base arredondada, levemente contraída, provida de duas glândulas; margem inteira, com até 12 cm de comprimento e 6 cm de largura.
A inflorescência é racemosa, reúne flores perfeitas, amarelas, com cerca de 15 mm de diâmetro de corola. Apresentam antese diurna e vida útil aproximada de 6 horas. Oferecem como recurso aos visitantes (abelhas, formigas e pulgões) pólen e óleo acumulado em glândulas presentes no cálice.
Os frutos são do tipo esquizocarpos ou sâmaras (simples, seco, indeiscente, pluricarpelar; cada carpelo, na maturação, separa-se dos demais formando um fruto parcial, provido de uma ou mais alas), com uma única semente posicionada na porção distal. A espécie é mantida pela produção de sementes com origem sexuada, não existindo evidências de propagação vegetativa entre seus indivíduos
Propriedades
Afrodisíaco, depurativa, tônica.
Indicação
É usada para ácido úrico, fortalecimento dos ossos, debilidades nervosas, anti-desintérica, doenças venéreas, males oftálmicos (catarata e conjuntivite), males uterinos, fortalecimento muscular e eczemas na pele.
É considerada uma planta com propriedades rejuvenescedoras. É famosa em Mato Grosso a cachaça com raiz de nó-de-cachorro, tomada diariamente pelos pantaneiros. O vinho com as raízes de nó-de-cachorro é utilizado também pelas mulheres no período da menopausa.
Princípios Ativos: Estão presentes nas raízes polifenóis, taninos condensados e hidrossolúveis, alcaloides, glicosídeos flavônicos e glicosídeos aromáticos simples, glicosídeos cardiotônicos e saponinas.
A atuação do extrato das raízes de H. aphrodisíaca no sistema nervoso de roedores jovens e idosos foi constatada por Galvão (1997) e Galvão et al (2000). Palazzo (2000) verificou o efeito cicatrizante do extrato das raizes em ratos ulcerados e Santos e Carlini(2000) verificaram efeito afrodisíaco e melhoria na memória dos ratos idosos tratados com a dose de 50 mg/kg do extrato de raízes BST0298.
Modo de Usar: As raízes são fixadas em aguardente (afrodisíaca) e vinho (depurativo do sangue). O chá é indicado para agravos como diabetes, diarreia, gripe, infecções: intestinal e renal.
O banho com folhas em decocção é para o fortalecimento muscular de crianças e idosos, aplicado nos membros inferiores, envolvendo-os com faixa durante a noite.
Recomenda-se a dose de 1 cálice pequeno pela manhã tanto da cachaça como do vinho. Tem potencial ornamental e é forrageira casual.
Heteropterys aphrodisiaca
AÇÃO E INDICAÇÃO
Estimulante geral e afrodisíaco. Aumenta a concentração e a memorização.
FORMAS UTILIZADAS
Cápsula (pó da planta)
Tintura (líquido)
Nó de Cachorro (Heteropterys aphodisiaca)
Esta é uma planta que vem sendo muito pesquisada por professores da Faculdade de Medicina da UNIFEST (Universidade Federal de São Paulo). Trata-se de uma planta nativa das regiões de cerrado e pântano. O que caracteriza esta planta são partes engrossadas e alguns nós presentes nas raízes, semelhante ao órgão reprodutor do cachorro, o que acabou originando o nome popular da planta. Esta planta apresenta porte arbustivo, podendo atingir até 1,3 metros de altura, com ramos de cor avermelhada, inflorescência com flores de cor amarelada e sem fragrância.
Popularmente é muito empregada em Goiás e principalmente no Mato Grosso, principalmente pelos pântanos. Utilizam as raízes ou a entrecasca da planta, e é muito comum colocarem em uma garrafa de cachaça para o preparo de uma garrafada. Esta fica de cor avermelhada e é empregada para vários fins terapêuticos. É prática comum nestas regiões tomar antes das refeições um gole de pinga onde tem um pedaço da raiz do Nó-de-Cachorro, dizendo que “faz bem para os nervos”. Também empregam esta raiz para facilitar o trabalho de parto, no diabetes, como tônico mental e afrodisíaco, depurativo, na desinteira, como auxiliar na eliminação do ácido úrico, das doenças venéreas e em problemas uterinos e até oftálmicos.
Os estudos desta planta têm mostrado resultados impressionantes. Testes com ratos (para obtenção de registro do fitoterápico no Ministério da Saúde é necessário apresentar uma série de estudos e um deles é o pré-clinico, ou seja, em animais) têm mostrado que é uma planta praticamente atóxica, tanto no uso em altas doses por um período curto (toxicidade aguda), quanto em doses pequenas mas por um período longo (toxidade crônica).
Em outro trabalho, ficou demonstrado que animais velhos que usaram esta planta por um período longo, apresentaram uma capacidade de aprendizado e de melhoria da memória muito superior aos animais que não a ingeriram. Mais uma vez confirmando uma das aplicações desta planta pela sabedoria popular.
Uma comparação dos níveis de aprendizado entre ratos, novos e velhos que usaram e não usaram esta planta, mostrou resultados surpreendentes. Os ratos idosos que fizeram uso desta planta tiveram o mesmo índice de aprendizagem que os ratos novos, confirmando mais uma vez sua capacidade tônica e estimulante mental. Efeitos anti-oxidantes em cérebros de ratos também foram relatados, tanto em estudos in vitro quanto in vivo.
Os resultados foram obtidos com o uso constante e por um período longo, mostrando que provavelmente estamos diante de uma planta adaptógena, como o Ginseng, Fáfia e Ginseng siberiano entre outras.
Seguindo a sequência dos estudos, o próximo passo, uma vez confirmados em animais, é realizar estes testes em seres humanos sadios, e é justamente o que está sendo feito. Até o momento demonstrou-se que também para seres humanos não apresenta efeitos colaterais. Devido ao seu mecanismo de ação, alguns profissionais estão acreditando que esta planta possa até mesmo substituir o Ginkgo biloba no tratamento de várias doenças, já relatadas no artigo publicado no número passado deste jornal.
Este é mais um exemplo da riqueza de nosso patrimônio genético e da capacidade de nossos pesquisadores. Só falta um pouco mais de seriedade por parte de nossos governantes para as causas nacionais. Podemos usar muitas plantas brasileiras para tratar nossos doentes, em substituição à plantas importadas, e com isso ficar livre de flutuações de preços devido a especulação do mercado financeiro.
Ademar Menezes Junior
Nome popular
NÓ-DE-CACHORRO
Nome científico
Heteropterys aphrodisiaca O. Mach.
Família
Malphiguiaceae
Sinonímia popular
Ocinanta-sá-caá (Karajá), nó-de-porco (Borôro), guaco, jasmim-amarelo, quaro, resedá-amarelo, tintureiro, cordão-de-santo-antônio, cordão-de-são-francisco.
Propriedades terapêuticas
Afrodisíaco, depurativa, tônica.
Princípios ativos
Polifenóis, taninos condensados e hidrossolúveis, alcalóides, glicosídeos flavônicos, glicosídeos aromáticos simples, glicosídeos cardiotônicos e saponinas.
Indicações terapêuticas
É usada para ácido úrico, fortalecimento dos ossos, debilidades nervosas, anti-desintérica, doenças venéreas, males oftálmicos (catarata e conjuntivite), males uterinos, fortalecimento muscular e eczemas na pele.
Informações complementares
Ocorrência
Ocorre em cerrados em solos distróficos sob cerradão, borda de cerradão, capões e caronal, em solos não alagáveis e arenosos. É tolerante às queimadas e tem ocorrência aumentada com o desmatamento. Ocorrência nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Descrição
A planta apresenta crescimento arbustivo, com altura variando entre 0,5 a 2,0 m. As folhas possuem pecíolo canaliculado, grosso, com margem ciliada, ápice agudo, base arredondada, levemente contraída, provida de duas glândulas; margem inteira, com até 12 cm de comprimento e 6 cm de largura.
A inflorescência é racemosa, reúne flores perfeitas, amarelas, com cerca de 15 mm de diâmetro de corola. Apresentam antese diurna e vida útil aproximada de 6 horas. Oferecem como recurso aos visitantes (abelhas, formigas e pulgões) pólen e óleo acumulado em glândulas presentes no cálice.
Os frutos são do tipo esquizocarpos ou sâmaras (simples, seco, indeiscente, pluricarpelar; cada carpelo, na maturação, separa-se dos demais formando um fruto parcial, provido de uma ou mais alas), com uma única semente posicionada na porção distal. A espécie é mantida pela produção de sementes com origem sexuada, não existindo evidências de propagação vegetativa entre seus indivíduos.
Princípios ativos
Estão presentes nas raízes polifenóis, taninos condensados e hidrossolúveis, alcaloides, glicosídeos flavônicos e glicosídeos aromáticos simples, glicosídeos cardiotônicos e saponinas.
A atuação do extrato das raizes de H. aphrodisíaca no sistema nervoso de roedores jovens e idosos foi constatada por Galvão (1997) e Galvão et al (2000). Palazzo (2000) verificou o efeito cicatrizante do extrato das raízes em ratos ulcerados e Santos e Carlini(2000) verificaram efeito afrodisíaco e melhoria na memória dos ratos idosos tratados com a dose de 50 mg/kg do extrato de raízes BST0298.
Uso medicinal
É considerada uma planta com propriedades rejuvenescedoras. É famosa em Mato Grosso cachaça com raiz de nó-de-cachorro, tomada diariamente pelos pantaneiros. O vinho com as raízes de nó-de-cachorro é utilizado também pelas mulheres no período da menopausa.
Formas de preparo
As raízes são fixadas em aguardente (afrodisíaca) e vinho (depurativo do sangue). O chá é indicado para agravos como diabetes, diarréia, gripe, infecções: intestinal e renal.
O banho com folhas em decocção é para o fortalecimento muscular de crianças e idosos, aplicado nos membros inferiores, envolvendo-os com faixa durante a noite.
Dosagem indicada
Recomenda-se a dose de 1 cálice pequeno pela manhã tanto da cachaça como do vinho.
Outros usos
Tem potencial ornamental e é forrageira casual.
Citação bibliográfica
1. ARRUDA, J. B. ; ALBUQUERQUE, M. C. F.; CAMARGO, I. P. Efeito de substratos sobre a germinação de sementes de nó – de – cachorro. Congresso Brasileiro de Olericultura, 40 v 18, Supl.; 891 – 892 2002
2. GALVÃO, S. M. P. Estudo Farmacológico e Toxicológico de Heteropteris aphrodisiaca O. Machado, “nó-de-cachorro em roedores jovens e idosos. São Paulo (Dissertação de Mestrado) Universidade Federal de São Paulo. São Paulo.1997.
3. GALVAO, S.M; MARQUES, L.C; OLIVEIRA, M.G; CARLINI, E.A. Heteropterys aphrodisiaca (extract BST0298): a Brazilian plant that improves memory in aged rats. Journal of Ethnopharmacology. Mar;79(3):305-11 .2002
4. PALAZZO, F.; PEREIRA, L.C.M.S.; MELLO, E.V.S.L. & MELLO, J.C.P. Cicatrização de feridas cutâneas com aplicação de pomada de Heteropteris aphrodisiaca O. Mach. In: Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil., 16, Recife. 2000. Programa e Resumos… Recife, p.183. 2000.
5. POTT A. ; POTT ,V. J. Plantas do Pantanal. Corumbá: EMBRAPA, Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal, 1994.320p
6. SANTOS, R. e CARLINI, E. A. Efeitos da Heteropteris aphrodisiaca sobre o comportamento sexual de ratos. In: Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil., 16, Recife. Programa e Resumos. Recife, p. 260. 2000.
Colaboração
Profa. Maria de Fátima Barbosa Coelho, Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso (MT), setembro 2005.
Fonte: www.plantasquecuram.com.br/www.oficinadeervas.com.br/ci-67.ciagri.usp.br
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