História
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Introduzida nos Jogos Paralímpicos de Nova York e Stoke Mandeville, em 1984, a bocha é um esporte que requer concentração, controle muscular e muita precisão.
Destinada a pessoas com paralisia cerebral e outros problemas neurológicos, a competição consiste em lançar bolas (vermelhas ou azuis) o mais próximo possível da bola branca.
Praticada em 42 países, a bocha não faz parte do Programa dos Jogos Olímpicos.
O esporte pode ser disputado individualmente, em duplas ou equipes.
Bocha Adaptada
O objetivo do jogo é rolar bolas de cor vermelha ou azul – uma cor para cada concorrente – o mais próximo possível de uma bola branca chamada de “jack”.
Cada bola colocada perto dos pontos pontuações jack. Se bolas de cor diferente estão equidistantes da tomada, cada participante ganha um ponto. O vencedor é o jogador que obtiver a maior pontuação. Em caso de empate, uma rodada extra é jogado como um tie-breaker para decidir o vencedor.
Os jogadores podem usar suas mãos, pés e cabeças como auxiliares, e até mesmo um assistente no caso daqueles com grave comprometimento dos membros superiores e inferiores. Partidas são divididas em rounds, ou termina, e seu número varia de acordo com os participantes na quadra.
Jogos individuais têm quatro extremidades, e em cada um o jogador bacias seis bolas. Jogos de duplas também têm quatro extremidades, e cada participante bacias três bolas. Quando as equipes têm três jogadores, há seis pontas com duas bolas por jogador para cada extremidade.
O bocha adaptada
O bocha adaptado é similar ao Bocha convencional, ou seja, o jogador tem como objetivo encostar o maior número de bolas na bola alvo.
O jogo consiste em um conjunto de seis bolas azuis, seis bolas vermelhas e uma bola branca (bola alvo).
A quadra deverá ser lisa e plana como o piso de um ginásio em madeira ou sintético. A área é delimitada por linhas que possui uma dimensão de 12,5m x 6m (maiores detalhes em CP-ISRA).
Divisão dos jogos:
Geral: Ambos os sexos
Individuais: BC1, BC2, BC3, BC4
Pares: BC3, BC4
Equipes: BC1 e BC2
Classificação
Jogadores com paralisia cerebral são classificados como CP1 ou CP2, bem como atletas com outras deficiências severas (como distrofia muscular), que também são elegíveis para competir na bocha.
Os jogadores podem ser incluídos em quatro classes a depender da classificação funcional:
BC1: Tanto para arremessadores CP1 como para jogadores CP2. Atletas podem competir com o auxílio de ajudantes, que devem permanecer fora da área de jogo do atleta. O assistente pode apenas estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola a pedido.
Individuos com condições de lançar e impelir a bola.
Podem ser assistidos por 1 auxiliar, para ajustar ou estabilizar a cadeira, entregar e/ou arredondar a bola, quando solicitados.
Devem permanecer fora da casa de lançamento quando o jogador estiver a lançar, ou permanecer no caso de estabilizar a cadeira.
BC2: Para todos os arremessadores CP2. Os jogadores não podem receber assistência.
Individuos com condições de lançar e impelir a bola e movimentar a cadeira.
Só podem pedir ajuda ao árbitro no seu tempo, para apanhar a bola ou entrar no campo.
BC3: (uso do dispositivo auxiliar):
Individuos com disfunção motora severa nas 4 extremidades, sem condições de lançar e impelir a bola ou movimentar a cadeira.
Não possuem pega nem ação de lançamento da bola.
Assistidos por auxiliar que permanecerá dentro da casa do jogador, de costas para o jogo.
Para jogadores com deficiências muito severas. Os jogadores usam um dispositivo auxiliar e podem ser ajudados por uma pessoa, que deve permanecer na área de jogo do atleta mas deve se manter de costas para os juízes e evitar olhar para o jogo.
BC4: Individuos com disfunção motora severa nas 4 extremidades, combinado com um controle dinâmico do tronco pobre, este jogador deverá ter condições de lançar e impelir a bola e movimentar a cadeira. Sem auxiliar, o árbitro pode auxiliar na coleta das bolas.
PARES BC3:
Atletas classificados em BC3, e um substituto BC3.
2 atletas com paralisia cerebral e um não paralisia cerebral.
Mesmas regras, porem ocupam as casa de 2 a 5 em sequência.
1 capitão
PARES BC4:
Atletas classificados em BC4, sem substituto.
Mesmas regras, porem ocupam as casa de 2 a 5 em sequência.
1 capitão
EQUIPES:
Atletas classificados em BC1 e BC2, com 1 ou 2 substitutos de classes diferentes.
Cada equipe com 3 atletas, pelo menos 1 BC1
1 auxiliar por equipe, dentro das regras da classe BC1
de 1 a 6 em sequência.
1 capitão
TREINADORES:
Permitido o transito nas Zonas de aquecimento e câmara de chamada.
Devem permanecer ao lado e em silêncio durante o jogo.
Devem permanecer ao lado na posição indicada com os suplentes.
FORMATO DA COMPETIÇÃO:
Divisão individual:
4 parciais
Em caso de empate parcial extra.
Cada jogador recebe 6 bolas da sua cor.
Lado vermelho ocupa casa 3 e azul casa 4.
O controle da bola alvo passa, por ordem numerica, da casa 3 e 4.
Divisão Pares:
4 parciais
Em caso de empate parcial extra.
Cada jogador recebe 3 bolas da sua cor.
Lado vermelho ocupa casa 2 e 4 e azul casa 3 e 5.
O controle da bola alvo passa, por ordem numerica, da casa 2 e 5.
Divisão Equipes:
6 parciais
Em caso de empate parcial extra.
Cada jogador recebe 2 bolas da sua cor.
Lado vermelho ocupa casa 1, 3 e 5 e azul casa 2, 4 e 6.
O controle da bola alvo passa, por ordem numerica, da casa 1 a 6.
O CAMPO:
Superficie plana e macia (madeira ou sintetico)
Dimensões (12,5m x 6m)
Marcações:
Externas 4/5 cm
Internas 2 cm
Ps: As medidas são pelo bordo interior.
A BOLA:
È permitido o uso de bolas própias, incluindo a bola alvo.
As bolas devem ser examinadas pela comissão organizadora.
Medidas:
Diametro 270 mm +- 4mm
Peso 263gr à 287gr
É permitido ao adversário a verificação das bolas do outro lado.
Deverá existir um set de bolas extras para cada campo
O JOGO:
O processo formal se inicia na câmara de chamada.
O jogo inicia com a apresentação da bola alvo ao jogador da bola vermelha.Horário:
O jogador deve se apresentar 30 min antes da hora do jogo a câmara de chamada.
15 min antes a câmara será fechada e o jogador ausente perderá o jogo.Sorteio:
Aquecimento: 2 min.
Lançamento da bola alvo:
Sem tempo.
Anuncio do árbitro.
Bola na área válida.
Bocha para pessoas com paralisia cerebral severa
As primeiras competições de bocha adaptadas no campo da deficiência aconteceram na Dinamarca em 1982.
Existem diversas versões sobre a origem do jogo do bocha.
Uma delas, se remota aos romanos. Outras situam sua origem na época mais tarde no século XVI, na península itálica. Também há quem atribua uma origem francesa, com a derivação do jogo da petanca.
Jogar bocha, consiste em lançar bolas adaptadas fabricadas com areia e revestimento de pelica que se adaptam a empunhadura dos portadores de paralisia cerebral. As bolas de bocha são construídas nas cores azul e vermelha, durante o jogo o atleta deverá ter como objetivo lançar seus bochas com intenção de que aproximem máximo possível da bola branca que será o ponto para aproximação das outras bolas. A bocha se pode jogar individualmente, em par ou por equipes. A grande diferença dos outros esportes é que em todas se permite provas mistas.
Se a partida é individual se jogam que de acordo com as regras da CP-ISRA Cerebral Palsy – International Sport and Recreation Association, só participam dessas modalidades pessoas portadoras de paralisia cerebral severa nas classes C1 e C2 de ambos os sexos, portadores de deficiências degenerativas severas com comprometimento nos quatro membros e portadores de tetraplegia acima ou através da vértebra C5. atro parciais ou sets, e se a partida é por equipe se jogam seis. As equipes são formadas pôr três jogadores.
Jogo
A bocha adaptada é um esporte pouco difundido entre a sociedade. Como qualquer outro esporte adaptado,esse jogo foi modificado para permitir que pessoas com deficiência pudessem praticá-lo.
O jogo de bocha é um jogo competitivo que pode ser praticado individualmente, em duplas ou em equipes.
As vertentes deste jogo vão do lazer e recreação ao mais alto nível de competição e está, neste âmbito,reconhecido pelas entidades oficiais de nível internacional, elegendo-o como um desporto paraolímpico.
Existem muitas versões quanto a origem do jogo tradicional. A maior referência é a do século XVI, em que ojogo seria uma adaptação da quadra fechada do jogo italiano de boliche em grama. Encontram-se tambémreferências que estabelecem uma analogia com um jogo francês (Pentaque) que começou a serdesenvolvido e praticado em 1910. No Brasil o jogo de bocha ficou conhecido a partir de 1995, quando doisatletas inscritos para o atletismo nos Jogos Pan-Americanos de Mar Del Plata, aceitaram participar deimproviso da competição de bocha, visando a aprendizagem para posterior implantação da modalidade.
O termo BC significa Boccia Classification (Classificação da bocha) e suas numerações referem-se a umdeterminado grau de comprometimento motor.
Classificações: BC1 o atleta tem PC com disfunção motoraque afeta todo o corpo, não tendo o uso das funções das pernas; BC2 o atleta tem PC com disfunçãomotora que afeta todo o corpo, sendo capaz de ficar em pé, mas de andar de forma muito instável; BC3 oatleta tem PC ou não cerebral ou de origem degenerativa; BC4 o atleta tem grave disfunção locomotoranos quatro membros, de origem degenerativa ou não cerebral.
Atletas que podem ser elegíveis para aclasse BC4: Ataxia de Friedrich; Distrofia Muscular (força mais próxima menor que 60%); Esclerose múltipla;AVC; Lesão medular de C5 e acima; Espinha bífida com envolvimento da extremidade superior; outrascondições semelhantes que resultem em problemas de força e coordenação.
A quadra deve ser plana, lisa e regular, de madeira, cimento ou material sintético. Consiste em duas áreas,boxes de jogadores e área de jogo. Suas dimensões totais são de 12,5m de comprimento e seis metros delargura, delimitadas por linhas de quatro centímetros de largura e linhas de marcação internas de doiscentímetros de largura.
São utilizadas 13 bolas: seis azuis, seis vermelhas e uma branca, confeccionadascom fibra sintética expandida e superfície externa de couro. Seu peso é de 280 gramas. O árbitro utiliza parasinalizar ao jogador, no início de um lançamento ou jogada, um indicador de cor vermelho/azul, similar auma raquete de tênis de mesa. Para medir a distância das bolas coloridas da bola-alvo é utilizada uma trenaou compasso.
CALHAS ou RAMPAS: são utilizadas por jogadores com maior comprometimento motor,normalmente, confeccionadas em PVC, madeira, acrílico ou, até mesmo, de metal.
PONTEIRA ou ANTENA
É utilizada em conjunto com a calha ou rampa e serve como fixador da bola na calha quando daimpossibilidade de fixar com as mãos ou qualquer outra parte do corpo, até o momento de direcionar a bolapara o local desejado, soltando-a assim pela calha na direção ajustada. Uma parcial somente terminaquando os jogadores lançam todas as bolas ou quando esgota-se o tempo.
As parciais possuem um tempolimite para serem terminadas.
Será aplicado de forma decrescente, como a seguir:
Individual BC1, BC2 eBC4:
5 minutos, Individual BC3:
6 minutos, Pares BC3:
8 minutos, Pares BC4: 6 minutos,
Equipes: 6minutos.
Quem está de posse da bola vermelha lança primeiramente a bola branca e, em seguida, a bolavermelha; depois é autorizado o lançamento de uma bola azul para verificação da bola que está maispróxima da branca. Continuará lançando a bola, quem estiver com a bola mais afastada da bola doadversário em relação à bola branca. A bola é considerada fora quando ultrapassa as linhas laterais ou defundo, não sendo considerada para pontuação. Caso a bola arremessada para fora seja a bola branca, serálançada novamente pelo jogador adversário, além da sua vez de direito, até que a bola mestra seja colocadano campo permitido para jogo. Se a bola branca for empurrada para fora, será colocada na marcação do Xcentral. Quando a bola branca é colocada no X central, jogará quem estiver mais longe dela. Todas as bolasmais próximas da bola branca, comparadas as do jogador adversário, serão consideradas ponto. Caso hajaempate em número de pontos ao final das parciais, será jogada uma parcial de desempate, chamada detiebreak. Quando é cometida uma falta ou infração, o árbitro irá conceder duas bolas de penalização para oadversário. Estas bolas serão válidas para pontuação. Faltas cometidas por ambos os jogadores anulam-seumas às outras.
Para os atletas da classe BC3, as regras de bocha permitem que o jogador seja assistido por uma pessoaque tem como função, além de direcionar a calha (dispositivo auxiliar), pode também arredondar a bola sefor necessário, entregá-la e segurá-la até o momento da soltura na calha pelo atleta. Para os atletas daclasse BC1, também é permitido um auxiliar, mas apenas com a função de entregar a bola para o jogadorquando este solicitar por gesto previamente combinado. Para os atletas BC2 e BC4, não é permitido nenhumtipo de ajuda externa. O que ocorre com freqüência é a adaptação de um suporte ou cesto para as bolas,fixo ou não na cadeira de rodas, de modo que facilite ao atleta de pegar as bolas para arremessar. A rampa,calha ou canaleta deverá desenvolver suas funções dentro do limite do espaço do box, que também seráocupado pelo atleta com sua cadeira de rodas. A rampa, calha e canaleta não podem conter nenhumsistema mecânico. Será permitido o uso de cestas para colocar as bolas, desde que devidamente fixadas nas cadeiras de rodas e que não atrapalhem o jogador ao lado.
Regras da Bocha Adaptada
PRINCIPAIS REGRAS
FILOSOFIA DO JOGO
A bocha possui algumas características semelhantes às do tênis, principalmente nos aspectos extra quadra, sendo que, assim como ocorre em torneios daquela modalidade, a bocha necessita que o público esteja em silêncio no momento da jogada e que suas comemorações sejam restritas aos membros do grupo ou da equipe, que não estejam jogando naquele momento.
APLICAÇÃO DAS REGRAS DO SISTEMA ESCOLAR
Aqui, teremos especificadas as principais regras da modalidade, lembrando que para um trabalho educacional, ou seja, dentro do âmbito escolar torna-se fundamental a sua aplicação, porém esta deve ocorrer num segundo momento, pois colocada em primeira instância pode cercear o pensamento criativo e o teor lúdico que todo esporte deve oferecer.
Para aplicabilidade de regras é necessário que o aluno primeiramente assimile o conteúdo cognitivo; em seguida, possa encontrar uma adaptação adequada à sua condição motora e, por fim, tenha domínio motor de habilidades específicas de lançamento, arremesso, movimentos relativos à calha etc.
Esta primeira etapa, sem regras rígidas, pode possibilitar experiências de sucesso, motivando o aluno a continuar tendo desafios mais complexos.
TERMOS USADOS NA MODALIDADE
Jack, bola-mestra ou bola-alvo: refere-se à bola branca.
Cancha: quadra de superfície plana e lisa onde ocorrem os jogos.
Box: local onde ficam as cadeiras de rodas dos jogadores.
Dispositivos auxiliares: ajuda de algum material para que o jogador possa executar a jogada. Ex.: rampa ou calha.
Calheiro: pessoa destinada a segurar e executar o movimento com a calha ou rampa para o aluno mais comprometido.
Kit: conjunto de bolas de bocha.
Elegibilidade: condição motora para que o atleta possa jogar a modalidade, ou seja, esteja dentro do perfil da classificação funcional exigida pelo manual de classificação.
Bola morta: bola arremessada para fora das linhas do campo ou que tenha sido retirada pelo árbitro no seguimento de uma violação.
Dispositivo de medida: material para medição da distância entre as bolas.
Equipamento de medição de tempo: material usado para medir o tempo que o jogo de bolas devem ser jogadas, dentro de uma parcial.
Parcial ou Set: quando os jogadores terminam de lançar todas as bolas vermelhas e azuis.
Partida: soma de quatro parciais ou sets, desde que não haja tiebreak.
A QUADRA
A quadra deve ser plana, lisa e regular, de madeira, cimento ou material sintético. Consiste em duas áreas, boxes de jogadores e área de jogo. Suas dimensões totais são de 12,5m de comprimento e seis metros de largura, delimitadas por linhas de quatro centímetros de largura e linhas de marcação internas de dois centímetros de largura. As linhas limítrofes não estão inseridas nas áreas que delimitam.
A zona de lançamento é dividida em seis boxes iguais de 2,5 metros de comprimento e um metro de largura, que são numerados de 1 a 6. Na área de jogo, há uma área delimitada por uma linha V, cujas laterais distam três metros da zona de lançamento e do ponto central 1,5 metro. O lançamento da bola mestra (branca) de dentro do boxe de lançamento só será considerado válido quando ultrapassar essa marca (V). O ponto central da área de jogo é marcado por um X, onde a bola mestra é colocada no início de cada parcial extra ou quando for colocada para fora do campo.
Ilustração 1 – A quadra
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
São utilizadas 13 bolas: seis azuis, seis vermelhas e uma branca, confeccionadas com fibra sintética expandida e superfície externa de couro.
Seu tamanho é menor que o do bocha convencional e o peso é de 280 gramas. O árbitro utiliza para sinalizar ao jogador, no início de um lançamento ou jogada, um indicador de cor vermelho/azul, similar a uma raquete de tênis de mesa. Para medir a distância das bolas coloridas da bola-alvo é utilizada uma trena ou compasso.
Foto 3 –
Jogo de bolas de bocha
Foto 4 –
Árbitro/Sinalizador
Foto 5 –
Trena
Para atletas que não conseguem dar à bola uma boa propulsão, pode ser utilizada uma calha, rampa ou canaleta, sem freio ou qualquer outro dispositivo mecânico. O jogador deve ter um contato físico direto com a bola imediatamente antes de fazer um lançamento. O contato físico inclui também o ponteiro ou agulha fixado na cabeça por uma faixa ou capacete.
Foto 6 – Calha ou Rampa
(Modelos usados pela equipe espanhola)
Foto 7 – Ponteiro fixado na cabeça
(Modelo usado por atleta brasileiro)
MARCADOR
Lousa ou papel para serem colocados os resultados e virados para os jogadores.
INDICADOR PARA AUTORIZAÇÃO DE JOGO
Raquete com duas cores
CAIXA DE BOLA MORTA
Recipiente para colocar as bolas que forem lançadas fora da área de jogo
AUXÍLIO AOS ATLETAS DE ACORDO COM AS CLASSES
Atletas BC3
Para os atletas da classe BC3 (que apresentam severo comprometimento motor nos quatro membros), as regras de bocha (segundo CP-ISRA) permitem que o jogador seja assistido por uma pessoa que tem como função, além de direcionar a calha (dispositivo auxiliar), seguindo rigorosamente as indicações do jogador, pode também arredondar4 a bola se for necessário, entregá-la e segurá-la até o momento da soltura na calha pelo atleta. Porém essa ajuda só será autorizada ao assistente (também denominado calheiro) mediante sinal ou indicação do atleta quando da sua vez de jogar. Por essas exigências da regra, faz-se necessário um treinamento intensivo e, sobretudo, harmonioso entre o atleta e o calheiro. Normalmente é escolhida, entre os auxiliares, a pessoa de maior compreensão e sincronia com o atleta, na maioria das vezes, pais ou familiares.
Foto 8 – Atleta BC3
(APDEF Petrópolis, RJ)
Essa comunicação pode ser feita de forma oral ou pela interpretação de gestos e expressões (maioria dos casos) e sempre partindo do atleta. O calheiro não pode, em hipótese alguma, se comunicar com o atleta e deverá colocar-se sempre de costas para o jogo.
Alguns tipos de treinamento devem ser considerados específicos para essa classe, de forma que o calheiro e o atleta tenham atuação única e precisa, permitindo que a ajuda do auxiliar seja em decorrência do raciocínio e iniciativa do jogador e, principalmente, da sintonia que os une.
Exemplo: O calheiro e o atleta devem ter treinado e combinado exaustivamente todos os diferentes tipos de sinais e principalmente expressões utilizadas no decorrer da partida, tais como jogo curto (calha alta e o quanto alta), jogo longo (calha baixa e o quanto baixa), para esquerda, para direita e assim sucessivamente, até mesmo após jogar uma bola quando, pela expressão do atleta, o calheiro perceber se foi uma boa jogada ou não.
Em resumo, o assistente do atleta BC3 deve ser uma pessoa escolhida primeiramente pelo próprio jogador e deverá acompanhar todos os treinamentos com a mesma disponibilidade do competidor, compreender todo o processo da modalidade e que, acima de tudo, deseje ajudar sem, contudo, influenciar nas decisões do atleta.
Deve ser paciente e sensível, conviver com o atleta o maior tempo possível, ajudá-lo nas dificuldades da vida diária, assim como na hora da alimentação e higiene, fortalecendo a interação entre eles.
Atletas BC1
Para os atletas da classe BC1, também é permitido um auxiliar, mas apenas com a função deentregar a bola para o jogador quando este solicitar por gesto previamente combinado. Oferecer m suporte de segurança, se for necessário, assim como o de segurar a cadeira de rodas para que ela não se desloque no momento do arremesso. Deve também auxiliar o retorno do tronco do atleta após o arremesso, caso ele apresente maior dificuldade de controle e equilíbrio. Não é permitida nenhuma forma de diálogo ou comunicação entre eles, exceto do atleta para o auxiliar, quando da sua vez de jogar. O auxiliar deve se colocar fora do box de arremesso durante a partida.
Atletas BC2 e BC4
Para os atletas BC2 e BC4, não é permitido nenhum tipo de ajuda externa. O que ocorre com freqüência é a adaptação de um suporte ou cesto para as bolas, fixo ou não na cadeira de rodas, de modo que facilite ao atleta de pegar as bolas para arremessar. Isso é muito utilizado em atletas da classe BC4 com lesão medular e com grande comprometimento nos quatro membros.
O JOGO
O jogo de bocha poderá ser disputado nas categorias:
Individual BC1
Individual BC2
Individual BC3
Individual BC4
Pares BC3 Somente jogadores pertencentes à classe BC3
Pares BC4 Somente jogadores pertencentes à classe BC4
Equipe Somente jogadores pertencentes às classes BC1 e BC2
Em jogo individual e de pares, cada partida será composta por quatro parciais. Quando houver empate de pontos, será disputada uma quinta parcial chamada de tiebreak.
Em jogo de equipe, cada partida será composta de seis parciais, caso não seja necessário à disputa de tiebreak.
No jogo individual, cada jogador estará de posse de seis bolas azuis ou seis vermelhas, conforme sorteio.
No jogo de duplas, cada jogador estará de posse de três bolas azuis ou três bolas vermelhas, conforme sorteio.
No jogo de equipe, cada jogador estará de posse de duas bolas azuis ou duas bolas vermelhas, conforme sorteio.
O árbitro fará um sorteio inicial: o vencedor escolherá a cor da bola. Caso escolha a vermelha, sairá jogando com a branca.
Caso a partida termine empatada e seja necessária a disputa do tiebreak, a bola branca será colocada na marcação central X.
Uma parcial somente termina quando os jogadores lançam todas as bolas ou quando esgota-se o tempo. Os boxes 1, 3 e 5 serão ocupados pelos jogadores locais (quem está de posse da bola vermelha) e os boxes 2, 4 e 6 serão ocupados pelos jogadores visitantes (quem está de posse da bola azul), no caso do jogo de equipes.
Em jogos de pares, os jogadores locais ocuparão os boxes 2 e 4 e os jogadores visitantes ocuparão os boxes 3 e 5.
Em jogos individuais, o jogador local ocupará o box 4 e o jogador visitante ocupará o box 3.
As parciais possuem um tempo limite para serem terminadas. Será aplicado de forma decrescente, como a seguir:
Individual BC1, BC2 e BC4: 5 minutos,
Individual BC3: 6 minutos,
Pares BC3: 8 minutos,
Pares BC4: 6 minutos,
Equipes: 6 minutos.
Nenhuma bola poderá ser lançada sem que o árbitro autorize, indicando com placa ou raquete quem jogará.
Após o sorteio, quem está de posse da bola vermelha lança primeiramente a bola branca e, em seguida, a bola vermelha; depois é autorizado o lançamento de uma bola azul para verificação da bola que está mais próxima da branca. Continuará lançando a bola, quem estiver com a bola mais afastada da bola do adversário em relação à bola branca.
Se a bola cair acidentalmente da mão do jogador, antes do lançamento, o árbitro pode permitir que o atleta volte à jogada desde que o imprevisto seja entendido como ato acidental e não voluntário (intenção de lançar a bola).
A bola é considerada fora quando ultrapassa as linhas laterais ou de fundo, não sendo considerada para pontuação.
Caso a bola arremessada para fora seja a bola branca, será lançada novamente pelo jogador adversário, além da sua vez de direito, até que a bola mestra seja colocada no campo permitido para jogo.
Se a bola branca for empurrada para fora, será colocada na marcação do X central.
Quando a bola branca é colocada no X central, jogará quem estiver mais longe dela.
PONTUAÇÃO
Todas as bolas mais próximas da bola branca, comparadas as do jogador adversário, serão consideradas ponto.
Exemplo: dois pontos para azul.
Caso uma bola vermelha e uma bola azul estejam na mesma distância da bola branca, ao final da parcial, será creditado um ponto para cada jogador.
Caso duas bolas azuis e uma vermelha estejam na mesma distância da bola branca, serão creditados dois pontos para a azul e um ponto para a vermelha.
Em caso de dúvida na medição de distância da bola, o árbitro poderá autorizar o jogador (individual) e capitão (pares e equipes) a entrar no local da jogada para acompanhar a medição.
Caso haja empate em número de pontos ao final das parciais, será jogada uma parcial de desempate, chamada de tiebreak.
Será declarado vencedor o lado que tenha o maior número de pontos em sua somatória ao final de todas as parciais, incluindo tiebreak, caso necessário.
PENALIDADE
Quando é cometida uma falta ou infração, o árbitro irá conceder duas bolas de penalização para o adversário. Estas bolas serão válidas para pontuação.
As duas bolas de penalização serão retiradas após o término do jogo. Sempre serão as duas bolas do jogador penalizado que estiverem mais distante e não estão pontuando ou as bolas que foram lançadas para fora.
Se for necessário retirar bolas que estão pontuando, o árbitro anotará o resultado antes de retirá-las.
Se houver mais de uma bola que possa ser utilizada como bola de penalização, caberá ao próprio jogador beneficiado escolher qual será usada.
Faltas cometidas por ambos os jogadores anulam-se umas às outras.
Se um jogador comete uma falta enquanto está lançando a bola de penalização, esta será retirada e concedida ao jogador oposto.
Se durante a parcial o jogador cometer mais de uma falta, as bolas de penalização serão concedidas separadamente, ou seja, duas e depois mais duas.
FALTAS OU INFRAÇÕES SANCIONADAS
Lançar uma bola, exceto a bola mestra, enquanto alguma parte do corpo, cadeira de rodas ou dispositivo auxiliar (Exemplo: calha) estiver tocando a linha ou parte do campo que não seja o Box.
Caso a falta seja cometida na hora do lançamento da bola mestra, esta será repassada ao jogador adversário.
O jogador poderá manobrar a cadeira ou outro dispositivo, ultrapassando a área de lançamento, antes do lançamento da bola, desde que seja sua vez de jogar e devidamente autorizado pelo árbitro.
Não será aplicada penalização por invasão da cadeira ou do jogador que efetua o lançamento com os pés.
Caso o jogador atrapalhe de forma deliberada de maneira a interferir na jogada do adversário.
Se o jogador não estiver com, pelo menos, uma parte dos quadris em contato com o assento da cadeira de rodas, no momento do lançamento.
FALTAS SEM PENALIZAÇÕES
Faltas que não têm como conseqüência uma penalização.
Caso o jogador lançar mais de uma bola, elas serão contadas na pontuação final.
Se devido ao erro do árbitro o jogador lançar a bola não sendo sua vez, ela lhe será devolvida, desde que não tenha tocado em nenhuma outra bola do jogo.
Caso o jogador tenha jogado sem que a autorização do árbitro tenha sido dada ao jogador oposto e não tenha tocado em nenhuma outra bola do jogo.
Quando o árbitro tentar deter o caminho da bola lançada erroneamente, antes que possa modificar o jogo.
PARCIAL INTERROMPIDA
Quando as bolas que estão no jogo são movidas, advindas de uma situação irregular como acidentalmente movida pelo árbitro, pode-se recolocar as bolas movidas em seu lugar; caso não sendo possível, voltar a parcial.
Se devido ao erro do árbitro o jogador lança a bola fora da sua vez, o procedimento será o mesmo do item anterior.
Se o jogador, que entra em campo, mover alguma bola, segue-se o mesmo critério dos itens anteriores.
COMUNICAÇÃO
É expressamente proibida a comunicação do auxiliar com o atleta (Classe BC1 e BC3) durante a parcial. Somente o atleta poderá comunicar-se, quando necessário e dentro da sua vez de jogar. Em jogo de pares e equipes, o capitão, pré-determinado anteriormente, poderá indicar qual ojogador que deve lançar a bola.
Será concedido, no jogo de pares e equipes, um tempo técnico de três minutos para instruções do técnico para seus atletas.
O árbitro poderá punir algum jogador que entenda proceder com uma comunicação excessiva ou imprópria.
O jogador poderá solicitar que seu oponente ao lado afaste a cadeira para trás, desde que entenda estar atrapalhando o lançamento de sua bola.
TEMPO
Cada parcial terá um tempo limite para serem lançadas as bolas ao campo de jogo.
Esse tempo começa a contar no momento em que o árbitro indica qual a cor que inicia a jogada que se conclui no momento em que a bola termina seu trajeto.
O tempo é descrito de forma decrescente.
Caso se esgote o tempo e o jogador ainda não tenha lançado alguma bola, não será permitido novo lançamento.
Os limites de tempo são assim descriminados:
Individual (Classes BC1, BC2 e BC4) – 5 minutos por jogador.
Individual BC3 – 6 minutos por jogador.
Pares BC3 – 8 minutos por dupla.
Pares BC4 – 6 minutos por dupla.
Equipes (BC1 e BC2) – 6 minutos por equipe.
REGRAS E CRITÉRIOS PARA UTILIZAÇÃO DE MATERIAL AUXILIAR
A rampa, calha ou canaleta deverá desenvolver suas funções dentro do limite do espaço do box, que também será ocupado pelo atleta com sua cadeira de rodas.
A rampa, calha e canaleta não podem conter nenhum sistema mecânico.
Após o lançamento da bola, o calheiro deverá voltar a rampa ao ponto médio no chão.
Será permitido o uso de cestas para colocar as bolas, desde que devidamente fixadas nas cadeiras de rodas e que não atrapalhem o jogador ao lado.
Não será permitido ao assistente da classe BC3 olhar para trás no momento da parcial.
Fonte: rio2016.com/portal.esporte.gov.br/ucbweb.castelobranco.br/www.informacao.srv.br
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