PUBLICIDADE
A invenção do “Rafting” dos nossos dias aconteceu na época pós-guerra nos Estados Unidos. Botes de borracha, usados para o desembarque de tropas americanas na Europa, caíram nas mãos de aventureiros que desceram as corredeiras dos rios americanos.
Explorações de rios com corredeiras já aconteciam em épocas anteriores, mas, a estrutura, rígida dos barcos, balsas e canoas de madeira limitaram, em muito, o desenvolvimento desta atividade.
A elasticidade dos botes de borracha permitiu a descida com relativa
segurança de corredeiras mais fortes mesmo em contato com as pedras. Nos anos 50, alguns dos aventureiros começaram a cobrar pelo serviço de levar outras pessoas junto nos botes.
Isso foi o início de uma nova indústria de turismo e lazer que vem se desenvolvendo a passos largos até hoje.
Novos materiais deixaram os botes mais resistentes e leves e o desenvolvimento do fundo auto-esgotável permitiu que a água que entra no bote saia pelos furos no fundo.
O que é
Desbravar belas corredeiras descendo a bordo de um bote. Esse é o rafting, um esporte que mistura adrenalina com segurança, e que pode ser praticado por qualquer pessoa.
Por ser praticado em equipe, proporciona a toda a família ou a um grupo de amigos o prazer de desenvolverem uma atividade juntos. A amizade e o companheirismo são as grandes armas do rafting.
Existem vários graus de dificuldade, para todos os gostos, por isso qualquer um pode se arriscar de acordo com sua vontade.
O grande aumento no número de praticantes de rafting é resultado do crescimento de empresas especializadas e da grande veiculação do esporte na mídia.
Rafting
A palavra rafting vem do inglês raft, que significa balsa. O rafting é um esporte radical que se caracteriza pela descida de rios com corredeira remando a bordo de um bote inflável.
Os praticantes montam equipes, que normalmente têm entre cinco e oito pessoas, com o objetivo de superar os obstáculos naturais do percurso, como pedras, corredeiras e quedas d’água. O esporte exige espírito de equipe e de coletividade, uma vez que todos remam e, a partir desta união, conseguem superar os desafios.
Os obstáculos aliados ao volume de água e a região onde se encontra o rio (serra, planalto, montanha), caracterizam os níveis de difculdades do rafting, que vão do I ao VI, indicados para iniciantes até esquipes profissionais.
História
A primeira viagem registrada de barco em corredeiras foi em 1869, quando John Wesley Powel organizou a primeira expedição no rio Colorado, EUA, em barcos de remo central. No começo, os aventureiros não possuíam nenhuma técnica para manobrar seus rígidos e pesados barcos nas corredeiras, tiveram problemas de capota mentos e choques com pedras.
Em 1842 teve início a história moderna do Rafting, quando Lieutenant John Fremont, do exército americano fez suas primeiras expedições utilizando um barco desenhado por Horace H. Day. O barco era construído com 4 compartimentos separados com tecido e borracha da Índia e o fundo liso e suspenso e retangular, que o diferenciava dos outros barcos. O nome deste bote era Air Army Boats.
Em 1896, Nataniel Galloway revolucionou as técnicas de Rafting com uma modificação muito simples, ele colocou o assento do bote virado para frente possibilitando encarar de frente as corredeiras, facilitando as manobras.
Finalmente, em 1909, foi realizada a primeira viagem de Rafting com finalidade comercial pela Julius Stones Grand Cânion.
Durante a I e II Guerra Mundial o Exército Americano ressuscitou os botes de borracha para utilizá-lo como bote salva-vida mas foi depois da II Guerra que o Rafting tomou um grande impulso. Os botes de neoprene excedentes no exército, muito similares aos botes de hoje, encontraram seu caminho nas mãos de aventureiros por toda a América do Norte.
Nos anos 50 tivemos muita melhora nos equipamentos descoberta de novos roteiros o que atraiu o interesse dos amantes dos rios. Durante os anos 60 tivemos uma grande evolução com uma série de novos modelos e idéias que deram um grande impulso ao esporte.
A partir de 1972 o esporte passou por um período de hibernação sem grandes novidades, mas no início dos anos 80 estavam sendo trabalhados por Vladimir Kovalik, Rafael Gallo, a companhia Metzler da Alemanha e outros, modelos primitivos de fundo auto esvaziantes (self bailer).
A história do rafting começou no final do século XIX no rio Colorado, nos Estados Unidos. A primeira expedição foi organizada por John Wesley Powel, mas pela precariedade do barco e a falta de técnica fez com que muitos acidentes acontecessem.
As primeiras notícias do rafting são de 1842, quando o exército americano fez expedições usando um barco dividido em quatro compartimentos separados, feito de borracha e com fundo liso e suspenso. A primeira expedição em corredeiras foi organizada pel
Uma modificação muito simples revolucionou as técnicas de rafting. Nataniel Galloway botou o assento do bote para frente, o que facilitou as manobras. A primeira viagem comercial aconteceu em 1909, no Grand Canyon.
As décadas de 50 e 60 foram essenciais para a popularização do rafting. É que nessa época foram criados os botões com fundo inflável, denominados auto-infláveis.
No Brasil o rafting é praticado desde a década de 80. Apesar do pouco tempo, a divulgação do esporte e as muitas possibilidades que o país dá aos aventureiros, fizeram com que o esporte se desenvolvesse rapidamente. O primeiro campeonato brasileiro aconteceu em 1995, na cidade de Tibagí/PR.
Equipamentos
O bote tem de estar de acordo com os objetivos do grupo. Com características diferentes, os vários tipos de bote possibilitam ao grupo escolher qual o modelo mais indicado para cada tipo de corredeira.
Ele é feito de um material resistente, o hypalon. Esse tecido é uma mistura de fibra de poliéster e neoprene. O tamanho varia entre 3,65m até 5,50m. Quanto maior o tamanho do bote melhor a estabilidade.
Os itens de segurança são fundamentais no rafting. Os capacetes devem apresentar regulagem interna, para acomodar os diversos tamanhos de cabeça.
O modelo ideal de colete salva-vidas para o rafting deve ter uma alta flutuação, sistema de fechamento com presilhas reguláveis, um flutuador para cabeça.
Os remos utilizados devem ser o mais leve e resistente possível.
O comprimento dos remos é de 60 polegadas. Outro item fundamental é o cabo de resgate, que é uma corda elástica com aproximadamente 20 metros.
Equipamentos utilizados:
Bote de borracha (específico para rafting )
Remos
Corda resgate
Capacetes
Coletes salva vidas
Roupa de neoprene
Calçado emborrachado
Onde Praticar
No Brasil os praticantes de rafting encontram muitas opções. Com uma natureza privilegiada existem corredeiras tanto para os iniciantes quanto para os mais radicais.
A principal referência para o esporte no País é a cidade de Brotas, conhecida como a capital brasileira dos esportes radicais, pela infra-estrutura que oferece e pelas ótimas condições naturais.
Mas para quem não mora no Estado de São Paulo pode curtir no seu estado mesmo. Existem agências especializadas no esporte dão toda a infra-estrutura necessária e levam para os melhores picos do esporte.
Dicas e curiosidades do Rafting
Rafting
Procure uma agência especializada no esporte. Ela poderá oferecer as melhores condições e levar você aos melhores locais para a prática do rafting. Essas empresas têm todos os equipamentos necessários.
Nunca subestime as descidas. Sempre analise os mapas e peça informações a quem já fez o percurso. Todo cuidado é pouco.
No início praticar entre amigos é mais fácil por ser um esporte em grupo o ideal é que os integrantes tenham afinidades entre si. Dessa maneira o trabalho é muito facilitado.
Origem
O primeiro relato de uma experiência de rafting é de 1869, quando o americano John Wesley Powell organizou uma expedição a bordo de barcos com remo central no Grand Canyon, no rio Colorado (EUA).
Outra origem menos falada – e não por isso menos conhecida – é que algumas dessas viagens pelos rios do Oeste americano eram para contrabandear bebidas alcoólicas na época na Lei Seca. Mas isso é outra história…
Os botes eram de madeira, sem flexibilidade e com vários problemas de capotamento. Os remadores não tinham técnica e remavam de costas, para maior força e menor esforço.
Rafting
Um outro americano, Nathaniel Galloway, inverteu a posição do remador, que passou a conduzir o bote de frente, ainda com o remo central.
Outra mudança foi a modificação do fundo dos botes, de côncavos para fundo chato, assim o controle do bote era facilitado, tanto para avançar quanto freiar nas pedras, corredeiras e ondas do rio. Mas a água que caia dentro continuava sendo escoada por vertedouros, ou baldinhos…
Foi somente na década de 50 que com a evolução e popularização dos botes de borracha que o rafting tomou impulso comercial, principalmente nos Estados Unidos. Somente na década de 80 foi desenvolvido o bote com sistema auto escoante, isto é, toda água que entra sai automaticamente, por furos existentes nas laterais do fundo.
No Brasil, os primeiros botes de rafting foram utilizados nos rios Paraíba do Sul e Paraibuna, em Três Rios (RJ).
Quem trouxe a idéia foi a empresa TY-Y Expedições, no início da década de 80. Atualmente, existem mais de 50 operadoras de rafting em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Pará, Amazonas, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul.
Rafting
Em que consiste?
Rafting consiste em seguir o curso de um rio através de suas quedas e rápidos num raft insuflável. Em cada raft podem ir de 2 a 10 pessoas mais o guia. É nesse Raft que os participantes irão descer o Rio, por entre rochas e rápidos, umas vezes calmamente outras nem por isso.
Praticar rafting num fim de semana requer alguns procedimentos básicos, geralmente dados pelo instrutor responsável no local de descida do rio. É ele quem vai na parte de trás do raft, transmitindo comando aos remadores.
Esses remadores vão participar ativamente na “condução” do Raft, seguindo à risca as indicações do Guia. O grupo a bordo do raft deve estar atento às instruções do líder e remar em sincronia. Ninguém fica parado pois são vocês que determinam a direção que este toma. Se assim não o fizerem correm o risco de irem para em cima de uma rocha ou até mesmo virar a embarcação.
Quedas do raft acontecem. Os instrutores orientam as pessoas a ficarem em numa posição de forma a ajudar o resgate, pelo cabo do remo ou por uma corda. O raft também pode virar, o que requer ainda outras técnicas para voltar à posição normal.
Lembramos que rafting é um desporto de equipe, onde todos remam e participam ativamente na condução do raft. É uma atividade de carácter físico mas também exige muita coordenação e espírito de equipe para levar o Raft a bom porto.
Os rios e a sua classificação
Os rios são classificados, de acordo com a sua dificuldade, de I (fácil) a VI (sobrevivência duvidosa). A classificação depende da velocidade da água, do percurso e do volume de água do rio, por isso, o mesmo rio pode ser mais emocionante na época de cheia do que em época seca.
Os noviços podem aventurar-se em rios de nível I ou II, sem guias, mas os segmentos classificados entre os níveis III e V requerem uma grande perícia e experiência, ou então requerem pessoas experientes e profissionais para liderarem a descida. O nível VI é a derradeira experiência.
Tipos de Embarcações
Diferentes rios e níveis de água requerem uma variedade de barcos.
O típico Raft insuflavel varia entre os 4 e os 5 metros e meio, e transporta entre os 4 e os 10 passageiros. Feito de um material resistente chamado hypalon (tecido de fibra de poliester, revestido com borracha de neoprene, altamente resistente à abrasão. Algumas marcas utilizam também revestimentos de PVC ou uretano).
O Raft é escolhido de acordo com o nível do rio; um raft muito pequeno pode não ter muita estabilidade em alguns locais, por exemplo.
Existe o denominado Kayak-Raft, também insuflável, que mede 1m de largura e 3 de comprimento. Flexível e bastante manobrável, é estável e fácil de controlar.
O Kayak, é característico pelo seu peso muito leve, pela elevada capacidade de manobras e é feito de PVC (plástico). Mais pequeno, mais eficiente nos movimentos e de resposta quase imediata às nossas “ordens” do que as canoas, o Kayak permite ao remador a liberdade de “surfar” nas ondas, brincar nos rápidos e rodar sem se afundar.
O Safety kayak é utilizado em rios de nível acima de III, em que um kayak fica em local estratégico para dar apoio em caso de resgates e acidentes.
Material aconselhado
Todas as pessoas dentro do raft usam coletes salva-vidas, capacetes e remos, sendo sempre acompanhadas por um guia experiente.
Pagaia: Pode ser de plástico, com cabo de alumínio, ou de fibra de carbono. O verdadeiro nome é “remo pá India” mas, para facilitar e porque a maioria dos atuais guias de Rafting, são canoistas de águas bravas, utiliza-se o nome de pagaia.
Capacete e colete salva-vidas: Utilizados para garantir maior segurança aos praticantes. Em rios de nível mais elevado, protegem contra o impacto em rochas, árvores e afins.
O colete é também um óptimo acessório de resgate, pois a zona dos ombros é especialmente reforçada para se poder agarrar a pessoa e recolhê-la para o interior do Raft. Para além disso os coletes utilizados são de fecho à frente, pois em caso de necessidade de fazer RCP (Ressuscitação Cardio-Pulmunar) basta abrir o fecho em vez de “despir” a pessoa pela cabeça. Se tal acontecesse poderiam perder-se segundos preciosos.
Fato e sapatos de neoprene: Protegem contra o frio e escoriações, em caso de queda do raft. Mantêm a água que entra no seu interior, à temperatura do corpo. Isto é bastante importante em caso de longa exposição à água fria, pois aumenta consideravelmente o tempo de resistência que o corpo tem para não entrar em hipotermia.
Cabo de resgate: Trata-se de uma corda, de aproximadamente 20 metros, utilizada para resgates no caso de alguém cair do raft. Esta corda é feita de material flutuante, para que o “náufrago” a veja com facilidade. Uma das suas pontas é o guia que a mantém, enquanto a outra está amarrada num saco de cores berrantes, para facilitar a sua visão e o seu lançamento. Para além do cabo, pelo menos um dos raft’s que efetua a descida, deve levar um kit de primeiros socorros completo.
Os rios são avaliados em seis níveis de dificuldades:
Nível I: Água corrente com pequenas ondas . Pouca ou nenhuma obstrução.
Nível II: Corredeiras fáceis com ondas de até 1 metro, altas e largas. Passagens claras e óbvias mesmo sem reconhecimento por terra. Algumas manobras básicas são necessárias.
Nível III: Corredeiras com ondas altas e irregulares. Passagens estreitas que podem requerer manobras complexas. Pode ser necessário reconhecimento pela margem.
Nível IV: Corredeiras longas e difíceis com passagens estreitas que em geral requerem manobras precisas em águas muito turbulentas. Um reconhecimento pela margem é geralmente necessário e as condições de resgate podem ser difíceis.
Nível V: Corredeiras extremamente difíceis, longas e muito violentas. Passagens obrigatórias. Reconhecimento mais que necessário pela margem e montagem de esquema de segurança.
Nível VI: Dificuldade do grau V levados ao extremo da navegabilidade. Quase impossível e muito perigoso. Apenas para pessoas altamente experientes, após um estudo cuidadoso com todas as precauções tomadas.
A história do rafting no mundo e no Brasil
Rafting
O rafting foi descoberto em 1869, quando John Wesley Powel organizou a primeira expedição no rio Colorado, EUA, em barcos com remo central.
No começo, os aventureiros não possuíam nenhuma técnica para manobrar rígidos barcos nas corredeiras, e tiveram problemas de capotamento e choques com pedras.
Em 1885, o aventureiro Huckleberry Finn, do livro de Mark Twain, exclamou: não há casa como um raft durante sua viagem pelo rio Mississsppi.
Em 1896, Nataniel Galloway revolucionou as técnicas de rafting colocando o assento do bote virado para a frente e encarando as corredeiras.
Finalmente em 1909 foi realizada a primeira viagem de rafting com finalidade comercial, pela Julios Stones Grand Canyon.
Durante os anos 60 e 70, o esporte passou por um período de hibernação. Em 1980 surgiu o bote self bailer que, aliado à novos materiais mais leves e resistentes e à novos modelos, deu grande impulso ao esporte.
Hoje existem mais de 500 companhias de rafting nos EUA, e outras 1000 espalhadas pelo mundo.
Há também um grande número de pessoas que possuem seus próprios botes e descem rios por conta própria, só pela adrenalina.
O rafting no Brasil
No Brasil, a história do rafting é bem mais recente. Os primeiros botes para corredeira chegaram em 1982, quando foi montada a primeira empresa brasileira, a TY-Y Expedições, que no início operava no rios Paraíba do Sul e Paraibuna, ambos em Três Rios (RJ).
Alguns anos mais tarde, no final de 1990, surgiu a primeira empresa especializada em rafting no país, Canoar Rafting e Expedições.
A partir de 1993 surgiram novas empresas e hoje existem mais de 30 espalhadas pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.
Modalidades
Tanto o campeonato nacional como o internacional é composto pelas seguintes modalidades:
Tiro de Velocidade
Largada individual dos botes que percorrem uma distância de 300 500m de preferência em corredeiras. Tem a menor pontuação da competição e define a ordem de largada da próxima prova. Esta prova é uma etapa classificatória para a prova de Sprint. A equipa desce um determinado trecho, sozinha, e tenta chegar ao final do percurso no menor tempo possível. Existem duas descidas para verificar o melhor tempo;
Sprint Paralela
Dois times competem simultaneamente um contra o outro em um sistema de eliminatória. Os vencedores de cada dupla seguem competindo até sobrarem somente dois times que disputam a liderança desta prova.
Também é uma prova em corredeiras e de curta distância. Da classificação de Tiro de Velocidade são montadas as baterias do Sprint, ou seja, duas equipas descem o rio ao mesmo tempo. É uma única possibilidade de ver qual é a melhor equipa. assim, a que vencer esta “corrida”, é classificada para as outras baterias, até chegarem às provas de oitavas-de-final, quartas e semifinais.
Slalom
O Slalom é uma prova técnica que consiste na passagem das chamadas Portas com menor número de penalidades e no menor tempo possível. As Portas são balizas de cor vermelho ou verde pendurados em cabos sobre as corredeiras do rio. A cor das balizas indica a direção a serem tomadas pelo bote e um toque na baliza indica penalidade em forma de segundos. Portas com balizas móveis são montadas em cabos que atravessam o rio numa altura que permita ao bote passar por dentro delas. Assim, os botes têm de fazer o percurso das portas verdes, chamadas “frente” (passar no sentido da corrente) ou vermelhas, chamadas de remonta (passar no sentido contrário à corrente). A cada toque nas balizas ou se o bote passar fora de alguma delas a equipa perde pontos. Pontua mais a equipa que fizer o percurso em menor tempo, com menos penalizações.
Descida
A modalidade Descida é a mais exigente de todas e, portanto, a que soma o maior número de pontos no sistema de avaliação. A duração total de uma descida deve ficar num intervalo de tempo de 20 a 60 minutos, dependendo das corredeiras e acesso ao rio. A largada da corrida deve ser em grupos de 4 ou mais botes, o que garante muito emoção para o competidor como para o espectador.
Além dos campeonatos nacionais que hoje reúnem em média 25 equipes, existem campeonatos estatuais em vários estados e campeonatos amadores, promovidos pelas empresas de Rafting.
É a prova que vale mais no rafting. O Descenso é uma longa descida, em média de 20 a 30 km com todas as equipas a participarem ao mesmo tempo. É nesta prova que os atletas estão mais concentrados na remada, na força individual e de equipa e no espírito de coletividade.
As equipas partem em baterias de quatro equipas, com intervalos de um minuto, dependendo da pontuação obtida até então. Como é a prova que mais valoriza a pontuação da equipa (400 pontos) muitas vezes é decisiva na conclusão do campeonato.
Técnicas de Rafting
Rafting
Remansos: podem tanto aparecer no meio do rio, atrás de pedras, de refluxos ou em regiões de transição de corrente, como nas margens dos rios. São regiões onde a água pode estar parada, agitada ou até em direção contrária ao rio.
Refluxos: são movimentos pelos quais a água passa sobre um obstáculo ou um ponto de desnível e cai em um buraco, ou em um platô, provocando movimentos de turbulência no sentido contrário à corrente.
Tipos de refluxos
Abertos: são os menos perigosos, pois a formação em “U” possibilita alcançar correntes no sentido e se desprender ou ainda sair pelas laterais
Retos: formam-se normalmente depois de barragens e em formações perfeitas. Alguns podem ser difíceis de se transpor pelo centro, mas sempre é possível se buscar as laterais para se sair. É necessário alertar sobre os refluxos após represas, pois eles representam um dos maiores perigos dos esportes de águas brancas, devido a formação perfeita dos movimentos rotatórios da água que não abre brecha para uma escapatória. Sendo assim devem ser evitados e não devem ser transpostos.
Fechados: com formação em “V”, representam um perigo maior, pois a tendência é sempre voltar para o centro, restando apenas escapar pelo centro o que se torna muito difícil.
Diagonal: se forma na diagonal do rio e são fáceis de se sair
Classificação dos Rios
Os Rios são divididos em 6 classes que variam de I a VI ,de acordo com seu perigo e dificuldade. As corredeiras de maior volume tem como característica a grande quantidade de ar misturado a água, que somado ao movimento irregular da correnteza, dificulta muito a flutuação. As corredeiras com menor volume de água, em alguns casos também podem apresentar baixa flutuação e tem o agravante das pedras, que ficam mais expostas e aumentam o risco de impacto.
Classe I: Para novatos. A correnteza é leve, com poucos obstáculos. Podem haver pequenas ondas.
Classe II: Para iniciantes. Corredeiras fáceis com ondas acima de 1 metro de altura e largura, lisas e estáveis. Canal aberto com caminhos óbvios. Não há necessidade de fazer o “Scoult”(caminhar pela margem do rio para definir o melhor trajeto). Há necessidade de conhecimentos básicos.
Classe III: Para intermediários. Corredeiras com ondas altas e irregulares, passagens estreitas que requerem manobras mais complexas. Fácil de capotar.
Classe IV: Para avançados. Corredeiras geralmente longas e difíceis, com passagens que requerem manobras precisas em águas muito turbulentas. É necessário realizar o “Scout”. O resgate se torna mais difícil.
Classe V: Para avançados. Corredeiras extremamente difíceis, muito violentas e geralmente longas. Passagens obrigatórias. É imprescindível o “Scolt” e os participantes que querem descer devem ter experiência em resgate . Deve-se montar sempre um esquema de segurança com os companheiros nas margens do rio nos pontos mais perigosos, todos munidos de equipamentos de segurança como cordas de salvamento e mosquetões.
Classe VI: Para extremos. Dificuldades iguais aos da classe V, mas com condições de navegabilidade extremas. Deve ser descida apenas por equipes altamente experientes e todas as precauções devem ser tomadas.
Botes: Formato oval, com tubos divididos por anteparos em 04 compartimentos independentes, para continuar flutuando mesmo furado.Cada compartimento possui uma válvula válvulas similares, funciona pressionando e girando a peça interna.As Bisnagas são tubos inflados que cruzam o bote, sua função é manter distância entre os tubos principais e fixação dos tripulantes.O fundo é inflável e auto-esgotante, existem furos por onde a água escoa para fora do bote.Possui anéis “D” para fixa corda externa ao bote e equipamentos internamente.Os finca pés são peças com formato anatômico para fixação dos pés colados no fundo do bote.
Finca-pé: Os finca pés são peças com formato anatômico para fixação dos pés colados no fundo do bote.
Remos: equipamento de propulsão, possui uma cruzeta ou empunhadura, serve para controlar o ângulo da pá e segurar o remo com mais firmeza.
Coletes salva-vidas: Seu material de flutuação deve ser de espuma de células fechadas, revestida de material resistente como nylon ou cordura e devem possuir uma combinação de fecho de nylon com fitas e ziper.
Corda de resgate: É composta de um saco de nylon e uma corda maleável acomodado em seu interior. Este equipamento deve estar sempre próximo do guia. O segredo para o bom funcionamento deste equipamento é a maneira correta de se colocar a corda na sacola.
Mosquetões: ferramentas de uso múltiplo usadas para prender equipamentos ou cabos e podem substituir roldanas em resgates com cordas.
Faca: pequena presa ao colete, é extremamente importante par emergências
Flip-line: fita tubular de 5 à 7mm presa a cintura com duas voltas, possui duas argolas feitas da dobra da fita uma em cima da outra lacradas através de costura.Possui múltiplas funções como desvairar o bote, ancorar bote ou uma redução.
Roldana: facilita reduções para resgate e encalhes.
Apito: é um equipamento que realmente chama a atenção e pode ser utilizado para sinalizar vários tipos de situação.
Scout:
1- Caminhe: pela margem do rio até ter completa visibilidade da corredeira.
2- Analise: se é possível passar e se não existe um risco muito grande. Nesta fase é importante que todos os que vão descer estejam cientes das dificuldades e optem por descer ou não.
3- Formule: o plano de descida, a linha a ser seguida, as manobras a serem executadas e lembre de traçar um plano alternativo caso algo dê errado.
4- Execute: o plano com convicção. Portagem: algumas corredeiras devem ser evitadas por serem perigosas ou em determinados níveis se tornarem perigosas,para isso se realiza a passagem por fora do rio caminhando e carregando os equipamentos
Se o bote capotar:
1- Garanta a sua segurança, mantenha- se em condições.Não solte seu remo.
2- Cheque imediatamente se não há alguém em pânico ou em perigo extremo, se isso ocorrer proceda imediatamente o salvamento desta pessoa.
3- Desvire o bote o mais rápido possível, conectando sua Flip-line no cabo externo do bote, fique de pé sobre o tubo oposto ao clipado e provoque o giro do bote.
4- Inicie o resgate pela pessoa mais próxima (ela vai poder ajudá-lo), e depois passe para os que estão mais longe.
5- Se outra corredeira estiver se aproximando proceda o resgate mesmo com o bote virado.
Dica: neste momento o que vale é o bom senso, as regras são apenas um roteiro que pode ser mudado.
Nadando: Caso você ou um passageiro caia na água a primeira atitude é ficar em posição de natação. Pés para frente para se proteger de impactos contra pedras. Mantenha os braços no peito mas solte-os para manter ou mudar a sua direção. Procure não soltar o remo e depois de estabilizada a situação tente ir para a margem nadando de costas ou até de frente se o local permitir .
Recomendações importantes: Nunca tentar ficar em pé na correnteza, pois o pé pode ficar preso entre duas pedras. Não ficar em pé na água em hipótese alguma.Quando cair na água relaxar.
Resgate com corda: A corda de resgate é um equipamento extremamente útil em um resgate, mas seu uso não é tão simples como parece.
Lançando o cabo: O primeiro passo é tentar o contato visual com o nadador, e gritar para ele “CABO”. Outro ponto crucial é encontrar uma posição quando na margem (A), levando em conta a força da corrente e a característica do terreno. Ficar perpendicular em relação ao nadador e a corrente facilitam o resgate.
No lançamento acerte o alvo no primeiro arremesso, levando-se em conta a corrente e outros obstáculos que possam dificultar o arremesso. Nunca lance o cabo no desespero. Sempre que terminar o resgate , recolocar a corda imediatamente na sacola, de maneira a estar pronta para outro resgate principalmente se você estiver no bote, pois cabos soltos são muito perigosos.
Dica: sempre lance o cabo abaixo do nadador, pois a corrente da superfície é mais lenta e o nadador chegará até a corda. Treine os arremessos em terra, em alvos fixos.
Recebendo o cabo: Caso você receba uma corda de segurança segure a corda por cima do ombro para que a cabeça não fique dentro da água e ajude batendo as pernas nadando de costas.
Encalhe: No caso de um encalhe a primeira atitude é estabilizar a situação, a tripulação deve estar se possível em local seguro e o bote estabilizado. A partir daí se iniciam os procedimentos para o desencalhe.
Analise a situação, verifique para que margem o bote está virado, quais obstáculos estão abaixo, qual a facilidade para ancoragens, qual a direção será mais fácil para remoção.Escolha um líder e inicie a operação conectando uma corda no bote. Proceda com muito cuidado para não ser arrastado pela corrente, quando colocar a ancoragem.Alguns sistemas de resgate produzem uma força tremenda que os anéis “D” não suportam. Considere outros pontos de ancoragem como o fundo , os tubos ou distribua a carga em vários anéis”D”.
Técnica de Remada
Remada e frente: Para um bom rendimento é fundamental que a pá fique inteira dentro da água. O movimento inicia-se bem a frente terminando ao lado do corpo. Deve-se usar o tronco para auxiliar na remada, através do movimento rotatório.
Remada em ré: Utiliza o mesmo princípio, só que remando ao contrário e com as costas da pá.
Remada alternada: Com a ajuda de toda equipe é possível girar o bote rapidamente através dos comandos direita ou esquerda ré. Quando se pede este comando o lado oposto continua remando frente. Exemplo: Direita ré / Esquerda frente.
Varredura: Serve para mudar a direção do barco. Coloque o remo o mais horizontal possível, sem tirar a pá da água e dê uma remada ampla e forte. Funciona muito quando se quer mudar de direção sem a ajuda dos passageiros ou quando se tem que fazer uma correção maior.
Comandos
Os comandos são dados pelo instrutor ou quem guia o bote de acordo com a manobra necessária. É fundamental que todos remem coordenados, acompanhando os dois remadores posicionados na frente do bote ( responsáveis pelo ritmo) sempre prestando atenção um ao outro .
Os comandos de remada são cinco:
Frente: todos no bote remam em frente.
Ré: todos no bote remam em ré.
Direita ré: as pessoas do lado direito do bote remam em ré, os da esquerda em frente.
Esquerda ré: as pessoas do lado esquerdo do bote remam em ré, os da direita em frente.
Parou: todos devem parar de remar sem soltar o remo, principalmente a mão que segura a cruzeta.
Outros comandos utilizados são:
Piso: todos devem se ajoelhar ou sentar dentro do bote mas devem continuar remando. Este comando serve para dar maior estabilidade no bote, geralmente utilizado em quedas grandes.
Peso à direita ou à esquerda: Caso o bote suba de lado em alguma pedra, os tripulantes devem se colocar no lado mais alto do bote .
Quando o bote encalha e tende a virar deve-se mudar todo o peso para o lado mais alto do bote. Se for possível antecipe a manobra.
Técnicas em corredeiras: O primeiro passo é como se localizar no rio. Sua localização sempre é definida pelo sentido da correnteza. À direita ou à esquerda são sempre em relação à correnteza e não à sua posição.(A) Rio Acima, (B) Rio Abaixo, (C) Margem direita, (D) Margem esquerda
Inércia: O bote mais as pessoas, formam um conjunto muito pesado que cria uma inércia muito grande, e que deve ser considerada na hora da manobra. Quanto maior a velocidade maior a inércia, logo procure sempre diminuir a velocidade do bote e antecipar ao máximo a manobra para que a inércia não o leve para fora de sua linha provocando um capotamento ou um encalhe.
Manobras principais: Existem duas manobras principais utilizadas para descer um rio. Estas manobras tem uma série infinita de combinações e nomes para estas variações, mas vamos apresentar apenas as principais .
Ferrying: É utilizado para se movimentar lateralmente dentro do rio ou atravessar uma corredeira sem que o bote desça o rio. A posição do bote em relação a corrente deve ser estabelecida de acordo com o sentido da corrente e o ponto a onde se quer chegar. De acordo com a velocidade da água e os obstáculos no caminho pode se optar em executar o ferrying, de frente de ré.
Giro: É muito utilizado para auxiliar nas manobras no meio das corredeiras. Através de remadas a ré e a frente, alternadas entre o lado direito e o esquerdo, o bote gira rapidamente desviando de obstáculos, e se posicionando para tomar uma nova direção inclusive para se fazer um ferrying rapidamente.
Fonte: oradical.uol.com.br/360graus.terra.com.br/mitsubishi.webventure.com.br/www.trilhaecia.com.br
Redes Sociais