16 de Maio
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No Brasil, os garis são os profissionais da limpeza que recolhem o lixo das residências, indústrias e edifícios comerciais e residenciais, além de varrer ruas, praças e parques. Também capinam a grama, lavam e desinfetam vias públicas.
Gari
Em Portugal, eram conhecidos como almeida, em homenagem a um cidadão com Almeida no nome que foi diretor geral da limpeza urbana da capital portuguesa.
O nome gari também é uma homenagem a uma pessoa que se destacou na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro – o francês Aleixo Gary.
HOMENAGEM A GARY
O empresário Aleixo Gary assinou contrato em 11 de outubro de 1876 com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade do Rio de Janeiro.
O serviço incluía remoção de lixo das casas e praias e posterior transporte para a Ilha de Sapucaia, onde hoje fica o bairro Caju.
Ele permaneceu no cargo até o vencimento do contrato, em1891.
Em seu lugar, entrou o primo Luciano Gary.
A empresa foi extinta um ano depois, sendo criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da Cidade, cujos serviços deixavam a desejar.
Em 1906, a superintendência tinha 1.084 animais, número insuficiente para carregar as 560 toneladas de lixo da cidade.
Assim, da tração animal passou-se à tração mecânica, e depois ao uso do caminhão.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Dia do Gari
16 de Maio
Dia do profissional da limpeza
Viver em uma cidade de ruas limpas e conservadas é desejo de todos. Mais que isso, é direito de cada cidadão. No dia do Gari – 16 de maio – a Turma do Plenarinho aproveita para mandar um abração de agradecimento para esse profissional que cuida desse nosso direito.
Afinal, é ele que cuida das cidades e também da nossa saúde. Por que da nossa saúde? Porque todos sabem que em ambiente limpo, dificilmente os bichinhos transmissores de doenças sobrevivem. Eles gostam mesmo é de sujeira!
A profissão
Sabia que a profissão de gari surgiu no tempo do Império, na cidade do Rio de Janeiro? Tudo começou quando um empresário chamado Aleixo Gary assinou contrato com o governo para organizar o serviço de limpeza das ruas e praias da cidade.
De lá pra cá, os coletores de lixo trabalham todos os dias com seriedade e dedicação, apesar da profissão ser árdua e da jornada de trabalho ser sacrificante. Faça chuva, faça sol, lá estão os profissionais da limpeza recolhendo o lixo das residências, indústrias e edifícios comerciais e residenciais, varrendo ruas, praças e parques. Também capinam a grama, lavam e desinfetam vias públicas. Ufa!!
Coleta seletiva
Mas sabia que a gente pode facilitar a vida do gari e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente? Como? Simplesmente separando o nosso lixo de cada dia. Isso se chama coleta seletiva. Veja o que disseram os garis que trabalham na Câmara sobre esse assunto. Eles foram entrevistados pela Xereta, nossa repórter de plantão.
O coletor Carlos Alberto de Brito, 39 anos, casado, sem filhos, trabalha há 9 na profissão. Ele é um dos responsáveis pelo recolhimento do lixo de um dos edifícios da Câmara, o Anexo IV, onde ficam os gabinetes dos deputados. “Nós trabalhamos em equipe para não sobrecarregar ninguém”. Ele contou ainda à nossa repórter que é muito bem tratado por todos os funcionários do local, que têm cuidado na hora de separar e embalar o lixo. “Desde que começou a coleta seletiva na Câmara, melhorou muito o nosso trabalho”, contou Carlos.
A coleta seletiva é importante porque se aprende a separar e embalar o lixo. Um coletor pode se cortar enquanto está pegando o lixo, por isso é preciso ter cuidado com a forma de embalar vidros e outros materiais cortantes, lembra Pedro dos Santos Pereira, outro coletor da Casa, de 38 anos, casado e pais de dois filhos. Ele também trabalha na Câmara há 9 nove anos. O pedido dele é que as pessoas se conscientizem da importância da separação correta do lixo. É preciso separar o lixo em casa também. A preservação do meio ambiente começa na coleta feita de maneira adequada”.
Assim como os colegas, Rejeane Dias, 27 anos, trabalha das 7 às 11 horas e das 13 às 16 horas, no Eixo Monumental bem em frente ao Congresso Nacional. Ela limpa as calçadas da Esplanada dos Ministérios. Sem filhos, conta que se tornou gari para ajudar o marido com as despesas. Trabalhar com sol e chuva não é problema, mas enfrentar o desrespeito das pessoas admite ser muito complicado. Quando estamos limpando tem gente que está perto da lixeira e joga o lixo na rua, dizem que somos pagos para limpar, e que se não sujarem a gente perde o emprego. Uma vez atiraram uma ponta de cigarro em uma colega, lembra.
É, galera, com respeito e com o lixo separadinho é possível fazer muita coisa. Uma delas é reutilizar materias descartados (jogados fora). Isso se chama reciclagem.
Reciclagem
Desde 2004, a Câmara transfere seus papéis e plásticos usados para a Associação de Materiais Recicláveis de Brasília (Brascicla). A venda do material para reciclagem é transformada em renda para cerca de 300 catadores de lixo do Distrito Federal.
A reutilização do material é muito importante, não apenas para diminuir o acúmulo de lixo, como também para poupar a natureza. Veja como fazer a coleta seletiva e dar a sua parcela de contribuição na preservação do meio ambiente.
Passo a passo
1. Procure o programa organizado de coleta de seu município ou de uma instituição, entidade assistencial ou catador que colete o material separadamente. Veja primeiro o que a instituição recebe. Não adianta separar, por exemplo: plástico, se a entidade só recebe papel.
2. Para uma coleta de maneira ideal, separe os resíduos em não-recicláveis e recicláveis e dentro dos recicláveis separe papel, metal, vidro e plástico.
3. Veja exemplo de materiais recicláveis:
Papel
Jornais, revistas, formulários contínuos, folhas de escritório, caixas, papelão, etc.
Vidros
Garrafas, copos, recipientes.
Metal
Latas de aço e de alumínio, clipes, grampos de papel e de cabelo, papel alumínio.
Plástico
Garrafas de refrigerantes e água, copos, canos, embalagens de material de limpeza e de alimentos, sacos.
4. Escolha um local adequado para guardar os recipientes com os recicláveis até a hora da coleta. Antes de guardá-los, limpe-os para retirar os resíduos e deixe-os secar naturalmente. Para facilitar o armazenamento, você pode diminuir o volume das embalagens de plástico e alumínios amassando-as. As caixas devem ser guardadas desmontadas.
Outros produtos
Garrafa pet transformada em miniestufa
Sabia que os objetos reciclados não são transformados nos mesmos produtos? Por exemplo, garrafas recicláveis não são transformadas em outras garrafas, mas em outros materiais, como enfeites, solados de sapato e até vaso de plantas (foto).
Cuidados
A reciclagem aumenta o tempo de vida útil de um material, porém é preciso ter cuidado ao usar material reciclado. Ao se reciclar o papel, por exemplo, pode ser contaminado porque suas fibras diminuem, tornando-o impróprio para embalagem de alimentos ou medicamentos.
Por tudo isso, além de guardar de forma limpa e organizada os produtos recicláveis e usá-los da maneira correta, o mais importante é evitar o consumo exagerado e desnecessário de produtos que provocam a destruição de recursos naturais, e cujo descarte poluem o meio ambiente. O melhor mesmo é economizar a natureza.
Fonte: www.plenarinho.gov.br
Dia do Gari
16 de Maio
Introdução
Estudos realizados com os coletores de lixo ou garis apontam para importância do trabalho desses profissionais tanto para a saúde e bem estar da sociedade civil, como para as questões de saneamento básico de uma cidade e o embelezamento da mesma. Mas também sabemos, o quanto essa classe de trabalhadores é desvalorizada, realizam suas atividades de trabalho de uma forma árdua, sujeitos a todos os tipos de intempéries climáticas, com mínimas condições de trabalho, expostos constantemente aos mais variados tipos riscos e preconceitos. (SANTOS, 1999)
Os coletores de lixo ou Gari, ou ainda vulgarmente conhecidos como lixeiros, são os profissionais responsáveis pelo recolhimento de lixo acumulado em logradouros públicos e outros locais, despejando-os em veículos e depósitos apropriados, a fim de contribuir para a limpeza destes locais. (Classificação Brasileira de Ocupações CBO, 1982). Porém, em nosso estudo iremos utilizar terminação Gari, para denominar não só os coletores de lixo domiciliar/industrial, mas também os responsáveis pela varrição das vias e praças públicas (setor da varrição), pela capina das ruas, por podar árvores ornamentais, realizar trabalhos de jardinagem, manter terrenos e passeios de propriedade do Patrimônio Público Municipal, cultivar canteiros de praças e jardins públicos (setor da capina); selecionar o lixo no depósito de reciclagem (usina de reciclagem), retirar animais abandonados das ruas e mantê-los sob cuidados no canil (setor do canil).
Os Garis estão sujeitos a altos riscos de acidentes de trabalho e a uma alta carga de trabalho que exige desses profissionais grandes esforços físicos e mentais, trazendo desse modo, danos a sua saúde e a um baixo rendimento no trabalho, conforme mostra a revisão bibliográfica exposta a seguir.
Em um estudo realizado por Madruga (2002), sobre as cargas de trabalho encontradas nos coletores de lixo, constatou-se que esses trabalhadores estão expostos a uma carga psíquica constante relacionada a uma atenção permanente exigida nas tarefas, a insegurança, a falta de perspectiva, um ritmo diário de trabalho que se torna desgastante, a falta de reconhecimento, falta de valorização, irritação em relação ao ruído constante, assim como desgastes físicos e emocionais, devido a exposição ao perigo e exigência da responsabilidade na tarefa.
Santos (1994) sobre condições de saúde e trabalho dos coletores de lixo da cidade de São Paulo assinalou que no sistema de coleta de lixo existem condições inadequadas e insalubres, exposição a acidentes de trabalho, e que havia, também, pontos positivos, como a questão da liberdade, do coleguismo e da antecipação da jornada diária de trabalho, daí a ambigüidade, ou seja, parte do principio de que esta atividade pode ser fonte, tanto de prazer quanto de sofrimento.
No estudo de Santos (1994) os coletores apontaram dez grandes distúrbios aos quais estão sujeitos: problemas de pele, problema auditivo, problemas no trato urinário ou de necessidades, leptospirose, tétano, Aids, problemas respiratórios ou pulmonares, problemas nos músculos esqueléticos, nervosismo e preocupação e distúrbios no aparelho digestivo. Os problemas de nervosismo e preocupação estão relacionados a problemas de cabeça, dores estomacais, dores de cabeça, pressão alta e são associados ao ritmo de trabalho, a pressão das empresas, as precárias condições de vida e principalmente ao estar trabalhando e estar desempregado. Relacionam muitas de suas doenças a ansiedade que sentem em algumas situações, como o medo do desemprego.
Diante dessas informações podemos verificar os vários tipos de tensões, esforços, desgastes físicos e psicológicos oriundos da profissão de gari. Os dados oferecidos por essa revisão bibliográfica nos fazem pensar na possibilidade de existir nessa profissão consideráveis níveis de stress.
Fonte: www.virtu.ufjf.br
Dia do Gari
16 de Maio
História da Limpeza Urbana
Os povos da Antiguidade, enquanto viveram como nômades, não tiveram problemas de canalização de água, instalação de rede de esgoto e remoção de lixo. Roma, cidade fundada em 753 A.C., era dotada de serviço de esgoto e tinha a melhor rede de estradas da época, mas não dispunha de nenhum serviço de limpeza pública. Os romanos costumavam atirar seu lixo em qualquer lugar e já naquela época, os governantes colocavam placas com as inscrições “não jogue lixo aqui”. Em Londres, um edital de 1354 publicado na capital, dizia que o lixo deveria ser removido da frente das casas uma vez por semana. Embora várias leis zelassem pelo recolhimento do lixo, o método mais comum na época era a população jogá-lo nos rios.
No ano de 1407, os londrinos foram instruídos a guardar o lixo dentro de casa até ser levado pelo coletor. Esta forma de recolhimento durou cinco séculos sem mudanças. As autoridades, contudo, encontraram dificuldades em manter os regulamentos. Até mesmo o pai de Shakespeare foi punido, flagrado jogando lixo na rua em 1551.
As campanhas de limpeza pública não eram novidade em Paris. Os parisienses, ignorando os apelos governamentais, continuaram a jogar lixo nas ruas. Entre 1506 e 1608, Paris ficou conhecida como a cidade mais suja da Europa. Este problema só começou a ser superado a partir de 1919, quando 300 veículos circulavam na cidade para fazer a coleta. O uso obrigatório da lata de lixo, instituído pelo prefeito Poubelle, levou os franceses a adotarem o nome “poubelle” para as cestas coletoras.
Viena é até hoje conhecida como a cidade mais limpa da Europa, título conquistado desde a época do Império Austro-Húngaro. Por volta de 1340 em Boemia, na antiga Tchecoslováquia, já se estudava a melhor maneira de se limpar uma cidade.
Cada cidade, cada país, ao longo da sua história, se defrontou com a problemática do lixo. Cada qual deu sua solução para o problema, de acordo com seu desenvolvimento tecnológico, seus recursos econômicos e a vontade de resolver a questão.
No Brasil, aos olhos do Governador Mem de Sá, edificar a cidade em região aquosa, era um problema quase insolúvel que demandava gasto de muito dinheiro, tempo e engenharia.
No Rio do século XVI, dinheiro não se contava em notas de papel, mas em barras de melaço, a forma pela qual a cana de açúcar era beneficiada e exportada para a Europa. Foi exatamente nesta conjuntura, em que predominou o espírito mercantilista – o mínimo de investimento para o máximo de lucro – que o Rio de Janeiro começou a se formar como cidade. Edificada sem método e crescendo ao sabor das circunstâncias, sejam de ordem econômica ou outra ordem do momento, a cidade do Rio se desenvolveu sem preocupações que fossem além do futuro imediato.
Em 1760, a cidade chegava aos 30 mil habitantes. Nesta época, atirava-se lixo por todas as partes. Aqueles residentes próximos ao mar o jogavam na praia e os moradores vizinhos às lagoas, pântanos, ou rios, ali mesmo faziam seus despejos.
E assim cresceu o Rio, num quadro sanitário e de higiene que prenunciava uma crise. A manter-se a defasagem entre o ritmo de crescimento da população, da cidade e da melhoria de sua condição higiênico-sanitária, o século XIX iria assistir trágicas consequências desta crise.
Estruturação dos Serviços de Limpeza
A primeira postura da Câmara Municipal referente à limpeza, data de 1830, e curiosamente versava sobre: “limpeza, desempachamento das ruas e praças, providências contra a divagação de loucos, embriagados e animais ferozes e os que podiam incomodar o público”. Estas posturas eram basicamente normativas, isto é, definem proibições e estabelecem sanções quanto ao despejo de lixo nas vias públicas. No entanto, mesmo algumas dessas posturas já se traduzem num arremedo do que seriam os serviços de limpeza pública no futuro. Vários outros projetos e tentativas no que tange à limpeza da cidade pedindo concessões são apresentados à Câmara, a maioria deles indeferidos. Aqueles que não foram indeferidos acabaram antes de começar.
Aleixo Gary: Uma Revolução na Limpeza Urbana
Uma discreta notícia inserta na Gazeta de Notícias de 11 de outubro de 1876, sobre o novo contratante da limpeza urbana da cidade, deixa antever importantes mudanças na administração e execução do serviço de limpeza urbana. Aleixo Gary, francês de origem, inaugurava uma nova era na história da limpeza pública no Rio, apoiado principalmente em sua eficiência de trabalho.
Em 1885, o governo resolve contratar, provisoriamente, Aleixo Gary para o serviço de limpeza das praias e remoção do lixo da cidade para Ilha de Sapucaia, localizada no bairro chamado Caju. Aproveitando-se das circunstâncias, Gary tentou, com uma proposta, concentrar todo o conjunto de atividades da limpeza – logradouros, remoção do lixo das casas particulares, praias e transporte do lixo para Sapucaia – em suas mãos, isto é, monopolizar o setor.
Mas, sua proposta não teve sucesso, sendo recusada pelo governo. Gary no entanto, se mantém como responsável pelo serviço de limpeza na cidade e remoção de lixo para Sapucaia até 1891, data do témino do seu contrato. Nesse mesmo ano, Aleixo Gary se afasta da empresa deixando seu parente, Luciano Gary. No ano seguinte, porém a empresa parece ter sido extinta, pois em documento de 1892, o Ministério da Justiça se dirige ao Prefeito requisitando “O pagamento a Aleixo Gary e Cia de 232.238 contos de réis pelo qual o governo adquiriu o material de extinta empresa de limpeza”.
Cria-se a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da Cidade. Gary deixara marca na história da limpeza urbana pública no Rio de Janeiro. Tão forte foi a atuação desse empresário que os empregados encarregados pela limpeza, os lixeiros, passaram a ser chamados de “garis”.
Os serviços desta superintendência, no entanto, deixam a desejar. Os problemas se agravam e em 1897, a Prefeitura resolve contratar novamente serviços particulares, que por sua vez, não conseguiram cumprir com os seus contratos, o que faz então a prefeitura em 1899 retomar seus serviços de limpeza da cidade. Em 1904, a prefeitura compra o terreno da Rua Major Ávila, nº 358, na Tijuca, onde se localiza a sede da Comlurb. Em 1906, o serviço de limpeza urbana dispunha de 1084 animais, já insuficientes para a limpeza da cidade que produzia 560 toneladas de lixo. É assim que, a título de experiência, são adquiridos dois auto-caminhões. Seria o início da passagem do uso animal para o uso mecânico na coleta.
Século XX
No início do século XX, o Prefeito Pereira Passos, foi o primeiro governante a terminar o mandato, depois de muitos anos de crise na prefeitura.
Neste sentido, a estrutura organizacional dos serviços de limpeza urbana da cidade sofre grande transformação, passando de Superintendência Subordinada à Diretoria de Higiene à Superintendência Autônoma.
Os técnicos especialistas fizeram vários estudos para viabilizar o destino final do lixo. A construção de um grande forno foi motivo de debate nas décadas de 20 a 40, não se chegando a uma conclusão. Na década de 40, o processo mais usado é ainda o vazadouro no mar, nos aterros do Amorim e o do Retiro Saudoso (Caju).
Nesta época, os garis ganham os primeiros uniformes oficiais da prefeitura. Foram necessários 5000 uniformes. Também em 1940, a Diretoria Geral de limpeza pública e particular passa a ser o Departamento de Limpeza Urbana, DLU, subordinado à Secretaria de Obras.
Uma medida inovadora do DLU foi o uso dos caminhões coletores compactadores, até hoje utilizados, e a introdução do hábito de embalar o lixo em sacos por parte da população.
Ligado à mudança de hábitos e de consumo, um maior número de automóveis aparece nas ruas, criando um novo problema para a limpeza das calçadas e sarjetas devido ao uso indiscriminado destas para estacionamento. Problema aliás, que permanece até os dias atuais.
Em 1975, o Estado de Guanabara uniu-se ao antigo Estado do Rio de Janeiro. Esta fusão transformou a cidade do Rio de Janeiro em Município, capital do novo Estado. O antigo DLU passou pelo nome de Celurb, e, com a fusão, passou a chamar-se Comlurb, agora uma empresa da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Em 1996, mais de 100 anos após o surgimento da empresa Aleixo Gary e 20 anos depois da constituição da Comlurb, observa-se que o serviço de limpeza continua a ser um dos mais visados pela opinião pública.
Da coleta do lixo pela tração animal chegou-se à tração mecânica evoluindo para o caminhão e modernizando-se com a coleta semi-automatizada.
Do tonel em que os escravos carregavam o lixo, dos acondicionamentos improvisados, do uso dos sacos plásticos, passamos pelos latões, voltamos aos sacos plásticos e demos um salto para a modernidade com os contêineres de plástico usados atualmente na Europa.
Hoje as lagoas são tratadas. Sua limpeza é feita com barcos de alta tecnologia.
Do lixo jogado no chão, chegamos às papeleiras. São 30.000 em todo o município.
Das 560 toneladas de lixo produzidas na cidade chegamos a 8.300 t/dia.
E neste quadro, a figura do gari é a mais popular do Rio de Janeiro, com seu uniforme laranja e vassoura na mão.
Fonte: www.comlurb.rio.rj.gov.br
Dia do Gari
16 de Maio
O que é ser um gari?
O gari é o profissional responsável pela limpeza das ruas, praças, parques e vias públicas. O gari trabalha com uma vassoura especial, cuidando da higiene e recolhendo os detritos que as cidades produzem diariamente e não tratam. Esse profissional é muito importante dentro da sociedade, pois é o gari quem faz com que o lixo não se acumule nas ruas e nos bueiros, causando enchentes e permitindo a proliferação de bichos e doenças.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do ano de 2000, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), no Brasil são produzidas 228.413 toneladas de lixo por dia, e dos 5.507 municípios brasileiros, 5.475 possuem serviço de limpeza urbana, mas apenas 451 tem coleta seletiva e 352 tem sistema de reciclagem.
Quais as características necessárias para ser um gari?
Para ser um gari é necessário que o profissional tenha vontade de trabalhar e ajudar a sociedade crescer, além disso, outras características interessantes são:
Disposição
Responsabilidade
Pró-atividade
Gosto por servir
Agilidade e flexibilidade
Saber trabalhar em equipe
Qual a formação necessária para ser um gari?
Não há necessidade de uma formação mínima para ser um gari, o profissional precisa apenas dominar algumas técnicas de limpeza. É importante que o profissional esteja sempre disposto a se desenvolver, pois há empresas privadas que contratam funcionários para a limpeza e exigem cursos de especialização ou algum grau de estudo. Para ser um funcionário público, é necessário prestar concurso público. A seleção, geralmente, é feita por duas fases, a primeira é composta por uma prova de nível básico, e na segunda o candidato é submetido a uma avaliação física.
Principais atividades
Varrer ruas, praças e vias públicas Recolher dejetos jogados Trabalhar em equipe para realizar a limpeza da cidade e chamar uma equipe de limpeza mais pesada quando necessário Percorrer um caminho pré-determinado, recolhendo o lixo jogado Levar o lixo recolhido para o caminhão, que o leva para lugares preparados para receber esse lixo Participar de projetos e ações sociais de limpeza urbana Participar de projetos de reciclagem
Áreas de atuação e especialidades
setor público
A maioria dos garis que trabalha pela limpeza das cidades é contratado por algum órgão público, geralmente pelas prefeituras das cidades. É responsabilidade do governo manter a higiene e limpeza da cidade, portanto, nesse caso, os garis são funcionários públicos e responsáveis pela limpeza urbana
setor privado
Os profissionais de limpeza também podem ser contratados por empresas para prestar serviços de varrição e coleta de lixo. Nesse caso os profissionais são trabalhadores do setor privado e são responsáveis principalmente pela limpeza de dejetos comerciais
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para o gari é amplo, mais não tanto quanto poderia, pois por ser um serviço de utilidade social e saúde pública deveria ser mais incentivado e alvo de maiores investimentos governamentais. O setor público ainda é o que mais emprega, pois as grandes cidades demandam de muita mão-de-obra para recolher o lixo, que não é mandado diretamente para os aterros e lixões e fica jogado nas ruas. A reciclagem de lixo é outro fator que também deveria ser mais incentivado, a separação do lixo reciclável é importante tanto para a cidade, quanto para os profissionais que reciclam. A coleta seletiva e o reaproveitamento de materiais recicláveis podem facilitar o trabalho dos garis, deixando a cidade mais limpa e ainda movimentando a economia.
Curiosidades
O processo de decomposição do lixo na natureza é lento e o lixo trouxe problemas para as sociedades ao longo da história. O lixo produzido em excesso e o esgoto já causavam discussões desde a Roma Antiga, na Idade Média, a população urbana cresceu demais e as cidades não tinham estrutura de saneamento.
A mais grave doença causada pela falta de higiene nas cidades foi a peste negra, que atingiu toda a Europa e entre 1347 e 1351 causou mais de 25 milhões de mortes. Atualmente, a preocupação é ainda maior, pois a sociedade capitalista e consumista produz uma quantidade assustadora de lixo que não é tratado como deveria e acaba poluindo as cidades, a água, a atmosfera, etc. A reciclagem é a forma mais eficaz de combater a acumulação de lixo e promover a preservação ambiental.
Veja abaixo alguns motivos pelos quais deve-se reciclar o lixo
Uma única lata de refrigerante sendo reciclada representa a economia da energia gasta por uma televisão ligada durante 3 horas
Uma garrafa de vidro demora 5 mil anos pra se decompor
O reaproveitamento de latas rende US$ 30 milhões por ano
Uma lata demora 100 anos para se decompor
Uma tonelada de papel reciclado poupa o corte de 22 árvores e consome 71% menos energia elétrica
Uma tonelada de alumínio reciclado representa cinco toneladas de minério poupado
Para cada garrafa de vidro reciclada, é economizada a energia elétrica suficiente para acender uma lâmpada de 100 Watts por quatro horas
A reciclagem de 10.853 toneladas de vidro representa a economia de 12 mil tonelada de areia
No Brasil, cada habitante descarta 25 quilos de plástico por ano, cinco vezes menos que os americanos, os maiores consumidores do mundo
Fonte: www.brasilprofissoes.com.br
Dia do Gari
GARI NÃO É LIXO
Pense num trabalho ingrato e sujo!
Garis são esses homens que passam dia e noitevasculhando as ruas, à cata de entulhos.
Compenetrados, cabeças baixas, tentando esconder-se dos olhares de pessoas que passam, atentos ao que estão fazendo, no nosso benefício, eles apenas trabalham.
Sempre os encontramos, inclusive nos veículos coletores de lixo.
Mas eles passam despercebidos, como se fossem apenas sombras, pessoas excluídas e invisíveis, enfrentando intempéries, cães ferozes, perigos de contaminação com cortes de cacos de vidros e produtos ácidos, contaminações do lixo hospitalare outros tipos de desgraças, eles nos prestam um inestimável serviço.
Somos desatenciosos com esses laboriosos e silenciosos trabalhadores do nosso quotidiano.
Nunca nos aproximamos deles.
Vemo-los como se fossem portadores de doenças transmissíveipelo simples olhar, pelo sorriso, pelas mãos sujas e calejadas, pelas roupas surradas.
Não é tarefa fácil correr oito horas de dia ou de noite, no sol ou na chuva, atrás de um caminhão coletor do nosso lixo.
Pense na sua residência sem coleta de lixo!
Faça uma experiência. Deixe-a com lixo
acumulado durante apenas quinze dias.
Depois me conte o resultado.
Nunca os cumprimentamos, com medo de comprometermos nossa imunidade ou identidade pessoal.
Talvez eu até já tenha pensado: que me importa o lixeiro!
Entretanto, eles têm sentimentos, famílias, religiosidades, falam, sofrem, sorriem, sonham com uma vida melhor.
Têm fé e esperança nos seus corações de seres humanos.
Da próxima vez que você tiver oportunidade, dê um bom dia para o gari.
Este gesto não fará esse humilde trabalhador mais rico ou mais pobre, mas, asseguro que tocará direto no fundo do seu coração, por ter sido considerado uma pessoa. Por ter sua presença notada.
O gari é nosso irmão em Cristo, que nos quer todos irmãos.
Rivaldo Cavalcante
O GARI
O gari representa faxineiros e serventes… Em seu lugar, as máquinas não têm a eficiência. Se não feita pelo gari, a limpeza parece ausente. O trabalho simples, requer ordem e paciência.
Repare no gari: – Parece um ser “imantado”. Apesar do mérito de seu serviço, é mal remunerado. Sendo irrisório o seu ganho, sobrevive mal alimentado. Mas com todas as dificuldades, o gari é educado…
É uma educação vinda de berço e da sua criação. Com pouco estudo, o gari se sujeita à humilhação! No Brasil, o salário mínimo é sinônimo de fome, Que não sustenta a família e nem a um só homem!
Mais que um mero político, o gari merece respeito, Para ele, ser honesto e trabalhar correto é normal. Numa sociedade, os que assim procedem são aceitos. Pena não haver ganho digno ao trabalhador braçal, E, com todos os problemas, o gari leva à alegria geral !
Manoel de Almeida
Fonte: www.velhosamigos.com.br
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