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18 de Maio
Um museu é uma instituição pública ou privada, permanente, com ou sem fins lucrativos, servindo a sociedade e seu desenvolvimento e aberta para o público, que adquire, conserva, pesquisa, comunica, exibe ou exibe, para fins de estudo e educação, coleções de arte, científicas, entre outras, sempre com valor cultural, de acordo com o Conselho Internacional de Museus.
Os museus exibem coleções, isto é, conjuntos de objetos e informações que refletem algum aspecto da existência humana ou do meio ambiente. Esses tipos de coleções, quase sempre valiosas, existiram desde a antiguidade: nos templos foram mantidos objetos de culto ou oferendas que de tempos em tempos eram exibidos ao público para que ele pudesse contemplá-los e admirá-los. O mesmo aconteceu com os valiosos objetos e obras de arte coletados por alguns da aristocracia na Grécia e em Roma. Eles os deixaram expostos em suas casas, em seus jardins e orgulhosamente ensinaram seus amigos e visitantes.
18 de Maio
MUSEU, MEMÓRIA E CIDADANIA
Conceito de Museu e Museologia
Museus: do templo ao fórum.
A trajetória dos museus no Brasil: do século XVII ao XX. Os museus no mundo contemporâneo. A museodiversidade e a imaginação museal.
Museus: lugares de memória, de esquecimento, de poder e resistência. Museu, desenvolvimento e cidadania: a dimensão sociocultural, política e econômica dos museus. A Política Nacional de Museus.
PLANO MUSEOLÓGICO: IMPLANTAÇÃO, GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS MUSEUS.
Conceitos de museu e museologia. Conceitos de projeto, programa e plano museológico. O plano como trabalho coletivo: importância, vantagens e limites. Metodologia para elaboração e implantação do plano museológico. Identificação da missão institucional: finalidades, valores, metas e funções. Identificação de públicos e parceiros. Critérios para avaliação do plano museológico. O diálogo entre o plano museológico e a Política Nacional de Museus. Legislação e documentos institucionais: ata de fundação, decreto de criação, estatuto e regimento interno. Códigos de ética do Conselho Internacional de Museus e do Conselho Federal de Museologia.
ELABORAÇÃO DE PROJETOS E FOMENTO PARA A ÁREA MUSEOLÓGICA
Museu: dinâmica conceitual. Definição de museus adotada pela Política Nacional de Museus. Funções dos museus: preservação, investigação e comunicação. Projeto e fomento: conceitos básicos. O passo a passo para a elaboração de projetos. A importância do planejamento e da metodologia. A política de editais: exemplos práticos. Fontes de financiamento e captação de recursos. O papel das Associações de Amigos e de Apoio aos Museus.
AÇÃO EDUCATIVA EM MUSEUS
Teoria e prática da ação educativa em museus. Museus, educação e patrimônio: desafios contemporâneos. Antecedentes históricos da relação entre educação e museu. Ações educativas nos museus e correntes pedagógicas. Programas museus e escolas, museus e professores, museus e comunidades. Os museus e o ensino das artes, dos ofícios e das ciências. Museu, educação e cidadania: o compromisso social.
CONSERVAÇÃO DE ACERVOS
Os museus e suas funções. Conceitos de preservação, conservação e restauração. Breve histórico da preservação de bens culturais. Fatores de degradação: ação humana, condições ambientais, ataques biológicos e reações químicas. Documentação e conservação preventiva: elaboração de diagnóstico e plano de conservação. Procedimentos técnicos e rotinas de acondicionamento, manuseio, embalagem e transporte. Política de conservação de acervos.
GESTÃO E DOCUMENTAÇÃO DE ACERVOS.
Museu, Museologia e Museografia. A importância da documentação museográfica. Documentação e pesquisa nos museus. Processamento técnico, preservação e gestão da informação. A construção de bases de dados. Sistemas informatizados disponíveis no Brasil para tratamento de informações. Inventário e catalogação. A construção de redes de informação. Política de documentação: da aquisição ao descarte.
TREINAMENTO DE EQUIPES ADMINISTRATIVAS E DE APOIO
Museu: dinâmica do conceito. Diferentes tipologias de museus. Definição de museus adotada pela Política Nacional de Museus. Funções básicas dos museus: preservação, investigação e comunicação. Organogramas e funcionamento. O papel das equipes administrativas e de apoio. A imagem do museu e suas equipes. O caráter público dos museus. Serviços, usuários, beneficiários e bom atendimento. Cuidados básicos com os bens culturais. A importância do público e do trabalho comunitário. Qualidade do museu e qualidade dos serviços. Política de qualificação profissional.
EXPOGRAFIA
Conceitos de museu, museologia e museografia. O que é expografia. Exposição e comunicação museal. Tipologias de exposição. Exposições de curta, média e longa duração. A linguagem das exposições nos museus. Elementos e recursos expográficos: espaço, suportes, forma, cor, som, luz, texturas, imagens, textos e outros. Técnicas e materiais apropriados para exposição. O discurso expográfico. Exposição e conservação. As exposições e seus diferentes públicos. Diferentes processos de documentação e divulgação da exposição. Pesquisa e avaliação: usuários e beneficiários, resultados alcançados e impacto social das exposições.
ARQUITETURA EM MUSEUS
Conceitos de arquitetura e de museu. Arquitetura e conservação de acervos. A relação entre as funções dos museus (preservação, investigação e comunicação) e a arquitetura. Edifícios adaptados e edifícios construídos especialmente para museus exemplos. A relação entre as funções dos museus e a preservação dos edifícios históricos que os abrigam. Parâmetros básicos para conservação e acréscimos em edifícios e sítios de valor cultural. Componentes das edificações: sistemas construtivos, estruturas, instalações, equipamentos, parâmetros de segurança, acessibilidade e conforto ambiental. Organização espacial: fluxos, usos e serviços. Normatização vigente.
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE MUSEUS
Histórico da criação do Sistema Nacional de Museus (1986). Política Nacional de Museus: histórico, elaboração, legislação. Criação do Sistema Brasileiro de Museus: criação, formação do Comitê Gestor, legislação, funções e atuações. Histórico da criação de Sistema Estadual de Museus: exemplo SEM do Rio Grande do Sul: antecedentes, legislação, decreto de criação, formação do SEM/RS, ações e atuações. Orientações jurídicas e encaminhamentos. Exemplos de organização do setor museológico em Portugal e Espanha.
MUSEU E TURISMO
Definição de turismo como fenômeno econômico, espacial e social. Composição do produto turístico. Mercado turístico. Turismo cultural: práticas européias x práticas latino-americanas. Literatura de referência. Cidades, cidadãos, turismo e lazer. Políticas públicas de cultura e turismo. Museus como destino de lazer e de turismo. Pesquisas de perfil de visitantes e de níveis da satisfação. Estudos de casos.
SEGURANÇA EM MUSEUS
Conceitos de segurança: patrimonial, empresarial e mecânica. Ações preventivas: roubo, furtos, incêndio e vandalismo. Diagnósticos e mapeamento das áreas de risco dos museus. Treinamento e sensibilização dos funcionários. Prevenção e combate a incêndio. Monitoramento eletrônico. Controle de acesso de público às áreas restritas. Segurança nas áreas expositivas e nas reservas técnicas. A documentação como segurança: inventário, catalogação e registro fotográfico. Housekeeping. Laboratório: plano de segurança.
MUSEUS E INTERNET
Conceitos de museu e museologia;breve histórico da Internet; criação e gerenciamento de listas de discussão; visão geral sobre blogs, sistemas de redes sociais na Internet (orkut), tecnologias streaming, estações de rádio na Internet (e-Radio); envio de e-mails para muitos destinatários (mass-mailing); conceitos para criação e hospedagem de sites; linguagens comuns e programas de edição HTML (WYSIWYG); sistemas de gerenciamento de conteúdo (CMS); criação de domínios de Internet (DNS); criação e gerenciamento de fóruns (PHP).
18 de Maio
A mitologia grega conta que Mnemósine era a deusa Memória. Tinha nove filhas, as Musas, que se reuniam no Mouseîon (palavra grega que significa “museu”) para estudar artes, filosofia e ciências. O Mouseîon, era também o palco das exposições organizadas pelas musas, para agradar aos deuses. Com o tempo, os museus ganharam vida e se espalharam pelo mundo.
O primeiro espaço a receber o nome de “museu” foi o de Alexandria, no Egito, no século III a.C., no lugar onde se reuniam os cientistas da época.
Durante a Antigüidade, surgiram vários museus que desapareceram na Idade Média, a partir do século V. O Renascimento, que ocorreu entre os séculos XV e XVI, reacendeu o desejo de conhecimento. Assim, surgiram coleções particulares de obras antigas, principalmente de estátuas gregas e romanas. O primeiro edifício projetado para ser museu foi a Galeria degli Ufizzi (Galeria de Escritórios), em Florença, Itália. começou abrigando obras de arte da família Médici, que financiou muitos artistas. No século XVIII, as coleções dos príncipes deram origem a grandes museus, como o Louvre, em Paris, e o Museu Britânico, em Londres, que reúnem obras do mundo inteiro.
O Museu de Arte de São Paulo (MASP), um dos cartões – postais da capital paulista, é um mouseîon brasileiro. É o maior museu de arte da América Latina, com obras de grandes artistas estrangeiros – como Rembrandt, Van Gogh, Velásquez, Renoir, Cézanne, Manet e Picasso – e brasileiros – como Cândido Portinari, Anita Malfatti e Almeida Júnior.
Em São Paulo, há outro museu de importância nacional: o Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga, inaugurado em 1895. Possui um grande acervo histórico, com mais de 125 mil peças, entre móveis, quadros, documentos e objetos. Há destaque para o Salão Nobre, onde estão objetos ligados ao dia 7 de setembro, como a carta de D. Pedro aos paulistanos e o quadro Independência ou morte, de Pedro Américo.
O Mosteiro da Luz, construído e fundado em 1774, por frei Antônio Galvão, abriga o Museu de Arte Sacra, com peças religiosas do pintor Manuel da Costa Ataíde e do escultor Aleijadinho, entre outros.
O Museu Nacional, fundado em 6 de junho de 1818, no Rio de Janeiro, por D. João VI, é o mais antigo museu brasileiro e o mais importante da América do Sul. Está instalado no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, que foi residência da família real. Antes chamava-se Museu Real, mas a partir de 1922 recebeu o nome atual. Em seu acervo há mais de um milhão de objetos brasileiros, egípcios, gregos, romanos, peruanos, mexicanos e norte-americanos.
No mundo, atualmente, há museus para tudo. Em muitos deles, os visitantes podem interagir com o espaço, tocando nas peças, jogando com elas ou confeccionando seus “objetos de museu”, mexendo com argila ou pintando. Com a recente tecnologia da computação, a internet possibilita ao internauta a visita a museus dos mais variados países, on-line, ou seja, sem que precise sair de casa.
18 de Maio
Pequena História dos Museus
O vocábulo “museu” é de origem grega (Mouseion ) e significa “templo das musas, lugar onde moram as musas, local onde as pessoas se exercitavam na poesia e na música, lugar consagrado às musas, aos estudos, biblioteca, academia”. Diógenes Laércio (Séc. III d. C.) registra o termo como “escola para o ensino da filosofia e biblioteca”. No Séc. IV a. C., já era usado, em Alexandria, como local destinado à cultura das artes e das ciências. No sentido de “templo das musas”, entretanto, a palavra é mais antiga.
O Conselho Internacional de Museus (ICOM – International Council of Museums) reconhece como Museu a instituição “que conserve e apresente coleções de objetos de caráter cultural ou científico, para fins de estudo, educação e satisfação”. Assim, essa denominação abrange “galerias permanentes de exposição, dependentes de bibliotecas ou de centros de documentação; os monumentos históricos, as partes de monumentos ou suas dependências, assim como os tesouros das igrejas, os locais históricos, arqueológicos e naturais, desde que abertos oficialmente à visitação pública; os jardins botânicos e zoológicos, aquários e aviários e outras instituições que apresentem espécimes vivos; os parques naturais” (§ 2º, arts. 3º e 4º do Estatuto).
Há cidades, cujo valor artístico e monumental, lhes valeu o título de “cidade-museu”. Há, ainda, obras-primas de pintura e escultura que não se encontram em museus, mas em igrejas.
O hábito de colecionar objetos variados remonta à época pré-histórica, como registram, por exemplo, os “tesouros” de conchas encontrados em sítios arqueológicos.
Na Antiguidade, já se encontravam coleções de objetos de arte ou de materiais raros ou preciosos, conforme referências registradas de Homero (Séc. IX a. C.) a Plutarco (Séc. I/II d. C.).
Na Grécia antiga, era hábito construir-se, ao lado dos templos, pequenos edifícios, necessários à guarda das oferendas (troféus, esculturas e trabalhos de arte).
Na Idade Média, o hábito de reunir obras de arte era demonstração de prestígio para a elite feudal.
Todavia, a criação do museu moderno ocorre entre os Séc. XVII e XVIII, a partir das doações de coleções particulares às cidades: doação dos Grimani a Veneza, dos Crespi a Bolonha, dos Maffei a Verona. Mas, o primeiro museu verdadeiro, surge a partir da doação da coleção de John Tradescant, feita por Elias Ashmole, à Universidade de Oxford, quando é criado o Ashmolean Museum (1683).
O segundo museu público foi criado em 1759, por votação do parlamento inglês, que decidiu comprar a coleção de Hans Sloane (1660-1753), o que deu origem ao British Museum (Museu Britânico). O acesso, entretanto, era reservado a visitantes credenciados.
O avanço do conhecimento, a influência dos enciclopedistas franceses e o aumento da democratização da sociedade provocado pela Revolução Francesa fazem surgir o conceito de coleção como instituição pública, chamada “museu”.
Assim o primeiro verdadeiro museu público só foi criado, na França, pelo Governo Revolucionário (Robespierre), em 1793: o Musèe du Louvre (Museu do Louvre), com coleções acessíveis a todos, com finalidade recreativa e cultural.
O Séc. XIX é a época em que surgem muitos dos maiores e mais importantes museus em todo o mundo. São coleções particulares que se tornam públicas: Museu do Prado (Espanha), Museu Mauritshuis (Holanda). Surge o primeiro museu histórico, disposto cronologicamente, na Dinamarca (1830). Luís Filipe, funda na França o Museu de Versalhes (1833).
Começam, também, a ser organizados museus do folclore: Dinamarca (1807), Noruega (1828) e Finlândia (1894).
O desenvolvimento científico, com a teoria evolucionista de Darwin (1809-1882), fez multiplicar os museus de história natural: American Museum of Natural History (Museu Americano de História Natural).
Nos Estados Unidos, em 1870, é fundado o Metropolitan Museum of Art (Museu Metropolitano de Arte), em Nova York.
Começam a ser abertos, a partir do Séc. XX, museus vinculados a instituições e organizações: dos transportes e comunicações, da aviação, dos hospitais, dos teatros etc. Ao lado deles, surgem museus destinados a documentar movimentos políticos ou ideológicos (Museu da Revolução, em Moscou, de 1929; Museu da Paz, em Haia, 1921; Museu do Fascismo, em Roma, 1930).
No Brasil, os museus, em sua grande maioria, foram fundados no Séc. XX, com exceção do Museu do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (Pernambuco) que data de 1862 e do Museu de Mineralogia e Geologia da Escola Nacional de Minas e Metalurgia (Minas Gerais), de 1876.
Destaca-se no Brasil, pela variedade e qualidade do seu acervo, o MASP – Museu de Arte de São Paulo, fundado em 1947.
Fonte: es.wikipedia.org/museus.ibram.gov.br/www.paulinas.org.br/www.orbita.starmedia.com
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