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Um jornalista é uma pessoa que é profissionalmente envolvida na jornalismo , em qualquer forma, seja na imprensa escrita, como na documentação fotográfica, rádio, televisão ou mídia digital.
Seu trabalho é identificar e investigar questões de interesse público, compara -las , sintetizá -las , classificá -las e publicá -las . Para este fim utiliza fontes jornalísticas fiável e verificável. E produz seus artigos, que pode assumir várias formas de difusão: oral, escrita, visual.
Há vários princípios que norteiam o trabalho do jornalista, o principal dos quais é o respeito pela verdade, rigor na busca de informações confiáveis e verificáveis. Em geral, é considerado um bom jornalista que recebe informações relevantes, breve e precisa o mais rápido possível.
7 de Abril
De tão comum e cotidiano, fica difícil prestar devida atenção em como somos bombardeados por informação. São noticiários no rádio, telejornais, revistas, jornais diários e até, claro, os atuais Web sites, sempre abarrotados de novidades, conhecimentos, cultura, fatos e fotos.
É… nem sempre paramos para pensar no profissional que está por trás daquele texto bem escrito, que sintetiza várias horas ou dias em alguns parágrafos, que nos dão a perfeita localização no tempo e no espaço, nos transferindo conhecimento suficiente para podermos compreender, opinar e debater os assuntos de nosso interesse. Poetas do cotidiano. Ah, sim!
Assim deviam ser chamados esses profissionais que nos poupam nosso precioso tempo, ofertando seus textos bem redigidos em forma de boa literatura para nossa degustação. Impressionante como conseguem resumir num título ou num ‘olho’ de matéria tudo aquilo que vamos digerir dali pra frente.
É bonito quando terminamos a leitura de uma notícia, artigo, press-release, ou entrevista, e pensamos por um instante que estávamos mesmo ao lado desse ‘contador de estórias’, ouvindo até suas pausas para respiração, suas expressões faciais e corporais.
Às vezes, me pego literalmente aplaudindo quando um comentarista como Arnaldo Jabor conclui seu raciocínio, utilizando-se tão somente de nossas usuais e corriqueiras palavras.
Arquiteto da ortografia, o bom jornalista é aquele que, assim como se faz na construção civil, emprega, da língua Portuguesa, os materiais básicos que 99% das pessoas comuns podem compreender, não fazendo disso um trabalho medíocre, mas, sim, emprestando sua arte para fazer com que tijolos, vergalhões, areia, pedra e cimento lingüísticos, nas medidas e proporções corretas, tomem a forma elegante e edificada que encontramos nas informações jornalísticas.
Como em todo ramo de atividade, nossa língua também é regida por leis. Hildebrando, Aurélio, Bechara. Estes são os juristas que me vêm à mente, quando penso nas leis gramaticais e ortográficas de nosso bom Português.
Mas, como toda norma perde seu valor onde há impunidade, não haveria de ser diferente quando do descumprimento das regras de comunicação em nossa língua.
Não há multas, prisão, pontos na carteira, nada. Quem quiser sair por aí, redigindo numa língua que inventou, esqueceu ou não aprendeu, dizendo que sabe ler e escrever em Português, nada de ruim vai lhe acontecer.
Até mesmo pelo fato que outros tão ou mais ignorantes estarão lá para ler e aceitar a distorção lingüística sem nem perceber a mácula que esta displicência causa ao nosso idioma.
Fiquei muito satisfeito ao saber que, apesar da grande maioria das universidades particulares ter abolido o exame vestibular para o ingresso de seu corpo discente, as faculdades ainda mantém uma prova de redação básica, onde, supõe-se, o candidato será avaliado pela sua capacidade de traduzir em textos seus pensamentos, sentimentos e idéias.
Das últimas décadas para cá, o homem veio deixando de buscar informações e conhecimentos através da língua escrita, para se nutrir de sons e imagens hipnóticas através da televisão. É a geração MTV, que, num compreensível círculo vicioso, se tornou cada vez mais ignorante.
Nos últimos anos, empresários, funcionários, estudantes e até donas de casa voltaram compulsoriamente ao hábito da leitura e da escrita. A popularização da comunicação por e-mail fez com que executivos, que usavam suas secretárias para redigir uma simples minuta de reunião ou um comunicado interno, passassem a fazê-lo com suas próprias capacidades. O resultado é um misto de sadismo ortográfico com exposição pública das suas particulares deficiências. E o pior: na maioria dos casos, o “redator” nem sabe que é motivo de escárnio.
Isto, sem falar dos famigerados Blogs que revelam grandes talentos na arte de crucificar nossa gramática.
Jovens que não aprenderam para quê servem os acentos, símbolos gráficos, vírgulas, pontos, parêntesis, letras maiúsculas em nomes próprios e no início das sentenças, publicam suas experiências e se expõem publicamente.
Puxa! Fiquei um pouco amargo nestes últimos parágrafos, mas a minha intenção é fazer lembrar do valor que tem um profissional que faz do seu dia-a-dia, uma jornada de resgate e reanimação do sistema de comunicação verbal, mesmo enfrentando a crescente depauperação de sua platéia.
Lembre-se sempre que, se não puder vencê-los, jamais junte-se a eles.
Senhor jornalista, meus parabéns!
Marcello Pepe
O jornalismo é uma cachaça, um sacerdócio ou são os dois?
Dia do Jornalista – 7 de abril – não passou nem passará em brancas nuvens. Porque todo dia é Dia de Jornalista.
Parece paródia ao Dia do Índio, essa criatura que deveria ser reverenciada e comemorada o ano todo como preito de culpa e culto de arrependimento de uma civilização que não cuidou de salvar a própria alma nativa. É uma tardia confissão da barbárie praticada contra os primeiros donos do Brasil. Senhores da terra dizimados a faca e a fogo pelo colonizador alienígena cujos descendentes agora se proclamam piedosos.
Mas a similitude índio-jornalista não pára ai. Nem se trata apenas de uma parodiazinha vulgar de quem gosta de curtir o delírio do racional. Principalmente agora, quando tudo parece conspirar com uma nova extinção também de patrocínio alienígena – a extinção do repórter.
E o repórter, como se sabe, é o jornalista em estado/estágio nativo. Em estado bruto. Melhor dizendo: em estado de beatitude e pureza. E que deveria ser preservado e perpetuado como garantia e seguro de sobrevivência para o jornal como hoje o jornal se apresenta. Ou deveria se apresentar para não ser engolido, mastigado e defecado pela internet ou algo que o valha e vem por aí. Não tenham dúvidas.
Todo dia é Dia de Jornalista é uma frase boba, convenhamos. Mas que oferece de cara um reconhecimento, vamos dizer, de justiça universalizada à sacrificada, sofrida e até mesmo vilipendiada profissão do trabalhador (da pena!, como se dizia) que mantém a sociedade informada, bem ou mal, levando-a a pensar e pesar acontecimentos destinados à História menor ou maior.
É ainda a menos burocrática e mais amplamente solicitada das profissões que os tempos modernos conseguiram produzir desde os característicos anos do século XX. Os tempos dos gênios da comunicação Charlie Chaplin e John Reed (lembram-se deles?). Afinal a Era da Comunicação nasceu mesmo uns quatrocentos anos depois de Gutenberg.
Gestou e veio à luz devagarinho, um panfleto aqui, um jornalzinho manuscrito ali, o primeiro hebdomadário acolá e, derepentemente, olha o jornal diário precisando de gente para ser feito e colocado na rua, nas mãos do povo, azucrinando poderosos ou bajulando tiranos. Enfim, a biodiversidade jornalística é vasta e incontrolável, rádio e tv à parte. Quer dizer, incontrolável (rádio, tv e internet à parte) até certo ponto.
Mas vamos ficar só nos jornais nascentes que pediam gente mesmo. E que haveriam de se especializar: jornalista, repórter, cinesíforo, gráfico, redator, noticiarista, articulista, cronista, escritor, panfletário, desenhista, diagramador, publicitário, comentarista, crítico, escritor, daguerreotipista, fotógrafo.
E tanto mais solicitado passou a ser o jornalista de todas as gamas e tempos, espectros e aspectos porque a sociedade se fez exigente de conhecimento e mais saber. Um saber curativo da ignorância clássica (e crassa) que nem mesmo os cientistas de todas as áreas puderam prescindir.
Porque, como reza outro jargão popular, o jornalismo é também um sacerdócio. Exigindo dedicação que pode subestimar a fé que move montanhas, mas se impõe independente até da vontade interior dele – o jornalista. Noticia-se por compulsão. Quem ignora?
O jornalista de verdade é um compulsivo. É aquele que apura notícia e faz jornal 24 horas por dia, 365 dias por ano, até de férias ou desempregado. E escreve, escreve, escreve “ainda que se lhe cortem as mãos”.
Exagero? Pois lembremos que ele — o jornalista que somos nós! – acorda e vai tomar café com a notícia na boca, ou nas bocas que a tv lhe impõe cara-a-cara, e o jornal lhe empurra goela abaixo servido madrugadinha como o pão de cada dia.
Pão que o padeiro às vezes tarda mas o jornal não falha. Não raro o chefe de reportagem ou o seu — nosso! — editor não cerca o repórter pelo telefone ou por e-mail para lhe adiantar a pauta que muito provavelmente você vai ter que cumprir saindo diretamente de casa.
Todo dia é ou não é Dia de Jornalista? E jornalista que não se informa bem sobre tudo e sobre todos, toda hora, não é jornalista. Assim, é preciso se informar bem. Inclusive a caminho do jornal. Quem sabe papeando com o taxista (esse sabe tudo!) ou com quem quer que encontre nas ruas. É ou não é assim?
Na redação – ah na redação! — não há tempo senão para correr atrás da apuração ou voar por vezes virtualmente para a entrevista pautada, para a substituição no plantão do grande caso do dia. O dia que corre tão rápido, mas tão rápido que quando vemos já estamos no botequim discutindo… notícia… para relaxar! E à noite, quando se chega à cama e é possível dormir, como deixar de sonhar com aquela manchete, com aquela nota-bomba, com a crônica que terá de ser escrita antes mesmo do primeiro cafezinho da manhã? Ou do último drinque no derradeiro bar da madrugada?
Jornalismo é uma cachaça, cara! O patrão paga mal e a gente continua lá, escravizado (no bom ou no mau sentido?), submisso enquanto a conscientização não desembarca nas cabeças diplomadas e os recursos não chegam para opinar/discordar/escolher na medida em que nós — repórteres, redatores, editores – não evoluímos profissionalmente para podermos impor a verdade dos fatos, as versões que não sejam apenas as da conveniência dos donos disso que hoje chamamos de mídia.
Aliás, para início de conscientização de discordância e elegia do delírio do real, abominemos essa palavrinha obscena oriunda das estranjas tão asséptica e massificada como eles – os midiáticos seniores – querem que o poder da comunicação jornalística continue sendo.
Mídia não, jornalismo sim!
Pinheiro Júnior
Fonte: es.wikipedia.org/www.velhosamigos.com.br/ www.abi.org.br
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