16 de abril
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PARE DE FALAR E OUÇA.
Talvez ninguém ainda tenha dito para você, mas rouquidão, pigarro, dor ou ardência na garganta e dificuldade de engolir podem ser sintomas de doenças em suas cordas vocais. No Brasil, em 1 ano mais de 4.000 pessoas morrem de câncer de laringe ( cordas vocais).
Muitas vidas e inúmeras vozes poderiam ser salvas se buscassem diagnóstico precoce.
QUEM PODE TRATAR SEU PROBLEMA NAS CORDAS VOCAIS?
Rouquidão devida a uma gripe ou resfriado pode ser tratada por clínicos gerais e pediatras. Quando a rouquidão durar mais de duas semanas, ou não tiver uma causa óbvia, deve ser avaliada por um médico especialista em voz – o otorrinolaringologista ( especialista em nariz, ouvidos e garganta).
Problemas com a voz são melhores conduzidos por um grupo de profissionais que inclui o médico otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo.
O QUE É BOM PARA SUA VOZ ?
Beber mais de 8 copos de água por dia
Procurar atendimento especializado se usar a voz na profissão
Só usar pastilhas, sprays ou medicamentos indicados por médicos
Evite soluções caseiras
O QUE FAZ MAL À SUA VOZ ?
Fumo, álcool, drogas e poluição
Tossir, gritar muito ou pigarrear
Cantar ou gritar quando gripado
Falar em locais barulhentos
Mudanças bruscas de temperatura
Ambientes com muita poeira, mofo, cheiros fortes, especialmente se você for alérgico
SUA VOZ É A SUA IDENTIDADE. AFINE SUA VOZ, CUIDE DA SUA VOZ.
Fonte: www.geocities.com
Dia Nacional da Voz
16 de Abril
Você já se imaginou sem voz?
A voz é importante na expressão artística de atores e cantores; como instrumento de trabalho (70% trabalhadores): Vendedores, Recepcionistas, Radialistas, Professores, Operadores de telemarketing, Médicos, etc.
Otorrinolaringologista e o Fonoaudiólogo são os profissionais especializados em cuidar da voz, caso ela apresente algum tipo de alteração, tais como: rouquidão persistente por mais de 2 semanas, perda súbita da voz, sem um quadro gripal associado e outros sintomas provenientes do fumo.
A maioria das doenças da voz tem tratamento com medicamentos, fonoterapia ou cirurgia, quando o o problema é diagnosticado mais cedo, maiores são as chances de preservação da voz, principalmente em casos de câncer.
São inúmeros os mitos e crendices em relação aos cuidados com a voz: tomar conhaque para aquecer a voz, dar um grito antes de falar em público libera as tensões, pigarrear ajuda na limpeza das cordas vocais, cochichar é bom pois poupa a voz, chupar pastilhas é bom para a voz.
Os especialistas em cuidar da voz recomendam que não se deve: gritar, cochichar, pigarrear ou tossir à toa, forçar a voz, principalmente quando gripado, fumar, consumir álcool em excesso, praticar exercícios físicos falando, falar em demasia ( em ambiente de fumantes, em ambientes barulhentos ou abertos, em período pré-menstrual e após ingerir grandes quantidades de aspirinas, calmantes ou diuréticos).
Assim, para preservar a boa voz deve-se evitar os alimentos derivados do leite e achocolatados antes do uso intenso da voz, os alimentos que causem azia e má-digestão e os ambientes com muita poeira, mofo e cheiros fortes.
Cuidados que ajudam a preservar a voz: articular bem as palavras, falar pausadamente, descansar a voz (fazer momentos de repouso vocal), ingerir muito líquido em temperatura ambiente (1 a 2 litros/dia), cuidar da saúde geral (sono, alimentação, atividades anti-stress).
Dicas do Comitê de Voz da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia para Pais e Professores
Fonte: Sóleis
Dia Nacional da Voz
O ponto principal para quem canta ou quem fala é a comunicação. A mensagem a ser transmitida deve ser recebida e entendida pelo ouvinte. Para tanto, é preciso se conhecer mais a respeito do aparelho responsável pela comunicação: o corpo.
Quem canta também precisa comunicar-se de forma falada durante as apresentações, e por isso, o cantor não deve ignorar os cuidados com a voz falada.
É importante saber que todos têm a capacidade de comunicação, desde que queiram dedicar-se e tentar sempre o aprimoramento de seus conhecimentos. Todos estão sujeitos à falha e à imperfeição, porém cabe a cada um procurar desenvolver seu dom, conhecer suas limitações e capacidades.
Para se comunicar não basta apenas falar, ou simplesmente cantar. Comunicar-se é colocar sentimento na mensagem, não apenas com a voz, mas com o corpo em geral. O corpo funciona de modo conjunto, não podendo ser fracionado de modo a serem usados apenas alguns órgãos que produzem som.
O comunicador deve ser consciente dos aspectos que envolvem o seu trabalho, como a voz, postura, respiração, e tudo o mais que pode interferir no seu objetivo central: levar adiante a mensagem de vida e salvação.
1. Aparelho Fonador
O aparelho fonador é formado por 2 aparelhos e tem a função de produzir sons – voz cantada e voz falada. Nestes quadros, o aparelho fonador está esquematizado de forma bastante resumida.
APARELHO DIGESTIVO
Órgão | Função Biológica | Função Fonatória |
Lábios | Contém os alimentos na boca | Articulação de sons bilabiais (B,P,M) e labiodentais (F,V) |
Dentes | Tritura os alimentos | Escoamento do som |
Língua | Joga o alimento para o esôfago | Participa de todos os sons produzidos |
Palato duro (céu da boca) | Suporte da língua | Projeção da voz |
Faringe | Direciona o ar para os pulmões, e os alimentos para o esôfago | Caixa de ressonância |
APARELHO RESPIRATÓRIO
Órgão | Função Biológica | Função Fonatória |
Cavidades Nasais | Filtrar, aquecer e umidificar o ar | Vibração e amortização do som – ressonância nasal |
Faringe | Via de passagem do ar | Amplia os sons – caixa de ressonância |
Laringe | Via de passagem do ar | Vibrador – contém as cordas vocais |
Traquéia | Via de passagem do ar – defesa a via aérea | Suporte para vibração das cordas vocais |
Pulmões | Trocas gasosas e respiração vital | Fole e reservatório de ar para vibrar as cordas vocais |
Musculatura respiratória | Desencadeia o processo respiratório | Produção de pressão no ar que sai |
O aparelho fonador é dividido em 5 partes
Parte | Componentes | Função |
Produtores | Pulmões, músculos abdominais, diafragma, músculos intercostais, músculos extensores da coluna | Produzem a coluna de ar que pressiona a laringe, produzindo som nas cordas vocais |
Vibrador | Laringe | Produz som fundamental |
Ressonadores | Cavidade nasal, faringe, boca | Ampliam o som |
Articulador | Lábios, língua, palato mole, palato duro, mandíbula | Articulam e dão sentido ao som, transformando sons em orais e nasais |
Sensor / Coordenador | Ouvido – capta, localiza e conduz o som; cérebro – analisa, registra e arquiva o som | Captam, selecionam e interpretam o som |
2. Como é Produzida a Voz Humana
A produção do som depende, basicamente, de ar e da laringe, onde estão as cordas vocais. A laringe é composta por três anéis de cartilagem. Dentro destes anéis, estão as cordas vocais, que são pequenos músculos com grande poder de contração/extensão. São classificadas em verdadeiras e falsas. As verdadeiras (com cerca de 1 cm nos homens e até 1,5 nas mulheres) estão na parte inferior da laringe e as falsas na parte superior. O som da voz normal é produzido pelas verdadeiras e o falsete pelas falsas.
Durante a respiração, as cordas vocais permanecem abertas, enquanto que para a produção de som elas se fecham, e o ar faz pressão, causando uma vibração que produz o som.
Laringe: Cordas Vocais em movimento (vista transversal)
3. Articulação e Clareza do Som
Cantar é um elemento da articulação. As palavras da música devem ser muito claras e objetivas, para causar um processo de ação e reação imediata.
Para que isto aconteça, deve-se levar em conta dois processos:
Articulação: processo pelo qual os órgãos da fala moldam o som vocal em sons reconhecíveis da fala.
Interpretação: processo pelo qual se carrega o espírito ou significado da música através do modo como se executa.
O primeiro passo para uma boa interpretação é o domínio de uma boa articulação. Tanto no canto, quanto na fala (a muitas pessoas), os movimentos articulares devem ser mais acentuados do que na conversação usual.
Os elementos na figura acima estão intimamente envolvidos no que se refere à articulação e clareza do som. Qualquer alteração no funcionamento deles irá interferir no som emitido.
Lábios
Há pessoas que possuem um problema de excessiva tensão labial, o que impede a boa mobilidade e flexibilidade. Por outro lado, existem pessoas que possuem um tônus labial baixo, ou seja, flácido.
A posição ideal para os lábios, é aquela que ajuda o rosto a Ter uma expressão agradável, feliz. Deve-se evitar puxá-los exageradamente para os cantos ou para frente quando se estiver cantando ou falando, pois isto pode modificar a qualidade sonora.
Para aqueles com problema de tensão ou flacidez labial, existe um procedimento muito simples e bastante eficaz, sugerido pelo fisioterapeuta e fonoaudiólogo Noélio Duarte. Primeiramente, deve-se visualizar a boca e seus pontos-chave:
Quem tem excessiva tensão, deve relaxar os lábios, apertando com o indicador e o polegar nos pontos indicados acima, seguindo a ordem numérica referida. Deve apertar cada ponto com firmeza, no entanto, sem exageros, durante 5 a 10 segundos. Pode ser incômodo, mas, ao final, os resultados vão valer à pena.
Já quem tem lábios flácidos, precisa de tonificação. O procedimento é o mesmo, só que ao invés de apertar demoradamente, dá-se ligeiros apertões (apertando e soltando imediatamente) no mesmo sentido numérico do esquema. Estas pessoas também podem fazer exercícios do “i” ou do “u”, torcendo a boca para um lado e para o outro.
De um modo em geral, neste exercício das vogais, pode-se utilizar o “p” e o “b” para treino labial, pois estas consoantes são totalmente dependentes dos lábios.
Língua
A língua é o principal órgão da articulação, pois interfere na formação das vogais e consoantes. Em média, a língua trabalha numa velocidade de 370 movimentos por minuto.
Cerca de 90% dos problemas que envolvem a língua são de tensão. Isso causa o ressecamento da boca pela retração constante da língua. Este posicionamento não estimula muito a produção de saliva em termos fisiológicos, e também interfere consideravelmente na emissão do som, por razões explicadas mais adiante quando falarmos da faringe.
Existem, também, aqueles que precisam tonificar a língua, sendo caracterizados pelo acúmulo excessivo de saliva.
A língua deve permanecer numa determinada posição, chamada de “posição de repouso”, ao longo do “assoalho” da boca tocando os dentes inferiores. Veja os seguintesexercícios de relaxamento.
Colocar a língua um pouco para fora da boca e morder levemente a pontinha da língua.
Pressionar a língua fortemente contra os dentes fechados por 5 segundos.
Em seguida, deve-se associar os dois exercícios lentamente. Alguns problemas da pronúncia do “S” podem ser resolvidos com a colocação da língua na posição de repouso.
Maxilar
A tensão é um grande fator limitante da boa atuação dos maxilares. Pode-se perceber a tensão existente ao se fechar os dentes e engolir a saliva. Quando se canta de boca fechada ocorre isto. Por isso, aparecem dores após o ensaio ou apresentação, ou mesmo após a fala.
O maxilar interfere nos músculos da face, modificando o poder de contração. Portanto, deve-se relaxar esses músculos, facilitando a abertura e a flexibilidade da boca e liberando os músculos da garganta.
Nunca se deve usar posições forçadas, tais como empurrar o maxilar para frente, puxá-lo para trás ou trancá-lo numa posição. A sonoridade vai depender, em parte, da abertura que for dada ao maxilar. Em relação à tensão ao maxilar inferior, pode-se realizar alguns exercícios, lembrando que devem ter maior cuidado ao realizá-los aqueles com tendência à luxação do maxilar.
1. Lateralização
Abrindo a boca e movimentando o maxilar para a direita e para a esquerda.
2. Abertura total
Abrindo bem a boca por alguns segundos.
3. Projeção anterior
Com a língua na posição de repouso, projetando-se o maxilar para a frente, permanecendo assim por alguns segundos.
4. Projeção posterior
Com a ajuda de um dedo, fazendo-se um recuo do maxilar por alguns segundos.
Faringe
A faringe tem a função de ampliar o som, e embora não seja essencial para a articulação, está intimamente ligada à posição assumida pela língua. Seu melhor desempenho dependerá do comportamento da língua.
A ampliação do som será tanto melhor quanto melhor for o espaço que o som puder ocupar dentro da boca.
Como se pode ver neste esquema, a voz terá uma melhor ampliação na posição 1, a qual tem o dobro do tamanho da posição 2. Deve-se notar como o hábito tão comum da posição 3 diminui consideravelmente o espaço para a ampliação da voz.
Existem exercícios que facilitam a aquisição do hábito da posição 1:
Sabe-se que ao se fazer o movimento de engolir, a língua inicialmente sobe e em seguida, sua parte posterior desce. Então, com o dedo indicador e o polegar em cada extremo do maxilar inferior, faz-se o movimento de engolir. Quando a parte posterior da língua estiver descendo, mantém-se uma pressão para baixo, forçando os dedos, sem esquecer que a ponta da língua deve estar no padrão de repouso.
Pode-se escolher um tom médio, e com as vogais “a”, “o”, e “u” as pessoas podem cantar variando 0 padrão de língua na posição 2 (representado pela vogal em minúsculo) e posição 1 (representada pela vogal em maiúsculo).
Palato
O palato se divide em 2 partes: o palato duro (céu da boca) e o palato mole (úvula, conhecida como campainha).
O palato duro está envolvido com a projeção da voz, e o palato mole com a formação de sons orais e nasais.
O som, na verdade, é formado por ondas. As ondas só se propagam em linha reta, daí a importância do palato duro aliado a uma boa postura da cabeça:
Sabe-se que as narinas são responsáveis pela ressonância nasal. Porém, o som nasal só será emitido com a “permissão” do palato mole (a úvula).
Para emitir esses sons nasais, a úvula desce. Caso suba, os sons emitidos serão orais.
O excesso ou a falta de nasalidade podem representar sérios problemas de voz, afastando-se da normalidade e modificando o som original que deveria ser produzido.
A origem dos problemas pode estar no hábito de colocação errada da voz, até problemas mais sérios, como tumores, sinusite, adenóide e excesso de muco.
4. O Mau Uso da Voz
Deve-se ter em mente que o mau uso da voz não começa ao se cantar de forma errada, mas sim ao se falar de forma errada. Os cantores estão duplamente expostos a ter problemas nas cordas vocais. Por isso, é necessário saber como preservar a voz tanto ao se falar quanto ao se cantar.
O início dos problemas nas cordas vocais pode ser sutil, uma rouquidão aqui, uma dorzinha ali. No entanto, este é um assunto extremamente importante para ser ignorado, pois, às vezes, o descaso pode levar à perda completa da voz.
Ao menor sinal de que algo não vai bem com as cordas vocais, ou em qualquer outro órgão envolvido com a fonação, deve-se procurar um especialista, o fonoaudiólogo.
Um dos problemas comuns é sentir gosto de sangue na boca após uma apresentação musical, ou se falar muito. Apesar de o ferimento ser minúsculo, gotículas de sangue são jogadas pelo ar na boca, causando essa sensação. Outra sensação comum é o de areia. As dores, geralmente, são em pontadas. Com o tempo, uma simples lesão pode-se tornar em uma espécie de cicatriz chamada fibrose, apresentar vários cistos, calos e até mesmo se tornar em um tumor.
Timbre
Um erro comum, porém muito grave, é em relação ao timbre. O timbre é o fato determinante do tipo de voz: soprano, mezzo soprano, contralto, tenor, barítono e baixo. O timbre de uma pessoa não é escolhido aleatoriamente, ele existe por razões anatômicas: o tamanho da laringe. Por exemplo, os homens que têm o “gogó” pronunciado ou pontiagudo têm maior facilidade de ressonância, e consequentemente voz mais grave.
O desconhecimento disto é muito sério e pode destruir a voz de uma pessoa. Muitas pessoas com características de voz grave têm cantado por aí com uma voz aguda e vice-versa. Alguns deles até com uma voz “linda”. Porém, esta voz “linda” foi apenas fabricada, e não vai durar muito.
Em quase 100% das pessoas existe um padrão anatômico determinante do timbre. Diz-se que as pessoas com pescoço comprido e “gogó” proeminente possuem timbre grave (baixo e contralto); pessoas com pescoço de tamanho médio com pouca proeminência possuem timbre médio (barítono e mezzo); e pessoas com pescoço mais curto, praticamente sem saliência possuem um timbre agudo (tenor e soprano).
Cantar e falar fora do próprio timbre natural pode provocar um “destimbramento” vocal, ou seja, uma descaracterização da voz com perda da qualidade.
Tensão da Corda Vocal
Em relação à tensão da corda vocal, podem ocorrer 3 tipos de problemas:
1. Frouxidão completa
2. Excesso de compressão
3. Desequilíbrio no funcionamento
Na Frouxidão completa, as cordas não se fecham totalmente, resultando em um som soprado, pois uma dose excessiva de ar está fluindo, e devido a esta interferência na voz, a pessoa fará mais esforço para produzir sons.
Quando há excesso de compressão, as cordas vocais ficam muito apertadas. Isto pode ser devido a tensões, falta de orientação técnica, e resulta em um som difícil, tenso, irritante, estrangulado (“taquara rachada”), forçado, provocando tensão nos outros músculos associados na produção vocal.
Havendo Desequilíbrio no funcionamento das cordas vocais (ora tensas, ora relaxadas), ocorrerão mudanças sensíveis na produção do som vocal.
O ideal é que a corda fique num meio termo, suficientemente contraída para não deixar o ar escapar rapidamente.
Sustentação e Força
Os problemas de sustentação de nota e também a falta de força sonora (voz de pouco alcance, volume), tem sua origem nos produtores (elemento do aparelho fonador), ou mesmo em razões pessoais, como o medo de soltar a voz, talvez não por falta de capacidade, mas por não ter aprendido a usá-la. Então, é necessário um trabalho de conscientização de voz orientada por um professor de canto.
Por outro lado, a pessoa que tem o hábito de falar alto demais, não pronunciando bem as palavras, correm um alto risco de apresentar calos de corda vocal, além de outros problemas como dor de cabeça, sinusite, faringite, e até mesmo cáries pelo desgaste do esmalte.
Perda de Tons
A perda de tons, não é, necessariamente, um problema vocal. Esta é uma questão mais ligada a um fator hormonal. As crianças possuem timbres muito semelhantes, não sendo distintos os timbres de meninos ou meninas. Porém, por volta dos 10 -12 anos, o corpo começa a receber uma descarga de hormônios, e os rapazes passam por um processo de transição de voz mais significativo que as moças, pois podem chegar a perder até 7 tons, enquanto que as moças apenas cerca de 3 tons.
Outra situação que isto acontece é nas mulheres após os 45 anos, devido a perda de hormônios, com uma perda de cerca de 3 tons. Isto pode ser remediado com a reposição hormonal, sob prescrição médica, evidentemente. Nos homens, após 50-55 anos, ocorre o oposto, pois têm sua voz “agudizada”, também por questões hormonais. Quando se cuida bem da voz, as mudanças são mais sutis, não provocando nenhum distúrbio vocal.
5. Mitologia Vocal
A maioria das pessoas acredita em certas formas de terapia para tratar a voz. Essas crendices são infundadas, portanto incorretas.
Voz Cansada
Alguns dizem que a voz cansada é uma coisa natural ou normal depois de uma fala prolongada, ou mesmo fala leve. Falando assim, fica parecendo que os músculos da laringe e faringe (músculos que produzem voz) se cansassem e aceitassem a rouquidão, a ardência ou mesmo a perda parcial da voz, faringite e até laringite como algo plenamente normal.
Outros acreditam que algumas pessoas nascem com garganta débil, ou com voz insuficiente, e que sempre tenderão a transtornos vocais.
Isto tudo não é verdade, e sim coisa de gente mal informada, pois a voz bem empregada não se cansa, não produz sintomas negativos e nem esforços extras para falar. O uso constante em si não leva a problemas de voz; o que causa esses problemas é o uso indevido, mal administrado, abusivo e vocalização incorreta.
A voz bem definida (tom apropriado, entonação e ritmo corretos) pode ser usada durante jornadas de trabalho de até 8 horas diárias. No entanto, deve-se lembrar que o cansaço físico acarreta cansaço vocal, assim como a saúde geral do indivíduo deve ser levada em conta.
O que deve acontecer é identificar o problema e procurar o especialista, seja médico, fonoaudidlogo, professor de canto, e não sair por aí fazendo as receitinhas caseiras aleatoriamente, pois além de não trazer benefícios, podem, algumas vezes, constituir riscos em potencial.
É comum se confundir faringe e laringe ao se pensar nesses preparados e receitas. É importante se ter em mente que nenhum desses xaropes, chás e gargarejos chegam até as cordas vocais.
Basta conhecer a anatomia para verificar este fato:
À menor gota ou farelo tocar as cordas vocais, desencadeia-se um processo muito desagradável de tosse, desespero, falta de ar.
Alguns especialistas acreditam que não se deve fazer o gargarejo com o objetivo de medicar as cordas vocais, uma vez que o líquido não chega efetivamente até elas.
Alguns métodos caseiros podem ser até úteis, porém durante períodos limitados, apenas mascarando os sintomas verdadeiros sem eliminar a causa do problema, que pode ser uma vocalização incorreta ou uso abusivo da voz, ou até problemas como faringite.
Problema Central
Um erro frequente é a não focalização no problema central causador da doença. Assim, muitas pessoas chegam a trocar de profissão para usar menos a voz, ou fazer um repouso vocal exagerado (que não é significativo nas terapias da voz), e até mesmo, alguns se utilizam de tranquilizantes por tempo indefinido. Os relaxamentos (ioga, meditação transcendental, regressões psíquicas…) não devem ser tentados como resolução do problema vocal. A pessoa deve procurar um especialista.
Educação Vocal
Um grande mito é que só se educa a voz para o canto. A voz falada merece tanta atenção quanto a voz cantada, pois uma pode acabar interferindo na outra.
Há casos de pessoas que perdem completamente sua voz devido ao modo de falar errado, sendo às vezes necessário uma cirurgia para a retirada das cordas vocais.
Existem “dicas” para “melhorar” a voz que são tão fora da realidade que chegam a agredir a inteligência. Algumas destas são o uso de lápis ou
bolinhas na boca durante a fala; fazer massagem com álcool canforado na garganta; fazer vocalizes com grande intensidade, de madrugada, para aumentar a extensão vocal…
Diante de tais afirmações, é preciso usar o bom senso e perceber que se deve trabalhar os órgãos envolvidos na produção do som com sensibilidade, conscientização, percepção. Algumas “receitas” podem ser perigosas, podendo causar até queimaduras. E alguns vocalises feitos com grande intensidade levam à Parafonia Hipercinética (distensão das cordas vocais).
Aquecimento Vocal
A laringe é muito sensível, e é um dos primeiros órgãos a ser afetado diante do estresse, emoções, cansaço e outros. Isso faz com que haja modificação na voz, e muitas vezes, a situação obriga às pessoas a forçarem seu “instrumento “. E, algumas vezes, a situação se torna pior, pois “soltam” a voz de qualquer jeito , sem um aquecimento prévio.
O aquecimento vocal é tão importante para o cantor quanto o aquecimento físico é para um jogador de futebol, por exemplo; pois pode evitar lesões importantes. Por outro lado, não é correto gastar tempo demais “esquentando” a voz. Há pessoas que passam 30 minutos neste processo, e ao final, em vez de terem “aquecido”, terão é mesmo “fervido” a voz. Isto resulta em pouca produtividade durante o período que se segue.
O ideal é que o vocalise não exceda 5 minutos. Existe uma técnica elaborada por um pesquisador fonoaudiólogo chamada “Manipulação da Laringe”. Ainda há controvérsias quanto ao uso deste método, mas aparentemente não há nenhum efeito colateral maléfico. Ele consiste em o que seria uma “massagem” na laringe, em pontos específicos pré-determinados, diferenciados para voz grave e aguda. A necessidade e a forma de utilização deste método devem ser definidas por um profissional capacitado. Não tente fazê-lo por conta própria.
6. Características Vocais
Voz Rouca
A rouquidão pode ser causada por vários fatores, tais como o uso abusivo, processos patológicos (calos, tumores…), e também pela mb colocação da voz devido a algum processo emocional (traumático ou não).
Não é raro encontrar crianças que se expressam através de berros. Isso acontece por vários motivos: moram em lugares com alta poluição sonora, ou mesmo porque seus familiares falam muito alto. Neste caso, o referencial que acompanha a criança desde pequena é que o normal é falar com um volume de voz elevado. Outras vezes é comum que numa mesma família todos falem com voz rouca, sem necessariamente existir algum impedimento físico por tanto, sendo apenas uma questão de referencial adquirido com a convivência familiar.
Assim, as pessoas vão assimilando este comportamento, e, ao emitir a voz, forçam as cordas vocais sem saber, e o que antes era apenas um costume familiar, torna-se um problema orgânico sério: calor, inchaço, pólipos, etc.
O que deve acontecer é identificar o problema e procurar o especialista, seja médico, fonoaudiólogo, professor de canto, e não sair por aí fazendo as receitinhas caseiras aleatoriamente, pois além de não trazer benefícios, podem, algumas vezes, constituir riscos em potencial.
Outro fator causador de sérios problemas nas cordas vocais é o cigarro. Não só o fumante ativo está sujeito aos problemas vocais, mas também, os fumantes passivos, que absorvem a fumaça emitida pelo ativo. Portanto, é um crime familiares fumarem perto de crianças, principalmente em ambientes fechados, pois a poluição envenena o sistema respiratório e afeta as cordas vocais, causando rouquidão e outros problemas mais graves, como tumores malignos. Vale lembrar que de acordo com uma pesquisa de 1997, 73% dos tumores de corda vocal são malignos.
Não se deve ignorar o problema da voz rouca. É de extrema importância realizar o trabalho de correção dos problemas orgânicos com um otorrinolaringologista (medicações/cirurgias) e também dos problemas “mecânicos” com um fonoaudiólogo (timbre, colocação, exercícios, volume, etc.).
Voz Fina
Em 99% dos casos, segundo pesquisas, a voz fina é de origem emocional. O mais comum é, ao entrar na puberdade, o rapaz assustar-se com a mudança e procurar manter a voz da infância, apesar de sua laringe já estar pronta para a transformação.
Um ponto perigoso é o excesso de mimo na infância em ambos os sexos, podendo alterar o ritmo da fala, além de manter a voz infantil. Isso é muito perigoso para os meninos, que podem ser taxados de homossexuais logo cedo, podendo gerar traumas muito profundos na criança.
Outro desencadeador da voz fina são os traumas, como os cirúrgicos. A retirada das amídalas é um bom exemplo, pois a criança pode ficar com medo de falar firme, mantendo a voz infantil.
As causas orgânicas são mais raras, e ocorrem, normalmente, diante de uma atrofia física de origem hormonal. Existem alguns métodos de tratamento, e a pessoa deve procurar um especialista.
Voz Trêmula
Embora seja um problema de difícil resolução, existem métodos, que bem aplicados e praticados podem surtir excelentes resultados.
Este é um problema difícil, pois advém de um trauma muito forte, onde a pessoa insiste em falar apesar de tudo. A voz falha, fica trêmula, o que causa uma forte tensão nas cordas vocais. Então, a pessoa sente dificuldade de se adaptar ao enfrentar situações semelhantes ao trauma. É interessante notar que durante o relaxamento da musculatura das cordas vocais, como no sorriso, a pessoa consegue emitir a voz corretamente.
7. Postura Corporal Correta
É impossível imaginar um piano que tenha um som perfeito se estiver com alguma parte faltando, ou quebrado, ou mesmo mal posicionado. Uma flauta amassada não terá o mesmo som de uma que está perfeita.
Desta forma, acontece com o corpo humano. O som produzido será sempre influenciado pela postura que se adota, por diversas razões.Uma boa postura:
É bem menos cansativa do que uma postura má ou relaxada, pois assim, os ossos e músculos fìcam posicionados de modo que haja o mínimo de esforço e tensão.
Causa um melhor aproveitamento respiratório.
Dá um melhor aspecto à visualização, além de transmitir maior segurança.
Coloca o mecanismo vocal na melhor posição para o seu posicionamento, tornando mais fácil a produção de uma sonoridade com qualidade.
Traz confiança, bem-estar psicológico e físico o todo o organismo.
Faz o corpo funcionar melhor, consequentemente beneficia a saúde vocal.
A boa postura para cantar deve ser aprendida e praticada até que se torne um bom hábito.
1. Pés: uma boa base dá maior segurança e firmeza. Inicialmente, deverão estar um pouco afastados. Em apresentações mais demoradas, o ideal é variar a sustentação do peso entre os pés, porém não de forma demorada, para evitar fadiga e tensão. Não se deve colocar o peso apenas sobre os calcanhares.
2. Pernas: como ajudam a fixar e sustentar o corpo, elas nunca ficam totalmente relaxadas. No entanto, elas devem ficar flexíveis, nunca rígidas, prontas para o movimento. Não se deve apoiar todo 0 peso do corpo somente em uma perna, pois haverá uma forte tendência a tremer. Para ajudar a resolver a tensão nas pernas e pés, pode-se fazer algum alongamento nesta região.
3. Quadris: devem estar equilibrados, evitando um lado estar mais elevado que o outro. Porém, uma leve alternância, ou movimentação ajuda a relaxar esta região, pois não é bom que esteja muito rígida durante a apresentação.
4. Abdome: não deve estar exageradamente projetado para dentro ou para fora. Deve-se evitar tensões demasiadas neste local, pois a musculatura desta região é de extrema importância para a respiração controlada, como é a de um cantor ou orador.
5. Costas: manter a coluna ereta de forma não rígida favorece o bem estar do som, por melhorar as condições da expansão do tórax, melhorando a respiração. Deve permanecer de forma equilibrada, sem inclinações exageradas.
6. Tórax: deve estar numa posição relaxada, evitando-se qualquer contração muscular exagerada, para facilitar o mecanismo do ar. Deve-se sentir todo o tórax agindo em conjunto.
7. Ombros: devem estar descontraídos, sem nenhuma tensão nestas articulações. Qualquer rigidez nesta região pode comprometer a ação dos músculos do tórax e do pescoço. Eles não devem se mover muito para frente, nem para trás, nem para baixo, muito menos para cima. A rigidez local pode complicar a toda a postura.
8. Braços e mãos: devem estar caídos livremente ao longo do corpo, de forma natural, o mais livre de tensão possível. Os maneirismos devem ser evitados, como ficar apertando as mãos à frente ou atrás, ou torcendo-as, pois isso causa uma tremenda tensão nos braços e no tórax, além de interferir na ação dos outros músculos do corpo. Esse tipo de atitude também é bastante deselegante. E ao segurar o microfone, deve-se ter o cuidado de manter os ombros e braços relaxados, para evitar tensão no pescoço.
9. Cabeça: deve estar centralizada. O olhar deve estar na direção das pessoas, e o queixo não deve estar nem muito baixo nem muito alto.
10. Posição sentada: quando se está sentado, o principal apoio do corpo é o assento. O tronco e a cabeça devem estar alinhados, com a coluna ereta, e os quadris devem estar bem apoiados no encosto, sem, no entanto, fazer com que o abdome fique projetado para frente, ou o oposto, ficando com a coluna inclinada para frente. Em ambas as situações haverá comprometimento da respiração, e cansaço em pouco tempo. Se se está sentado em uma cadeira com braços, não se deve apoiar os próprios braços sobre os da cadeira, pois haverá maior sobrecarga nos ombros, prejudicando a coluna.
9. Os Grupos Musculares da Respiração
Existe uma diferença de pressão entre o ar dentro dos pulmões e a superfície de contato com a parede torácica, que faz com que os pulmões fiquem aderidos ao interior dessa parede. Por isso, os pulmões acompanham literalmente todos os movimentos, ou qualquer mudança no volume do tórax.
Sozinhos, os pulmões não conseguem alterar seu volume, pois, para isso, precisam dos músculos.
Os movimentos da caixa torácica, assim como qualquer outro movimento corporal (andar, chutar, comer…) dependem de uma contração muscular.
O ato de respirar pode ser dividido em 2 momentos: a inspiração (entrada de ar) e a expiração (saída de ar).
Existe um grupo de músculos responsável por cada uma das etapas. É importante saber que nem todos eles são usados ao mesmo tempo, a depender da situação, torna-se necessária a presença de apenas alguns deles.
No entanto, em cada grupo, existem aqueles que são os mais solicitados, e são tidos como os principais; e os demais, são tidos como acessórios.
O grupo dos inspiratórios é bem grande, com mais de 15 músculos, que elevam as costelas ao se contraírem. Eles podem ser classificados como:
Músculos Inspiratórios Principais
Diafragma (principal)
Intercostais externos
Músculos Inspiratórios Acessórios
Esternocleidoccíptomastoideo (ECOM)
Escalenos
outros
O grupo dos expiratórios é menor, com cerca de 8 músculos, que atuam no sentido de abaixar as costelas:
Músculos Expiratórios Principais
Intercostais Internos
Músculos Expiratórios Acessórios
Músculos abdominais
Outros
A Respiração
A diferença de pressão que existe entre o ar ambiente e o ar de dentro do pulmão é que faz com que o ar entre. Algo parecido acontece com uma seringa ou um aspirador de pó.
Dentro do pulmão, a pressão é negativa, e devido à gravidade, em uma pessoa sentada ou de pé, a pressão da parte de baixo é mais próxima do zero que a da parte de cima. Por isso o ar entra primeiro na parte de baixo, e em seguida na de cima, e ao final da inspiração, todo o pulmão deve estar cheio por igual. Daí a importância de uma boa postura durante a inspiração, caso contrário, não é possível usar toda a capacidade pulmonar, o que interfere diretamente no “fôlego” e nas trocas gasosas de uma pessoa.
Quando o processo dessas trocas termina, começa a expiração. A caixa torácica vai voltando à sua posição inicial, empurrando o ar para fora. É como um elástico esticado que tende a voltar ao normal.
A Inspiração
A contração dos músculos inspiratórios aumenta o volume da caixa torácica, consequentemente do pulmão. Um exemplo deste movimento é a elevação da alça do balde, representado a inspiração. Isto causa aquele efeito da seringa, porque mais espaço para o ar vai surgindo.
O principal responsável por este efeito é o diafragma, por ser o mais forte. Os intercostais também são muito importantes, principalmente para aqueles que precisam de muito ar, como os cantores.
Há dois tipos de inspiração:
Relaxada, a normalmente usada, e realizada pelos inspiradores principais;
Forçada, feita pelos inspiradores principais mais os acessórios.
Os músculos acessórios não devem ser usados na respiração normal, principalmente para quem canta. Como a maioria deles está localizada na região do pescoço, e sua contração (tensão) pode prejudicar o som produzido pelas cordas vocais.
O Diafragma
O diafragma é um músculo plano, amplo, em forma de guarda-chuva, que fica entre o tórax e o abdome, e está preso nas costelas e na coluna.
Ao se contrair o diafragma, suas bordas levantam as costelas, enquanto o seu centro se abaixa, empurrando os órgãos do abdome.
Intercostais Externos
Os intercostais externos são, junto com o diafragma, fazem parte dos músculos inspiratórios principais. Eles estão localizados entre cada uma das costelas. Quando eles se contraem, eles elevam a caixa torácica, aumentando o seu volume, e promovendo a entrada do ar. Na figura abaixo, os intercostais externos estão representados pela cor vermelha. Leve em consideração que a ilustração está indicando apenas um grupo de músculos, entre um par de costelas. Na verdade, eles estão presentes unindo todas as costelas.
Na cor verde, vemos os intercostais internos, responsáveis pela expiração, explicada mais adiante. Observe na “visão superposta” como eles ficam posicionados atrás dos intercostais externos. O fato de eles serem inclinados em posições opostas causa os movimentos opostos de inspiração e expiração. Os intercostais internos abaixam as costelas, fazendo com que o ar saia na expiração forçada.
Esses músculos estão entre as costelas e atuam para que todas elas façam o mesmo movimento durante a inspiração ou expiração e atuam para que todas elas façam o mesmo movimento durante a inspiração ou expiração.
Acessórios
Estes músculos atuam no sentido de elevar as costelas na inspiração forçada. Devem estar relaxados na hora de cantar. Na ilustração fica mais visível que existem dois ECOMs, um de cada lado; com os escalemos ocorre o mesmo, estão em pares.
ECOM
Escalenos
Expiração
Existem dois tipos de expiração, a normal e a forçada. A expiração normal, relaxada é uma ação natural, assim como a volta de um elástico puxado. O diafragma e os intercostais externos simplesmente voltam ao normal. Os músculos da expiração apenas devem entrar em ação quando se precisar de uma expiração forçada, como soprar uma vela, numa tosse ou espirro, por exemplo.
A expiração dura cerca de 2 a 3 vezes mais que a inspiração. Mas, mesmo assim, um cantor deve ter total controle sobre o relaxamento do diafragma, para que sua volta à posição inicial seja o mais lenta possível, de acordo com a necessidade, e para não soltar o ar de vez.
10. Exercícios
Treino da Utilização Muscular
1. Respiração Diafragmática
Pessoa deitada com um livro no abdome. A intenção é elevar o livro.
2. Diafragma e Intercostais
Em pé, fazendo a respiração diafragmática, e expandindo as laterais do tórax.
Treino do Aumento da Capacidade Pulmonar
1. Soluço Inspiratório
Inspirar aos poucos pelo nariz até encher o pulmão: inspirar – pausa – inspirar pausa – inspirar o máximo – soltar o ar de vez pela boca.
2. Expiração Abreviada
Inspirar fundo normalmente (nariz) e soltar um pouquinho; inspirar fundo outra vez e soltar um pouquinho; inspirar mais uma vez, até sentir o pulmão o mais cheio possível, e soltar de vez pela boca.
Treino do Controle Diafragmático
1. Inspiração Profunda
Inspirar profundamente pelo nariz, e soltar pela boca, em “SSS”, demorando o maior tempo possível.
2. Exercício da vela
Soprar a vela a uma pequena distância (cerca de 1 palmo) sem apagar a chama, e mantendo-a em equilíbrio na posição oblíqua.
11. O Pigarro
O Sistema Respiratório tem um mecanismo muito interessante para se defender das muitas impurezas do ar respirado. Esse mecanismo é formado por um sistema de células que possuem cílio, de células que fabricam muco e de muco.
O mecanismo funciona como uma esteira rolante, pois a sujeira do ar gruda no muco e os cílios tratam de empurrá-lo para cima, em direção da laringe.
Diariamente, a produção de muco chega a 100 – 150 ml em 24 horas. Sem o muco, os cílios não funcionam, como no caso de uma desidratação séria. E o excesso de muco pode dificultar muito o trabalho dos cílios, como nas infecções ou ao inalar substâncias irritáveis, como fumo, álcool ou sedativos.
O ato de fumar modifica o efeito de esteira rolante, porque no fumante há perda de cílios, e excesso de muco, entre outros problemas.
Comumente, o muco é chamado de pigarro quando interfere na voz, causa tosse etc. O muco ou pigarro precisa ser eliminado do organismo, e quando passa pelas cordas vocais, podem causar uma diferença na sua vibração, modificando o som produzido.
A forma que o corpo usa naturalmente para eliminar o pigarro é através da tosse.
12. Tosse
A tosse existe para eliminar as secreções do Sistema Respiratório, e por isso precisa ser eficiente.
A melhor posição para tossir é a sentada ou a inclinada para frente, com o pescoço voltado um pouco para baixo. A inspiração deve ser profunda, pelo diafragma. A expiração deve ser forçada pelos músculos da barriga, os abdominais, podendo fazer um som de “Q” durante a tosse, que deve ser tripla, para ser mais eficiente.
O cantor deve ter cuidado ao tossir, para não agredir suas cordas vocais com a força da grande quantidade de ar que passa por elas.
BIBLIOGRAFIA
BETHLEM, Newton – Pneumologia. Atheneu.
CALLAIS-GERMAIN, Blandine – Anatomia para o Movimento Vol I : Introdução à Análise das Técnicas Corporais.Manole, São Paulo.
CARVALHO, Paes de; COSTA, Fonseca – Circulação e Respiração. Cultura Médica, 3° edição.
DUARTE, Noélio – Apostila: Comunicando Através da Voz – Estratégias para o Uso Correto e Eficiente da Voz Cantada e Falada. Vox Edições, Rio de Janeiro.
GOSS, Charles M. – Gray Anatomia. Guanabara Koogan, 29° ediçõo.
GUYTON, Arthur C. – Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças. Guanabara Koogan, 5° edição.
McARDLE, William D. e outros – Fisiologia do Exercício. Guanabara Koogan, 3° edição.
Fonte: www.musicaeadoracao.com.br
Dia Nacional da Voz
PROJETO DE LEI DO SENADO Nº , DE 2005
Institui o Dia Nacional da Voz.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Fica instituído o Dia Nacional da Voz, a ser celebrado anualmente no dia 16 de abril, com o objetivo de conscientizar a população brasileira sobre a importância dos cuidados com a voz.
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação
JUSTIFICAÇÃO
É inquestionável a importância da voz no processo da comunicação humana, sobretudo, para os profissionais ligados diretamente a áreas como a da política, educação, justiça, arte, religião, jornalismo, radiotelecomunicações e marketing.
Ressalte-se que são os professores aqueles que apresentam problemas vocais com mais frequência e eles são hoje expressiva parcela de nossa sociedade, alcançando, na atualidade, um contingente de 2 milhões de trabalhadores.
Estudos realizados por diversos centros acadêmicos nacionais _ PUC-SP, USP, UNICAMP, UNESP, UNIMEP _ têm demonstrado que os professores apresentam alto risco de desenvolverem distúrbios vocais de ordem ocupacional.
Em média 60% dos pesquisados apontaram problemas de voz como o mais recorrente e prejudicial ao seu desempenho profissional, além de ter sido constatado o desconhecimento sobre o processo de produção vocal e as graves consequências da sobrecarga de trabalho, sobretudo, se em situações adversas e em ambiente físico inadequado.
O impacto das enfermidades vocais relacionadas à atividade educacional expressa-se no prejuízo estimado superior a duzentos e noventa milhões de reais ao ano em nosso País; valor esse obtido com base em levantamento de registros municipais da cidade do Rio de Janeiro, relacionados a afastamentos, licenças e readaptações, motivados por disfonia, atingindo a 2% dos professores ativos,
conforme dados fornecidos pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. Portanto, há que se considerar a importância de se conclamar a população em geral para as ações educativas voltadas à conscientização da função vocal e suas implicações na comunicação, na saúde e na cultura.
Faz-se oportuno registrar o êxito das já existentes Campanhas da Voz, que vêm, desde 1999, sempre na semana que compreende o dia 16 de abril, reunindo um crescente número de profissionais, acadêmicos e professores dos Cursos de Fonoaudiologia de todo o Brasil, que apoiados pela mídia e pelas Associações e Sociedades dos profissionais da Fonoaudiologia, Medicina, Educação e Arte, engajam-se em atividades que visam levar ao público maiores esclarecimentos a respeito da correta utilização da função vocal, incentivando hábitos saudáveis, além de alertar para os possíveis agravos à saúde em decorrência do mau uso e/ou uso abusivo da voz.
Esses são os motivos que nos levam a propor a instituição do dia 16 de abril como o Dia Nacional da Voz.
Esperamos estar, assim, contribuindo para a melhoria da atenção à saúde dos brasileiros e, para tanto, contar com apoio dos demais senhores Senadores.
Sala das Sessões, de abril de 2005.
Senador TIÃO VIANA
PT/AC
Fonte: www.senado.gov.br
Dia Nacional da Voz
Presidência da República Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 11.704, DE 18 DE JUNHO DE 2008.
Institui o Dia Nacional da Voz.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1 – É instituído o Dia Nacional da Voz, a ser celebrado anualmente no dia 16 de abril, com o objetivo de conscientizar a população brasileira sobre a importância dos cuidados com a voz.
Art. 2 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 18 de junho de 2008; 187o da Independência e 120o da República
Luiz inácio lula da silva
José Gomes Temporão
Fonte: www.planalto.gov.br
Dia Nacional da Voz
A voz humana
A voz humana é produzida pela vibração do ar que é expulso dos pulmões pelo diafragma e que passa pelas cordas vocais e é modificado pela boca, lábios e a língua.
A voz é uma característica humana intimamente relacionada com a necessidade do homem de se agrupar e se comunicar. Ela é produto da nossa evolução, um trabalho em conjunto do sistema nervoso, respiratório e digestivo, e de músculos, ligamentos e ossos, harmoniosamente atuando para que se possa obter uma emissão eficiente.
A voz está associada à fala, na realização da comunicação verbal, e pode variar quanto à intensidade, altura, inflexão, ressonância, articulação e muitas outras características.
A voz determina a própria personalidade de quem fala: se estamos alegres, tristes, apressados, seguros, etc. a primeira identificação destes comportamentos é transmitida pela voz. A voz reflete com toda nitidez o que passa no interior das pessoas, porque o aparelho fonador, embora exista para a fabricação da fala, é uma adaptação do nosso organismo, e qualquer problema de ordem física ou emocional será imediatamente revelado através da voz. A voz é o som propriamente dito. Ex.: tosse, riso, choro e gritos.
À emissão de uma voz saudável, damos o nome de eufonia. A uma voz doente, ou seja, com alguma de suas características alterada, damos o nome de disfonia. A disfonia pode ser orgânica, funcional ou mista (orgânica-funcional). Ela não é uma doença, mas o sintoma, uma manifestação de um mau funcionamento de um dos sistemas ou estruturas que atuam na produção da voz.
Como se processa a voz?
A voz humana já existe desde o nascimento, e apresenta-se de diversas formas, tais como: choro, grito, riso e sons da fala. É um dos meios de comunicação do indivíduo com o exterior, principalmente com os seus semelhantes.
Ela se produz na laringe, que é um tudo onde estão situadas as pregas vocais. As PPVV ficam em posição horizontal no interior da laringe, paralelas ao solo. As PPVV se afastam ao inspirar, e o ar entra nos pulmões.
Ao falar, as PPVV se aproximam, o ar sai dos pulmões e, ao passar pela laringe, produz as vibrações que resultam no som da voz. O som produzido pelas PPVV na laringe passa por um “alto falante” natural, formado pela faringe, boca e nariz.
Essas estruturas são denominadas cavidades de ressonância. Os sons da fala são articulados na cavidade da boca, através de movimentos da língua, lábios, mandíbula e palato. Esses movimentos devem ser precisos para produzir sons claros e tornar inteligível a mensagem que se quer transmitir.
Não podemos esquecer que voz é som, e som é igual a onda sonora. O ar expiratório, que fez as pregas vocais vibrarem, vai sendo modificado e os sons vão sendo articulados (vogais e consoantes). Depois, emitidos pela boca, fazem a onda sonora que vai atingir a cóclea do ouvinte. Aí é que a voz é ouvida.
O timbre da voz humana
O timbre da voz humana depende das várias cavidades que vibram em ressonância com as pregas vocais. Aí se incluem as cavidades ósseas, cavidades nasais, a boca, a garganta, a traquéia e os pulmões, bem como a própria laringe.
A frequência da voz humana
A mais baixa frequência que pode dar a audibilidade a um ser humano é mais ou menos a de 20 hertz (vibrações por segundo), enquanto a mais alta se encontra entre 10 000 e 20 000 hertz, o que depende da idade do ouvinte (quanto mais idoso menores as frequências máximas ouvidas). A frequência comum de um piano é de 40 a 4000 hertz e da da voz humana se encontra entre 60 e 1300 hertz.
A voz e a Saúde
A voz é o som básico produzido pela laringe, por meio da vibração das cordas (tecnicamente chamada de pregas) vocais.
A voz expressa as condições individuais (físicas ou emocionais) e, se o indivíduo não estiver em condições saudáveis, a voz deixará transparecer algum problema, ocasionando qualidade vocal disfônica, que pode vir a comprometer a fala e a comunicação.
As áreas da comunicação e artes, em especial os locutores, cantores e atores fazem parte do grupo dos profissionais vocais. Para estes a voz é seu principal instrumento de trabalho, embora nem sempre eles tenham consciência disso. É importante ressaltar que para ser um bom profissional desta área é fundamental cuidar bem da voz, mantendo saúde e estética vocal.
O que é Bom?
Beber 7 a 8 copos de água por dia
Procurar atendimento especializado se usar a voz na profissão
Pastilhas, sprays ou medicamentos, só indicados por Médicos
Evitar automedicação e soluções caseiras (gengibre, romã, etc.)
Repouso da voz, após cada “apresentação” pública
Usar roupas leves e evitar refrigerantes, gorduras e condimentos
Realizar exercícios regulares de relaxamento, avaliações auditivas e fonoaudiológicas periódicas
Manter a melhor postura da cabeça e do corpo durante a aula, a fala ou o canto
O que é Mau?
Fumo, álcool, drogas e poluição
Tossir, gritar muito ou pigarrear
Cantar ou gritar quando gripado
Falar em locais barulhentos (Profissionais da voz)
Mudanças bruscas de temperatura
Ambientes com muita poeira, mofo, cheiros fortes, especialmente se você for alérgico.
Distúrbios Vocais
Existem relações entre a saúde vocal, os distúrbios da voz (disfonias) e as condições de trabalho.
Essa dificuldade pode se manifestar por meio de uma série de alterações:
Esforço à emissão da voz
Dificuldade em manter a voz
Cansaço ao falar
Variações na frequência habitual
Rouquidão
Falta de volume e projeção
Perda da eficiência vocal
Pouca resistência ao falar
A disfonia é, na verdade, apenas um sintoma presente em vários e diferentes distúrbios, manifestando-se ora como sintoma secundário, ora como principal.
O indivíduo que padece de um distúrbio vocal sofre limitações de ordens física, emocional e profissional.
Principais Problemas
Lesões
Os principais tipos de lesões orgânicas resultantes das disfonias funcionais são: nódulos, pólipos e edemas das pregas vocais.
Estas 3 alterações da mucosa da prega vocal têm como característica comum, o fato de representarem uma resposta inflamatória da túnica mucosa a agentes agressivos, quer sejam de natureza externa, quer sejam decorrentes do próprio comportamento vocal.
Quando discretos, os edemas podem ser tratados com medicamentos e fonoterapia, assegurando-se a eliminação de seu fator causal; quando volumosos, necessitam de remoção cirúrgica, seguida de reabilitação fonoaudiológica.
Infecções
Os fatores infecciosos, incluindo as sinusites, diminuem a ressonância e alteram a função respiratória, produzindo modificações na voz.
O efeito primário das infecções das vias aéreas superiores têm efeito direto sobre a faringe e a laringe, podendo provocar irritação e edema das pregas vocais. Estes processos infecciosos podem gerar atividades danosas, como o pigarro e a tosse que, por sua vez, podem causar traumatismos nas pregas vocais.
Há também fatores imunológicos, endócrinos, auditivos e emocionais, que podem causar transtornos na emissão da voz.
Laringites crônicas
O agravamento das irritações crônicas da laringe é denominada laringite crônica.
Os sintomas são: rouquidão e tosse, com sensação de corpo estranho na garganta, aumento de secreção, pigarro e, ocasionalmente, dor de garganta.
O tratamento envolve a eliminação dos fatores que provocam a irritação da laringe (exposição a produtos químicos e tóxicos, nível elevado de ruídos, maus hábitos alimentares, refluxo alimentar devido a gorduras, pigarro crônico, etc.), além da promoção de hábitos que melhoram a higiene vocal, evitando os abusos da voz.
Voz Profissional
Muitos são os profissionais que usam a voz como instrumento de trabalho. São cantores, atores, professores, radialistas, políticos, vendedores, telefonistas, secretários, empresários, padres/pastores e todos aqueles que precisam da voz para exercer sua profissão.
A voz é o instrumento de trabalho de aproximadamente 25% da população economicamente ativa, que dela depende todos os dias para alcançar o sucesso em suas ocupações.
O mal uso da voz se refere a falar excessivamente, falar alto e rápido, gritar, usar voz muito aguda ou muito grave e praticar canto sem ter preparação adequada. Tais hábitos associados ao fumo, ar-condicionado (ambos ressecam a mucosa da laringe), poeira, alergias respiratórias, estresse, ruído competitivo e predisposição genética propiciam o surgimento de patologias laríngeas, que podem prejudicar ou até mesmo impedir a atuação profissional.
Todo profissional da voz deve estar atento quanto à maneira de expressar-se, saber perceber-se e utilizar adequadamente seu aparelho fonador. Através da voz, ele tem que transmitir a sua mensagem o mais fidedignamente possível, para que não haja distorções por parte do ouvinte.
Quem são profissionais da voz?
Advogados
Assistentes Sociais
Atores, locutores, dubladores
Cantores
Executivos e Administradores
Extensionistas
Leiloeiros
Médicos e Agentes de Saúde
Operadores de telemarketing
Pastores (da alma)
Políticos
Professores
Representantes e Profissionais de vendas
Todos aqueles que fazem o uso profissional da voz
Todos que querem melhorar suas habilidades vocais
Uma boa voz não é aquela, tão-somente, grave e aveludada; é necessário boa dicção, articulação e interpretação a tudo o que falamos.
O uso da voz profissional, sem o necessário preparo, pode resultar em uma alteração vocal.
Lembre-se:
Rouquidão persistente é considerada um dos 7 sinais de alerta de câncer,
Segundo a União Internacional Contra o Câncer – UICC
A sala de aula e a voz
O uso adequado da voz é uma questão de saúde. Esta exige muitos cuidados para se manter saudável, principalmente para aqueles que a utilizam profissionalmente de forma intensa e sistemática, como os professores.
A rotina de uso vocal de um professor apresenta certo risco para sua saúde vocal, porque se torna vulnerável ao tempo e ao uso inadequado. Um professor pode ter sua voz alterada dependendo da demanda vocal, pois falar demasiadamente, em muitos casos até 40 horas semanais, sem preparação e aquecimento vocal, pode acarretar consequências irreversíveis para a qualidade da voz e do aparelho fonador.
Para ser ouvido, muitas vezes este profissional precisa aumentar significativamente o volume de sua voz para superar o ruído ambiental. Garcia (2000), em sua pesquisa com 130 professores universitários, constatou que 67,70% dos indivíduos consideram existir muito ruído externo na universidade pesquisada. Além do ruído, muitas vezes as condições acústicas da sala de aula estão prejudicadas, ou são inexistentes, fazendo com que o docente tenha que elevar sua intensidade vocal durante um longo período de tempo.
Este tipo de esforço, sem um preparo adequado, origina tensionamento dos músculos envolvidos na produção vocal. A tensão da musculatura cervical está relatada em 56,15% dos indivíduos na pesquisa realizada por Garcia (2000), como sendo consequência de abuso vocal. Qualidade do ar e presença de doenças do trato respiratório também são fatores contribuintes para uma alteração vocal.
Sala com muitos alunos exige do professor esforço extra da laringe, podendo causar disfonias.
Fonte: www.fonosul.com.br
Dia Nacional da Voz
O que acontece quando o trabalhador perde a voz?
Prejuízos para o trabalhador
Prejuízos para o país
Importância da voz do trabalhador
Custos sociais
Nos EUA: 28 milhões de trabalhadores tem problemas vocais. Custo anual com tratamento e ausência no trabalho = 2,5 bilhões de dólares.
No Brasil: apenas entre os professores, estima-se que 2% estejam afastados por rouquidão. Perda anual = R$100 milhões.
1. Ar dos pulmões
2. Vibração das cordas vocais
3. Som moldado”
Garganta
Boca
Língua
Lábios
Vibração das cordas vocais
Durante a vibração, uma corda vocal encosta na outra cerca de 100-300 vezes por segundo
Como a voz é produzida
Vibração das cordas vocais
A voz pode ser regulada
Graves / Agudos
Alto / Baixo
Tipo de voz
Permite produção de uma série de sons diferentes
As cordas vocais são muito versáteis e eficazes Mas Elas também têm seus limites
Excessivamente:
Falar alto
Gritar
Tossir
Pigarrear
Os inimigos da voz
1. Cigarro
2. Álcool
3. Irritantes químicos
4. Infecções
vírus (gripe)
5. Ressecamento
Abuso vocal
Gritar
Tossir
Pigarrear
Quando as cordas vocais estão doentes
Rouquidão
Cansaço ao falar
Falhas ou perda de voz
Dor ou ardência na garganta
Pigarro
Dificuldade para engolir
Brasil: um dos países do mundo com maior incidência
Relacionado a tabagismo e etilismo
Rouquidão pode ser o 1 sintoma
Grandes possibilidades de CURA
desde que diagnosticado no início do quadro
Sempre que eu tiver rouquidão, ou outro sintoma vocal, preciso procurar um médico?
Rouquidão persistente por mais de 2 sem.
Rouquidão associada a outros sintomas (dificuldade para respirar ou engolir)
Perda súbita da voz, sem um quadro gripal associado
Se você fuma, estes conselhos são ainda mais importantes
Qual é o médico que cuida da voz?
Otorrinolaringologista é o médico especializado em:
Nariz
Ouvidos
Garganta
Voz!
Para aqueles que têm medo de ir ao médico
A grande maioria das doenças da voz tem tratamento
Medicamentos
Fonoterapia
Cirurgia
Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, maiores as chances de se preservar uma boa voz, principalmente em casos de câncer
Não tenho nunhum problema com a voz
Que fazer para preservá-la?
Como cuidar da sua voz(Higiene vocal)
Cuidados com a voz -Mitos e crendices:
Tomar conhaque é bom para aquecer a voz
Pigarrear ajuda pois limpa as cordas vocais
Cochichar é bom pois poupa a voz
Chupar pastilhas é bom para a voz
Cuidados com a voz. O que você não deve fazer:
Não fumar!!!
Não consumir álcool em excesso
Cuidados com a voz
O que você não deve fazer:
Não gritar
Não pigarrear ou tossir
Não falar em demasia
em ambientes:
De fumantes
Com muita poeira, mofo e cheiros fortes
Barulhentos ou abertos
Não forçar a voz:
quando gripado
em período pré-menstrua
após ingerir grandes quantidades de
aspirinas, calmantes ou diuréticos
Evitar alimentos:
Derivados do leite / Achocolatados = Antes do uso intenso da voz
Que causem azia e má-digestão
Alimentos muito apimentados / gordurosos
Café
Articular bem as palavras
Falar pausadamente, tomando ar entre as falas
Descansar a voz (fazer momentos de repouso vocal)
Ingerir muito líquido em temperatura ambiente (1,5~2 litros/dia)
Cuidar da saúde geral:
Sono
Alimentação
Atividades anti-stress
Fonte: www.ablv.com.br
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