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21 de Abril
Se você se interessa pelo que acontece no mundo e tem vocação para servir ao interesse público, a diplomacia, com certeza, é uma carreira para se pensar em seguir.
Bastante procurada pelas oportunidades de trabalho que oferece, a carreira exige profissionais interessados nas relações políticas, econômicas e sociais entre o Brasil e demais países.
Estudar é preciso
Ao optar por seguir a carreira diplomática, um longo caminho de muitos estudos deverá ser percorrido. Estudo não só para passar no concurso de admissão como para ingressar no curso de formação de diplomatas.
Ao ser aprovado no concurso que ocorre uma vez por ano e exige o curso superior como escolaridade mínima, o aluno é nomeado Terceiro-secretário, cargo inicial da carreira. E estará automaticamente inscrito no Programa de Formação e Aperfeiçoamento, também conhecido como Mestrado em Diplomacia.
Ao todo, são dois anos de curso intensivo com aulas sobre Direito Internacional, Ecomonia, Política Externa Brasileira, História das Relações Internacionais, além de inglês, francês e espanhol.
Nos últimos três meses, o aluno deverá cumprir estágio nas embaixadas e consulados-gerais do Brasil na América do Sul e no México.
Se for aprovado ao término do curso, o Terceiro-secretário iniciará a carreira diplomática que pode ser iniciada em outro país ou não.
Os cargos seguintes são Primeiro-secretário, Conselheiro, Ministro de Segunda Classe e, por fim, Ministro de Primeira Classe, mais conhecido como Embaixador.
Sua missão
Representar o Brasil perante outros países é a principal função exercida pelo diplomata que também deve atuar na formulação da nossa política externa, negociar em nome do país e promover nossa cultura e valores.
De olho nos interesses do seu país, ele trata de temas variados como segurança, paz, normas de comércio, direitos humanos, relações econômicas, meio ambiente, tráfico de drogas, migração e laços de cooperação e amizade entre as nações.
O Instituto Rio Branco
O Ministério das Relações Exteriores criou um instituto especificamente para coordenar e administrar o exercício da profissão, além de selecionar os futuros diplomatas.
Trata-se do Instituto Rio Branco, responsável pela seleção e treinamento dos candidatos à carreira diplomática, desde a etapa do concurso de admissão até os programas de formação e acompanhamento dos aprovados.
Fundado em 18 de abril de 1945, o instituto foi criado como parte das comemorações do centenário de nascimento de José Maria da Silva Paranhos Junior, o Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira.
Em março de 1946, foi criado o primeiro Curso de Preparação à Carreira de Diplomata do instituto – ano em que o concurso público para ingressar na diplomacia passou a ser obrigatório.
O Barão do Rio Branco
José Maria da Silva Paranhos nasceu em 20 de abril de 1845 e foi deputado de 1868 a 1872.
Entre 1870 e 1871, atuou na missão de negociação de paz com o Paraguai e em 1876, assumiu o cargo de cônsul-geral em Londres.
Responsável pela consolidação das atuais fronteiras brasileiras, também esteve a frente do Ministério das Relações Exteriores de 1902 a 1912.
Ministério das Relações Exteriores
Conhecido como Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores é responsável por assessorar o Presidente da República na formulação e execução da política externa brasileira.
Entre as metas da diplomacia brasileira está a ênfase no processo de integração regional com o Mercosul e outros organismos regionais e financeiros. O país também tem participado da discussão de temas da agenda internacional, como a defesa dos direitos humanos, a preservação ecológica e a manutenção da paz. O fortalecimento dos laços com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa também é uma meta do Itamaraty.
Neste sentido, o Ministério das Relações Exteriores atua no exterior através de 92 embaixadas, seis missões junto a organismos internacionais, 37 consulados e 14 vice-consulados, além de prestar serviços de promoção comercial, assistência consular, comunicação e difusão da cultura e idioma do país.
Mercado de Trabalho e Perspectivas: Com a globalização da economia e o crescimento das relações internacionais, a carreira é promissora, embora restrita às poucas vagas oferecidas pelo Ministério das Relações Exteriores. O Itamarati conta com cerca de 3.200 funcionários do quadro permanente, sendo 1.040 diplomatas, 1.400 oficiais e assistentes de chancelaria (auxiliares do trabalho do diplomata) em serviço no Brasil e nas missões no exterior. O primeiro posto da carreira é o de 3º secretário subindo para 2º e 1º secretário, conselheiro, ministro de 2ª classe, ministro de 1ª classe, que é o embaixador e chanceler (ministro das relações exteriores). As promoções são por tempo de serviço, de cinco em cinco anos, ou por merecimento.
Remuneração: O salário do diplomata em início de carreira é de R$ 3.500. Como ministro de 1ª classe pode ganhar até R$ 5.400. No auge da carreira, como embaixador, o salário fica em torno de R$ 8.000.
Onde Estudar : Apenas no Instituto Rio Branco em Brasília, DF. O concurso é anual, com inscrição de janeiro a março, e provas de março a julho. Há cursos preparatórios para o vestibular em algumas capitais.
Carreiras Relacionadas:
Advogado
Cientista social
Economista
Especialista em comércio exterior
Especialista em relações internacionais
Geógrafo
Historiador
Oficial e assistente de chancelaria
DIPLOMACIA
O QUE FAZ – Conduz as relações e os negócios entre os países. Representa o seu país junto a outras nações, entidades e organismos internacionais. É um funcionário do governo federal que defende os interesses nacionais. O universo de seu trabalho engloba questões políticas, culturais e econômicas. Uma de suas funções é negociar acordos e interceder em pactos e tratados com os governos com os quais está credenciado. É sua função evitar confrontos e, se algum ocorrer, buscar a conciliação. Também assessora o governo na tomada de decisões no que diz respeito à política internacional fornecendo-lhe informações continuadas sobre a situação do país no qual está trabalhando.
CAMPO DE TRABALHO
Administração Dirigir órgãos do Ministério das Relações Exteriores. Gerenciamento de embaixadas, consulados e representações brasileiras no exterior tanto nas questões relativas a patrimônio quanto às relativas ao pessoal. É responsável pelo controle da administração, de recursos, orçamentos e finanças no país e no exterior.
Área Consular Assistência a brasileiros em outros países. É o responsável pela emissão de vistos e passaportes, além dos serviços de tabelionato (reconhecimento de assinaturas e registro de documentos). Nas cidades portuárias estrangeiras, assume a função de capitão dos portos, cuidando de assuntos como fiscalização e despachos de navios brasileiros.
Área Multilateral É o representante do Brasil em órgãos das Nações Unidas e organismos internacionais, governamentais ou não. Como membro ou chefe de delegação, o diplomata participa de negociações e assembléias defendendo os interesses do país.
Área Política e Econômica O diplomata analisa e acompanha os assuntos políticos e econômicos do país no qual está a serviço. Mantém contatos com autoridades das duas áreas, no Brasil e nos outros países, assessorando o governo brasileiro nas tomadas de decisões.
Planejamento Elabora estratégias que auxiliem o governo em decisões internacionais nas áreas de política externa e economia. Participa também das atividades administrativas do Itamaraty quando está trabalhando no Brasil.
Promoção Comercial Gestão do sistema de promoção comercial do Brasil. Organiza feiras no exterior e participa dos eventos promovidos pelos estrangeiros. Seu objetivo é incrementar as relações comerciais com outros países. Acompanha empresários brasileiros envolvidos em comércio exterior.
REGULAMENTAÇÃO – Lei 7501 se 27/06/1986.
DURAÇÃO – 2 anos, com estágio obrigatório nos últimos 3 meses de curso, nas Embaixadas e Consulados-Gerais do Brasil na América do Sul.
CONTEÚDO – O requisito básico para os interessados em ingressar no curso de Diplomacia é ter concluído qualquer curso superior e dominar o inglês e o francês. Ler e escrever muito são características essenciais do programa e o currículo inclui aulas de Linguagem Diplomática, Português, Francês, Inglês, Espanhol e outras línguas opcionais. Além dessas disciplinas, há outras como Política, Direito, Economia, Administração, História, Sociologia e o aprendizado de Regras do Cerimonial e Protocolo.
TITULAÇÃO – Diplomata
Fonte: www.ibge.gov.br/ www.10emtudo.com.br
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