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09 de Janeiro
“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”.
(D. Pedro I, 9 de janeiro de 1822)
Talvez porque a gente começa a estudar História do Brasil ainda muito jovem, às vezes é difícil compreender o que significam essas palavras e o que vem a ser realmente o Dia do Fico. Por que elas foram importantes para a nossa Independência?
Podemos lembrar um pouco os acontecimentos que tornaram esta data tão marcante.
D. João VI era o rei de Portugal entre 1767 e 1826 (era príncipe regente e somente em 1818, quando faleceu sua mãe, D. Maria I, foi aclamado rei) e no Brasil viveu de 1808 a 1821. A mudança da corte portuguesa para o Brasil nada mais foi do que uma saída estratégica para ficar longe da Europa (Portugal estava encurralado num conflito entre a França e a Inglaterra; no dia seguinte da saída da família Real as tropas francesas invadiram Lisboa).
O Brasil desde essa vinda de D. João VI e da corte portuguesa, em 1808, começou seu próprio caminho para a independência.
Os portos foram abertos às nações amigas (Portugal não possuía mais o monopólio do comércio brasileiro); o Rio virou a capital do Império, fábricas puderam ser instaladas, a Imprensa Régia começou a funcionar, assim como o Banco do Brasil, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico do Rio e a fábrica de pólvora, hospitais, escolas e repartições públicas, o que mudava, em muito, os costumes da colônia.
O perfil dito à época “de certo gosto pelas coisas espirituais” de D. João permitiu que novas idéias circulassem. Expedições estrangeiras chegaram ao Brasil: uma missão artística francesa e uma missão científica alemã. O imenso país e toda a sua riqueza natural começaram a aparecer nas pinturas e descrições de vários artistas e cientistas.
D. Pedro cresceu no Brasil
Pedro de Alcântara Francisco Antonio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, que nós conhecemos como D. Pedro I, filho de D. João e de D. Carlota Joaquina, quando chegou ao Brasil tinha apenas seis anos. Formou sua personalidade longe de Portugal o que o tornava alguém bem mais envolvido com os costumes da colônia.
D. João regressou a Portugal em 1821, deixando Pedro I no Brasil.
O contexto iluminista (movimento contra as crenças e instituições estabelecidas que se formava na Europa e também repercutia no continente americano) sinalizava que mudanças teriam de acontecer em breve e havia muita pressão de Portugal (que chegou até a ser governado por um marechal inglês de nome Beresford, que expulsara de lá os franceses) para assegurar que nada mudasse em relação ao domínio sobre o Brasil.
Em Portugal, revolucionários portugueses haviam tomado o governo e proclamando a criação das Cortes Constitucionais, uma assembléia representante do povo português que iria criar uma constituição para o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Além da criação de uma constituição, e a intenção de retirar a Inglaterra do governo português, as Cortes queriam recuperar economicamente as finanças portuguesas com uma recolonização do Brasil. Queriam então que D. Pedro deixasse o Brasil.
Por que D. Pedro deveria sair?
O Brasil alcançara conquistas e estava arriscado a retroceder, pois os novos decretos das Cortes ordenavam, além da saída de D. Pedro, a exclusão de brasileiros dos governos provinciais, do comando das armas e de qualquer cargo de autoridade política ou militar, a obediência das províncias a Lisboa e não mais ao Rio de Janeiro e a extinção dos tribunais do Rio.
Partiu dos brasileiros, principalmente dos setores mais aristocráticos da população, o desejo de que D. Pedro não fosse para Portugal (os planos de Portugal eram de que ele fizesse uma conveniente viagem cultural à Inglaterra, França e Espanha). Consta que D. Pedro reconhecia aí um movimento para desestabilizar a monarquia. No Brasil, havia um sentimento de que a sua presença era um reforço no processo já deflagrado para a independência.
A decisão de ficar no Brasil
José Bonifácio de Andrada e Silva, como membro do governo provisório de São Paulo, escreveu uma carta a D. Pedro criticando aquela decisão das cortes de Lisboa, carta divulgada pelo jornal Gazeta do Rio de Janeiro, em 8 de janeiro de 1822.
O Rio de Janeiro iniciou uma coleta de assinaturas, estendendo-a até Minas Gerais e São Paulo que já haviam aderido à causa de emancipação brasileira. As mais de oito mil assinaturas conseguidas foram entregues a D. Pedro por José Clemente Pereira, presidente do Senado da Câmara do Rio de Janeiro, pedindo que ele ficasse. No dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro escolheu desobedecer às ordens das cortes portuguesas e ficar no Brasil, usando estas palavras: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”.
Como crêem os historiadores, a decisão de D. Pedro de permanecer no Brasil intensificou o clima reinante que rumava para a independência.
História
Por volta de 1821, quando as Cortes portuguesas mostraram a idéia de transformar o Brasil novamente em uma colônia, D. Pedro I recebeu uma carta de Lisboa, exigindo seu retorno imediato para Portugal. A presença de D. Pedro impedia Portugal de recuperar suas finanças em cima do Brasil e recolonizá-lo.
O povo brasileiro não queria abrir mão de Dom Pedro I. Os liberais radicais, em resposta, organizaram uma movimentação para reunir assinaturas a favor da permanência do príncipe. Assim, eles pressionaram D. Pedro a ficar, juntando 8 mil assinaturas.
E respondendo negativamente as ordens de Portugal, no dia 9 de janeiro de 1922 D.
Pedro declarou: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, digam ao povo que fico”.
Do Dia do fico ao Grito 1822
Dois episódios históricos muito próximos, o Dia do fico e o Grito do Ipiranga, distantes apenas dez meses um do outro, ocorridos no ano de 1822, um em janeiro o outro em setembro, marcaram simbolicamente a emancipação brasileira do domínio lusitano, encerrando 322 anos de colonização portuguesa na América.
A presença da família real dos Bragança no Brasil, desde 1808, e a permanência do herdeiro do trono depois da volta de dom João VI para Lisboa, em 1821, terminaram por amortecer um movimento separatista violento e desagregador como ocorreu no restante do continente. Isto permitiu que apenas com dois gritos, o do Fico, mais baixo, e o do Ipiranga, mais sonoro, o Brasil atingisse a tão desejada autonomia sem os tormentos de uma guerra de independência prolongada e sangrenta e sem ver-se dividido em dezenas de republiquetas.
As negaças do príncipe
Ele está melhor disposto para os brasileiros do que eu esperava mas é necessário que algumas pessoas o influam mais, pois não está tão positivamente decidido quanto eu desejaria.
Major Schäffer, recrutador de colonos e próximo a dom Pedro, 1821
Por duas vezes seguidas as Cortes de Lisboa o chamaram. Queriam o príncipe dom Pedro, regente e capitão-general do Brasil, de volta a Portugal. Por duas vezes ele negou-se a ir. Na primeira vez, deu-se o fico , quando ele, no dia 9 de janeiro de 1822, na varanda do paço do Rio de Janeiro, acatou o manifesto com algumas milhares de assinaturas que o presidente do senado da câmara da capital, José Clemente Pereira apresentou-lhe implorando para que ele não partisse. Na segunda vez, no 7 de setembro do mesmo ano, deu-se a independência.
Momento em que o príncipe, nas margens do Ipiranga, respondeu ao apelo de um outro manifesto, este colhido por José Bonifácio em toda a capitania de São Paulo, com oito mil nomes escritos, que pedia que ele rompesse definitivamente com a Metrópole. Um grito numa sacada, outro grito, mais alto, num riacho, insuflados pelas lojas maçônicas e pelo povo, fizeram o Brasil independente de Portugal. Os dois acontecimentos produziram quadros, um de Debret, esboçado ali mesmo no calor da hora, o outro de Pedro Américo, feito muito mais tarde, trabalho de estudo, obra de atelier.
A confusão no reino
Diga-se que o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, instituído por Carta de Lei em 1815, era uma ficção e uma confusão. Até 1820, Portugal estava sob o governo de fato de um general inglês, Lord Beresford. O titular legítimo, dom João VI, o fujão, estava no Brasil desde 1808, corrido que fora de Lisboa pelas tropas francesas de Junot. Com a revolta antiabsolutista do Porto de 1820, o poder concentrara-se nas Cortes de Lisboa, instrumento dos liberais, os homens da casaca de briche, que, escaldados pelos excessos terroristas dos jacobinos franceses de 1793, preferiram manter-se obedientes a um regime com rei, lei e parlamento. Levaram oito meses convencendo o Bragança a voltar ao Tejo.
Finalmente, em 26 de abril de 1821, ele reembarcou com seus quatro mil cortesãos, rapando todo o ouro e jóia depositada no Banco do Brasil. Para o Brasil, as Cortes de Lisboa, empenhadas na Sagrada Causa da Regeneração Política da Nação Portuguesa, uma vasta reforma no reino inteiro, determinaram que se organizassem juntas governativas, cada uma delas responsável por uma das antigas capitanias. O espírito descentralizador, inerente ao liberalismo, acatava, como no caso de Minas Gerais, que até direito de conceder patentes militares, cunhar moedas e mesmo lançar tributos próprios elas passariam a ter.
Um quadro assustador
O quadro político, visto de quem estava no centro-sul do Brasil, era assustador. O Nordeste já se revoltara em 1817, a Bahia, seguida do Pará e do Maranhão, as principais províncias do Norte, que em extensão perfaziam 1/3 do país, já eram regimentos rebelados que não obedeceriam o Rio de Janeiro. Sossegaram os patriotas com o Sul quando o coronel gaúcho Manoel Carneiro da Silva e Fontoura, no emocionado Dia do Fico, em nome da unidade, juntou-se à vontade unânime dos povos do Rio de Janeiro, Minas e São Paulo , no apoio ao príncipe.
Ao redor do Brasil a situação não diferia muito. Os vizinhos sul-americanos haviam pego em armas há mais de dez anos, gerando caudilhos em cada rincão, enquanto no México um general realista meio doido, Iturbide, depois de sufocar os revolucionários em 1821, proclamara-se imperador Augustin I.
A dissolução da unidade americana
O sonho de Bolívar em manter as antigas províncias espanholas unidas numa confederação gerara um pesadelo de golpes e contragolpes onde cada cacique local, assanhado em despotismos, afiava a espada nas costas do outro. O ex-vice-reino ibérico das Américas, depois dos levantes e amotinamentos de 1810, era um monumento vivo ao caos. Em meio a esse tumulto todo temia-se repetir por aqui, elevado ao cubo, um Haiti, onde os escravos pegaram em armas, insuflados pelos tantãs dos sacerdotes vodu, passaram no machete e no machado toda a população branca e ainda derrotaram um general de Napoleão. Para José Bonifácio e os seus, era dom Pedro ou o dilúvio. O programa era fazer daquele príncipe do Mundo Novo imperador do Brasil, manter o país recém-liberto unido em torno da coroa, os escravos no eito e os portugueses na Europa. A solução era nacionalizar o herdeiro luso. Este, por sua vez, já seduzia-se pelo que andavam a cantarolar pelas ruas:
Para ser de glórias farto,/ Inda que não fosse herdeiro,/
Seja já Pedro Primeiro& Seja nosso Imperador/
& Mas nunca nosso Senhor .
O hino e o grito
No primeiro grito, o príncipe Pedro disse que não ia, no segundo foi o Brasil que se insurgia. Ao voltar de Santos para São Paulo, no dia 7 de setembro de 1822, depois de seu périplo de mais de 600 quilômetros pelo interior fluminense e paulista, por onde cavalgara por 24 dias, refeito das emoções do riacho Ipiranga, que se deram às quatro horas da tarde, desarreiando-se, inquieto, compõe o Hino da Independência. Ao adentrar a noite no camarote do teatro, não muito distante do Colégio dos Jesuítas, primeiro prédio da capital paulista, da platéia alvoroçada partiram os gritos Independência ou Morte! O varão dos Bragança, bom músico, dominando o fagote, o piano, a viola e o rabecão, com voz de tenor, vencera a parada no grito.
9 de janeiro ficou conhecido como Dia do fico porque nessa data o então príncipe regente do Brasil, D. Pedro, decidiu permanecer aqui, contrariando as ordens da Coroa portuguesa para que regressasse a Portugal.
Após a vinda da família real, em 1808, o Brasil havia sido elevado à categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves e quando D. João VI regressou a Portugal deixou aqui seu filho, D. Pedro, como regente.
Mas os portugueses pretendiam que o Brasil voltasse à condição de Colônia, o que a presença de D. Pedro impedia. Após receber manifesto assinado por milhares de brasileiros pedindo sua permanência, D. Pedro proferiu a frase que se tornou célebre: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico.”
9 de janeiro passou à História como o Dia do fico e em seguida D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a Portugal, abrindo caminho para a independência do Brasil.
Partido brasileiro
Claro que o “partido brasileiro” fez o possível e o impossível para que d. Pedro não fosse embora. Em poucos dias, recolheu 8 mil assinaturas implorando a d. Pedro que ficasse.
Ele deve ter se sentido nas nuvens e disse a famosa frase: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico.” Por isso esse dia é conhecido como “Dia do Fico”. Era o dia 9 de janeiro de 1822. Estamos a seis meses da independência.
A partir daí, d. Pedro “pulou de cima do muro” e se posicionou a favor da ruptura com Portugal. O processo para a independência começou a rodar em altíssima velocidade. Os portugueses que se revoltaram aqui no Brasil contra a decisão foram reprimidos.
D. Pedro também determinou que nenhum decreto que as Cortes inventassem lá em Portugal teria sentido aqui, a não ser que ele próprio o assinasse com um “Cumpra-se”.
Portugal ficou furioso e mandou tropas para cá, que o imperador logo tratou de despachar de volta. Além disso, d. Pedro formou um novo ministério, que tinha brasileiros e portugueses, mas a chefia era de um brasileiro: José Bonifácio de Andrada e Silva.
E tratou de convocar uma Assembleia Constituinte, para elaborar uma Constituição para o Brasil _ que só foi se reunir um ano depois.
A cena clássica da Independência
O Brasil, depois de descoberto em 1500, tornou-se colônia de Portugal. Ou seja: só podia fazer comércio com Portugal. Tinha também que seguir suas leis. Não podia ter escolas, nem fábricas, nem jornais à vontade. Tudo tinha que ser autorizado ou trazido de fora. Assim como outros países europeus faziam com suas colônias pelo mundo, Portugal procurava tirar o máximo de riqueza daqui e levar para a Europa.
Naturalmente, ao longo de décadas, a vontade de separar o Brasil de Portugal foi aumentando inclusive entre descendentes de portugueses. Além de todos os impedimentos, havia os pesados impostos cobrados. Ao mesmo tempo, pessoas que iam estudar na Europa traziam para o país as novas idéias que começavam a circular no mundo. A Independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução Francesa eram exemplos de que era possível mudar a situação brasileira.
Alguns movimentos já haviam tentado antes a independência. Os mais famosos foram a Inconfidência Mineira, em Minas Gerais, no ano de 1789 – que levou seu líder, Tiradentes, à forca; a Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, na Bahia, quase dez anos depois, em 1798; e a Revolta Pernambucana, em 1817.
O Rei de Portugal, D. João VI
É preciso lembrar que desde 1808, o Rei de Portugal e toda a corte (quase 10 mil pessoas) estavam no Brasil, depois de fugirem da invasão de Portugal por Napoleão. O Brasil tornou-se um Reino e ganhou mais liberdade. Dom João VI liberou os portos para o comércio do que principalmente a Inglaterra se beneficiou. Fundou escolas e permitiu também que brasileiros começassem a fabricar alguns dos artigos de que o país precisava.
Em 1821, contudo, a situação em Portugal havia mudado. Napoleão foi derrotado. Algum tempo depois, Portugal, com a chamada Revolução do Porto, livrava-se também da intervenção inglesa. A família real foi intimada a voltar para o país. Dom João partiu então para Portugal, deixando por aqui provisoriamente como príncipe-regente seu filho, Dom Pedro.
O Príncipe Dom Pedro I
Os grandes fazendeiros viram que Portugal queria retirar todos os avanços que a vinda da Família Real tinha trazido para o Brasil, fazendo-o voltar a ser apenas uma colônia: era como voltar ao século XVII.
O príncipe Dom Pedro havia se criado praticamente no Brasil. Apesar disso, provavelmente cumpriria as determinações de Portugal, ainda mais que as tropas portuguesas aqui sediadas e a população portuguesa no país o pressionavam. Porém, em janeiro de 1822, o príncipe recebeu um abaixo-assinado com quase oito mil assinaturas, escrito por um político, José Bonifácio, pedindo que desafiasse Portugal e ficasse no Brasil. O texto convenceu D.Pedro a não ir. Essa decisão mudou a história do Brasil e o dia 9 de janeiro de 1922 ficou conhecido como o “Dia do Fico”.
A partir daí, D. Pedro se posicionou a favor da ruptura com Portugal. Tropas foram mandadas para cá. A pressão de Portugal aumentou, até o momento em que Dom Pedro, como conta a história oficial, declarou a independência.
A cena tradicional descreve o Príncipe sobre um belo cavalo, em seu uniforme de gala, na margem de um rio, o Ipiranga. Ali recebeu de um mensageiro ordens de Portugal para que voltasse imediatamente.
Conta-se que então desembainhou sua espada, dando o grito que ficou famoso: “Independência ou Morte!”
Na verdade, o belo cavalo provavelmente era uma mula, mais apropriada para uma longa viagem em lombo de animal, a roupa era a mais simples possível para o calor e consta que o Príncipe não estava em seu melhor humor, vitimado por sérios problemas “intestinais”. Embora nem o grito tenha sido dado, o fato é que a partir dali Dom Pedro, que sempre vivera no Brasil, teve a coragem de desafiar Portugal e abrir caminho para um novo país.
No entanto, no Norte e Nordeste, muitos grandes fazendeiros preferiam a volta do sistema colonial e receberam apoio de Portugal para resistir à Independência. O país enfrentou então cerca de um ano de guerras localizadas.
Por outro lado, começou aí a história da “dependência” do Brasil, uma vez que toda essa guerra foi custeada com dinheiro emprestado da Inglaterra.
Além do mais, para a independência brasileira ser reconhecida, principalmente pelos países europeus, ainda levaria quase onze anos e iria se gastar muito dinheiro.
Cada país fazia mais exigências que o outro. A própria Inglaterra, por exemplo, determinou que o Brasil pagasse a Portugal uma indenização de duas mil libras.
Nascia aí a aventura do Brasil para tornar-se realmente independente – que dura até os dias de hoje.
A data
Um dia famoso, em 9 de Janeiro de 1822 o então príncipe regente D. Pedro de Alcântara foi contra as ordens das Cortes Portuguesas que exigiam sua volta, ficando no Brasil. Esse é o Dia do Fico.
Por volta de 1821, quando as Cortes portuguesas mostraram a idéia de transformar o Brasil de novo numa colônia, os liberais radicais se uniram ao Partido Brasileiro tentando manter a autoridade do Brasil.
As Cortes mandaram uma nova decisão enviada para o príncipe regente D. Pedro de Alcântara. Uma das exigências era sua volta imediata.
Os liberais radicais, em resposta, organizaram uma movimentação para reunir assinaturas a favor da permanência do príncipe. Assim, eles pressionariam D. Pedro a ficar, juntando 8 mil assinaturas.
Foi então que, contrariando as ordens emanadas por Portugal para seu retorno à Europa, declarou para o público: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação. Estou pronto! Digam ao povo que fico”.
A partir daí, D. Pedro entrou em conflito direto com os interesses portugueses. Para romper o vínculo que existia entre Portugal e o Brasil.
Fonte: www.ibge.gov.brwww2.portoalegre.rs.gov.br/www.brasilcultura.com.br/ www.igeduca.com.br/www.canalkids.com.br/www.brazilkids.de/www.trabalhonota10.com.br
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