Parintins

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Festival Folclórico de Parintins> começou sua festa no formato atual em 1964, época aonde já se destacava a rivalidade entre a torcida do Boi Garantido e do Boi Caprichoso. A festa do boi, como é chamada pelo povo, acontece todos os dias no coração dos amazonenses.

Os ensaios, a confecção das alegorias, fantasias e coreografias têm início dois meses antes do grande evento celebrado no bumbódromo, com capacidade para 35 mil expectadores. A disputa baseia-se em lendas locais, que ano após ano, voltam a povoar o imaginário popular, representando a história do homem amazonense através de uma grande festa.

A rivalidade é ferrenha, mas os adversários se respeitam. Os integrantes do Caprichoso, ou do Garantido, limitam-se a chamar o rival de “contrário”. No Bumbódromo, construído em 1988 e considerado a maior obra cultural e desportiva do Estado do Amazonas, cada Boi se apresenta durante 3 horas nos três dias de festival. A ordem das apresentações é sempre definida por sorteio.

Parintins
Bumbódromo – Parintins

Bumbódromo do festival

Inaugurado em 1988, o Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes divide Parintins ao meio, marcando o limite dos currais de Garantido e Caprichoso: com capacidade para 35 mil espectadores, o Bumbódromo é considerado a maior obra cultural e desportiva do Estado do Amazonas.

Boi Garantido (vermelho), conhecido como “Boi do povão”, divide o espaço com o Boi Caprichoso (azul), considerado como “Boi da elite”. Durante a festa apenas 5% dos ingressos são vendidos, e o restante é gratuito para os espectadores do festival, cujos portões são abertos às 14 horas durante os dias do evento.

Seja vermelho ou azul, se você chegar cedo conseguirá pegar um lugar melhor na arquibancada. E se não conseguir entrar, seguramente você acompanhará a festa através de um dos cinco telões de 20 metros quadrados, colocados na face externa do Bumbódromo.

São mais de 10.000 m2, com cadeiras numeradas, arquibancadas especiais, camarotes e cabines para autoridades. O Bumbódromo tem o formato de um boi estilizado, onde a cabeça é representada pela tribuna de honra e os dois acessos laterais lembram os chifres.

A arena e a arquibancada dão o contorno do animal. Em 2003 pela primeira vez na história do Festival, um presidente da República prestigiou o evento. Luís Inácio Lula da Silva ficou encantado com o que assistiu na arena, com o talento do caboclo amazonense.

Nessa festa, religiosidade e folclore se misturam entre animais da floresta, figuras do imaginário popular e índios. Os quatro mil integrantes de cada Boi contam ano após ano a história de Pai Francisco e Mãe Catirina, a qual tem um desejo incontrolável de comer língua de boi durante a gravidez, e pede a seu marido para saciá-lo.

Para cumprir a tarefa, Pai Francisco mata o boi preferido do patrão, que o descobre. Em seguida um padre e um pajé são chamados e salvam o boi, que ressuscita e perdoa Pai Francisco e Mãe Catirina.

Sobre a cidade

Conhecida pelo festival do Boi-bumbá, que no mês de junho apresenta a competição dos Bois Caprichoso (Azul) e Garantido (Vermelho), Parintins foi fundada no século XVIII, ainda dentro do estado do Grão-Pará (atual estado do Amazonas). Mas seus primeiros habitantes foram os índios Maués, Sapupés, e Parintins (daí a origem do nome).

Foi no ano de 1796 que a mando do governo português, José Pedro Cordovil aportou à região, denominando-a Tupinambara. Já em 1803, é criada no local uma missão religiosa, denominada Vila Nova da Rainha.

Em 1848 o local foi elevado à condição de Vila (já então integrada ao Estado do Amazonas), chamando-se então Vila nova da Imperatriz. E finalmente, sendo em 1880 elevada ao status de cidade, e rebatizada Parintins, como até hoje é conhecida.

Localização:> Localizada à margem direita do rio Amazonas, na ilha de Tupinambarana.

Coordenadas Geográficas:

Latitude -> 2º 36’ 48″ Sul
Longitude -> 56º 44’ Oeste

Distâncias:> Manaus – 369 km em linha reta e 420 km por via fluvial

Limites:

O Município de Parintins, constituído pelos Distritos de Mocambo e Parintins, tem os seus limites assim definidos:

Com o Estado do Pará: Começa na boca do igarapé do Valério na margem direita do rio Amazonas, defronte à Serra de Parintins; desta serra, pela linha geodésica que limita o Estado do Amazonas com o Estado do Pará, até alcançar sua interseção com o divisor de águas rios Andirá-Uaicupará.

Com o Município de Barreirinha:

Começa na interseção do divisor de águas rios Andirá-Uaicupará com a linha geodésica que limita o Estado do Amazonas com o Estado do Pará; esse divisor, para norte, até alcançar a boca de cima do furo Uaicupará; este furo por sua linha mediana, até alcançar sua boca de baixo no paraná do Ramos; este paraná, por sua linha mediana, até alcançar o furo das Colheiras; este furo, por sua linha mediana, até alcançar o paraná do Limão; este paraná, por sua linha mediana, até alcançar o encontro do paraná do Limãozinho com o paraná Urucurituba; este paraná, por sua linha mediana, até alcançar o lago Arapapá.

Com o Município de Urucurituba:> Começa na boca do lago Arapapá, no paraná de Urucurituba. Desta boca, por uma linha, até alcançar a boca de cima do paraná do Mocambo, na margem esquerda do rio Amazonas; este rio, subindo por esta margem, até alcançar a localidade Ponta do Remanso.

Com o Município de Nhamundá: Começa na margem esquerda do rio Amazonas, na Ponta do Remanso; subindo este rio até a Barreira do Paurá, desta barreira, por uma linha, até alcançar as cabeceiras do igarapé Aduacá, este igarapé por uma linha mediana, até alcançar a boca do paraná do Cabori; este paraná, por sua linha mediana até alcançar sua boca no lago Cabori; o paralelo desta boca, para leste, até alcançar o paraná, por sua linha mediana, até alcançar o rio Caldeirão este rio, por sua linha mediana até alcançar sua confluência com a margem esquerda do rio Amazonas; desta confluência, por uma linha, até alcançar a confluência do igarapé do Valério, na margem direita do rio Amazonas, defronte à Serra de Parintins. Divisas interdistritais.

Entre o Distrito de Mocambo e Parintins:> Começa na boca do paraná do Cabori, no igarapé Aduacá, o paraná do Cabori, por sua linha mediana, até alcançar sua boca no lago Cabori, o meridiano desta boca para sul, até alcançar sua interseção com o paraná do Limão.

Clima:> Tropical chuvoso e úmido.

Vegetação:> A vegetação, típica da região Amazônica é formada por florestas de várzea e terra firme, tendo ao seu redor um relevo composto por lagos, ilhotes e uma pequena serra.

Linguagem do Festival

Arraial:> Comércio de comidas típicas e atividades sócioculturais.
Contrário: Denominação dada ao torcedor do outro boi, em época de festival a rivalidade é tão grande que se recusam a pronunciar o nome do boi “contrário”.
Figura: Personagem do boi. Exemplos:> Bicho folharal, Dona Aurora, Neguinho do Campo Grande etc…
Galera:> Torcida.
Cunhã Poranga: Moça Bonita.
Marujada de Guerra: Nome dado a batucada do Caprichoso.
Palminha: Dois pedaços de madeira retangular (itaúba ou sucupira) usado para marcar o ritmo das toadas.
QG: Local onde são confeccionadas as fantasias.
Toada: Música.
Tripa:> Pessoa que brinca embaixo do boi.

Culinária

O pescado é a base da alimentação do amazonense. Com mais de 2 mil espécies de peixes, a gastronomia local oferece uma variedade de pratos com predominância indígena, alem da influência portuguesa, africana e francesa. Junto com as deliciosas frutas tropicais de sabor marcante, com pimentas e a farinha de mandioca, a culinária regional é uma comprovação da exuberante e rica natureza amazônica.

Os principais peixes são o Tambaqui (Colossama macropomum), servido assado ou como caldeirada, o Pirarucu (Arapaima gigas) conhecido como o bacalhau da região pelo processo de conservação utilizando o sal. Há também o Tucunaré ( Cichia Ocollaris) de sabor delicado utilizado para as calderadas ou o Jaraqui, muito consumido pela população com farinha e molho de pimenta.

A culinária local reserva para o pescado um exótico acompanhamento.

A farinha de mandioca de vários tipos é uma das principais combinações junto com as verduras e pimentas malagueta, murupi ou de cheiro. Normalmente são servidas com o molho do tucupi, também extraído da mandioca e de sabor marcante com um alto grau de acidez.

Para acompanhar as refeições o ideal são os sucos de frutas regionais que também servem de base para os doces, geleias e sorvetes de sabor delicioso e incomum. As frutas mais apreciadas são cupuaçu, graviola, taperebá, buriti, maracujá etc, além do refrigerante de guaraná da Amazônia.

Artesanato

Com madeira, raízes de árvores, cipós, palhas, sementes, fibras naturais e penas artificiais o nosso artesanato pede ser encontrado nas comunidades locais, no Porto Mercado e bumbódromo. Ressaltamos os adornos com contas coloridas feitos pelos indígenas Satére-Mawê e Wai-Wai.

O artesanato popular é feito em palha, cuia, juta e muitos outros materiais. Já o indígena usa penas e grande variedade de sementes que formam colares, brincos, cocares e outros tipos de adereços. E, na época do Festival Folclórico, também pode ser encontrado miniaturas dos bois esculpidas em isopor e gesso e as camisas com motivos folclóricos, também são encontradas em várias lojas da cidade.

Fonte: www.geocities.com

Parintins

História

Durante as viagens exploratórias da Coroa Portuguesa em 1796, a Ilha Tupinambarana, hoje Município de Paritins, foi descoberta pelo Capitão de Milícias José Pedro Cordovil. A região era habitada pelos índios Tupinambá – de onde surgiu o nome da ilha – e também pelas tribos Sapupé, Peruviana, Mundurucu, Mawe e Parintins. No ano de 1803, uma missão religiosa sob a direção do frei José das Chagas, denominada Vila Nova da Rainha, instalou-se no lugar.

Em 1833, essa Missão foi elevada à categoria de Freguesia, mudando o nome para Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana.

Em 15 de outrubro de 1852 a elevação da Vila é efetivada, passando em então a se chamar Vila Bela da Imperatriz.

Em 25 de Dezembro de 1880 a sede do município passou a se chamar Parintins, nome vindo dos índios Parintins ou Parintintins, antigos habitantes do local.

Já em 1991, na vigência da divisão administrativa, o Município era composto de quatro distritos: Parintins (sede), Paraná do Ramos, Nhamundá e Xiburi. Mais tarde, foi criado o distrito da Ilha das Cotias, que em 1950 passou a constituir o Município de Nhamundá. Extinta a antiga divisão distrital, o Município de Parintins é constituido pela cidade de Parintins (sede) e pelas agrovilas de Mocambo e Cabury.

Linha do Tempo

1803 – Passa de fazenda de Cordovil à categoria de missão, com o nome de Vila Nova da Rainha.
1833 – Passa a se chamar Freguesia de Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana.
1848 -> elevada à categoria de Vila Bela da Imperatriz.
1852 – É criado o Município de Parintins. (25/12/1880)

Atrativos Naturais

Praias:> Onças, Guaribas, Pacoval e Marinho.
Lagos: Parananema, Macurany, Aninga, Zé Açu, Valéria e Uaiacupará.

Economia

Pesca, pecuária, comércio e turismo.

Ficha de Parintins

Dimensão: 7.069 Km2.
Localização:> Margem direita do rio Amazonas.

Fronteiras

Norte: Nhamundá
Sul: Barreirinha
Oeste: Urucurituba
Leste: 
Pará
Altitude: 50m acima do nível do mar.
Clima: tropical, chuvoso e úmido
Temperatura: Max.: 30,5º e Min.: 24,6º
Inverno: dezembro a maio (época de chuva)
Verão: junho a novembro
Vegetação: floresta de várzea e terra firme.
População:> estima-se em mais de 100 mil habitantes

Distância PARINTINS/MANAUS

Linha Reta:> 325 Km
Via Fluvial : 370 Km
População:> 90.150 (IBGE)

Fonte: parintins.com

Parintins

Parintins é pura festa. É um dos mais importantes patrimônios culturais da América Latina, graças à mundialmente famosa Festa do Boi.

Festival Folclórico de Parintins é uma festa a céu aberto, onde competem o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. Não deixe de escolher para qual boi você vai torcer, o conheça as toadas, que são os enredos da competição e visite os “currais” – que são os locais de ensaio e confecção das alegorias.

O “Bumbódromo”, arena da competição dos bois-bumbás com capacidade para até 35 mil pessoas é o Centro Cultural Amazonino Mendes, aberto a visitação o ano inteiro.

Mas Parintins não para por aí, a cidade é um verdadeiro festival de festivais, que acontecem o tempo todo. A riqueza cultural do povo amazonense sempre aparece em meio a muita festa.

Cidade cercada de belezas naturais, Parintins, a ilha do Paraíso, se completa mesmo pelo povo que tem. Os atrativos turísticos se tornam, portanto, importantes, mas não fundamentais.

Como Chegar

Por via aérea: Vôos diários a partir de Manaus.

Por via fluvial

Barcos têm saída diária de Manaus

Não é possível chegar a Parintins via terrestre, pois não há estradas na região.

Para chegar a Parintins, três são os pontos obrigatórios de partida:> as cidades de Manaus, Belém ou Santarém.

Santarém é a cidade mais próxima a Parintins, algumas horas de barco e poucos minutos de avião. Existem linhas aéreas diárias e barcos que fazem o transporte entre as duas cidades.

Manaus é o grande ponto de partida em direção a Parintins. Todas as operadoras de turismo da cidade estão dirigidas ao Festival durante os meses de maio e junho. Existem saídas diárias para Parintins no aeroporto e no Porto de Manaus.

Geralmente, entre 20 de junho e 5 de julho o número de vôos multiplica e chegam a sair vôos de Manaus de hora em hora em direção a Parintins.

Fonte: turismobrasil.gov.br

Parintins

A cidade de Parintins> foi fundada em 1793 localizando-se à margem direita do Rio Amazonas, tendo em seu povo uma expressão artística reconhecida mundialmente através da realização do Festival Folclórico. A Ilha Tupinambarana, como é conhecida, foi primitivamente habitada pelos índios Tupinambás, Maués e Sapupés.

Tem um relevo formado por florestas de várzea e terra firme, por lagos, ilhas e uma pequena serra que faz divisa dos estados do Amazonas e do Pará.

A serra de Parintins circunda uma expressiva área rica na fauna e flora. Na lateral é presente o lago da Valéria que é a porta de entrada do estado para o turismo de natureza.

No rio Uaicurapá, em sua época de vazante (agosto a fevereiro), surgem as belas praias fluviais com areias brancas e águas escuras, não muito longe o visitante pode curtir as ilhas do Pacoval, das Onças e das Guaribas.

O Folclore é considerado a maior manifestação cultural do Brasil. A partir de 12 de junho os folguedos juninos começam a se apresentar nas quadras das escolas e no Bumbódromo (arena com formato estilizado de cabeça de um boi e uma capacidade para 35 mil espectadores).

São Quadrilhas, Cordões de Pássaros, Xaxados e Bois-Bumbás trazidos pela migração nordestina no início deste século. O concurso se estende até o final junho, dando lugar a disputa do Caprichoso e Garantido que aqui tomaram características próprias com a miscigenação indígena. Lendas como a da “Cobra Grande” ganham vida na mão dos artistas do festival e enriquecem as apresentações dos Bumbás.

Na arena, desfilam figuras, como rainhas, princesas, animais estilizados e personagens do folclore brasileiro como o Curupira, a Iara, o Boto Tucuxi e muitos outros. Mas o ponto alto é a encenação da “morte do boi”. Resumindo, a história é simples. Mãe Catirina está grávida e deseja comer língua de boi. Pai Francisco, com medo do filho não nascer com saúde, satisfaz o desejo da esposa e mata o boi de seu amo. O amo descobre e resolve prender Pai Francisco com a ajuda dos índios. Depois de muito sofrer, ele é salvo pelo padre e pelo pajé. Esse consegue a façanha de ressuscitar o boi. Com o boi vivo novamente, a festa reinicia-se e segue intensa.

Fonte: www.amandafontes.xpg.com.br

Parintins

Festival Folclórico de Parintins

Dias 28, 29 e 30 de junho eram dedicados exclusivamente aos espetáculos proporcionados pelos dois bumbás rivais, CAPRICHOSO e GARANTIDO, que durante horas em cada noite encenam um verdadeiro ritual amazônico com Pai Francisco, Mãe Catirina, Tuxauas, Cunhã Poranga, Pajé e suas inúmeras tribos, lendas e rituais indígenas. Dançam em círculo ao som das toadas e o toque das palminhas ao ritmo cateretê (indígena), carimbó e marcha. Em uma decisão que contraria a tradição do Festival desde 2005 o festival é realizado no último final de semana do mês de junho, sexta/sábado/domingo, é a tradição se rendendo ao lado comercial, que no entendimento de alguns tal mudança pode atrair mais público e renda.

As torcidas ornamentam seus redutos com muita criatividade para completarem o show inesquecível. Ao entrar na arena o boi bumbá é recebido com uma salva de fogos de artifícios e o grito de guerra da plateia ecoa diante do silêncio da galera contrária.

Linguagem do Festival

Arraial – Comércio de comidas típicas e atividades socioculturais.

Contrário – Denominação dada ao torcedor do outro boi, em época de festival a rivalidade é tão grande que se recusam a pronunciar o nome do boi “contrário”.

Figura – Personagem do boi, exemplo:> Bicho folharal, Dona Aurora, Neguinho do Campo Grande etc…

Galera – Torcida.

Cunhã Poranga> – Moça Bonita.

Marujada de Guerra> – Nome dado a batucada do Caprichoso.

Palminha – Dois pedaços de madeira retangular (itaúba ou sucupira) usado para marcar o ritmo das toadas.

QG> – Local onde são confeccionadas as fantasias.

Toada – Música.

Tripa – Pessoa que brinca embaixo do boi.

Mais descritivos da cidade e do Festival

Parintins> fica distante de Manaus 420km (leste) por via fluvial, por via aérea são 350km e a viagem leva em torno de 1 hora. Com mais de 90 mil habitantes a cidade é localizada na margem direita do rio Amazonas, a Ilha Tupinambarana. A vegetação, típica da região amazônica, é formada por floresta de várzea e terra firme, tendo ao seu redor um relevo composto por lagos, ilhotas e uma pequena serra. No rio Uaiacurapá, na época da vazante, surgem as belas praias fluviais.

Também procuradas pelos banhistas, as ilhas do Pacoval, das Onças do largo Mar e das Guaribas têm ainda a vantagem de serem ricas em flora e fauna. Para os apreciadores da pesca esportiva, as opções também são variadas. Macurany, Parananema, Aninga, Zé Açu, Valéria e Uaiacurapá são alguns dos muitos lagos piscosos da região. A serra de Parintins é outro atrativo natural que merece ser visitado. É uma pequena formação de 152 metros de altitude circundada por espessa vegetação, no seu pé, estende-se o Lago da Valéria, velho conhecido dos pescadores. Cidade limpa e aconchegante, Parintins tem tudo para agradar o visitante. Para os adeptos do “turismo cultural”, a dica é incluir na programação uma visita à igreja do Sagrado Coração de Jesus, construída em 1883; às casas situadas na Rua Benjamin da Silva e Praça Eduardo Ribeiro; e às ruínas da Vila Amazônica, resultado da migração japonesa para a região, estimulada pelo cultivo da juta na década de 30.

Parintins se transforma com a chegada do mês de junho. Dividida nas cores vermelho e azul dos bumbás, Caprichoso e Garantido, é palco da maior manifestação cultural da região norte do Brasil, o Festival Folclórico de Parintins. No final do mês de junho as atenções se voltam para as apresentações dos bois Caprichoso e Garantido, que há quase 80 anos brincam nas ruas da cidade e dividem “o coração” do povo da ilha. O espetáculo proporcionado pelos bumbás durante os três dias vale o esforço dos 10 mil brincantes que, durante três horas por noite dançam ao som das “toadas” e dos repiques das batucadas. Diante de uma plateia de mais de 35 mil espectadores, a criatividade do Parintinense parece inesgotável. Lendas como a da “Cobra Grande” ganham vida na mão dos artistas do festival e enriquecem as apresentações dos Bumbás. Nas arquibancadas, o espetáculo não é menor. As “galeras”, como são conhecidas as torcidas organizadas dos dois bois, ornamentam seus territórios da melhor forma possível, com bandeirinhas, balões, fitas, painéis luminosos e tudo o que a imaginação mandar. Se o boi que está na arena é aquele do seu coração, deliram entoando as canções e batendo vigorosamente as “palminhas” de madeira em ritmo cadenciado. Mas se o bumbá na arena é seu “contrário”, o silêncio é total. A entrada de cada bumbá no Centro Cultural de Parintins, batizado carinhosamente de Bumbódromo, é antecipada por uma salva de fogos de artifício e pelo grito de guerra dos “brincantes”, que ecoa diante da multidão ansiosa. Na arena, desfilam figuras, como rainhas, princesas, animais estilizados e personagens do folclore brasileiro como o Curupira, a Iara, o Boto Tucuxi e muitos outros. Mas o ponto alto é a encenação da “morte do boi”. Resumindo, a história é simples. Mãe Catirina está grávida e deseja comer língua de boi. Pai Francisco, com medo do filho não nascer com saúde, satisfaz o desejo da esposa e mata o boi de seu amo. O amo descobre e resolve prender Pai Francisco com a ajuda dos índios. Depois de muito sofrer, ele é salvo pelo padre e pelo pajé. Esse consegue a façanha de ressuscitar o boi. Com o boi vivo novamente, a festa reinicia-se e segue intensa, num ritmo frenético que contagia a todos e não deixa ninguém imune.

Fonte: viverde.com.br

Parintins

Nome originado da tribo dos Parintintins, antigos habitantes do lugar.

Na segunda metade do século XVIII, várias viagens de exploração do rio Amazonas foram efetuadas a mandado do governo Português. Na viagem realizada em 1796, o capitão José Pedro Cordovil resolveu ficar numa das ilhas formadas pelo grande rio, onde desembarcou “com os seus escravos e agregados” para “dedicarem-se à pesca de pirarucu nos lagos próximos e também à agricultura”. Encontraram como habitantes da região os índios Sapupés e Maués. A estes juntaram-se mais tarde os Peruvianos, Uapixabas e Mundurucus. Habitavam também a região, mais para o recesso do município. Eram os Paritintins antropófagos e viviam em lutas constantes com as tribos vizinhas, principalmente, com os Mundurucus, seus inimigos mais ferrenhos. Cordovil deu ao local a denominação de Tupinambarana. Poucos anos após, havendo Cordovil obtido do governo de Dona Maria a doação de uma sesmaria nas proximidades do lago Miriti, para ali se transferiu com a sua gente, ofertando Tupinambarana à rainha D. Maria I.

Há divergências quanto à data da criação da freguesia. Antonio C. R. Bitencourt em seu livro “Memória do Município de Parintins”, à página 15 informa que a “Vila Nova da Rainha foi elevada à freguesia com a denominação de Tupinambarana pelo Decreto de 25 de julho de 1832 do Governo do Pará.” Mais adiante, à página 90, informa que “dizem que a freguesia foi criada pela lei paraense de 28 de junho de 1832”. Prosseguindo, informa ainda que no “mapa n. 3, anexo ao relatório do Vigário geral da Província, de 17 de agosto de 1858, consta que essa freguesia foi criada em 1803”.

Pela Lei n. 146, de 24 de outubro de 1848, da Província do Pará, foi satisfeita a tão acalentada aspiração dos habitantes de Tupinambarana:> A Freguesia fora elevada à categoria de vila com a denominação de Vila Nova da Rainha. Datou, conseqüentemente, daí a criação do município com território desmembrado do de Maués. A comarca foi criada pela Lei provincial de 24 de setembro de 1858, compreendendo os termos de Vila Bela da Imperatriz e Vila da Conceição. Em 1881, foi desmembrado do município de Parintins o território que constituiu o município de Vila Nova de Barreirinha.

Na divisão administrativa de 1933, aparece com um distrito apenas – o do mesmo nome.

Nas divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, figurava com dois distritos: Parintins 1º e Parintins 2º. Já no quadro anexo ao Decreto-lei Estadual n. 69, de 31 de março de 1938, modificado pelo Decreto Estadual n. 78, de 9 de maio do mesmo ano, figura o município com um só distrito – o da sede.

Em virtude do Decreto-lei Estadual n. 176, de 1º de dezembro de 1938, foi criado o distrito o distrito de Ilha das Cotias.

Passando então o município a constituir-se de dois distritos:> Parintins e Ilhas das Cotias.

Pela Lei n. 226, de 24 de setembro de 1952, a comarca de Parintins perdeu os termos judiciários de Barreirinha e Urucará, que se transformaram em comarca por força da mesma Lei. A comarca de Barreirinha, todavia a época também não tinha sido instalada. Em virtude da lei estadual n. 96, de 19 de dezembro de 1955, foi desmembrado do município de Parintins o distrito da Ilha das Cotias que, por força dessa mesma lei passou a constituir o município de Nhamundá.

Fonte: www.ivs.am.gov.br

Parintins

História do Festival

O nascer do boi-bumbá de Parintins e seu crescimento

São inúmeras as versões para o surgimento dos bois de Parintins. Quem é torcedor do Garantido diz que o boi contrário veio depois. Quem é amante do Caprichoso diz que seu bumbá surgiu antes. Enfim, datas exatas não existem. Existem sim histórias e estórias.

Sabe-se que os bois-bumbás de Parintins são hoje parte de um grande movimento de massa e o maior produto cultural do Amazonas.

O Festival Folclórico de Parintins é responsável por movimentar milhões de reais na economia regional, impulsionar o turismo e – segundo alguns pesquisadores das ciências humanas e sociais –, colaborar com a manutenção da identidade regional dos povos da Amazônia.

Mesmo caracterizado como um mega-espetáculo, as origens da festa remontam a caracteres da cultura popular e folclórica. Os bois de Parintins sofrem um grande emaranhado de influências culturais. A religiosidade, os temas indígenas e amazônicos, a cultura nordestina, e até mesmo a mídia televisiva ajudaram a moldar a maior manifestação cultural do Estado do Amazonas.

A fé e as origens

Mesmo após conversas com moradores antigos, primeiros brincantes e folcloristas da ilha Tupinambarana não é fácil chegar a um consenso sobre a origem dos bumbás.

A tradição oral de Parintins conta, em versões variadas, que o Boi Caprichoso foi criado pelos Irmãos Cid e o Boi Garantido pelo parintinense Lindolfo Monteverde.

Os irmãos João Roque, Félix e Raimundo Cid nasceram em Crato, no Ceará. Eles vieram para o Amazonas em busca de trabalho em seringais da borracha, se encantaram com a ilha de Parintins e resolveram viver na cidade.

Uma das versões conta que Roque Cid, teria feito uma promessa para São João após enfrentar algumas dificuldades financeiras e de saúde já em Parintins. Outra versão diz que os irmãos Cid fizeram uma promessa para conseguir uma boa vida, ainda no Ceará, e partiram em busca de uma nova terra.

Independente do motivo que gerou a promessa, o pagamento após a realização do pedido seria o ato de colocar um boizinho para brincar nas ruas em homenagem ao santo. A promessa foi atendida e o boi passou a brincar nas ruas de Parintins.

Supostamente, a origem do nome Caprichoso se deu após os Cid conhecerem o advogado parintinense José Furtado Belém. Ele já conhecia um outro boi-bumbá chamado de Caprichoso, que brincava no bairro Praça 14, em Manaus, então sugeriu a adoção do mesmo nome. A sugestão foi acatada e o boi dos Cid batizado como Caprichoso.

Em 1913 nasceu o boi-bumbá Caprichoso, que teve José Furtado como seu primeiro padrinho.

Há moradores mais antigos da ilha de Parintins que contradizem essa versão e acreditam que os bois Galante e Garantido nasceram antes do Caprichoso.

O boi Galante teria sido criado por Emílio Vieira, também conhecido como o Tracajá. Devido a uma briga interna, Emilio teria deixado o boi de lado e os irmãos Cid passaram a tomar conta do bumbá. O fato teria ocorrido em 20 de outubro de 1913, data considerada como o dia oficial da fundação do Caprichoso.

O boi-bumbá Garantido foi fundado por Lindolfo Monteverde, um negro parintinense, descendente de nordestinos. Os seus familiares contam que após contrair malária em um seringal, foi feita uma promessa para São João. Se a saúde de Monteverde fosse restabelecida ele colocaria um boizinho para brincar nas ruas em honra ao santo.

São João atendeu a súplica e nasceu em 1913 o boi-bumbá Garantido. Os primeiros anos de brincadeira contavam com a participação de Pai Francisco, Catirina, Mãe Maria, pai da Mata, Gazumbar e vaqueiros.

Uma ‘sátira sagrada’

A exaltação da figura do boi é comum em várias civilizações e a ligação dele com o sagrado também. No antigo Egito o touro Ápis era cultuado, na Índia a vaca ganha ares de divindade. Em Parintins, o boi servia como meio de homenagear os santos e expressar a fé.

Mas, além da função religiosa, brincar de boi representava também um meio de expressão da cultura marginal, popular.

Nos primórdios da festa – quando se celebrava o auto do boi – o boi-bumbá era cômico e grotesco, uma verdadeira sátira.

O auto é resquício da cultura nordestina e contava a história da morte e ressurreição do boi preferido do dono da fazenda – morto para atender o desejo de Mãe Catirina, uma negra grávida, esposa de Pai Francisco, que queria comer a língua do touro preferido do amo.

Era teatralização de uma realidade oposta aos interesses da elite. A exaltação dos interesses da classe tida como marginal, dos negros, dos funcionários, que afrontavam o dono da fazendo ao atender os desejos de uma negra grávida.

A sátira perdeu lugar para outras formas. O enredo do boi-bumbá foi se adequando aos novos tempos e de 1913 até os dias atuais recebeu a influência de muitos elementos.

Se antes a festa servia para satirizar, hoje se pode dizer que serve para conscientizar sobre as questões amazônicas e a importância da preservação ambiental.

Na década de 80 o teatro de Pai Francisco e Mãe Catirina perdeu espaço e as figuras indígenas foram paulatinamente introduzidas na festa. O boi-bumbá passou a ganhar ares mais caboclos. As lendas, rituais estilizados e retratos da vida do homem amazônico passaram a ser encenados.

O nascer do festival

Os bois rivais Caprichoso e Garantido dançavam em apresentações nas ruas e quadras de Parintins. Nas décadas de 50 e 60 a rivalidade era tamanha que havia brigas e confrontos entre os brincantes dos bois.

Superando a rivalidade, os bois dançaram em uma noite beneficente para a construção da Catedral de Parintins, após sugestão de José Preferida. Depois disso, Jansen Godinho, que dançava a dança do Cacetinho em Manaus, no ano de 1965, sugeriu a criação de um festival folclórico.

A Juventude Alegre da Catedral (JAC), o padre Augusto Gianola, Xisto, Raimundo Muniz, entre outros, ajudaram a apadrinhar a festa, que cinco anos depois passou a ser custeada pela prefeitura.

Em 1979, devido a conflitos entre simpatizantes dos bois, as apresentações passaram a ocorrer no estádio de futebol Tupi Cantanhede. Apenas três anos depois Caprichoso e Garantido passaram a se apresentar no local do atual Bumbódromo, em um palco de madeira.

Em 1988 foi inaugurado o Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes, mais conhecido como arena do Bumbódromo. Local onde é realizado o Festival Folclórico de Parintins até os dias de hoje.

Os itens julgados

Nem sempre os itens apresentados foram os mesmos. Havia a porta-estandarte, que dançava de vestido, similar as das escolas de samba; o toureiro; os primeiros índios (com traços inspirados nos filmes de faroeste norte-americano); a Miss Boi – substituída pela atual cunhã-poranga.

Entre os itens que compõe as apresentações dos bois estão:

APRESENTADOR:> uma espécie de mestre de cerimônia, que conduz a encenação.

LEVANTADOR DE TOADAS: o cantor responsável por defender o item toada letra e música.

BATUCADA OU MARUJADA:> fazem parte do bloco musical, dão a sustentação rítmica à apresentação

RITUAL INDÍGENA:> recriação de modo estilizado de algum ritual de alguma tribo indígena da região amazônica

PORTA-ESTANDARTE:> representa o símbolo do Boi em movimento. Leva o estandarte com o tema do boi

AMO DO BOI: no auto do boi é o dono da fazenda. Tira versos e faz desafios ao boi contrário

SINHAZINHA DA FAZENDA:> é a filha do dono da fazenda

RAINHA DO FOLCLORE:> sintetiza os elementos do folclore amazônico e as lendas encenadas

CUNHÃ-PORANGA:> é a representação da beleza e garra da mulher amazônica

BOI BUMBÁ EVOLUÇÃO:> é o próprio boi e sua dança. A coreografia e os movimentos devem ser similares aos de um boi real

TOADA (LETRA E MÚSICA):> música que é avaliada em harmonia e conteúdo

PAJÉ:> é o curandeiro, o sacerdote da tribo

TRIBOS INDÍGENAS:> representação de modo estilizado das etnias amazônicas

PAI FRANCISCO E MÃE CATIRINA:> resquícios do auto do boi. O casal que corta a língua do boi

TUXAUAS:> são os chefe das tribos

FIGURA TÍPICA REGIONAL:> símbolos humanos da cultura amazônica (ex: o caboclo; o seringueiro; a mulher cabocla; o mateiro etc)

ALEGORIA:> estrutura artística que serve como cenário para a apresentação.

LENDA AMAZÔNICA:> encenação baseado no lendário indígena

VAQUEIRADA:> servem como os guardiões do boi, com suas lanças dançam em volta dele e representam a tradição.

GALERA:> é o nome dado para as torcidas. Também são avaliadas, devem dançar, cantar e interagir com o espetáculo. Durante a apresentação do boi contrário a torcida não pode se manifestar, em respeito ao concorrente

ORGANIZAÇÃO E CONJUNTO FOLCLÓRICO – APOTEOSE:> organização e apresentação do conjunto de itens individuais, artísticos e coletivos na arena

COREOGRAFIA:> as danças apresentados durante todo o espetáculo

Leandro Tapajós

Fonte: boideparintins.com.br

Parintins

O Boi-bumbá é representado, durante todo o mês de junho, em todos os estados amazônicos como parte das festejos juninos – mais animados, no norte do país, do que o próprio Carnaval.

Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas, tem sua história representada pelos grupos de Boi-bumbá divididos entre os currais do Boi Garantido (de coração vermelho) e o do Boi Caprichoso (de estrela azul). É fácil identificar nas apresenta-ções folclóricas componentes de várias culturas, como a ibérica e a árabe. No entanto, a cultura indígena, é que dá as mais fortes características do folguedo, considerado a maior festa popular amazônica.

Os Bois de Parintins, Caprichoso e Garantido, existem desde 1913, mas o festival foi oficializado em 1966, transformando-se no maior espetáculo folclórico do Brasil e a segunda maior festa popular do mundo.

O Bumbódromo de Parintins foi inau-gurado em 24 de junho e aberto para o 22º Festival Folclórico, em 1988; tem 35 mil lugares, entre camarotes, arquibancadas especiais e arquibancadas gratuitas e é dividido em duas partes rigorosamente iguais para as torcidas do Caprichoso, representada pela cor azul, e a do Garantido, cor vermelha. Cada um dos lados da arquibancada é pintado com a cor de um Boi.

Os quatro mil brincantes (foliões) e cada um dos grupos can-tam e contam na arena do Bumbódromo a lenda do Boi-Bumbá. As fantasias e as alegorias, que podem chegar a 30 metros de altura, revelam a criatividade do povo local. Dias 28, 29 e 30 de junho são dedicados exclusivamente aos espetáculos dos dois bumbás rivais, Caprichoso (azul) e Garantido (vermelho), que encenam um verdadeiro ritual amazônico com Pai Francisco, Mãe Catirina, Tuxauas, Cunhã Poranga, Pajé e suas inúmeras tribos, lendas e rituais indígenas.

Há décadas eles, o Boi Caprichoso e o Boi Garantido dispu-tam a condição de melhor boi de Parintins. E quem escolhe é o público, que se divide entre o vermelho e o azul. Ganha quem mais fizer vibrar a platéia. Razão pelo qual os grupos não pou-pam esforços nem economizam animação.

Fonte: colecaoitan.org

Parintins

A história do Boi-Bumbá

Em uma fazenda com muitos animais vivia também um boi muito bonito que era querido por todos. Principalmente por seu dono, que o adorava. Com o dono do boi, trabalhava Negro Francisco. Sua esposa estava esperando um bebê.

Um certo dia ela ficou com desejo de comer língua de boi, do boi mais bonito da fazenda, o boi de seu patrão.

O Negro Francisco foi atrás do boi pegar a sua língua, pois não queria que seu filho nascesse com cara de língua.

Quando o fazendeiro descobriu, mandou os índios que moravam em suas terras, caçarem Negro Francisco que, asustado, saiu correndo ao encontro do pajé para pedir ajuda.

O pajé conseguiu fazer com que o boi ficasse vivo e tivesse sua língua novamente deixando todos muito surpresos, inclusive o dono do boi.

Muito felizes porque Catinrinsa comeu a língua e o boi ainda estava forte e bonito como sempre, todos fizeram uma grande festa para comemorar.

Festa de Parintins

O Festival de Parintins é a maior festa folclórica do Brasil e a segunda maior festa popular do mundo.

No início a festa era realizada nas ruas, masela cresceu tanto que foi até construído um “BUMBÓDROMO” com 35 mil lugares. Ele tem o formato estilizado de uma cabeça de boi.

A festa é dividida em dois grupos:> os Garantidos e os Caprichosos.

O garantido tem a cor vermelha e branca, representando o boi novo do povo e o Caprichoso é azul e branco, representando o boi da elite.

O espetáculo é ao som da toada com mais de 400 ritmistas que resgatam o passado dos mitos e lendas da floresta amazônica com sons da floresta e cantos de pássaros.

O maior momento da Festa é quando entram os índios com seus rituais indígenas.

Fonte: www.editorainformal.com.br

Parintins

Como resultado de ação promovida pelo governo português, já em fins do século XVIII se observava no vale amazônico grande atividade, cujos frutos se traduziam no aparecimento de núcleos de população, nos quais se mesclavam reinóis, ilhéus, mamelucos e o gentio catequizado.

Por volta de 1796, o Capitão de Milícias José Pedro Cordovil organizou um desses núcleos, instalando-se na ilha de Tupinambarana com seus escravos e agregados. Os primitivos habitantes da ilha eram indígenas Maués e Sapupés, aos quais, em 1798, se incorporaram os Paravianas e os Uapixanas, banidos das praias do Rio Branco, por terem participado de sangrenta rebelião.

José Pedro Cordovil, longe de acatar as instruções governamentais que recomendavam a utilização dos nativos na agricultura, deles passou a dispor de forma violenta, em proveito próprio. Movido por um gênio irascível, seus desmandos, além de divergências com José Rodrigues Preto – fundador do núcleo de Maués – em torno dos índios Mundurucus, “que aquele reunira e Cordovil buscava para seus negócios”, ocasionaram a fuga do gentio.

Ao assumir a direção do Estado do Rio Negro, D. Marcos de Noronha e Brito, Conde dos Arcos, solicitou a colaboração do carmelita Frei José das Chagas, Prior do Convento do Carmo de Belém. Esse religioso, em 1803, criou missão em Tupinambarana, com a denominação de Vila Nova da Rainha, dando sentido prático à política estabelecida pela Carta Régia de 12 de maio de 1798, de D. Maria I, a qual abolia os diretórios civis e militares e instaurava na Amazônia o regime de Missões.

A atuação de Frei José na tarefa de catequizar os índios agrupando-os de forma a se tornarem úteis, foi bastante eficiente. O maior obstáculo foi o trabalho dissociativo de Cordovil e Rodrigues Preto, que, não obstante as recomendações do Conde dos Arcos no sentido de que “se conduzissem pelo caminho da ordem, da fraternidade, do trabalho honesto e construtivo”, persistiam em sua ação desagregadora.

No início do século XIX, Vila Nova da Rainha apresentava aspecto de progresso e prosperidade. Sob o comando do Capitão de Milícias Antônio Vieira Correia da Maia, para ali se transferiu o Registro Fiscal, com a incumbência de inspecionar as embarcações que transportavam mercadorias, fugindo à cobrança dos dízimos. Dois anos depois, o Registro mudou-se para as faldas da serra de Parintins, por ordem da Junta Governativa da Capitania do Rio Negro e aí funcionou até 1824, ao que se presume.

Em 1818, sob o governo de Antônio José de Souza Manuel de Meneses, Conde de Vila Flor, Vila Nova reivindicou sua autonomia do Rio Negro, então vinculado à Capitania do Grão-Pará. A 3 de setembro ou outubro daquele ano, requereram os habitantes a elevação do lugar à categoria de Vila, mas nada obtiveram.

Até 1832, a localidade era oficialmente denominada Vila Nova da Rainha, topônimo depois mudado para Vila Bela da Imperatriz e, mais tarde, para Parintins.

Informações

Parintins possui o status de porta de entrada do Amazonas, a cidade é marcada pelos traços culturais. Com uma população estimada em 102.066, é a segunda maior cidade do Amazonas. A ilha torna-se um dos destinos turísticos mais visitados do Amazonas na temporada de cruzeiros pela Amazônia que vai de outubro a março, sendo uma das cidades mais visitadas por estrangeiros que chegam pelos cruzeiros. A dimensão alcançada pelo Festival Folclórico de Parintins colocou os bumbás Garantido e Caprichoso como principal produto para desenvolver o turismo na região, uma das alternativas econômicas para o município. O turismo ligado ao boi-bumbá já é uma importante fonte de renda para o município.

PONTOS TURÍSTICOS

Praia de Itaracuera

A praia de Itaracuera, no rio Uaicurapá é a mais famosa. Ela se estende por uma faixa de aproximadamente um quilômetro e aparece a partir de agosto. O local é ideal para um deleite com a natureza.

Parintins
Praia de Itaracuera

Festival Folclórico de Parintins

O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular realizada anualmente no último fim de semana de junho. O festival é uma apresentação a céu aberto, onde competem duas agremiações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A apresentação ocorre no Bumbódromo (Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes), um tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada, com capacidade para 35 mil espectadores. Durante as três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações.

O Festival de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local atraindo milhares de turistas todos os anos.

Parintins
Festival Folclórico de Parintins

Fonte: IBGE

Parintins

Por que ir

Festival Folclórico de Parintins> dura somente três dias, no final do mês de junho.

Mas durante o ano inteiro a cidade é dividida em duas cores:> a vermelha, do boi Garantido; e a azul, do Caprichoso. Quando chega a festa, a rivalidade toma conta do Bumbódromo, um estádio construído especialmente para o evento.

Por lá, as agremiações contam as lendas da floresta e o cotidiano dos ribeirinhos através das danças de influência indígena, ao ritmo das toadas. Cada bumbá reúne cinco mil foliões que se apresentam para um público de mais de 35 mil pessoas por noite.

Chegar ao concorrido festival, porém, não é tarefa fácil – com exceção para aqueles que conseguem garantir lugar nas aeronaves que partem de Manaus e chegam a Parintins em menos de uma hora e meia de voo. Quem vai de barco encara cerca de 18 horas de viagem – o longo percurso, porém, é o preferido dos amazonenses, que fazem da travessia uma prévia da festa, seja nos barcos de linha ou nos fretados. Não se esqueça de levar uma rede para um breve cochilo!

Uma vez na cidade, há muito que ver e fazer além do espetáculo dos bois. Entre os programas típicos estão o banho no rio Uiacurapá, o passeio pelo Lago Macurany – frequentado pelos adeptos dos esportes náuticos – a comprar de artesanato indígena e a degustação das delícias regionais, à base de peixes e frutas exóticas.

Quem visita a região a partir de agosto, surpreende-se ainda com as praias de areias brancas e águas escuras formadas pela vazante dos rios. Já em setembro e outubro, quem faz a festa são os fãs da pesca, que se encantam com a diversidade de espécies nos rios da região.

Parintins
Festival Folclórico: Riquezas de detalhes remetem ao Carnaval carioca

Fonte: feriasbrasil.com.br

Parintins

Localização

Localizada à margem direita do rio Amazonas, na ilha de Tupinambarana.

Coordenadas Gográficas

Latitude -> 2º 36’ 48″ Sul
Longitude -> 56º 44’ Oeste

Distâncias

Manaus – 369 km em linha reta e 420 km por via fluvial

Limites:

O Município de Parintins, constituído pelos Distritos de Mocambo e Parintins, tem os seus limites assim definidos:

Com o Estado do Pará: Começa na boca do igarapé do Valério na margem direita do rio Amazonas, defronte à Serra de Parintins; desta serra, pela linha geodésica que limita o Estado do Amazonas com o Estado do Pará, até alcançar sua interseção com o divisor de águas rios Andirá-Uaicupará.

Com o Município de Barreirinha: Começa na interseção do divisor de águas rios Andirá-Uaicupará com a linha geodésica que limita o Estado do Amazonas com o Estado do Pará; esse divisor, para norte, até alcançar a boca de cima do furo Uaicupará; este furo por sua linha mediana, até alcançar sua boca de baixo no paraná do Ramos; este paraná, por sua linha mediana, até alcançar o furo das Colheiras; este furo, por sua linha mediana, até alcançar o paraná do Limão; este paraná, por sua linha mediana, até alcançar o encontro do paraná do Limãozinho com o paraná Urucurituba; este paraná, por sua linha mediana, até alcançar o lago Arapapá.

Com o Município de Urucurituba: Começa na boca do lago Arapapá, no paraná de Urucurituba. Desta boca, por uma linha, até alcançar a boca de cima do paraná do Mocambo, na margem esquerda do rio Amazonas; este rio, subindo por esta margem, até alcançar a localidade Ponta do Remanso.

Com o Município de Nhamundá: Começa na margem esquerda do rio Amazonas, na Ponta do Remanso; subindo este rio até a Barreira do Paurá, desta barreira, por uma linha, até alcançar as cabeceiras do igarapé Aduacá, este igarapé por uma linha mediana, até alcançar a boca do paraná do Cabori; este paraná, por sua linha mediana até alcançar sua boca no lago Cabori; o paralelo desta boca, para leste, até alcançar o paraná, por sua linha mediana, até alcançar o rio Caldeirão este rio, por sua linha mediana até alcançar sua confluência com a margem esquerda do rio Amazonas; desta confluência, por uma linha, até alcançar a confluência do igarapé do Valério, na margem direita do rio Amazonas, defronte à Serra de Parintins.

Divisas interdistritais

Entre o Distrito de Mocambo e Parintins: Começa na boca do paraná do Cabori, no igarapé Aduacá, o paraná do Cabori, por sua linha mediana, até alcançar sua boca no lago Cabori, o meridiano desta boca para sul, até alcançar sua interseção com o paraná do Limão.

Clima: Tropical chuvoso e úmido.

Vegetação: A vegetação, típica da região Amazônica é formada por florestas de várzea e terra firme, tendo ao seu redor um relevo composto por lagos, ilhotes e uma pequena serra.

História

Conhecida pelo festival do Boi-bumbá, que no mês de junho apresenta a competição dos Bois Caprichoso (Azul) e Garantido (Vermelho), Parintins foi fundada no século XVIII, ainda dentro do estado do Grão-Pará (atual estado do Amazonas). Mas seus primeiros habitantes foram os índios Maués, Sapupés, e Parintins (daí a origem do nome).

Foi no ano de 1796 que a mando do governo português, José Pedro Cordovil aportou à região, denominando-a Tupinambara. Já em 1803, é criada no local uma missão religiosa, denominada Vila Nova da Rainha.

Em 1848 o local foi elevado à condição de Vila (já então integrada ao Estado do Amazonas), chamando-se então Vila nova da Imperatriz. E finalmente, sendo em 1880 elevada ao status de cidade, e rebatizada Parintins, como até hoje é conhecida.

Como Chegar

Para chegar à Parintins o turista tem duas opções:> de avião ou de barco.

Escolhendo a primeira, existem vôos diários saindo de Manaus com cerca de uma hora e quinze minutos de duração. A segunda oferece um leque de opções, indo de simples barcos regionais até luxuosos catamarãs. A viagem pode ser feita em barcos de linha ou fretados, e dura cerca de 12 horas na ida, descendo o rio, e 18 horas na volta, subindo o rio.

Atrativos

Artesanato indígena e delícias da rica culinária local são apenas algumas opções que o turista que chega a Parintins vai encontrar.

Sem dúvida, o período do Festival é o mais movimentado do ano: toadas e trios-elétricos invadem a ilha; torcidas se divertem dentro e fora do Bumbódromo ao som de Caprichoso e Garantido, colorindo de azul e vermelho toda a cidade durante o mês de junho.

Existem também outros atrativos na terra do bumba-meu-boi que merecem destaque. Entre eles está a pescaria, que oferece aos entusiastas toda a diversidade de espécies da Amazônia. Para esta atividade, o período sugerido é nos meses de setembro e outubro.

Outra peculiaridade está nos banhos de água doce da Amazônia, que variam desde as águas claras do Uiacurapá, ao agitado lago Macurany, conhecido pelos praticantes de jet-ski e outros esportes náuticos.

Vocabulário Paritinense

Alvorada: Espécie de passeata festiva realizada na madrugada para anunciar uma celebração

Boi: O grupo (bloco) Caprichoso ou Garantido

Brincantes: Integrantes dos bois

Bumbódromo: Arena com arquibancada construída especialmente para abrigar o Festival Folclórico de Parintins. Fora da época de festas, o local abriga uma escola municipal com 18 salas de aula

Contrário: O boi adversário

Curral: Local onde se realizam os ensaios do boi-bumbá e as festas que antecedem o festival

Encarnada: Vermelho, a cor do boi Garantido

Ensaios: Festas realizadas no curral meses antes do festival nas quais os levantadores de toadas cantam com seus grupos para mostrar o trabalho dos compositores, arrecadar fundos e ensinar os passos à galera.

Figuras: Personagens da lenda interpretada no bumbódromo

Galera: O mesmo que torcida.

Levantador de toada: Cantor oficial do boi-bumbá

QG = Quartel General: Galpões onde são confecciondas as roupas e alegorias

Toada: A trilha sonora do boi-bumbá. A cada ano, um novo CD com cerca de 16 toadas é lançado por cada boi.

Tripa: Pessoa que fica debaixo da estrutura de pano do boi e controla seus movimentos

Marujada de guerra: Nome da bateria do Caprichoso

História do Festival

Tido atualmente como o 2º maior festival folclórico do país (perdendo apenas para o Carnaval), Parintins começou sua festa no formato atual em 1964, época aonde já se destacava a rivalidade entre a torcida de Garantido e Caprichoso.

Divulgado inicialmente apenas para o público local, paulatinamente o Festival ficou conhecido em outras cidades, estados, até ganhar transmissão em TV aberta, como vem acontecendo nos últimos anos.

Rivalidade dos Bois

CAPRICHOSO

Simbolizado pela estrela azul, pela versão oficial o boi começou em 1925 após a saída de um de seus componentes, que foi substituído por dois irmãos cearenses, os quais criaram o boi para pagar uma promessa, mas existem outras interpretações da história:

Uma é de que teria surgido em meados da década de vinte, através de moradores de Parintins que se reuniram para fundar um Boi-bumbá, e homenagear o Boi Caprichoso, que já existia na cidade de Manaus. A idéia tanto deu certo, que o dono do Boi Galante de Parintins (existente desde 1922) aceitou a idéia.

Finalmente dizem que dois cearenses que ali chegaram, criaram o Boi para pagar promessa. Segundo eles, um Boi seria colocado para dançar nas festas de São João caso os dois tivessem sucesso na nova terra.

GARANTIDO> – Simbolizado pelo coração vermelho, o boi foi fundado em 1913 por Lindolfo Monteverde, famoso cantor de versos do local. Durante o serviço militar Monteverde adoeceu, e fez promessa para São João de que, caso recobrasse a saúde, criaria um Boi que sairia todos os anos à rua enquanto ele vivesse. E assim continua até hoje.

Quanto ao nome Garantido, as versões são muitas. Uma delas é de que teria surgido durante uma briga com o Boi contrário (em Parintins a torcida de um Boi chama o rival de contrário). Segundo Lindolfo, o seu Boi saia inteiro, enquanto o contrário sempre tinha o chifre quebrado. “Isso é garantido” dizia ele.

Outra hipótese envolve o repentista Emídio Vieira, que fez um desafio a Lindolfo:> “… vou caprichar no meu Boi”.E a resposta veio em seguida: “Pois capriche no seu que eu garanto o meu”.

Inevitavelmente o Festival de Parintins é comparado ao Carnaval carioca. Afinal de contas, ambos envolvem carros alegóricos e fantasias. No entanto, as comparações param por aí.

Em 1º lugar, durante o Carnaval, as escolas de samba (14 no grupo Especial, mais 12 no grupo de acesso), compostas por diversas alas, desfilam ao som do samba cantado por seu puxador.

Além disso, o desfile ocorre conforme uma parada:> tem início na concentração, atravessa uma passarela, e termina na dispersão.

Já Parintins tem a dinâmica de uma Ópera:> o espetáculo acontece dentro de uma arena circular, onde cada um dos bois realiza seu desfile com carros alegóricos que se mexem, e produzem vários efeitos especiais. Além disso, cada boi tem sua “galera”, a qual ensaia uma coreografia para o desfile.

Finalmente um fato que merece destaque, é que enquanto um Boi desfila e sua galera faz coreografias, a galera do contrário deve permanecer em silêncio, para não ofuscar o espetáculo. Uma verdadeira lição de cavalheirismo.

Espetáculo

Localizado na lha de Tupinambarana, a 420 kilômetros de Manaus, Parintins é uma cidade dividida. Dividida pelos enfeites e galeras dos Bois Caprichoso e Garantido que colorem o local durante o Festival de Parintins (entre 28 e 30 de junho).

A rivalidade é ferrenha, mas sempre respeitando a cordialidade. Tanto que os integrantes de Caprichoso, ou Garantido, limitam-se a chamar o rival de “contrário”. E para abrilhantar a festa, a cidade de 35 mil mais que dobra de tamanho, ficando com mais de 100 mil pessoas entre Parintinenses e turistas.

No Bumbódromo, cada Boi se apresenta durante 3 horas nos três dias de festival. A ordem das apresentações é sempre definida por sorteio.

São nove da noite, o apresentador do Boi cumprimenta a platéia (o próximo Boi irá se apresentar por volta da meia-noite). Em seguida a toada começa a incendiar a arena. E o Bumbódromo literalmente treme.

Nessa festa, religiosidade e folclore se misturam entre animais da floresta, figuras do imaginário popular e índios. Os quatro mil integrantes de cada Boi contam ano após ano a história de Pai Francisco e Mãe Catirina, a qual tem um desejo incontrolável de comer língua de boi durante a gravidez, e pede a seu marido para saciá-lo.

Só que para cumprir a tarefa, Pai Francisco mata o boi preferido do patrão, que o descobre. Em seguida um padre e um médico (pajé na língua dos índios) são chamados e salvam o boi, que ressuscita e perdoa Pai Francisco e Mãe Catirina. Com isso a comemoração é completa.

Bumbódromo

Inaugurado em 1988, o Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes divide Parintins ao meio, marcando o limite dos currais de Garantido e Caprichoso:> com capacidade para 35 mil espectadores, o Bumbódromo é considerado a maior obra cultural e desportiva do Estado do Amazonas.

Boi Garantido (vermelho), conhecido como “Boi do povão”, divide o espaço com o Boi Caprichoso (azul), considerado como “Boi da elite”. Durante a festa apenas 5% dos ingressos são vendidos, e o restante é gratuito para os espectadores do festival, cujos portões são abertos às 14 horas durante os dias do evento.

Seja vermelho ou azul, se você chegar cedo conseguirá pegar um lugar melhor na arquibancada. E se não conseguir entrar, seguramente você acompanhará a festa através de um dos cinco telões de 20 metros quadrados, colocados na face externa do Bumbódromo.

Curiosidades do Festival

Se fosse depender do contexto da fauna amazônica, o Festival de Parintins deveria festejar a onça pintada, ou a cobra sucuri. Não o boi.

Mas o Boi-bumbá foi uma conseqüência do ciclo da borracha, quando milhares de nordestinos foram tentar a sorte na cultura extrativista do látex. Eles vieram de uma região tipicamente pecuarista, e trouxeram seus costumes, como o Boi-bumbá das festas juninas da região.

Outra curiosidade é que os jurados somente utilizam canetas de cor verde, para não haver influência no resultados por causa das cores.

História Garantido

Surgido a 13 de junho de 1913, o Boi Garantido apareceu nos sonhos do curumim Lindolfo Monteverde, que sempre sentava ao colo de sua avó maranhense para ouvir as lendas do boi de pano que dançava nas noites de São João.

Inicialmente o menino de 11 anos, que brincava com a garotada de fé (turma de amigos) em seu quintal, confeccionou seu boi com curuatá, e batizou-o de “Garantido”.

Por mais sete anos o quintal de Dona Xanda (Alexandrina Monteverde, mãe de Lindolfo) foi o palco para a festa desse Boi.

Após algumas discussões com Dona Xanda, Lindolfo conseguiu convencer a mãe a ajudá-lo a fazer os primeiros chapéus e camisas vermelhas, para sair às ruas.

A resistência de sua mãe não era gratuita, uma vez que naquela época, as batalhas entre contrários eram coisa séria. Tanto que nem as mulheres podiam participar.

Mas foi aos 18 anos que a brincadeira de quintal de Lindolfo se tornou motivo de promessa, e transformou Garantido em um “Boi de promessa”.

Durante uma viagem ao Pará, Lindolfo teve sérios problemas de saúde e fez uma promessa a São João Batista:> se ele ficasse curado, faria seu Boi brincar durante toda sua vida. Graça alcançada, promessa cumprida.

Daí para frente o Boi foi conquistando ao longo de várias décadas o coração de milhares de vermelhos no Brasil e no mundo, mantendo vivas as raízes do amazonense através de sua música e dança.

História Caprichoso

Vindos de Crato, Ceará, os irmãos Cid chegaram à região à procura de trabalho, mulher e filhos, e fizeram uma promessa a São João Batista: se alcançassem essas graças, reverenciariam o santo com um boi de pano. E assim aconteceu.

Como bons cristãos, juntaram-se ao ilustre filho de Parintins José Furtado Belém, advogado que fez carreira na política amazonense, e chegou a Vice-governador do Estado.

Certo dia, os três estavam frente à Praça 14 em Manaus, quando viram um Boi pertencente à família Antares, com o nome de Caprichoso.

Caprichoso: (adj) que capricha; feito por capricho, excêntrico; variável; teimoso; obstinado – in Pequeno dicionário brasileiro da língua portuguesa.

Com todos estes atributos, o trio fundou um Boi homônimo em Parintins. Surge então em 20/10/1913 o Boi Caprichoso de Parintins, na Travessa Sá Peixoto.

Inicialmente com uma marujada de 20 pessoas, com um instrumental feito de madeira oca com peles de animais, surge o Boi, cujos personagens eram a Estrela Maior, o Amo e A Vaqueirada.

Ano após ano a paixão pelo “diamante negro” cresce e arrebata mais apaixonados pela metade azul da Parintins. Sejam eles parintinenses de nascimento, ou de espírito.

Fonte: parintns.com.br

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