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Fundada por Pedro I o Grande o 16 de maio de 1702, São Petersburgo é uma cidade banhada por 86 rios, canais de 300 quilômetros de longitude e mais de cem ilhas na parte do Delta do Rio Neva.
Nomeada capital da Rússia em 1712, a cidade teve vários nomes: Petrogrado em 1914, Leningrado em 1924, para recuperar seu nome original,
São Petersburgo, em 1991. Desde a sua fundação foi o porto mais importante da Rússia, o que tem favorecido o desenvolvimento de uma indústria potente e muito variada. Também é um núcleo cultural, artístico e intelectual de grande atividade. Todo isso converte à cidade na segunda em importância depois de Moscou.
Devido ao assédio de 900 dias sofrido durante a Segunda Guerra Mundial que destruiu boa parte da cidade, foi necessária uma profunda reconstrução, feita seguindo a estrutura e estilos clássicos estalinistas.
Na atualidade, os planos urbanos impedem construir no centro de São Petersburgo edifícios sem uma função pública, pelo que estão proliferando as chamadas “cidades dormitório”.
O Casco Antigo
O percurso começa pela primeira construção mandada levantar pelo Czar Pedro I, a Fortaleza de Pedro e Paulo como defesa perante os ataques da tropa sueca que dominava no Mar Báltico.
Esta fortaleza está situada no centro da parte antiga sobre uma ilha pantanosa no rio Neva. Seu desenho, que se a data perfeitamente forma da ilha, conta com seis muralhas cuja altitude máxima é de 12 metros e seis bastiões. Para penetrar nela se deve cruzar a Ponte de São João que dá passo à Porta de São João e esta por sua vez à Porta de São Pedro, a entrada principal ao recinto. Uma vez no interior, encontra-se à esquerda o bastião do Czar, o corpo de guarda; atrás dele fica a Porta do Neva e o embarcadeiro do comandante, desde onde um canhão faz um disparo a cada meio dia, e a residência do comandante da fortaleza; e, à direita, o bastião Mensikov, o talher de artilharia e a casa dos engenheiros.
Na grande esplanada situada no centro da Fortaleza está a Catedral dos Santos Pedro e Paulo, desenhada por Trezzini cujos bosquejos foram seguidos na hora de reconstruí-la após o incêndio que a destruiu em 1756.
No exterior destaca a torre de 122 metros arrematada por uma agulha que suporta uma esfera com um anjo que sustém uma cruz, obra de Rinaldi, e o relógio holandês que a cada seis horas toca o hino nacional.
No interior surpreende a presença de um púlpito, pois as igrejas russas não costumam contar com este elemento. Destacam o iconostásio com ícones de Merkulev e temas que se saem dos típicos ortodoxos, os Túmulos dos Romanov, um total de 32, elaborados em sua maioria com mármore branco, entre o que destaca o de Pedro I, sempre adornado com flores frescas e o Museu Histórico da Fortaleza, situado em uma capela anhadida em 1906. Na esplanada da Catedral também pode-se visitar a Casinha da Barca e a Ceca, com uma excelente exposição de numismática.
Por trás da Ceca encontram-se duas antigas cadeias, a Cortina de Catalina e o Bastião de Trubeckoj, de fama triste pelas torturas que ali eram impostas aos presos políticos.
Ultrapassando a Porta Vasilevskiy chega-se ao Parque Lenin, situado na ilha de Petrogrado. Em seu interior, além de desfrutar de um espaço verde realmente encantador, ficam Zoológico, o Planetário, o Arsenal, sede do Museu Histórico-Militar de Artilharia, Engenharia Militar e Comunicações Militares, com uma coleção de armas desde o tempo dos escitas e sármatas até a Segunda Guerra Mundial.
São Petersburgo conta, além disso, com outros pontos de interesse como a Praça da Revolução onde encontram-se a Casa da Bailarina, de estilo liberty, sede do Museu da Grande Revolução Socialista de Outubro; e a grande mesquita, que imita à de Gur de Samarcanda com dois minaretes e uma cúpula de azulejos de cerâmica.
O Malecão Petrovskiy, tal vez a parte mais bela da ilha, desde onde se desfruta de uma paisagem impressionante e pode-se visitar o edifício mais antigo de São Petersburgo, a Casinha de Pedro I.
Descendo pela beira do rio chega-se à Academia Naval Nachimov frente à que está ancorado o cruzeiro Aurora, navio que iniciou o assalto ao Palácio de Inverno derrubando de um tiro de canhão suas portas na revolução de 1917.
A avenida principal da ilha é a Kirovskiy prospekt na que podem-se admirar diferentes palácios de grande beleza. Em nas proximidades encontra-se o Museu da História do Teatro Musical Russo, a Aptekarskiy ostrov e a Ilha dos Farmacéuticos, onde encontra-se o Jardim Botânico, com um herbolário com mais de 5 milhões de folhas.
Saiendo de Petrogrado pela Ponte da Liberdade chega-se a Vyborg, o bairro mais industrial de São Petersburgo. Em seu interior encontra-se o Clube 1 de Maio, onde foi exigida a toma do poder pelos soviets o 1 de maio de 1917; a Academia de Medicina Militar cujos alicerces são de troncos de madeira cravados no chão; a Estação de Finlândia, estação à que chegou Lenin procedente de Alemanha em abril de 1917 e o cemitério Comemorativo de Piskarevo, onde estão enterradas o quase meio milhão de vítimas do assédio de mais de dois anos sofrido por São Petersburgo durante a Segunda Guerra Mundial, que acolhe o Museu do Asédio de Leningrado.
De novo no centro da parte antiga, a Praça Dvorcovayja foi o centro dos acontecimentos históricos mais importantes de São Petersburgo.
Para contemplá-la em sua totalidade é um bom lugar o Arco do Triunfo construído por Carlo Rossi. Mesmo em frente, encontra-se o Palácio de Inverno, residência dos Czares durante dois séculos sendo um dos cinco prédiosos nos que atualmente tem sua sede o maior museu do mundo, o Ermitage.
O Ermitage
A coleção de arte começou ser juntada por ordem de Catalina II no Pequeno Ermitage em 1767. O volume da mostra elevou-se de tal jeito que foi necessária a construção de outro palácio para acolhé-la, o Antigo Ermitage. Nicolás I continuou a obra da Czarina com uma nova construção, o Novo Ermitage. Também era utilizado o Palácio de Inverno com tal fim. Este impressionante museu abriu ao público em 1852 e na atualidade conta com 2.700.000 obras que expõem-se em 420 salas.
O percurso aconselhado, de uns 24 quilômetros, é o seguinte:
Culturas Primitivas da antiga URSS, desde o Paleolítico até os escravos. Salas 11 – 33 situadas no baixo andar. Destacam os kurgam escitas, túmulos nos que enterravam-se aos chefes com suas perteneças mais prezadas.
Arte do Oriente. Salas 34 – 66 no baixo andar. Pode-se ver o Friso de Airtam, relevo de pedra do I d.C. Onde se aprecia a mistura entre as tradições locais e a sociedade budista, os afrescos da Sala dos Elefantes e o enorme jarro de bronze encomendado por Tamerlão para a mesquita – Mausoleu de Jassy em Kazajistão como peças mais destacadas.
Arte do Próximo e Médio Oriente. Salas 80 – 94, baixo andar. São excelentes os restos egípcios como o sarcófago Ita que têm gravado o capítulo 17 do Livro dos Mortos e o tarif de Palmira com uma lei escrita em arameo e grego.
Antiguidades Clássicas. Salas 100 – 131, Baixo andar. Contém mais de 113.000 obras entre as que destacam o sarcófago do século II d.C. com a história de Fedra e Hipólito, a Venus de Táuride do III a.C., o jarro das andorinhas do VI aC, as estatuinhas de Tanagra dos séculos IV-III a.C, o camafeo Gonzaga que representa ao faraó Tolomeo II Filadelfo e sua esposa Arsínoe e uma estátua de Augusto do I d.C.
Cultura e Arte Russos. Salas 143 – 198, primeiro andar. As peças mais representativas são a Pedra de Tmutarakan, os tapetes da sala 155, um busto de Pedro I de Rastrelli, a sala da malaquite de Briulov, a sala de concertos de princípios do XIX, o túmulo de Aleksandr Nevski para o que foi necessária tonelada e meia de prata, a grande sala de baile e a dos escudos, ambas às duas de Stasov, o quadro “Minerva e Pedro I” situado na sala 194, a galeria militar com retratos de personagens europeias e a antiga sala do trono com 48 colunas de mármore de Carrara e 8.000 peças de bronze dourado.
Arte da Europa Ocidental. Salas 200 – 303, primeiro andar. Destacam a Sala do Pabilhão onde encontra-se o relógio do pavilhão real de James Cox (desde suas janelas pode-se admirar o jardim pendurado do XVIII situado sobre o telhado do Pequeno Ermitage), os esmaltes românicos de Limoges, as Lógias de São Rafael, réplica exata das Lógias Vaticanas, a sala de Alexandre, as esculturas italianas renascentistas da sala 220 e uma excelente pinacoteca com quadros de tanta qualidade como “A Virgem da Anunciação” de Martini, “Os Santos Domingo e Tomás” de Frei Angelico, “A Madonna” de Benois e a de Litta de Leonardo da Vinci, o “Tocador de Alaúde” de Caravaggio, “Retrato do Conde Duque de Olivares” de Velázquez, uma “Anunciação” de Murillo, “Retrato da atriz Antonia de Zárate” de Goya, a “Adoração dos Magos” de Vam der Goes, “Cabeça de Velho” de Vam Dick, a sala 247 dedicada a Rubens, e as 26 obras de Rembrandt situadas na sala 254.
Arte da Europa Ocidental. Salas 314 – 350, segundo andar. Com uma excelente mostra de pintura francesa dos séculos XIX e XX com quadros tão maravilhosos como 15 obras de Gaugin, onze de Cezanne, “A Dama no Jardim” de Monet, dez obras de Renoir, “Garota Asseando-se” de Degas, 37 obras de Matisse. Também podem-se admirar “As Mulheres de Arles” e “As Cabanas” de Vam Gogh e 30 obras de Picasso.
Arte Oriental. Salas 351 – 397, segundo andar. Encontram-se excelentes peças da arte bizantina, sásanida, chinesa, mongola, japonesa, indonésia, iraniana, síria, iraquiana, egípcia e indiana.
Numismática. Salas 398-400, segundo andar. Estupenda coleção de moedas e medalhas do mundo todo.
Tesouro do Ermitage. Só pode ser visitado com uma licença especial que se consegue através de uma solicitude à Direção do Museu e se se consegue sempre vai acompanhada de um guia.
Aqui exibem-se obras tão maravilhosas como o cervo e a pantera, ambos os dois de ouro, do tesouro sármata, o pente Solocha dos escritas, os brincos de ouro do século IV a.C, representando a caça de um cervo no bosque, o Tesouro de Novocerkask e um conjunto impressionante de joias russas e europeias.
Dada a enorme quantidade de objetos que tem em seus fundos o Ermitage, é habitual que algumas salas estejam fechadas por restruturação da coleção e talvez aberta alguma nova.
Lembre que há que pagar entrada para poder visitá-lo.
Praça de São Issac
Após de ter desfrutado com o maior museu do mundo e de novo na Praça Dvorcovaya, ressalta o Almirantado, arrematado por uma agulha dourada que pode-se ver desde qualquer ponto de São Petersburgo e que acaba em uma veleta em forma de caravela russa. Este edifício, reconstruido em várias ocasiões, conta com um impressionante conjunto escultórico no exterior e é a sede da Escola Superior da Marinha de Guerra.
Após desfrutar com o conjunto artístico-arquitetônico da Praça pode-se descansar no entorno agradável e de grande beleza do Jardim Gorki para empreender de novo a rota pela Praça dos Dezembristas, em cujo centro acha-se a estátua equestre de Pedro I conhecida como O Cavaleiro de Bronze, com 1600 toneladas de peso.
Também nesta praça encontram-se o Palácio do Senado e o Palácio do Sínodo. Nos arredores destacam outros dois palácios, o Laval, sede do Arquivo Histórico de Leningrado e o Voroncov-Daskov descrito no famoso romance de Tolstoi “Guerra e Paz”.
Da Praça dos Dezembristas à Praça de São Isaac onde encontram-se importantes edifícios como o Museu dos Instrumentos que conserva os pianos de Korsakov e Rubinstein, além de fazer um percurso pela música russa; a Central de Correios; o Museu Postal Popov com uma exposição de mais de 3 milhões de selos; o Palácio Naryskim construido por Rinaldi em 1760; e destaca, sobre todo, a Catedral de São Isaac, o maior edifício religioso de São Petersburgo.
Em suas origens foi construída uma pequena igreja por Pedro I em madeira e foi edificada com o aspecto atual por Montferrand de 1819 a 1858. Seus alicerces estão baseados em 24.000 troncos cravados à terra, e tem quatro impressionantes portadas com 112 colunas de granito vermelho finlandês e uma cúpula dourada de 102 metros, rodeada por quatro campanários. No interior 14.000 pessoas podem seguir o culto religioso para depois admirar o impressionante iconostásio de malaquite e lapislássuli, o péndulo de Foucault que pendura desde a cúpula central e subir os 562 degraus até a colunata da mesma, desde onde se vê uma impressionante paisagem do Golfo de Finlândia.
A Praça de São Isaac continua através da Ponte Azul de mais de 100 metros de largura. Uma vez cruzada a ponte chega-se ao Palácio Mariinskiy construido por Stakenschenider em 1844.
Catedral de São Salvador Sobre o Sangue
É a catedral mais pitoresca de São Petersburgo, também conhecida com o nome da Catedral da Ressurreição. É uma das joias da arquitetura russa de finais do século XIX ? início do XX.
Foi construída pelo arquiteto russo Parland no ano de 1907, no lugar onde em março de 1881 fora assassinado o Czar Alexandro II.
Este Czar entrou na história russa porque em 1861 libertou os camponeses da escravatura, razão pela que é conhecido como o “Czar libertador”.
A catedral destaca pelos 300 mosaicos únicos que encontram-se em suas paredes internas (com mais de 12.00 matizes de cores), mais de 20 espécies de mármores trazidos de diferentes lugares da Europa e quantidades importantes de pedras semipreciosas russas.
Durante a época soviética esteve fechada (desde 1930 até agosto de 1997). Foi restaurada durante os últimos 27 anos. Seu estilo pertence ao da arquitetura russa do século XVII. Fica na beira do canal Griboédov, a 100 metros da Avenida Nevsky.
Praça Suvorovskaya
Na Praça Suvorovskaya e seus arredores encontram-se numerosos palácios de grande beleza como o Slatikov, neo-clássico, o Bezkoy, o Palácio do Grande Duque Vladimir Aleksandrovic, construido por Rezanov em 1870, o Aparksin, sede da Sociedade de Educação Física, o Palácio do Grande Duque Mijail Nikalaevic de estilo neo-rococó e o Palácio de Mármore, denominado assim porque sua fachada é de mármore azul e rosado da Finlândia e no interior o mármore empregado é de 32 variedades de grande valor. Na atualidade é a sede do Museu Lenin.
Ao sul da praça encontra-se o Campo de Marte com o Monumento aos Combatentes da Revolução de Rudnev e o Jardim de Verão como máximos atrativos.
Este jardim está situado atualmente em uma ilha graças à construção do Canal dos Cisnes e é o mais popular de São Petersburgo.
São muito formosas a Casinha do Chá e a do Café e as maravilhosas grades de ferro forjado dourado em forma de rosas alternadas com colunas, nas que descansam urnas e vasilhas.
No centro deste parque encontra-se o Palácio de Verão construído em 1711 em estilo barroco holandês. Atualmente é a sede do Museu da Arquitetura de Interiores.
Avenida Nevsky
A Avenida Nevski é o centro da vida de São Petersburgo. Une o Almirantazgo com o mosteiro de Aleksandr Nevski. Ao longo de seus 4 quilômetros e meio encontram-se, entre outros, o Glavieningradstroy, onde se estuda o traçado da cidade, o Palácio dos Dux de estilo veneziano e sede de Aeroflot, a Casa das Artes, o Café dos Literatos, ambos os dois construidos por Stasov, o Palácio Stroganov, a Igreja Holandesa, cópia do Mausoleo Diocleciano de Split, o Templo Luterano dos Santos Pedro e Pablo construido por Briullov em 1852 e a Dom Knigi, a melhor livraria de São Petersburgo.
Enfrente da livraria está a Praça Kazanskaja com a Catedral de Nossa Senhora de Kazan na que eram celebrados os casamentos reais. Construída por um servo da gleba convertido em arquiteto, Voronichin, de 1801 a 1811, foi construida por enteiro com materiais russos por exigência de Pedro I. Na praça também encontra-se o Instituto de Negócios e Economia e um pouco mais longe a Duma Municipal desenhada por Quarenghi.
Continuando pela Avenida Nevski encontramos a Filarmôica de São Petersburgo, a Igreja de Santa Catalina, jesuítica, a Casa dos Mercaderes de 1761, o Palácio dos Pioneiros de São Petersburgo, e os teatros das Marionetes e da Comédia. Muito perto levanta-se a Biblioteca Pública do Estado, a segunda em importância de todo o Estado.
A Praça Ostrovskogo foi desenhada por Carlo Rossi que também construiu ao fundo o Teatro Pushkim e realizu o traçado da rua que leva seu nome, a Ulitsa Rossi, realmente formosa, na que encontra-se o Museu da História do Teatro.
A Avenida Nevski finaliza no Mosteiro de Aleksandr Nevski. Este recinto murado foi mandado edificar por Pedro I em 1713 e consta de três cemitérios, o de São Lázaro, o mais antigo da cidade, o Tihvim convertido em parque e o Nikolskoe. Neles estão enterrados personagens representativos da cidade como Dostoievski, Chaikovski, Rubinstein, Rossi e Lomonov entre outros. Além dos cemitérios, o mosteiro conta com sete igrejas entre as que destacam a Catedral da Trinidade construída por Starov de 1776 a 1790, a Igreja da Anunciação sede do Museu da Escultura Funerária e a Igreja de São Teodoro com os túmulos dos soberanos de Geórgia.
Rios e Canais de São Petersburgo
Três são os canais mais importantes de São Petersburgo. No Rio Fontanka levantam-se vários palácios, o Castelo dos Engenheiros, residência de Paulo I só durante 40 dias pois, apesar de ter sido fortemente fortificado para evitar um atentado, o Czar morreu assassinado no interior à mãos de seus súbditos; o Teatro Gorki, o Palácio da Prensa, a Escola de Desenho V.I. Muchina, sede do museu de artes aplicadas; a Catedral da Transfiguração de estilo barroco; o Museu do Circo, o Museu Dostoievski, e o do Ártico e do Antártico. O Canal Fontanka conflui com o Anickov most, famoso pelas esculturas dos Domadores de Cavalos de Klodt.
O Río Mojka, parte desde o Campo de Marte, e converte-se em um agradável lugar para passear. No número 7 encontra-se a Casa Adamini, neo-clássica; um pouco mais longe se levantam as Cavalariças Imperiais; a Casa Pushkim que alberga um museu sobre a vida e obra do famoso poeta; a Ponte dos Cantores, o Palácio Yusupov de finais do XVIII, a Ilha de Nova Holanda em onde encontram-se as escritórios marítimos, a Praça do Trabalho com o palácio do mesmo nome como máximo expoente e o Museu Histórico de Leningrado que recolhe a história da cidade.
O Canal Griboedov tem um traçado mais intrincado que os outros devido a que segue o curso de dois pequenos rios. No percurso encontramos lugares de grande beleza como a Hram Voskresenija Hristova, de puro estilo russo com cinco cúpulas e uma abóbada dourada, o Jardim Mihajlovskiy em cujo interior encontra-se o palácio do mesmo nome, o Museu de Etnografia dos povos da URSS com uma exposição que percorre todas as repúblicas soviéticas, a Praça das Artes, desenhada por Rossi, o Palácio da Nobreza de São Petersburgo sede da Filarmôica Estadual, o Teatro Estadual da Ópera e Balet de Briullov, a Praça da Paz, cheia das lojas e a Nikolskiy sobor, preciosa catedral de dois andares cujo maior atrativo é um precioso iconostásio de Kanaev.
Outros pontos de interesse do Casco Antigo
Outros pontos de interesse dentro da parte antiga de São Petersburgo são o Palácio de Táuride com um precioso jardim dedicado às crianças, o Smolniy, conjunto arquitetônico que compreende a Catedral da Resurreição e o Mosteiro-Palácio de Smolniy, a Ilha Vasilevskiy centro da vida cultural de São Petersburgo com diferentes Universidades e Institutos, as Ilhas Kirov, conjunto de três ilhas, a Ilha dos Trabalhadores, a Krestovskiy e a Ilha Elagin, todas com maravilhosos jardins que otorgam um aspecto realmente especial a esta zona de São Petersburgo.
Arredores de São Petersburgo
Petrodvorets a 29 quilômetros de São Petersburgo, é uma antiga residência dos Czares composta por um parque pendurado, que no início era utilizado como horta e que depois converteu-se em um precioso jardim conhecido como o Parque Superior. Dispõe de formosas fontes como a de Neopredelenniy, a de Netuno, a da Azinheira e a dos Estanques Quadrados.
O grande Palácio é realmente majestoso. Sua construção passou por várias etapas e arquitetos até que em 1745 Rastrelli deu-lhe o aspecto atual, pois na reconstrução sofrida após a Segunda Guerra Mundial foram seguidos fielmente seus desenhos. O exterior conta, nos laterais, com cúpulas douradas em forma de cebola e telhados adornados com guirnaldas também cor dourado, a fachada com 275 metros de largura está adornada em sua parte frontal por um precioso frontão, impressionante a grande Cascata, situada perante a entrada principal, realizada por Leblond, Braunstein, Michetti e Zemcov nos anos 1715 e 1724. Conta com 225 esculturas de bronze cor de ouro e 64 fontes.
Do tanque central da grande Cascata nasce o Canal Marítimo, de 400 metros, que desemboca no Golfo de Finlândia. No começo do canal se levantam os Pabilhões Clássicos de Voronichin, em seus telhados existe uns recipientes que fazem com que a água caia formando uma preciosa cascata. Em frente da grande Cascata encontra-se a Fonte de Sansão cujo surtidor atinge os 20 metros de altura.
No interior destaca a Sala de Gala com adornos de ouro de grande qualidade; a Sala Azul das Audiências cujas paredes estão forradas com seda azul; a Sala do Trono ocupa toda a largura do palácio e está adornada com retratos dos Czares e de suas famílias, neste salão eram celebrados os bailes de gala e os grandes banquetes; o Comedor Branco onde se expõe o enxoval de Gaenza e a vidraçaria de Boémia, os Estudos chineses com porcelanas chinesas e japonesas, a Sala dos Quadros extremadamente luminosa com 368 retratos das famílias de todos os governadores russos, a estância das Perdizes, a Sala Otomana onde destaca o toucador da Emperatriz de porcelana de Sévres, a Sala dos Cavaleiros onde montavam guarda os centinelas perante os apossentos da Czarina, a Sala da Coroa e o Gabinete de Azinheira de Pedro o Grande onde conservam-se formosos objetos pessoais do Czar.
Desde o Palácio se acede ao Parque Inferior com o Palácio de Monplaisir como um de seus máximos atrativos. Construido por Baunsteim e Leblond nos anos 1714 a 1723, o singelo exterior contrasta com a riqueza desbordante de seu interior no que encontram-se estupendos afrescos na sala central, decorações chinesas com figuras em ouro com fundo preto perfiladas em vermelho na Sala da Laca, azulejos pintados de Delf na cozinha, jarros russos do XVIII, e nas habitações do Czar podem-se ver objetos pessoais como o gorro de dormir e a bata.
Nos arredores do Palácio podem-se ver a Orangerie, a Cascata do Monte do Tabuleiro de Damas de Zemcov com grotas e dragões como adornos, as Fontes Romanas, a da Pirâmide em forma de pirâmide escalonada de Michetti, a Fonte do Sol com doze golfinhos dourados e as Fontes das Brincadeiras, que molham por surpresa a quem desconhece sua função.
Outro edifício dentro deste impressionante conjunto é o Palácio do Ermitage, especialmente famoso pelos engenhos que permitiam uma maior comodidade na hora de desfrutar as veladas íntimas da família real.
Realmente originais, a mesa para 14 comensais que subia da cozinha já preparada e descia uma vez finalizada a comida e o elevador com um divão de duas praças que subia ao andar superior.
No exterior do Palácio encontram-se a Cascata dos Leões de Voronichim e mais longe o Palácio Marly de estilo Luis XIV, sede de um museu que recolhe peças de arte do século XVIII como pinturas italianas, esmaltes de Cantão, tapetes flamengos, móveis alemães e relógios ingleses.
En frente deste palácio encontram-se a formosa Cascata da Montanha de Ouro onde a água desce por degraus de mármore branco e cobre dourado.
Nos arredores deste conjunto artístico localiza-se o Parque Aleksandra composto de jardins ingleses que vão descendo até o mar, desenhado por Menelaws em 1829 e restaurado por Stakenschneider em 1842.
Em seu interior acha-se o palacete gótico conhecido como A Granja e uma igreja também desse estilo arquitetônico. No Cottage recolhem-se os livros preferidos de Aleksandra Fedorovna, esposa de Nicolás I, para quem foi mandado construir o Parque e outros objetos pessoais.
Podem-se visitar também o Palácio Belvedere, imitação de um templo grego e o Museu da família Benois, cujos integrantes foram grandes artistas e arquitetos que desenharam o edifício onde está instalado este museu.
Lomonosov
A 40 quilômetros de São Petersburgo encontra-se Lomonosov, um presente de Pedro o Grande a seu amigo Mensikov. O cancilher mandou construir um palácio que não tem nada que invejar às construções reais.
Fontana e Shadel foram os encarregados de realizar a encomenda entre os anos 1710 e 1725.
Mensikov disfrutu de sua possessão só até 1728 pois perdeu os favores do Czar passando em 1754 a Pedro III como presente da Czarina Isabel.
O então príncipe encomendou as obras de remodelação a Rinaldi que transformou o entorno anhadendo várias construções, convertendo-o em uma fortaleza.
O grande Palácio, o pior conservado do conjunto arquitetônico, consta de uma igreja, uma sala japonesa e um parque de desenho geométrico. O Palácio de Pedro III foi construído por Rinaldi de 1758 a 1762.
No baixo andar se expõe uma mostra de vidraçarias artísticas russas realmente formosas e a exposição Lomonosov em homenagem ao famoso cientista russo.
Seguindo o desenho de Rinaldi foram levantados o Corpo dos Cavaleiros e o Palácio Chinês onde pode-se visitar uma estupenda coleção de arte, entre a que destacam as peças de artes aplicadas chinesas, recopilada por Catalina II ao longo de 17 salas.
À saída do Palácio Chinês encontra-se o Jardim Francês em cujo interior se levanta o Pabilhão da Montanha Russa com uma excelente mostra artística com as porcelanas como máximo expoente.
Gatcina
Os arredores de São Petersburgo têm outros pontos de interesse como Gatcina, a 46 quilômetros, na que destaca o parque que rodea o Palácio neoclássico desenhado por Rinaldi como recinto mortificado.
Este parque mistura os estilos dos jardins ingleses com os italianos, conseguindo um dos espaços verdes mais formosos desta zona. O parque estende-se ao longo de 143 hectares com tantos tanques e arroios que chegam a ocupar 36 hectares.
Além das correntes de água e a exuberância das plantas, esta obra de Rinaldi conta com um obelisco de 32 metros, o Palácio do Priorato da Ordem de Malta, o Lago Preto, o Lago Branco situado no centro do Cais do Almirantado onde também se levanta o Palácio do mesmo nome, o Jardim Botânico com interessantes labirintos, o Pavilhão de Vênus na Ilha do Amor, a Portada Máscara, o Coto de Caça, a Selva, o Anfiteatro de 1790, o Obelisco de Cesme e a encantadora Grota do Eco.
Pushkin
Pushkim é outro ponto de interesse situado a 27 quilômetros de São Petersburgo. Esta cidade foi a primeira do mundo que disfrutou de luz elétrica e este acontecimento teve lugar em 1887.
Pushkin viveu nesta população para lograr a tranquilidade necessária para realizar sua obra, alugando oito habitações na Casinha da Viúva Kitaeva que, atualmente, pertence ao Museu Puskin.
Um pouco mais embaixo encontramos o Instituto onde estudou o escritor.
Este edifício foi desenhado por Quarenghi nos anos 1794-1811. No jardim do Instituto levanta-se a Igreja de Nossa Senhora que acolhe, como o instituto, um outro museu dedicado a Pushkin com 1.400 peças que compoem a coleção onde se explica a vida do escritor e sua obra. Não poderia faltar neste entorno a Estátua do Pushkin estudante realizada por Bach em 1900 em comemoração do centenário do nascimento do poeta.
Nesta cidade pode-se visitar também o formoso Palácio de Catalina de Rastrelli. No exterior destaca a impressionante fahada de 306 metros de comprimento; o pátio de cor turquesa, os telhados em prata e os capiteis e frisos em dourado, o jardim pendurado, o formoso parque, os Banhos superiores e os inferiores de Neelov, o Canal dos Peixes, antigo viveiro onde se criava peixe fresco para o consomo dos Czares, o Ermitage construido pelos mesmos arquitetos do Palácio de Catalina e suas cozinhas, situadas à dereita do palácio.
Também são de interesse o Almirantado, o Banho Turco que parece uma mesquita construido por Monighetti em 1852, a Pirâmide sob a qual eram enterrados os cachorros da Czarina, a Sala de Concertos e o Palácio de Alexandre de Quarenghi.
Esta impressionante mostra do rococó russo não desmerece no interior onde destacan, entre outras, a Escalinata de Honra adornada com jarros chineses e japoneses, a grande Sala que parece aum maior devido aos numerosos espelhos situados nas paredes, a Sala Branca que conta com uma preciosa estufa de cerâmica de Delf.
No Comedor de Gala pode-se contemplar o valioso enxoval denominada de caça pela sua decoração; o Gabinete Ámbar está revestido como seu próprio nome indica de ámbar, a Galeria de Pintura recolhe uma excelente mostra de pintura europeia, o Quarto dos Camareiros tem o chão de madeira de goiabeira, ébano, acajú e azinheira, enquanto que a Galeria Jônica contém bustos romanos.
Pavlovsk
A última residência dos Czares nos arredores de São Petersburgo é Pavlovsk. Embora não tem a majestosidade das anteriores, é um conjunto arquitetônico de maior simplicidade e talvez em isso esteja seu atrativo.
O Palácio, destruído por um incêndio em 1803, foi reconstruído por Quarenghi, Rossi e Voronichin. Destacam no interior o Vestíbulo Egício, o Gabinete dos Tapizes com uma impressionante coleção de relógios, a Sala da Guerra decorada em branco e ouro por Voronichin, a Sala Grega que contém uma preciosa cheminé de lapislássuli, a marquetaria da Sala da Paz, a grande Biblioteca com mais de 20.000 livros, os tapetes franceses e o tocador de aço situados nas Habitações de Maria Feodorvna, as pinturas da Galeria de Arte, o enxoval imperial do Comedor e as autênticas esculturas romanas dos séculos I e II a.C. da Galeria de Esculturas.
No exterior encontra-se o parque de estilo inglês onde pode-se desfrutar enormemente com o Templo da Amizade realizado por Cameram em 1872, o Mausoleu levantado em homenagem de Paulo I e sua esposa, o Monumento aos Pais, encarregado pela Czarina como homenagem a sus pais, a Casinha do Leite, o Pavilhão das Rosas, a Prazinha das Bétulas Brancos e o Vale dos Tanques como máximos atrativos.
Fonte: www.rumbo.com.br/www.colegiosaofrancisco.com.br
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