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Ikebana – História
No Japão, diferentes flores sazonais florescem ao longo do ano. “Flores para serem apreciadas”, “Yorishiro (um objeto para o qual os espíritos divinos são convocados)”, “Oferendas de flores no altar budista” — com esses elementos de interação no lugar, o ikebana começou a ser formalizado.
A Ikebana desenvolveu-se durante o processo de experimentação de novas abordagens e técnicas de colocação de flores em vasos chineses. Em Kyoto, as flores arranjadas por Senkei Ikenobo do templo Rokkakudo foram amplamente elogiadas.
Senno Ikenobo, ativo como mestre de ikebana, estabeleceu uma teoria de ensino de ikebana incluindo não apenas técnica, mas também filosofia, e um manuscrito de seus ensinamentos foi transmitido às gerações posteriores.
Senko Ikenobo II aprimorou um estilo denominado rikka, no qual se expressa a beleza de uma paisagem natural. Ele era frequentemente convidado para a Corte Imperial ou para residências de guerreiros, estabelecendo firmemente a posição de Ikenobo nessas sociedades.
Enquanto o rikka se tornou popular entre os cidadãos ricos, a necessidade de um estilo de ikebana mais simplificado e digno começou a surgir, resultando na formalização do estilo shoka.
Senjo Ikenobo trouxe inovação ao introduzir “Mikizukuri”, métodos para cortar galhos e juntá-los para criar formas ideais em arranjos de rikka.
Ele também estabeleceu um sistema para transmitir os ensinamentos do shoka aos alunos. Devido a essas conquistas, o número de discípulos Ikenobo chegou a dezenas de milhares.
O estilo Shoka shofutai formalizado por Sensho Ikenobo tornou-se popular como um estilo fácil de aprender e ensinar, e foi adotado como educação ikebana. Por outro lado, os estilos Nageire e Moribana desenvolveram-se como ikebana que respondeu à ocidentalização da vida japonesa.
Após a Segunda Guerra Mundial, o Ikenobo ikebana se espalhou por países ao redor do mundo. O atual Diretor Sen’ei Ikenobo apresentou Shoka shimputai e posteriormente Rikka shimputai, buscando continuamente por ikebana que se adapte ao nosso tempo.
História antiga do Ikebana
Ikebana
Quando o budismo foi introduzido no Japão por volta de 538 d.C., os monges começaram a arranjar flores para decorar os altares dos templos. No período Heian (794-1192), a apreciação de flores em um vaso sem relação com o culto religioso também se tornou popular. Existem vários romances, ensaios e poemas da época que descrevem a aristocracia apreciando arranjos de flores e admirando arranjos de flores.
No período Kamakura (1192-1333), os Samurais (classe guerreira de elite) arrancaram o poder do governo dos aristocratas e trouxeram grandes mudanças no estilo de vida e na moda para toda a sociedade japonesa.
Nessa época virou moda criar um Tokonoma, uma pequena alcova sagrada, em um zashiki (quarto japonês). O Tokonoma conteria um arranjo de flores, incenso e uma vela e é a razão pela qual os estilos tradicionais de Ikebana são projetados para serem vistos apenas de frente.
Do final do século XIII ao XV, os aristocratas e monges reuniam-se no festival Tanabata (festival da estrela Vega, sétimo dia do sétimo mês) onde competiam em concursos de arranjos florais.
De acordo com os escritos da época, os dois mestres arranjadores foram Ikenobo Sengyo e Ryu-Ami. Ikenobo é o nome dos edifícios do templo chamado Rokkakudo em Kyoto, considerado o local de nascimento de Ikebana.
Ao longo dos séculos, surgiram livros contendo desenhos detalhados de arranjos de Ikebana, dando-nos um registro duradouro das tradições clássicas de Ikebana que ainda inspiram os praticantes modernos.
Desde essas origens, a Ikebana evoluiu para diferentes escolas e estilos.
Ikebana – Arte Japonesa
Ikebana é a arte japonesa do arranjo de flor, também conhecida como Kado (o “caminho das flores”).
Ikebana é a arte japonesa de arranjos florais, que remonta a séculos. Envolve a criação de composições esteticamente agradáveis utilizando flores, galhos, folhas e outros materiais naturais.
Ikebana enfatiza harmonia, equilíbrio e simplicidade, muitas vezes incorporando princípios como assimetria e minimalismo.
A prática do Ikebana vai além do simples arranjo de flores; é considerada uma forma de meditação e expressão, com os praticantes considerando cuidadosamente elementos como linha, forma, cor e forma para transmitir um determinado estado de espírito ou mensagem. Existem várias escolas de Ikebana, cada uma com suas próprias técnicas e estilos, mas todas compartilham a reverência pela natureza e o foco na beleza da simplicidade.
Tradicionalmente, os arranjos de Ikebana são exibidos em recipientes específicos chamados “kensui” ou “suiban” e são frequentemente acompanhados por elementos como pergaminhos ou outras obras de arte para melhorar a estética geral. Ikebana está profundamente enraizado na cultura e filosofia japonesa, refletindo princípios como atenção plena, apreciação da impermanência e respeito pelo mundo natural.
Ikebana – Etimologia
Ikebana
“Ikebana” é do japonês ikeru ( ”manter vivo”) e hana ( “flor”). Traduções possíveis incluem “dar vida às flores” e “arranjos de flores”.
Ikebana – Abordagem
Mais do que simplesmente colocar flores em um recipiente, ikebana é uma forma de arte disciplinada em que a natureza ea humanidade estão reunidos.
Ao contrário do que a idéia de arranjo floral como uma coleção de arranjo Particolored ou multicolorida de flores, ikebana, muitas vezes enfatiza outras áreas da planta, tais como a sua caules e folhas, e chama a atenção para a forma, linha, forma.
Apesar de ikebana é uma expressão criativa, tem certas regras que regem a sua forma. A intenção do artista por trás de cada arranjo é mostrado através de combinações de cores de uma peça, formas naturais, linhas graciosas, eo significado geralmente implícita do acordo.
Outro aspecto presente em ikebana é o seu emprego de minimalismo. Isto é, um acordo pode consistir em apenas um número mínimo de flores intercaladas entre hastes e folhas.
A estrutura de um arranjo floral japonês está baseada em um triângulo escaleno delineada por três pontos principais, geralmente galhos, considerados em algumas escolas para simbolizar o céu, terra e homem e em outros, sol, lua e terra. O contentor é um elemento essencial da composição, e diversas cores de cerâmica podem ser usados na sua construção.
Ikebana – Os aspectos espirituais
O aspecto espiritual de ikebana é considerada muito importante para seus praticantes. O silêncio é uma obrigação durante práticas de ikebana.
É um tempo para apreciar as coisas na natureza que as pessoas muitas vezes esquecem por causa de suas vidas ocupadas.
Uma pessoa se torna mais paciente e tolerante com as diferenças, não só na natureza, mas também em geral. Ikebana pode inspirar um para identificar com a beleza em todas as formas de arte.
Este é também o momento em que a pessoa se sente proximidade com a natureza, que proporciona relaxamento para a mente, corpo e alma.
Ikebana – Origem
Ikebana
Embora a origem precisa de Ikebana é desconhecida, acredita-se ter chegado ao Japão como parte da prática budista quando o budismo chegou ao Japão no século 6.
A oferta de flores no altar em homenagem a Buda era parte do culto. Ikebana evoluiu a partir do budista prática de oferecer flores para os espíritos dos mortos. s
Os primeiros estilos clássicos de Ikebana começou em meados do século XV; os primeiros alunos e professores de Ikebana eram sacerdotes budistas e membros. Com o tempo, surgiram outras escolas, estilos mudaram, e Ikebana tornou-se um costume entre a sociedade japonesa.
Segundo alguns estudiosos, o ato de colocar flores no altar budista deu origem ao ikebana (lideralmente, flor colocada), creditando sua origem ao monge zen-budista Sem-no-Rikyu, conselheiro do xogum Hideyoshi Toyotomi, que também foi responsável pelo Chadô, cerimônia do chá. Outros voltam a 607 d.C, quando uma missão diplomática da China introduziu-o no Japão.
De qualquer forma, foi no século XIV que a oferenda religiosa, sem perder seu significado, passou a ter também um caráter estético, sendo praticado por nobres.
O ato de colocar flores poderia ser tão artístico quando fazer uma escultura.
E tanto quanto outras artes, o ikebana tem suas regras que são difíceis de serem compreendidas pelos leigos. Entretanto, o material utilizado é bastante simples. Os principais são as flores e folhas, a tesoura, os suportes (parecem escovas cheios de pregos) e os vasos.
Dependendo estilo são utilizados outros objetos. Existem diversos estilos de ikebana. Só a Associação Ikebana do Brasil tem cadastradas 16 escolas, a maioria com estilos diferentes entre si.
Qualquer que seja o estilo, os praticantes de ikebana valorizam o seu aspecto espiritual, onde o silêncio necessário para a concentração na hora de fazer os arranjos, faz o praticante viver aquele momento e apreciar as coisas da natureza, que por si só já trazem muitos significados.
Estilo Ikenobo
Considerado o mais antigo dos estilos, surgiu em um templo de Kyoto, há quase 500 anos, pelas mãos de Senkei Ikenobo e Senno Ikenobo. Desde então, através de gerações, a família Ikenobo vem desenvolvendo e divulgando a arte do ikebana.
Os primeiros mestres estabeleceram o formato rikka para suas composições. Rikka é o arranjo que herdou o princípio do tatehana, arranjo simétrico, elaborado com devoção aos deuses e aos antepassados. No rikka, os galhos saem do vaso recriando o conjunto da paisagem.
Dois séculos depois, foi criado o formato shoka, e o número de praticantes do ikebana cresceu bastante. Shoka valoriza o vigor e a versatilidade das plantas, quase sempre formando uma meia-lua.
Outros formatos surgiram com o tempo, pois as gerações sucessoras da família Ikenobo adaptaram a arte ao estilo de vida daquele momento. Atualmente, o mestre Sen-ei é o 45º da linha sucessória da família Ikenobo.
Estilo Sogetsu
Um dos mais novos estilos, originou-se pelas mãos de Sofu Teshigahara. Nascido em 1907. Com apenas 25 anos, Teshigahara começou sua escola de ikebana, onde, encarando-a como arte, passou a utilizar-se de todo o tipo de material, e não apenas aqueles oferecidos pela natureza. A primeira exposição individual desse mestre aconteceu em Tokyo, em 1933, quando ele utilizou sucata de metal em sua composição.
Com a convicção de que o ikebana era uma arte, não só para o Japão, mas também para o mundo, Teshigahara procurou divulgar seu trabalho. Assim, personalidades como a rainha Elizabeth II, a princesa Diana, e a senhora Gandhi já freqüentaram aulas da Escola Sogetsu de Ikebana.
Estilo Ohara
A Escola de Ikebana Ohara começou no período Meiji (1867 a 1912). Unshin Ohara chegou em Osaka com a pretensão de se tornar um escultor. Com a saúde precária que tinha, preferiu dedicar-se ao ikebana, já que havia estudado na Escola Ikenobo, cujo estilo considerava demasiadamente rígido e formal.
Na época, com a abertura dos portos ao exterior, o Japão via a chegada de novos tipos de flores do ocidente. Ohara desejou utilizá-los em seus arranjos. Então, ele fez um arranjo diferente sobre um suiban (vasilhame parecido com uma bacia rasa) que ele mesmo criou.
O formato, que ficou conhecido como Moribana, chocou os mestres da época, pois a montagem dos galhos e flores se dava como se estivessem sendo empilhados.
Fonte: www.ikenobo.jp/www.ikebanabyjunko.com/en.wikipedia.org/www.colegiosaofrancisco.com.br/www.culturajaponesa.com.br
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