Economia do Japão

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A notável experiência pós-guerra do Japão em termos de reconstrução econômica, crescimento e desenvolvimento explica muito do motivo pelo qual é hoje tão intensamente estudada noutros países.

Tal como grande parte do mundo e particularmente as economias capitalistas avançadas da Europa Ocidental, o Japão prosperou durante os anos do longo boom do pós-guerra (1954-1970).

O Japão é um a das maiores e mais desenvolvidas economias do mundo.

Tem uma força de trabalho bem educada e diligente e a sua população grande e rica faz dele um dos maiores mercados consumidores do mundo.

economia do Japão foi a segunda maior do mundo (atrás dos EUA) de 1968 até 2010, quando foi ultrapassada pela China.

economia do Japão é um florescente complexo de indústria, comércio, finanças, agricultura e todos os outros elementos de uma estrutura econômica moderna.

A economia da nação encontra-se em um avançado estágio de industrialização, suprida por um poderoso fluxo de informação e uma rede de transportes altamente desenvolvida.

Um dos traços da economia japonesa é a importante contribuição da indústria e da prestação de serviços, tais como o transporte, do comércio por atacado e a varejo e dos bancos ao produto interno líquido do país, no qual os setores primários, como a agricultura e a pesca, têm hoje em dia uma quota menor. Outro traço é a importância relativa do comércio internacional na economia japonesa.

Japão é um país isular, pouco dotado de recursos naturais e que sustenta uma população de mais de 120 milhões de habitantes em uma área relativamente pequena. Contudo, apesar dessas condições restritivas e da devastação de seu parque industrial durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão conseguiu não apenas reconstruir sua economia, mas também tornar-se uma das principais nações industrializadas do mundo.

Ao mesmo tempo, entretanto, o processo de rápida expansão industrial, junto com mudanças nas condições econômicas japonesas e internacionais ocorridas nos últimos anos, criou vários problemas econômicos que o país deve enfrentar hoje em dia.

economia do Japão é uma das maiores e mais avançadas do mundo.

Aqui estão alguns pontos importantes sobre a economia japonesa:

Indústria: O Japão é conhecido por sua indústria altamente desenvolvida, especialmente nos setores de tecnologia, automotivo, eletrônico e de maquinaria. Empresas japonesas como Toyota, Sony, Panasonic, Nintendo, Honda e Mitsubishi têm uma presença significativa nos mercados globais.

Inovação e Tecnologia: O Japão é líder mundial em inovação e tecnologia. Empresas japonesas são pioneiras em áreas como eletrônicos de consumo, robótica, automação industrial, inteligência artificial, biotecnologia e energias renováveis.

Comércio Internacional: O comércio internacional desempenha um papel crucial na economia japonesa. O Japão é um importante exportador de automóveis, eletrônicos, máquinas, produtos químicos e aço, entre outros produtos. Suas principais parceiras comerciais incluem os Estados Unidos, China, Coreia do Sul e países da União Europeia.

Política Monetária: O Banco do Japão (BoJ) é responsável pela política monetária do país. O Japão tem enfrentado deflação e baixo crescimento econômico nas últimas décadas, levando o BoJ a implementar políticas monetárias não convencionais, como taxas de juros baixas e programas de flexibilização quantitativa.

Envelhecimento da População: O Japão enfrenta um sério desafio demográfico devido ao seu rápido envelhecimento populacional e baixa taxa de natalidade. Isso tem levado a preocupações sobre o impacto negativo na economia, incluindo pressões sobre o sistema de seguridade social e uma diminuição da força de trabalho.

Diversificação da Economia: O governo japonês tem buscado diversificar a economia para reduzir sua dependência de setores específicos e estimular o crescimento. Isso inclui iniciativas para promover indústrias emergentes, como tecnologia da informação, biotecnologia, turismo e serviços financeiros.

Desafios Econômicos: Além do envelhecimento da população, o Japão enfrenta outros desafios econômicos, como dívida pública elevada, rigidez no mercado de trabalho, alta taxa de poupança e crescente concorrência regional e global.

Apesar dos desafios, o Japão continua sendo uma potência econômica importante e uma fonte de inovação e tecnologia em escala global.

O país continua a buscar maneiras de enfrentar seus desafios econômicos e manter sua posição como uma das principais economias do mundo.

Rápido Crescimento Econômico

economia japonesa continuou a expandir-se rapidamente de meados dos anos 50 até a década de 1960, tendo sofrido apenas duas breves recessões, em 1962 e em 1965.

A taxa média de crescimento anual esteve próxima dos 11% em termos reais, durante a década de 1960.

Compare-se isto com os 4,6% da República Federal da Alemanha e os 4,3% dos Estados Unidos, no período de 1960 a 1972.

E essa taxa também ficou bem acima do dobro da média da taxa de crescimento do próprio Japão de antes da guerra, que era cerca de 4% ao ano.

Concorda-se em geral que a rápida expansão da economia japonesa do final dos anos 50 até a década de 1960 foi impulsionada pelo vigoroso investimento da indústria privada em novas fábricas e equipamentos.

O elevado nível de poupança das famílias japonesas proporcionou aos bancos e outras instituições financeiras amplos recursos para um pesado investimento no setor privado.

O aumento dos gastos de capital foi associado com a introdução de nova tecnologia, muitas vezes sob autorização de empresas estrangeiras.

O investimento para a modernização tornou as indústrias japonesas mais competitivas no mercado mundial, criou novos produtos e deu às empresas japonesas as vantagens da produção em massa e melhorou a produtividade por operário.

Um outro fator que está por trás do crescimento econômico do Japão durante esse período foi a existência de uma abundante mão-de-obra com um elevado grau de educação.

Um número razoavelmente grande de jovens entrava no mercado de trabalho a cada ano, e também houve uma acentuada migração de trabalhadores agrícolas para as fábricas e os empregos de prestação de serviços, que em sua maioria estavam localizados nas cidades maiores.

Conforme melhor exemplifica o plano de duplicação da renda em dez anos anunciado em 1960, a política econômica do governo, na época, objetivava encorajar a poupança, estimular os investimentos, proteger as indústrias de crescimento e fomentar as exportações.

O Japão beneficiou-se com o clima de expansão da economia mundial e com a disponibilidade de um abundante suprimento de energia, que vinha do estrangeiro por um preço relativamente barato durante esse período.

Após uma breve recessão em 1965, a economia japonesa desfrutou de um longo período de prosperidade até por volta do verão de 1970, com a taxa de crescimento real durante esse período variando em torno dos 12%.

O principal fato por trás desse crescimento foi o aumento do investimento de capital, usado para maiores gastos destinados a realizar a economia de escala, construir mais instalações para aumentar a capacidade de exportação e adquirir o equipamento necessário para responder às mudanças no meio social e econômico, tais como as ferramentas que economizavam o trabalho e aparelhos para eliminar a poluição.

O aumento das exportações devido à maior competitividade de preços dos produtos japoneses também serviu de suporte para a constante ascensão das atividades comerciais.

A Economia na Encruzilhada

Com a rápida expansão de seu Produto Nacional Bruto, em 1968 o Japão chegou ao segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos, entre as economias de mercado em termos de escala econômica nacional.

Ao mesmo tempo, entretanto, este crescimento rápido fez surgir vários problemas e desequilíbrios: uma relativa demora na modernização de campos como a agricultura e as empresas menores; uma tendência constante de subida dos preços dos bens de consumo; uma escassez de moradias e de infra-estrutura como as estradas e outras instalações para uso diário; a poluição do meio ambiente e a destruição da natureza; e o despovoamento das regiões rurais e a super-população nas cidades.

A prosperidade sustentada do Japão impulsionou sua posição internacional, mas o rápido aumento de suas exportações e o crescente superávit de seu balanço de pagamentos geraram um aumento das mudanças de outros países em direção ao protecionismo.

As mudanças nas circunstâncias internacionais e domésticas em torno da economia japonesa, que haviam se desenvolvido em silêncio durante a segunda metade da década de 1960, vieram à tona de repente no período entre 1970 e 1975.

Em agosto de 1971, os Estados Unidos anunciaram a suspensão da convertibilidade do dólar em ouro, pondo um fim de fato ao sistema monetário internacional de Bretton Woods, que tinha sido um dos principais pilares de apoio ao desenvolvimento econômico do mundo livre no período do pós-guerra.

Em fevereiro de 1973, as principais nações do mundo, inclusive o Japão, mudaram para um sistema de taxas de câmbio oscilantes.

O tumulto nos negócios monetários internacionais contribuiu para um surto de inflação em todo o mundo.

Dentro do Japão, as tendências inflacionárias foram agravadas pela frouxa política monetária adotada para estimular a atividade econômica e reduzir o superávit da conta corrente do país.

O primeiro choque do petróleo, no outono de 1973, atiçou ainda mais alto as chamas da inflação, e em 1974 os preços para o consumidor aumentaram mais de 20%.

Como resposta, o governo aumentou as taxas de juros, reduziu os investimentos públicos e tomou outras medidas para assumir o controle da demanda total, provocando uma acentuada queda no crescimento econômico.

O crescimento real no ano fiscal de 1974 (abril de 1974 a março de 1975) caiu para -0,4% e o país viu-se na dificuldade econômica mais séria desde os primeiros anos do pós-guerra.

O choque do petróleo realçou a fragilidade da economia japonesa, que tinha passado a contar muito com o petróleo importado como fonte de energia. Nos anos seguintes, a atividade econômica recuperou-se um pouco, mas jamais atingiu os níveis do período de crescimento rápido.

E o quadro fiscal nibou-se com a queda da arrecadação de impostos, que redundou da morosidade da economia. No orçamento suplementar para o ano fiscal de 1975, o governo foi forçado a lançar mão do financiamento de déficit pela primeira vez desde a guerra e, desde então, o orçamento tem-se mantido no vermelho.

No final de 1978, no exato momento em que o Japão finalmente mostrava sinais de recuperação dos efeitos do primeiro choque do petróleo, a revolução no Irã desencadeou a segunda rodada da alta dos preços do petróleo. Tendo aprendido com a experiência do primeiro choque, o governo reagiu rapidamente, estancando a emissão de moeda e tomando outras medidas para impedir que inflação saísse de seu controle e, no verão de 1980, os preços estavam mais ou menos estabilizados.

Mas a economia entrou numa fase de recessão, enquanto as empresas cortavam o nível dos estoques e reduziam os gastos de capital e as pessoas reduziam os gastos em consumo e os investimentos em moradia.

As altas taxas de juros dos Estados Unidos prolongaram ainda mais a recessão no Japão.

Organização da economia

O sistema japonês de gestão da economia apresenta características muito peculiares. Ainda que a participação direta do estado nas atividades econômicas seja limitada, o controle oficial e sua influência sobre as empresas é maior e mais intenso que na maioria dos países com economia de mercado.

Esse controle não se exerce por meio de legislação ou ação administrativa, mas pela orientação constante ao setor privado e pela intervenção indireta nas atividades bancárias. Existem, também, várias agências e departamentos estatais relacionados com diversos aspectos da economia, como exportações, importações, investimentos e preços, assim como desenvolvimento econômico.

O objetivo dos organismos administrativos é interpretar todos os indicadores econômicos e responder imediatamente e com eficácia às mudanças conjunturais.

A mais importante dessas instituições é a Agência de Planejamento Econômico, submetida ao controle direto do primeiro-ministro, que tem a importante missão de dirigir dia a dia o curso da economia nacional e o planejamento a longo prazo.

De maneira geral, esse sistema funciona satisfatoriamente e sem crises nas relações entre governo e empresas, devido à excepcional autodisciplina dos empregados japoneses em relação às autoridades e ao profundo conhecimento do governo sobre as funções, necessidades e problemas dos negócios.

O ministro da Fazenda e o Banco do Japão exercem considerável influência nas decisões sobre investimentos de capital, devido à estreita interdependência entre as empresas, os bancos comerciais e o banco central.

As Ferrovias Nacionais Japonesas é a única empresa estatal.

Agricultura, recursos florestais e pesca

Os recursos agrícolas e florestais são manifestamente insuficientes para as necessidades de uma população tão numerosa como a japonesa. Isso se deve ao relevo montanhoso e à baixa fertilidade dos solos. A madeira, procedente das florestas de coníferas, é potencialmente abundante, embora a localização de boa parte desses bosques em zonas montanhosas inacessíveis dificulte a exploração.

A produção agrícola, da mesma forma que a exploração florestal e pesqueira, cresceu mais lentamente do que a produção nacional total, da qual só participa em pequena proporção.

O setor agrícola emprega uma porcentagem relativamente grande da população ativa em comparação com sua contribuição para a economia nacional.

A agricultura japonesa caracteriza-se pelo elevado número de propriedades pequenas e ineficientes. Somente em Hokkaido encontram-se empreendimentos maiores. O arroz é o principal produto agrícola do país.

Outros produtos importantes são batata, rabanete, tangerina, repolho, batata-doce, cebola, pepino e maçã.

A política agrícola do governo tem consistido em elevar o preço do arroz — a fim de diminuir a defasagem entre a renda dos trabalhadores industriais e agrícolas — e em impulsionar a pecuária, com o objetivo de reduzir a importação de carne e derivados, produtos em que o Japão é deficiente. A frota pesqueira japonesa é a maior do mundo em tonelagem, ainda que a pesca seja realizada por empresas de pequeno porte e que utilizam técnicas obsoletas.

A convenção que fixou em 200 milhas a extensão do mar territorial em diversos países constituiu um sério entrave para a pesca japonesa. Devido a isso, os japoneses tiveram que intensificar a exploração de seu próprio litoral, bem como de rios e lagos.

Energia e mineração

Os recursos minerais são insuficientes para as necessidades do país. É baixa a qualidade dos minerais, cujos depósitos se encontram muito dispersos, o que, somado ao escasso volume das reservas, impede a aplicação de métodos modernos de extração em grande escala.

As ilhas têm algumas jazidas de carvão, ferro, zinco, chumbo, prata, cromita e manganês, mas carecem quase completamente de níquel, cobalto, bauxita, nitratos, sal-gema, potássio, fosfatos e petróleo.

A extração de carvão, principal recurso energético do país, concentra-se em Hokkaido e Kyushu. A escassa produção de petróleo é feita numa faixa que vai do norte de Honshu, no mar do Japão, às planícies de Ishikari-Yufutsu, em Hokkaido.

Os recursos hidrelétricos são abundantes, devido aos altos índices de pluviosidade e ao relevo abrupto. A rede fluvial, embora sofra freqüentes inundações, é também utilizada para a irrigação.

O maior potencial hidrelétrico encontra-se na Honshu central, ao longo dos rios Shinano, Tenryu, Tone e Kiso e é intensamente aproveitado.

Setor industrial

Na década de 80, o aumento dos atritos comerciais e uma súbita valorização do iene estimularam muitas indústrias com importante participação nas exportações (principalmente as de eletrônicos e de automóveis) a transferir suas produções para o estrangeiro.

Empresas do setor de manufaturados, como de TVs, videocassetes e geladeiras, abriram plantas na China, Tailândia, Malásia e outros países da Ásia, onde a qualidade do trabalho era alta e a mão-de-obra farta e barata.

Nos últimos anos, o comércio com a China tem merecido atenção especial da autoridades. O total geral das importações japonesa, em 2001, cresceu 3,6%, porém as compras do país vizinho saltaram 18,3%.

Por outro lado, no mesmo ano, as exportações do Japão para o mercado chinês subiram 14,9%, ainda que o total geral das exportações japonesas tenha caído 5,2%.

Como a China e outras nações em desenvolvimento continuam a melhorar suas capacidades técnicas, o novo desafio da indústria manufatureira do Japão é manter-se na vanguarda dos setores de elevado conhecimento e de tecnologia.

Indústria

A característica mais notável do crescimento econômico do Japão após a segunda guerra mundial foi a rápida industrialização. O “milagre econômico” japonês ficou patente tanto no crescimento quantitativo como na qualidade e variedade dos produtos e no alto nível tecnológico. O Japão se alçou, com os Estados Unidos, à liderança da produção em quase todas os setores industriais.

Uma das nações mais industrializadas do mundo, é também um dos maiores produtores de navios, automóveis, fibras e resinas sintéticas, papel, cimento e aço, além de produtos eletrônicos de alta precisão e equipamentos de telecomunicações. O crescimento econômico se atribui principalmente ao rápido crescimento dos investimentos, à concentração da indústria em grandes empresas e à cooperação entre governo e empresários.

A sólida posição industrial do Japão, tanto em qualidade como em preços, tem permitido ao país exportar grande parte de seus produtos manufaturados e equilibrar a balança comercial. Por outro lado, a expansão internacional das empresas permitiu a ampliação do mercado nos países consumidores de produtos japoneses, por meio da construção ou compra de fábricas, ou por associação com produtores desses países. Essa estratégia se observa claramente no setor automobilístico: as principais empresas japonesas estabeleceram parcerias com grupos em outros países.

Transportes

Até o fim do século XIX, a maior parte dos japoneses viajava a pé. A primeira ferrovia foi construída em 1872, entre Tokyo e Yokohama. Na segunda metade do século XX, estabeleceram-se no Japão as ferrovias mais rápidas e automatizadas do mundo, e a quantidade de veículos e caminhões cresceu enormemente.

A rede de comunicações e o serviço postal são de primeira qualidade. O país possui uma das principais frotas mercantes do mundo e suas linhas aéreas chegam a todos os grandes aeroportos internacionais.

As zonas industriais — Tokyo, a área metropolitana de Osaka (que inclui Osaka, Kobe e Kyoto) e a de Nagoya — apresentam excelente rede de transporte. Os principais portos são Yokohama, Kobe, Nagoya, Kawasaki, Chiba, Kita-Kyushu, Mizushima e Sakai.

Fonte: www.rio.br.emb-japan.go.jp/www.japaoonline.com.br/www.japao.org.br/oxfordre.com/asialinkbusiness.com.au

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