Tocantins

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Estado do Tocantins foi criado em 1988, desmembrado de Goiás. Possui 1,3 milhões de habitantes distribuídos em 139 municípios.

A capital é Palmas, instalada em 1990, na margem direita do Rio Tocantins, com mais de 180 mil habitantes.

Tocantins
Porto Nacional do Tocantins

Tocantins
Cachoeira do Registro em Aurora do Tocantins

Tocantins
Praia Graciosa em Palmas, capital do Tocantins

Tocantins
Formação rochosa em Jalapão,
Uma área de conservação do cerrado brasileiro no Tocantins

 

Localização

Tocantins, estado brasileiro, fica no sudeste da região Norte

Divisas

Norte = Maranhão; Sul = Goiás; Leste = Maranhão, Piauí e Bahia; Sul = Goiás; Oeste = Mato Grosso e Pará

Área (km²)

278.420,7

Relevo

Depressões na maior parte do território, chapadas ao Norte, o espigão do Mestre a Leste, planaltos a Sul e Nordeste, planície do médio Araguaia, com a Ilha do Bananal na região central

Principais Rios

Tocantins, Araguaia, do Sono, das Balsas, Paranã

A bacia hidrográfica do estado abrange, aproximadamente, dois terços da área da bacia do rio Tocantins e um terço do rio Araguaia, além de várias sub-bacias importantes, fazendo do Tocantins um dos estados mais ricos do Brasil em recursos hídricos. No rio Araguaia encontra-se a ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do Brasil

Vegetação

Floresta Amazônica a N, cerrado na maior parte do território com pequeno trecho de floresta tropical

CLIMA: tropical
CIDADES MAIS POPULOSAS: Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional
HORA LOCAL (em relação a Brasília): a mesma
HABITANTE: tocantinense
DENSIDADE: 4,15 habitantes p/km2
CAPITAL: Palmas, fundada em: 1/1/1990
HABITANTE DA CAPITAL: palmense

As principais atividades econômicas do estado de Tocantins baseiam-se na produção agrícola, com destaque para a produção de arroz, milho, soja, mandioca e cana-de-açúcar. A criação pecuária também é significativa, com 5,54 milhões de bovinos, 737 mil suínos, 180 mil eqüinos e 30 mil bubalinos.

Outras atividades significativas são as indústrias de processamento de alimentos, a construção civil, móveis e madeireiras. O estado possui ainda jazidas de estanho, calcário, dolomita, gipsita e ouro.

O Estado foi criado por determinação da Constituição Brasileira de 05 de outubro de 1988, a partir da divisão do Estado de Goiás (parte norte e central). Mas a idéia de se constituir uma unidade autônoma na região data do século 19.

Em 1821, Joaquim Teotônio Segurado chegou a proclamar um governo autônomo, mas o movimento foi reprimido.

Na década de 70, a proposta de formação do novo Estado foi apresentada ao Congresso;chegou a ser aprovada em 1985, mas na ocasião acabou vetada pelo então presidente da República, José Sarney.

O extremo norte de Goiás foi desbravado por missionários católicos chefiados por frei Cristovão de Lisboa, que em 1625 percorreram a área do rio Tocantins, fundando ali uma missão religiosa. Nos dois séculos que se seguiram, a corrente de migração vinda do norte e nordeste continuou a ocupar parte da região.

Pelo sul, vieram os bandeirantes, chefiados por Bartolomeu Bueno, que percorreram toda a região que hoje corresponde aos estados de Goiás e Tocantins, ao longo do século XVIII. Na região existiam duas culturas diferentes: de um lado, a dos sulistas, originários de São Paulo, e, do outro, os nortistas, de origem nordestina.

As dificuldades de acesso à região sul do estado, por parte dos habitantes do norte, os levaram a estabelecer vínculos comerciais mais fortes com os estados do Maranhão e Pará, sedimentando cada vez mais as diferenças e criando o anseio separatista.

Em setembro de l821, houve um movimento que proclamou em Cavalcante, e posteriormente em Natividade, um governo autônomo da região norte do estado. Cinqüenta e dois anos depois, foi proposta a criação da província de Boa Vista do Tocantins, projeto não aceito pela maioria dos deputados do Império.

No ano de l956, o juiz de direito da comarca de Porto Nacional elaborou e divulgou um “Manifesto à Nação”, assinado por numerosos nortenses, deflagrando um movimento nessa comarca, que revigorava a idéia da criação de um novo estado.

Em l972, foi apresentada pelo presidente da Comissão da Amazônia, da Câmara dos Deputados, o Projeto de Redivisão da Amazônia Legal, do qual constava a criação do estado de Tocantins. A criação do estado do Tocantins foi aprovada em 27 de julho de l988, pela Comissão de Sistematização e pelo Plenário da Assembléia Nacional Constituinte.

Seu primeiro governador, José Wilson Siqueira Campos, tomou posse em 1º de janeiro de l989, na cidade de Miracema do Tocantins, escolhida como capital provisória do novo estado, até que a cidade de Palmas, a atual capital, fosse construída.

Existe uma população estimada de 5.275 índios no estado de Tocantins, distribuídos entre sete grupos, que ocupam área de 2.171.028 hectares. Desse total, 630.948 hectares já foram demarcados pela Fundação Nacional do Índio – FUNAI.

Cerca de 74% das terras indígenas, que correspondem aproximadamente a l.795.080 hectares, incluem apenas duas áreas que ainda estão em processo de demarcação, embora já estejam ocupadas pelos javaés e botos velhos.

O grupo indígena mais numeroso é o dos krahôs, com população de l.280 habitantes, que ocupa área de 302.533 hectares já demarcada pela FUNAI, nos municípios de Goiatins e Itacajá. Os xerentes representam o segundo grupo em tamanho, com população de l.l35 habitantes. Ocupam área também já demarcada pela FUNAI, de l67.542 hectares, no município de Tocantínia.

 

Características

Criado em 1988 pela Assembleia Nacional Constituinte, o Tocantins é o mais novo dos 26 estados do Brasil. Localiza-se na região Norte, exatamente no centro geográfico do país, condição que lhe possibilita fazer limites com estados do Nordeste, Centro-Oeste e do próprio Norte.

Na maior parte, o território do Tocantins é formado por planícies e ou áreas suavemente onduladas, estendendo-se por imensos planaltos e chapadões, o que constitui pouca variação altímétrica se comparado com a maioria dos outros estados. Assim, o ponto mais elevado do Tocantins é a Serra das Traíras, com altitude máxima de 1.340 metros.

Em termos de vegetação, o Tocantins é um dos nove estados que formam a região Amazônica. Sua vegetação de cerrado (87% do território) divide espaço, sobretudo, com a floresta de transição amazônica.

Mais da metade do território do Tocantins (50,25%) são áreas de preservação, unidades de conservação e bacias hídricas, onde se incluem santuários naturais como a Ilha do Bananal (a maior ilha fluvial do mundo) e os parques estaduais do Cantão, do Jalapão, do Lajeado e o Monumento Nacional das Árvores Fossilizadas, entre outros. No Cantão, três importantes ecossistemas chegam a encontrar-se: o amazônico, o pantaneiro e o cerrado.

Só em reservas indígenas, totalizam-se 2 milhões de hectares protegidos, onde uma população de 10 mil indígenas preserva suas tradições, seus costumes e crenças. No Tocantins existem sete etnias (Karajá, Xambioá, Javaé, Xerente, krahô Canela, Apinajè e Pankararú), distribuídas em 82 aldeias.

Limites

Maranhão e Pará, ao Norte;
Goiás, ao Sul;
Maranhão, Piauí e Bahia, ao Leste;
Pará e Mato Grosso, a Oeste.

A Capital

A capital do Tocantins, Palmas, é a última cidade brasileira planejada do século 20. Possui uma arquitetura arrojada, com avenidas largas dotadas de completo trabalho paisagístico e divisão urbanística caracterizada por grandes quadras comerciais e residenciais.

Sua beleza, aliada ao caráter progressista, ajudou a atrair para a mais nova capital brasileiros de todos os estados. O baixo índice de violência (Palmas é a segunda capital mais segura do país em proporção de homicídios, segundo o Ipea) também apontou positivamente neste sentido.

Com a criação do Estado do Tocantins, em outubro de 1988, e a eleição para os cargos dos poderes Executivo e Legislativo estadual, em 15 de novembro do mesmo ano, foi necessária a escolha de uma capital provisória, até a definição de onde seria construída a sede definitiva do Tocantins.

Em 7 de dezembro de 1988, o então presidente da República, José Sarney, anunciou que a cidade de Miracema do Tocantins, na região central do Estado, seria a capital provisória – condição que o município ocupou por exatamente um ano, da data de instalação do novo Estado (1º de janeiro de 1989) até 31 de dezembro daquele ano.

Enquanto isso, o governador do Estado à época, José Wilson Siqueira Campos, logo após sua eleição, solicitou levantamento para definir a localização de uma cidade que possibilitasse ser o pólo de irradiação de desenvolvimento econômico e social para o Estado. O resultado do estudo determinou uma área localizada entre os municípios de Porto Nacional e Taquaruçu do Porto, a leste do povoado do Canela, entre o rio Tocantins e a Serra do Carmo.

A capital foi transferida para Palmas em 1º de janeiro, ainda em meio ao processo de construção da cidade.

A instalação de Palmas só foi possível com a transferência da sede administrativa do município de Taquaruçu do Porto para Palmas, o que tornou o prefeito eleito de Taquaruçu, Fenelon Barbosa, o primeiro prefeito de Palmas. Com esta decisão, Taquaruçu transformou-se em distrito de Palmas, assim como Taquaralto e Canela (hoje inexistente, submerso pelo lago da usina hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães).

O nome de Palmas foi escolhido em homenagem à comarca de São João da Palma, sede do primeiro movimento separatista do norte goiano, e também pela grande quantidade de palmeiras na região.

Bandeira

Instituída pela lei 094/89, de 17 de novembro de 1989, na primeira Constituição do Estado do Tocantins, a Bandeira do Estado é constituída de um desenho simples e despojado. Tem um retângulo com as proporções de 20 módulos de comprimento por 14 de largura.

Os vértices superior esquerdo e inferior direito são dois triângulos retângulos, com catetos de 13 por 9,1 módulos, nas cores azul e amarelo ouro, respectivamente. A barra resultante dessa divisão, em branco, está carregada com um sol estilizado de amarelo ouro, com oito pontas maiores e 16 pontas menores, com quatro e 2,3 módulos de raio.

O projeto da Bandeira do Tocantins traz a mensagem de uma terra onde o sol nasce para todos. De amarelo ouro, ele derrama seus raios sobre o futuro do novo Estado, colocado sobre uma barra branca, símbolo da paz, entre os campos azul e amarelo, cores que expressam respectivamente o elemento água e o rico solo tocantinense.

Brasão de Armas

Criado pela lei 092/89, de 17 de novembro de 1989, publicada na primeira Constituição do Estado do Tocantins, o Brasão de Armas do Estado é um escudo elíptico, preenchido na metade superior pela cor azul e carregado com a metade de um sol de ouro estilizado, do qual se vêem cinco raios maiores e oito menores, limitados na linha divisória. A metade inferior do escudo é uma asna azul, ladeada nos flancos direito e esquerdo de branco e no termo de amarelo ouro.

Tocantins

Sob o escudo, lista azul com a inscrição “Estado do Tocantins” e a data “1º de janeiro de 1989”, em letras brancas, fazendo referência à data de instalação do Estado.

Em timbre, uma estrela de amarelo ouro com borda azul, encimada pela expressão em tupi “CO YVY ORE RETAMA”, que significa em português “Esta terra é nossa”, escrita em sobre listel azul.

Significados

O sol amarelo, do qual se vê apenas a metade despontando no horizonte contra o azul do firmamento, é a imagem idealizada ainda nos primórdios da história do novo Estado, quando sua emancipação mais parecia um sonho inatingível. Simboliza o Estado nascente. A asna em azul, cor do elemento água, representa a confluência dos rios Araguaia e Tocantins, fonte perene de riquezas e recursos hidroenergéticos.

Os campos em amarelo e branco lembram, respectivamente, o rico solo tocantinense e a paz desejada para o Estado.

Em timbre, a estrela em amarelo representa a condição do Estado do Tocantins como uma das unidades da Federação Brasileira. Como suporte, a coroa de louros que era colocada na fronte dos heróis vitoriosos, em verde, como justa homenagem e reconhecimento ao valor dos tocantinenses cujo esforço transformaram o sonho tão longínquo de emancipação na mais viva realidade.

História

“O que será toda essa riquíssima região no dia em que tiver transporte fácil pelo rio ou uma boa rodovia, ligando todos esses núcleos de civilização. E sonhamos… com as linhas aéreas sobrevoando o Tocantins, vindo ter a ele ou dele saindo para os diversos quadrantes.

As rodovias chegando a Palma, a Porto Nacional, a Pedro Afonso, a Carolina, a Imperatriz, vindos de beira mar! O tráfego imenso que a rodovia Belém do Pará – Imperatriz – Palma teria, se aberta ! (…)

E pensamos: quantas gerações passarão antes que este sonho se realize! (…) mas tudo vem a seu tempo!” (Lysias Rodrigues)

Já sonhava Lysias Rodrigues na década de quarenta, quando defendia a criação do Território do Tocantins. E o tempo chegou!

Foi criado pela Constituição de 1988 o Estado do Tocantins. Sua Capital não é a Palma de que fala Lysias, mas é Palmas, em homenagem a esta, a Vila da Palma, antiga sede da Comarca do Norte. E as rodovias e as linhas aéreas já vêm e saem do Tocantins “para diversos quadrantes”.

Muitas gerações compartilharam o sonho de ver o norte de Goiás independente. O sentimento separatista tinha justificativas históricas. Os nortistas reclamavam da situação de abandono, exploração econômica e do descaso administrativo e não acreditavam no desenvolvimento da região sem o seu desligamento do Sul.

O artigo 13 das Disposições Transitórias do Projeto da Nova Constituição, aprovado em 27 de julho de 1988, criando o Estado do Tocantins, tornava o sonho quase real. Mas ele se transforma em realidade quando sua criação foi legitimada, com a promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988. Finalmente, os tocantinenses puderam afirmar: “Co yvy ore retama”. “Esta terra é nossa”!

A frase não é só um impresso no brasão do Tocantins, mas significa o desfecho vitorioso da luta pela sua criação que viria determinar seu destino.

Criado o Estado do Tocantins, vem à tona a sua história. Conhecendo-a, seu povo se percebe com identidade própria. E conhecer a História do Tocantins é muito mais do que só saber sobre sua criação. É também buscar entender o Tocantins dentro do contexto da história geral do Brasil e, principalmente, suas particularidades, onde se configuram sua formação social, as formas de resistências e as buscas de alternativas da população diante das adversidades encontradas em seu caminho.

Para que se possa entender bem a história, deve-se criar dois momentos: o primeiro (antigo norte de Goiás) e o segundo (criação do Estado).

 

Localização

A localização geográfica do Tocantins favorece muito o desenvolvimento do turismo na região, pois o estado está situado no encontro do ecossistema do pantanal, do cerrado e da floresta amazônica o que garante a biodiversidade da região.

Segundo a OMT (Organização Mundial do Turismo) os destinos de sol, praias e áreas naturais serão os preferidos pelos turistas na próxima década e os que obterão mais sucesso serão aqueles que oferecerem diferenciais como o ecoturismo e turismo cultural.

Tocantins

E esses fatores têm levado o estado do Tocantins a se estruturar para conquistar esse mercado, considerando as potencialidades favorecidas pela localização. A SICTUR (Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo) elegeu em 2005 quatro regiões prioritárias para investimentos em infra-estrutura turística.

São elas: Palmas e entorno, Jalapão, Lagos do Cantão e Serras Gerais. A SEPLAN está realizando o Plano Estadual de Turismo que será desenvolvido pela recém criada Agencia Estadual de Turismo. Dentro desse cenário as principais oportunidades estão relacionadas ao turismo da natureza, aventura e o turismo que associa lazer a atividades de pesquisa e investigação científica.

Todas elas carentes de implementação de infra-estrutura turística de qualidade. Existem alguns pontos fortes para investidores como bom nível de integração com órgãos do governo estadual e aumento do faturamento nos últimos três anos para 44% das empresas.

Palmas e entorno

Palmas está estrategicamente situada entre a serra do Lageado e o rio Tocantins o que disponibiliza possibilidades de investimentos variados, tanto em praias como em ecoturismo. Na serra encontramos 75 cachoeiras, muitas na região de Taquaruçu a 32 km de Palmas, o distrito tem um perfil totalmente turístico, com infra-estrutura completa. As praias que surgiram com o represamento da Usina Luiz Eduardo Magalhães, foram estruturadas pelo projeto Orla e oferecem inúmeras opções de investimento e lazer.

Lagos do Cantão

O Cantão está situado numa área de aproximadamente 90 mil hectares, abrangendo as cidades de Caseara e Pium. A vegetação mescla floresta amazônica, cerrado e pantanais do Araguaia, tornado a região um paraíso do eco-turismo.

Encontramos nela 833 lagos, inúmeras praias (na época da seca quando as águas baixam), uma ampla rede de canais naturais onde animais como aves (mais de 500 espécies), jacarés, botos, tartarugas, gaivotas, podem ser observados com intimidade, e várias opções de locais para prática da pesca esportiva. Os passeios podem ser feitos à cavalo, em barcos, caiaques, cruzeiros fluviais ou safári fotográfico.

Serras Gerais

Na região sul do estado entramos uma grande diversidade natural e cultural, esse pólo turístico baseia-se principalmente nas regiões das cidades de Dianópolis e Natividade. Ricas em atrativos culturais devido ao conjunto arquitetônico preservados da época do império e festas populares de conhecimento nacional como a Romaria do Senhor do Bonfim, e a festa do Divino.

Esses fatores agregados pela a privilegiada localização numa região de serras, onde encontramos cachoeiras de águas cristalinas, lagos, grutas e rios, fazem do sul do estado um importante pólo de desenvolvimento turístico.

A cidade de Natividade foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional e participou em 2006 de um projeto do IPHAN que está revitalizando e investindo maciçamente no turismo de algumas cidades selecionadas. Natividade foi uma dez primeiras cidades do Brasil a dar início ao projeto.

Tocantins
Ruínas da igreja N. Senhora do Rosário dos Pretos

Fonte: www.logos.to

Tocantins

Tocantins
Mapa de Tocantins

Clima

Classificado como Aw (tropical quente), com temperaturas que variam, entre 25°C ao norte e 22°C ao sul.

Durante os meses de outubro a março ocorrem as chuvas na região, o volume médio de precipitação nas regiões norte e leste é de aproximadamente 1.800mm/ano e na região sul é de 1.000mm/ano. A estação seca, por sua vez, ocorre entre abril e setembro, não sendo acentuada, pois o subsolo local é muito poroso, garantindo boa infiltração e armazenamento de água, formando um reservatório considerável.

Classificação do clima

O Estado do Tocantins está sob domínio climático tropical semi-úmido, caracterizado por apresentar uma estação com estiagem aproximada de 4 meses. Com essas temperaturas e índices de pluviosidade, o clima recebe a classificação de AW – Tropical de verão úmido e período de estiagem no inverno , de acordo com a classificação de Koppen. A estiagem varia de 3 a 5 meses, sendo as precipitações pluviais crescentes do Sul para o norte (1500 a 1750 mm/ano) e do Leste para o Oeste (1000 a 1800 mm/ano). Janeiro se caracteriza por ser o mais chuvoso e agosto o mais seco.

Temperatura

As temperaturas médias anuais na região variam entre 23° e 26°C, sendo crescente no sentido do Sul para o Norte. Ao Norte do paralelo 6°S, as temperaturas máximas ocorrem em fins de setembro e começo de outubro, e as mínimas em julho. Ao sul do paralelo 6°S, as temperaturas máximas ocorrem em fins de setembro e começo de outubro e as mínimas em julho. A amplitude entre as médias das máximas e das mínimas é de apenas 14°C.

Precipitação

As precipitações pluviais crescem do Sul para o Norte variando de 1500 mm a 1750 mm/ano, do Leste para o Oeste de 1000 mm a 1800 mm/ano. Caracterizam-se por uma distribuição sazonal de chuvas que definem dois períodos, um seco de maio a agosto, outro chuvoso correspondendo aos meses de setembro a maio, sendo janeiro o mês mais chuvoso e agosto o mais seco.

Evaporação

A evaporação média anual no Estado é de 1.528 mm. Nas áreas mais secas, no período não chuvoso, podem ocorrer déficit´s superiores a 250 mm nos meses críticos de agosto a setembro.

Radiação Solar

A radiação solar global é da ordem de 176 kcal/cm² em agosto, a mínimo de 12,7 kcal/cm² em dezembro.

Umidade Relativa

A umidade relativa do ar apresenta uma média anual de 76% em toda área que compõe o Estado.

Ao Norte do paralelo 6°S, a umidade relativa do ar registra valores mais elevados, superando 85% no período de dezembro a maio, permanecendo ainda com valores altos nos demais meses do ano. Na parte central do Estado, a média está em torno de 75%. No extremo Sul, a média anual fica em torno de 68,5%, caindo nos meses secos para valores entre 40% a 50%.

A umidade relativa máxima de 85% ocorre no posto de Porto Nacional nos meses de fevereiro e março, enquanto que em Santa Isabel (Município de Ananás) tais valores extremos aparecem no bimestre março/abril (89 a 91% ).

Os valores mínimos de umidade relativa no posto de Porto Nacional são verificados no período agosto/setembro (53% a 57%), enquanto que em Santa Isabel (Município de Ananás), adianta-se à medida que se desloca para o Norte.

Pressão Atmosférica

Há uma regularidade na distribuição das pressões atmosféricas em função das baixas altitudes e das latitudes continentais das regiões tropicais, onde não há ciclones intensos a influenciá-la.

Ventos

Os ventos na região da Bacia do Araguaia são fracos, sendo o regime eólico da região caracterizado por uma incidência média de calmaria da ordem de 80% ao ano.

Na estação de Porto Nacional ocorrem velocidades mensais de 1 m/s no mês de janeiro,e 1,31 m/s em dezembro, sendo sua média mensal na maior parte do ano em torno de 1,26 m/s.

Na estação de Santa Isabel (Município de Ananás), em operação somente de 1981 a 1985, registrou-se a média anual de velocidade de 1,28 m/s, sendo os ventos predominantes de direção norte, com velocidade média de 1,78 m/s a uma freqüência média de 19,7%.

Insolação

A insolação documentada pelos heliógrafos das estações, registram em média 2.470 horas de insolação/ano, nos postos meteorológicos do Estado do Tocantins.

Evapotranspiração

As variações mínimas de ETP são da ordem de 4,0 mm/dia em fevereiro e máximas de 6,0 mm/dia nos meses de agosto e setembro. Esses dados são de grande relevância para se trabalhar com reservas de água disponíveis no solo, na irrigação das culturas.

Nebulosidade

A nebulosidade máxima ocorre nos meses de outubro a abril, sendo um fenômeno muito estável no Estado.

A menor nebulosidade verifica-se em julho, sendo sua média anual variável de 4,8 a 6,1 décimas partes do céu encoberto.

Solos

Os solos predominantes do Estado do Tocantins são Latossolos Vermelhos – Amarelo(LV), areias Quatzosas (AQ) e solos Litólicos (R) representando cerca de 63,8% do Estado. Os solos: Latossolo Amarelo (LA), Latossolos Vermelhos Escuro(LE), Latossolo Roxo (LR), Podzólico Vermelho Amarelo (PV), Bruzem Avermelhado (BV), Cambissolo (C), Solos Hidromóficos (HG), Areias Quartozosas Hidromórficas (HAQ) e solos Concrecionários (SC), representam 36,2%.

A nível taxonômico de fertilidade e outras características, os solos da região do cerrado diferem pouco dos da região amazônica. Em geral, os solos do cerrado têm um alto nível de acidez com freqüente toxidez de alumínio, corrigível com a aplicação de calcário.

Cobertura Vegetal

As coberturas vegetais variam muito dependendo das condições geomorfológicas e variações das precipitações. A região Norte do Estado do Tocantins está coberta pela vegetação densa de babaçu, e as regiões sul e sudeste estão cobertas pela vegetação de cerrado, predominante do Planalto Central do Brasil. As coberturas vegetas do Estado podem ser representadas pelos cerrados que ocupam maior parte, floresta densa e floresta aberta mista – predominante na região norte, Floresta densa – predominante na parte noroeste, e floresta Hidrofila no Vale do Araguaia.

Hidrografia

A bacia hidrográfica do Estado do Tocantins está delimitada principalmente pelo rio Araguaia a oeste, e pelo Rio Tocantins a leste. Esses rios correm no sentido Sul-Norte e se encontram no extremo norte do Estado, na região do Bico do Papagaio. Após esta confluência, o Rio Tocantins deságua no delta do Rio Amazonas.

O Estado, abrange aproximadamente dois terços da bacia Hidrográfica do Rio Tocantins e um terço da Bacia Hidrográfica do Rio Araguaia, além de várias sub-bácias importantes, fazendo do Estado do Tocantins, um dos Estados mais ricos do Brasil em recursos hídricos para irrigação, construção de hidrovias, geração de energia elétrica, e empreendimentos de turismo ecológico, aquicultura e consumo humano.

METEOROLOGIA NO TOCANTINS

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Tocantins, mantém convênio com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, são 07 estações em todas as regiões do estado, especificamente nas cidades de: Araguaína, Gurupi, Palmas, Peixe, Pedro Afonso, Porto Nacional e Taguatinga.

Estação Meteorológica de Observação de Superfície Convencional

Uma estação meteorológica convencional é composta de vários sensores isolados que registram continuamente os parâmetros meteorológicos (pressão atmosférica, temperatura e umidade relativa do ar, precipitação, radiação solar, direção e velocidade dos ventos, etc), que são lidos e anotados por um observador humano a cada intervalo, este os envia a um centro coletor por um meio de comunicação qualquer.

Estação Meteorológica de Observação de Superfície Automática

Uma estação meteorológica de superfície automática é composta de uma unidade de memória central (“data logger”), ligada a vários sensores dos parâmetros meteorológicos (pressão atmosférica, temperatura e umidade relativa do ar, precipitação, radiação solar, direção e velocidade dos ventos, etc), que integra os valores medidos minuto a minuto e transmite os dados observados automaticamente a cada hora.

 

Hino do Estado de Tocantins

O sonho secular já se realizou
Mais um astro brilha dos céus aos confins
Este povo forte
Do sofrido Norte
Teve melhor sorte
Nasce Tocantins

[Estribilho]

Levanta altaneiro, contempla o futuro
Caminha seguro, persegue os teus fins
Por tua beleza, por tuas riquezas.
És o Tocantins!
Do bravo Ouvidor a saga não parou
Contra a oligarquia o povo se revoltou,
Somos brava gente,
Simples, mas valente,
Povo consciente.
Sem medo e temor.

[Estribilho]

De Segurado a Siqueira o ideal seguiu
Contra tudo e contra todos firme e forte
Contra a tirania
Da oligarquia,
O povo queria
Libertar o Norte!

[Estribilho]

Teus rios, tuas matas, tua imensidão
Teu belo Araguaia lembra o paraíso.
Tua rica história
Guardo na memória,
Pela tua Glória
Morro, se preciso!

[Estribilho]

Pulsa no peito o orgulho da luta de Palma
Feita com a alma que a beleza irradia,
Vejo tua gente,
Tua alma xerente,
Teu povo valente,
Que venceu um dia!

Letra: Liberato Póvoa
Música: Abiezer Alves da Rocha

Fonte: www.brasil-turismo.com/www.brasilrepublica.com/to.gov.br/www.seagro.to.gov.br/to.gov.br

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Um comentário

  1. Franklin Francisco da Silva

    Muito legal

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