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Mangue-Vermelho – O que é
É a árvore símbolo do manguezal, com suas raizes-escora caracterísitica.
Encontrada em manguezais ao longo de todo o Atlântico, da Flórida a Santa Catarina, em Santos-Cubatão esta espécie é denominante nas áreas com maior correnteza.
Seus propágulos são maiores dentre as árvores do manguezal e podem ser transportados a longas distâncias, sendo mesmo encontrados nas prais da região. Estes propágulos, se conseguirem se fixar, atingem mais de 2 metros.
Ocorrência: litoral brasileiro, do Amapá a Santa Catarina.
Outros nomes: mangue bravo, mangue verdadeiro, sapateiro, gaiteiro, apareíba, guaparaíba, guapereiíba, mangueiro.
Mangue-Vermelho – Características
Árvore de 6 a 12 m de altura, apresenta raízes-escora ou rizóforos, que dão estabilidade e raízes adventícias, que brotam de troncos e galhos em forma de arco para o substrato.
Quando raspado, mostram uma tonalidade avermelhada.
Folhas simples, rijas e coriáceas, inteiras, levemente mais claras na face inferior, de 8 a 10 cm de comprimento.
Flores pequenas de cor branco-amarelada, reunidas em inflorescências axilares.
Os frutos são do tipo baga alongada, coriácea, de cerca de 2,2 cm de comprimento, pêndulas e de cor acinzentada, contendo uma única semente.
Esta germina quando ainda dentro do fruto e que ao se desprender da planta enterra a radícula no lôdo. Quando em ramo muito próximo do chão, chega a tocar e penetrar o solo antes mesmo de se desprender da planta. Se adaptam bem às águas com salinidade de 50%0.
Habitat: manguezais.
Propagação: as estruturas reprodutivas são chamadas propágulos e amadurecem presas à planta-mãe quando, então, caem como lanças apontadas para baixo, fixando-se no solo durante a maré baixa.
Mangue-Vermelho – Utilidade
Madeira muito utilizada para a confecção de lastros de camas, cercas e cobertura de palhoças, apropriada para uso em construção civil, principalmente para de vigas de pequeno porte, caibros e esteios, assim como na curtição de couro e adição em barro para fabricação de utensílios. É ótima para obras imersas, onde é quase imputrescível.
Também usada para trabalhos de torno, peças de resistência, cabos de ferramentas, lenha e carvão.
A casca, com mais de 30% de tanino, é largamente empregada na industria de curtume, conferindo aos couros bela coloração amarela.
O tanino também serve para proteger redes de pesca e velas de embarcações do envelhecimento, pois torna suas fibras mais resistentes ao apodrecimento, que é muito acelerado em regiões costeiras.
As folhas, além de também usadas em curtume, são aproveitadas na medicina caseira como adstringente poderoso. Para essa função, contudo, são a casca e raízes muito mais usadas.
A existência dessa espécie nos manguezais é fundamental para o equilíbrio desse frágil e importante ecosistema.
Florescimento: agosto a novembro.
Frutificação: setembro a dezembro.
Cuidados: A legislação determina que o mangue é Área de Preservação Permanente. Os manguezais estão incluídos em diversas leis, decretos, resoluções. Os instrumentos legais impõem ordenações de uso e ações em áreas de manguezal.
Ameaças: Destruição do habitat, pesca predatória, a captura de caranguejos durante a época de reprodução das espécies, ocupação desordenada do litoral, aterros e desmatamentos.
Mangue-Vermelho – Rhizophora mangle
Rhizophora mangle, o mangue-vermelho, é provavelmente o manguezal mais conhecido de todos os manguezais e pertence aos “verdadeiros mangues”.
O mangue vermelho (Rhizophora mangle) é particularmente extremo em sua capacidade de sobreviver com suas raízes banhadas em água salgada.
Os mangues vermelhos são as espécies pioneiras e estão localizadas próximo da margem, ocupando zonas onde ficam sujeitas às inundações tidais.
As folhas verde-escuras são brilhantes e ampla.
Apresentam um suporte extra constituído pelas raízes de ancoragem que crescem dos troncos e dos ramos das árvores em direção ao substrato.
Essas raízes auxiliam também nas trocas gasosas das raízes que estão mergulhadas no lodo.
As membranas celulares das raízes das rizóforas funcionam como ultra filtros que não permitem a entrada dos iões do sal.
Uma adaptação muito evidente às condições de imersão observadas nesta árvore são as raízes aéreas pendentes.
Estas estruturas têm como função a absorção de oxigénio diretamente da atmosfera durante os períodos de maré baixa quando se encontram expostas.
As espécies do gênero Rhizophora apresentam sementes que germinam ainda enquanto estão na planta progenitora originando um germe pendente em forma de charuto. Este posteriormente cairá no solo ou na água e, se encontrar condições apropriadas, desenvolverá raízes.
Mangue-Vermelho – Adaptação
Uma eficiente adaptação dessa planta é seu sistema de reprodução. Possui alto grau de vivi-paridade.
O desenvolvimento do embrião ocorre enquanto ainda está preso à árvore e só se desprende da planta-mãe após o término da sua formação.
O tronco do mangue-vermelho é geralmente liso e claro, porém quando raspado mostra cor avermelhada.
Outra adaptação está no sistema de raízes. Sua principal característica são as raízes-escora ou rizóforos, que formam arcos, e as raízes adventícias, que brotam dos troncos e galhos, atingindo o substrato, sustentam a árvore e facilitam a troca de gases entre a planta e o meio externo.
Mangue-Vermelho – Classificação
Nome científico: Rhizophora mangle
Família: Rhizophoraceae
Gênero: Rhizophora
Ordem: Rhizophorales
Espécie: Rhizophora mangle
Origem: Brasil
Mangue-Vermelho – Fotos
Mangue-Vermelho
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Mangue-Vermelho
Mangue-Vermelho – Folhas
Fonte: www.vivaterra.org.br/www.mangrove.at/www.info-linea.com
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