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Como uma cobra pode engolir animais tão grandes?
Talvez, você ainda não tenha parado para pensar sobre isso, mas é algo realmente curioso.
Como é que as cobras são capazes de engolir presas tão maiores que a sua cabeça?
Seria o mesmo que um ser humano conseguir engolir, por exemplo, uma melancia inteira.
O segredo está na estrutura expansível de sua mandíbula, que lhe permite abrir a boca em até 150 º, enquanto os seres humanos vão apenas a 40 º.
Outro detalhe importante é seu maxilar inferior, que se abre ao meio, permitindo-lhe envolver a presa até a capacidade máxima da elasticidade de sua pele.
Nesta sequência de fotos é possível observar bem toda a ginástica da cobra para engolir um veado inteiro a partir da cabeça.
Observe como sua mandíbula se expande incrivelmente, permitindo-lhe abocanhar a presa e deslizar ao redor dela até engoli-la completamente.
Chega a parecer monstruoso, mas é a lei da sobrevivência. A cobra precisava se alimentar e, por sorte dela e azar dele, o veado foi o almoço que ela encontrou pela frente.
Só mais um pouquinho e o veado estará completamente engolido. Aí será a vez das fortes enzimas do sistema digestivo da píton entrarem ação para digeri-lo. O processo todo pode demorar até um mês.
Tipos de dentição em serpentes
Os diferentes tipos de dentição em serpentes possibilitam a diferenciação das espécies peçonhentas das não peçonhentas.
As serpentes podem apresentar quatro tipos de dentição: áglifa, opistóglifa, proteróglifa e solenóglifa.
Áglifa
Tipo de dentição característico das serpentes sem aparelho inoculador de veneno. estas serpentes atacam, geralmente, por constrição.
Opistóglifa
Tipo de dentição característica de determinadas espécies de serpentes, cujos dentes inoculadores de veneno se encontram parte posterior do maxilar superior, apresentando, assim, perigo altamente reduzido para o homem. dentição característica de alguns membros da família Colubridae
Proteróglifa
Tipo de dentição característica das serpentes da família Elapidae. apresentam dois dentes inoculadores de veneno na parte anterior do maxilar superior, de caráter marcadamente forte, não retráteis.
Solenóglifa
Dentição característica das serpentes da família Viperidade. Os membros desta família possuem dois dentes retrácteis, inoculadores de um potente veneno de caráter neurotóxico, hemotóxico e/ou citotóxico, localizados na parte anterior do maxilar superior. Dependendo da espécie, o veneno é mais ou menos forte, sendo normalmente o suficiente para ser fatal ao ser Humano.
Os dentes inoculadores são projetados para fora durante o ataque, permitindo ao animal inocular uma quantidade de veneno maior do que uma serpente da família das proteróglifas. Isso agrava ainda mais a consequência da picada.
Dentição das cobras peçonhentas
As cobras peçonhentas possuem uma cabeça achatada e triangular (com exceção da Jiboia que tem cabeça triangular e não é peçonhenta), enquanto que as não peçonhentas possuem uma cabeça arredondada; as cobras peçonhentas apresentam duas presas no maxilar superior, as não peçonhentas apresentam dentes pequenos e iguais; as cobras peçonhentas após morder, deixam dois sulcos profundos (por causa de suas presas), já as não peçonhentas deixam vários furos pequenos e iguais (por causa de seus dentes pequenos e iguais).
Cobras peçonhentas tem a cabeça triangular, bem destacada no corpo e cobertas por escamas pequenas. No olho têm a pupila em forma de fenda vertical. Suas escamas são ásperas e com arestas.
Possuem dentes inoculadores.
Seus movimentos são normalmente lentos e vagarosos.
Cobras não peçonhentas tem cabeça arredondada pouco destacada no corpo e com grandes escamas formando placas. No seu olho sua pupila é redonda. Suas escamas são achatadas e lisas. Não possuem dentes peçonhentos.
Porém, há algumas exceções, como é o caso da coral verdadeira. Ela não apresenta quaisquer características citadas acima; porém, é peçonhenta e seu veneno é altamente letal.
Classificar as cobras como venenosas ou não venenosas é um equívoco, já que todas apresentam veneno, sendo este sua saliva capaz de degradar a presa, já que estes animais não mastigam.
A diferença entre as cobras tidas como venenosas é a presença da peçonha (presa inoculadora de veneno), capaz de injetar sua saliva (veneno) diretamente na corrente sanguínea de suas presas. Assim, é correto classificá-las como peçonhentas ou não peçonhentas, devido a presença ou ausência de peçonha, e não presença ou ausência de veneno.
Fonte: Portal São Francisco
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