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O que é
O cervo-do-pantretal, maior mamífero brasileiro pode ser a primeira das oito espécies de veados nativos a desaparecer dentro de curtíssimo prazo, pelo menos em uma de suas antigas áreas de ocorrência, ao longo da Bacia do Rio Paraná, no estado de São Paulo.
Previsões dos especialistas reunidos pelo Ibama no Comitê para a Conservação dos Cervídeos estimam menos de dez anos para que o cervo-do-pantretal desapareça de vez do território paulista, onde antes havia população abundante.
A espécie também podia ser encontrada em extensas regiões do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia.
À exceção do Pantretal matogrossense, nas demais áreas a situação do animal é crítica. A espécie está na lista vermelha dos animais em perigo.
A situação do cervo-do-pantretal (Cervo-do-pantanal), assim como das outras sete espécies de cervídeos brasileiros deve-se, principalmente, à destruição das áreas naturais para o avanço agropecuário, a construção de grandes empreendimentos e à caça. A drenagem clandestina das áreas de várzea e o contato forçado dos veados com o gado doméstico e os búfalos são outras formas de ameaça para os animais.
Além do cervo-do-pantretal, exis-tem no Brasil o veado-de-mão-curta (Mazama nana), o veado-catingueiro (Mazama gouazobira), o veado-bororó (Mazama bororo), o veado-campeiro (Ozotoceros bezzoarticus), o veado-mateiro (Mazama americana), o cariacu (Odocoileus virginianos) e o Mazama nemorivaga. Para tentar reverter a situação de ameaça que paira sobre os veados silvestres, o comitê de especialistas propõe uma série de medidas estratégicas. O Plano de Ação para a Conservação dos Cervídeos, que contém as diretrizes para a proteção dos animais, será publicado pelo Ibama, em parceria com o MMA, até o início do ano que vem.
Entre as propostas para tentar livrar o cervo-do-pantretal da extinção, estão a criação de parques, reservas particulares e outras unidades de conservação, aumento na fiscalização da caça e o estabelecimento de critérios para mitigar os danos ambientais provocados pelas usinas hidrelétricas. Além das ameaças diretas, a falta de pesquisas e de dados científicos sobre esses grandes mamíferos é outro fator que prejudica a conservação das espécies.
Animal
É o maior cervídeo da América do Sul.
Pesa em média 100kg, mas alguns indivíduos adultos podem ultrapassar 150kg.
Está ameaçado de extinção devido a: caça ilegal; a destruição de seu habitat em decorrência das construções de usinas hidrelétricas e de projetos de irrigação; as doenças introduzidas por animais domésticos como a febre aftosa e brucelose.
O cervo-do-pantretal (Cervo-do-pantanal) é característico de áreas inundáveis e de varjões de cerrado, onde se alimenta de capim e plantas palustres (Goeldi, 1893). Segundo Coimbra/Filho (1972), este cervídeo se alimenta de brotos de plantas de diversas famílias, especialmente leguminosas.
A adaptação deste animal ao meio alagável pode ser constatada pela presença de membranas que unem seus dedos, o que facilita a locomoção dentro d’água.
Na natureza é comumente observado em pequenos grupos familiares e casais, mas indivíduos solitários são freqüentes (Crabrera e Yepes, 1960).
Alguns pesquisadores explicam que o cervo-do-pantretal (Cervo-do-pantanal) vive em pequenos grupos sociais porque foi pressionado pelo processo de caça histórica e/ou pelo fato dos habitats da espécie estarem sujeitos a severas inundações sazonais. Isto faz com que os cervos utilizem áreas mais altas durante as cheias, onde a capacidade de suporte é limitada. Assim, grandes grupos não podem ser formados.
O cervo-do-pantretal (Cervo-do-pantanal) ocorria originalmente desde o Uruguai e norte da Argentina até os Estados brasileiros do Amazonas, Bahia, Goiás e Pará, sempre ao sul do rio Amazonas.
Atualmente, sua população está restrita ao Pantretal (onde são encontrados em maior número) e à Ilha do Banretal. Pequenas ilhas de população foram identificadas (Tomás,1992) no norte de Mato Grosso, no sul do Pará, Tocantins, sudoeste de Goiás e na Bacia do rio Paraná.
No Rio Grande do Sul foi constatada uma última população residual (Tomás,1992), a qual pode estar extinta atualmente.
Descrição
O pelo ligeiramente felpudo do cervo-do-pantretal (Cervo-do-pantanal) é principalmente castanho avermelhado ou castanho, com a parte inferior, especialmente a superfície inferior do pescoço, sendo mais leve.
As pernas inferiores são de cor preta.
Ao contrário de muitas espécies de cervos, os cervos jovens do pântano nascem sem manchas.
Há um olho branco fraco, e o focinho e os lábios são visivelmente pretos.
As orelhas são grandes e forradas com cabelo branco fofo.
A superfície superior da cauda é da mesma cor que as costas, enquanto a parte inferior é marrom escuro ou preto.
Como outros ungulados adaptados a um habitat pantanoso do cervo-do-pantanal são bem desenvolvidos e os cascos largamente espalhados são muito compridos, crescendo 7-8 cm, e com cerca de 60 cm de comprimento, com quatro ou cinco dentes cada.
Os chifres pesados, cada um pesando 1,65-2,5 kg.
Os machos carregam um par de chifres grandes, amarelos e escuros, 1,6 kg até 2,5 kg, são eliminados irregularmente, e um conjunto crescido pode ser retido por até 21 meses.
Habitat
Os cervos-do-pantretal (Cervos-do-pantanal) preferem o solo pantanoso e pantanoso com água parada e vegetação densa.
Eles também utilizam savanas inundadas durante a estação chuvosa, mas ficam perto de densas plantações de juncos ou vegetação semelhante perto de água permanente durante a estação seca.
O terreno montanhoso circundante também pode ser favorável, mas isso pode ser um artefato da pressão da caça humana, já que o acesso é provavelmente mais difícil em áreas montanhosas (Mares et al. 1989, Whitehead, 1972, Redford e Eisenberg, 1992).
Classificação
Nome científico: Blastocerus dichotomus (Illiger, 1815)
Nome comum: Cervo do Pantanal, veado galheiro
Nome em inglês: Marsh Deer
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Subordem: Ruminantia
Família: Cervidae
Subfamília: Capreolinae
Gênero: Blastocerus (Wagner, 1844)
Espécie: B. dichotomus
Habitat: Vivem preferencialmente em áreas de banhado, várzeas de rios, matas de galeria, cerrados e campinas inundadas
Alimentação: Gramíneas tenras, brotos de arbustos, leguminosas e plantas aquáticas
Peso: 100 a 150 kg
Tamanho: Mais ou menos 1,9 m de comprimento e 1,2 m de altura
Características físicas: O pelo é comprido e áspero. Tem a cor marrom-avermelhada no inverno e castanho-brilhante no verão.
Reprodução: O período de gestação dura aproximadamente 9 meses, nascendo somente um filhote por ano
Número de filhotes: Um por ano
Tempo de vida: De 10 a 30 anos
Distribuição Geográfica: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Peru.
Cervo-do-pantanal – Fotos
Fonte: www.sueza.com.br/www.brazilnature.com/www.ribeiraopreto.sp.gov.br/br.pinterest.com/www.flickr.com/www.researchgate.net
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