PICA-PAU-ANÃO (Picumnus cirratus)
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Características
São os menores pica-paus encontrados no Brasil, medindo 9 cm de comprimento.
Habitat
Florestas, matas ciliares e cerrados.
Ocorrência
Sudeste e sul do Brasil, do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul, inclusive leste de Minas Gerais.
Alimentação
Larvas e adultos de pequenos insetos. Regularmente não apóia a cauda no substrato enquanto captura o alimento, como o fazem os outros pica-paus, pois suas retrizes são flexíveis. Captura formigas nos galhos e folhas de árvores como a amendoeira ou chapéu-do-sol (Terminalia catapa).
Reprodução
O ninho é construído em ramos secos e delgados, até 5 m do solo, onde são postos 2 a 4 ovos. A entrada da cavidade escavada é diminuta, com cerca de 3 cm de diâmetro, limitando assim a visita de predadores. Tal cavidade tem 10 a 20 cm de profundidade e seu diâmetro maior cerca de 6 cm.
Ameaças
Espécie ameaçada de extinção pela destruição do habitat.
PICA-PAU-BRANCO (Melanerpes candidus)
Características
Espécie grande. Cor branca em geral do peito, abdômem e cabeça contrasta com as penas pretas da cauda, do dorso e das asas, as quais possuem faixas brancas. Possui uma linha preta ao lado do pescoço.
A área ao redor dos olhos é amarelada.
Habitat
Bordas de matas, campos, cerrados e pomares.
Ocorrência
Da Bahia ao Rio Grande do Sul
Hábitos
Vive em pequenos bandos
Alimentação
Insetos, frutos e sementes.
Ameaças
Destruição do habitat
PICA-PAU-DEBANDA-BRANCA ou GIGANTE-DE-TOPETE-VERMELHO (Dryocopus lineatus)
Características
Mede 35 cm de comprimento. Cabeça negra com topete vermelho e mancha vermelha na base do bico que é amarelado. Dorso negro com faixa branca destacando-se na lateral do pescoço e na parte superior. Peito negro e barriga carijó.
Habitat
Matas e cerrados.
Ocorrência
Da Amazônia ao oeste de São Paulo.
Alimentação
Insetívoro
Ameaças
Destruição do habitat e poluição por agrotóxicos.
PICA-PAU-DE-CABEÇA-AMARELA (Celeus flavescens)
Características
Mede 28 cm de comprimento. Possui crista grande, asas e cauda regulares, pernas fortes e pés dotados de unhas fortes. Bico reto e forte com ponta terminando em cizel. Cauda terminada em cunha. O pescoço é comprido e a cabeça grande. Plumagem de coloração negra, com parte dorsal e asas listradas de branco-amarelado. Cabeça amarela, ostentando longo topete amarelo com faixa negra e no macho uma estria vermelha. Parte ventral é totalmente negra, bem como toda a cauda. O bico é acinzentado. Existe dimorfismo sexual.
Habitat
Florestas virgens
Ocorrência
Sudeste do Brasil, da Bahia ao Rio Grande do Sul, incluindo leste de Minas Gerais, sudeste de Goiás e o Mato Grosso do Sul.
Hábitos
São arborícolas e solitários ou vivem em casais.
Alimentação
Insetos, larvas, vermes, seiva e frutas.
Reprodução
Ninho é escavado em tronco de árvore já morta, a uma altura que varia de 10 a 20 m do solo. Ambos trabalham na construção do ninho. A postura geralmente é de 5 ovos de cor branca, cobertos com poros finos e medindo 31 x 22 mm em seus eixos. A incubação é realizada pelo casal e dura em média 16 dias. Os filhotes são nidícolas, permanecendo no ninho por 40 dias. Ao deixarem o ninho, ainda são alimentados pelos pais.
Ameaças
Destruição do habitat
PICA-PAU-DE-CARA-VERMELHA (Campephilus melanoleucos)
Características
Mede 31 cm de comprimento. Tem a barriga barrada e um “V” branco nas costas, garganta negra, pescoço anterior e peito igualmente negros uniforme. Cabeça e topete vermelhos.
Habitat
Mata rala de regiões campestres, florestas de galeria, palmais.
Ocorrência
Do Panamá à Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil, centro meridional até o Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.
Hábitos
Vivem solitários. O vôo obedece a um curso ondulado, alternam uma série de batidas rápidas com um fechar de asas ganhando e perdendo, respectivamente altura. Dormem sempre em ocos, onde também se abrigam da chuva pesada. Recolhem-se cedo para dormir e começam tarde as suas atividades. São agressivos.
Alimentação
Larvas de insetos, sobretudo de besouros, batem sobre a casca da árvore tentando localizar um soar oco. Quando encontra um ponto, começa a martelar perfurando a casca, explora a cavidade com a língua pegajosa de ponta afilada, provida de corpúsculos táteis, que serve para espetar a presa. Também faz parte da sua alimentação formigas, seus ovos, larvas e cupins. Gosta de frutas como o mamão e a laranja.
Reprodução
Produz um forte zunido com as asas quando, em vôo, o casal se encontra. O casal elabora uma cavidade na madeira, procuram sobretudo árvores mortas, as que resistem às queimadas, gostam de trabalhar em palmeiras e imbaúbas, preferem cavar na face que se inclina para o solo, o que facilita a proteção contra a chuva e a defesa da entrada. A entrada do ninho corresponde exatamente ao tamanho do seu corpo, excluindo a entrada de mamíferos e aves.
Põe de 2 a 4 ovos brancos, puros e brilhantes, o fundo da câmara é coberto uma fina camada de serragem. Ambos os sexos revezam-se choco.
Ameaças
A destruição da mata primária priva-os muito. O reflorestamento com eucaliptos e Pinus não favorece a existência dos pica-paus, o mesmo acontecendo com as capoeiras nativas, nas quais faltam árvores maiores e mais velhas para a instalação de seus ninhos para nidificarem. Os pica-paus são bastante sensíveis aos inseticidas. A existência de pica-paus pode até servir como indicador de que a respectiva biocenose (associação dos seres vivos em certa área, especialmente a alimentar) continua intacta. Muitas aves não conseguem cavar tocas e/ou buracos, aproveitando-se assim das moradias dos pica-paus. Os grandes benificiados são: periquitos, araçaris, pequenos mamíferos como os sagüis, mico-leões; répteis e anfíbios. São muito úteis ao homem, pois destroem grande quantidade de insetos e suas larvas que são nocivas à madeira.
PICA-PAU-REI (Campephilus robustus)
Características
É o maior pica-pau brasileiro, medindo 36 cm de comprimento. Sua língua pode chegar a cinco vezes o tamanho de seu bico. É pontiaguda e com ganchos na ponta. Estas particularidades estruturais possibilitam a retirada de insetos dentro de troncos, e aliadas ao seu forte bico, foram fundamentais à evolução e à sobrevivência da espécie. Cabeça e pescoço com plumagem vermelha, dorso amarelado e asas negras. Barriga e peito carijó.
Habitat florestas nativas, primárias ou secundárias, desde que existam grandes árvores.
Ocorrência
De Goiás ao Rio Grande do Sul.
Hábitos
Vive em pequenos grupos. Marca o seu território com diferentes chamados de som instrumental, o tamborilar. O animal escolhe troncos ocos, secos ou bichados para bicar ritmicamente. Desta forma consegue variar o seu repertório e enviar mensagens diferentes: ora para atrair parceiras, ora para afugentar possíveis rivais ou simplesmente para dizer que ali ele é que manda.
Alimentação
Preferencialmente de insetos e utiliza-se de sua grande língua afiada para agarrar larvas de insetos dentro dos troncos de árvores. Esta também é usada para perfurar frutas maduras e lamber o seu suco.
Reprodução
Com o bico o pica-pau abre ocos na madeira e constrói o ninho, sempre com a abertura virada para o solo. Eles não levam material para dentro do ninho, utilizam restos de madeira picadinha para servir de colchão. A fêmea põe de dois a quatro ovos; estes são encubados por ambos os pais. Os filhotes nascem com aparência de prematuros, indefesos, cegos e nus.
Os pica-pauzinhos desenvolvem rapidamente a habilidade de bicar a madeira e em seguida a de tagarelar. Assim, um ninho de pica-pau é barulhento devido às constantes bicadas dos filhotes na árvore e a tagarelice dos bichinhos. Porém, ao menor sinal de perigo ficam absolutamente em silêncio, atendendo prontamente ao alerta dos pais. Este vem de forma codificada, como por exemplo, o barulho da quebra de um galhinho. Isto dificulta a vida dos predadores porém, quase sempre um filhote é predado, geralmente o mais fraco.
Predadores naturais
Tucanos e araçaris.
Ameaças
Espécie ameaçada de extinção pela lista oficial do Ibama. O fato de ser preferencialmente insetívoro torna os pica-paus suscetíveis a inseticidas. Com a ingestão de muitos insetos contaminados, o veneno se acumula nos corpos dos pica-paus de forma fatal. Esta é a razão da grande mortandade destas aves em matas próximas a áreas cultivadas e que fazem uso de agrotóxicos. Provavelmente sejam mais suscetíveis aos inseticidas que os próprios insetos.
PICA-PAU-VERDE-BARRADO (Chrysoptilhs melanochloros)
Características
Mede 26 cm de comprimento. Espécie de tamanho relativamente grande, verde, de lados da cabeça brancos, com vermelho na nuca (e também no “bigode”, no macho). Partes superiores barradas, partes inferiores com manchas em “forma de coração”.
Habitat beira de mata, cerradão, mata de galeria, típico do cerrado e caatinga, penetra em regiões abertas, praticamente despojadas de vegetação alta.
Ocorrência
Da Foz do Amazonas (Marajó) ao nordeste e daí ao Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso (Rio Araguaia, Corumbá), Paraguai, Argentina e Uruguai.
Hábitos
Pula através da ramaria horizontalmente como uma gralha (modo estranho de locomoção para um pica-pau).
Alimentação
Localizam larvas de insetos, sobretudo de besouros, invisíveis sob a madeira, pelo ruído produzido por estes animalejos ao roerem. Bate ligeiramente sobre a casca tentando localizar sob a mesma uma cavidade que porventura exista e que se trai pelo soar oco. Quando encontra um ponto que promete alimento, começa a martelar com vontade perfurando a casca para poder explorar a cavidade, o que é feito através da língua pegajosa de ponta afilada, provida de corpúsculos táteis, que serve para espetar a presa. Traem-se pelo barulho que fazem ao trabalharem o dia inteiro.
Reprodução
Utilizam-se da mata primária para nidificar, das árvores mais velhas e de grande porte. Excepcionalmente utilizam-se de cupinzeiros arborícolas para tal.
Ameaças
A destruição da mata primária priva-os muito. O reflorestamento com eucaliptos e Pinus não favorece a existência dos pica-paus, o mesmo acontecendo com as capoeiras nativas, nas quais faltam árvores maiores e mais velhas para a instalação de seus ninhos para nidificarem. Os pica-paus são bastante sensíveis aos inseticidas. A existência de pica-paus pode até servir como indicador de que a respectiva biocenose (associação dos seres vivos em certa área, especialmente a alimentar) continua intacta. Muitas aves não conseguem cavar tocas e/ou buracos, aproveitando-se assim das moradias dos pica-paus. Os grandes benificiados são: periquitos, araçaris, pequenos mamíferos como os sagüis, mico-leões, répteis e anfíbios. São muito úteis ao homem, pois destroem grande quantidade de insetos e suas larvas que são nocivas à madeira.
Fonte: www.vivaterra.org.br
Pica Pau
Tamanho: 32 centímetros, em média (dependendo da espécie).
Peso: geralmente não ultrapassam 200 gramas.
Tempo de vida: 15 anos, em média.
Alimentação: insetos, pequenas larvas, formigas e frutas.
Onde vive: campos em todo o mundo.
Nos desenhos animados, você já deve ter ouvido o toc-toc do bico do pica-pau batendo nos troncos das árvores, como se fosse um martelo. E por que será que ele faz isso?
É dessa forma que essa pequenina ave se alimenta. O bate-bate de seu bico duro, comprido e pontiagudo abre pequenos buracos nas árvores e, com isso, o pica-pau consegue lançar a sua língua longa e pegajosa no interior dos troncos e capturar insetos ou pequenas larvas de abelhas, cupins e vespas. Frutas e formigas também estão entre sseus alimentos prediletos.
Batuque atraente
Quanto mais forte o som das batidas, mais os machos conseguem atrair as fêmeas. A aproximação delas mostra que é chegada a época da reprodução, fase em que os pica-paus formam casais.
Juntos, machos e fêmeas cuidam do preparo do ninho que é construído de forma bastante inteligente. Eles abrem um buraco nas árvores de baixo para cima, como um grande labirinto. É lá que a fêmea coloca seus ovinhos brancos, geralmente três, e garante a proteção deles contra chuvas e ventos.
Embora os pequeninos deixem os ovos pelados e totalmente cegos, brincam desde cedo de bater o bico no tronco das árvores. Quando completam a quinta semana de vida, já se sentem mais seguros e então abandonam o ninho.
Pelo mundo afora
Os pica-paus podem ser vistos em todo o mundo. Eles constituem a numerosa família Picidae, composta por uma média de 179 espécies. Só no Brasil encontram-se 42 tipos diferentes em relação ao tamanho e à cor.
Fonte: www.klickeducacao.com.br
Pica Pau
Nome Científico: Celeus Flavesceus
Classe: Aves
Ordem: piciformes
Família: Picidae
Nome comum: Pica-pau
Características
O pica-pau possui bico, pernas e unhas fortes que o permite um excelente equilíbrio enquanto procura alimento nos troncos das árvores. Medem cerca de 30 centímetros e se alimentam de larvas e adultos de pequenos insetos. Para fazer seu ninho, o pica-pau escava troncos de árvores, não muito duros ou cupinzeiros. A fêmea põe ente quatro e cinco ovos que são chocados pelo casal. Os filhotes nascem após cerca de 11 a 14 dias de incubação e abandonam o ninho após 18 a 35 dias de vida, ainda incapazes de voar.
Fonte: www.fiocruz.br
Pica Pau
No Brasil encontramos 47 espécies da família picidae.
Os pica-paus são aves relativamente fáceis de que se identificar na natureza pelo observador de aves, pois possuem uma característica muito especial: são hábeis “cavadores de buracos em troncos”, o que fazem com o forte bico, a procura de alimentos.
Sua língua é vermiforme e muito longa, sendo um eficiente instrumento para a coleta de insetos que ficam no interior dos “furos que faz na madeira”.
Normalmente os machos distinguem-se das fêmeas por possuírem “bigode” (estria malar) normalmente vermelho ou mancha desta cor na nuca.
A cauda é utilizada como órgão de apoio para que fique verticalmente nos galhos.
São aves que nidificam em ocos de árvores, os quais cavam com seus fortes bicos.
Vocalizam de forma estridente, sendo por isto conhecidos por “gritadores”, utilizando o “tamborilar” como meio de comunicação. O “tamborilar” é quando a ave bate em um troco de arvore oco produzindo um som parecido com uma batida que chega a alcançar grandes distâncias na floresta. Parece que serve também para delimitar território.
Os pica-paus maiores como dos gêneros Celus, Dryocopus, Colaptes e Melanerpes possuem um vôo característico ondulado, que os denuncia a distância, ficando fácil ao observador identifica-los. Já os pequenos Picumnus vivem praticamente no meio das folhagens e voam pequenas ditâncias, praticamente pulando de galho em galho.
Em vista de nidificarem em ocos de árvores, os grandes pica-paus encontram-se em declínio populacional devido a derrubada das florestas ou de arvores grandes em florestas remanescentes, por ficarem impossibilitados de procriar.
Segue a relação das espécies que ocorrem no Brasil.
Bibliografia consultada
DUNNING, J. S. 1987. South American Birds: A photographic aid to identification. Newtown Square: Harrowood Books.
HOWARD, R.; MOORE, A. 1991. A complete checklist of te birds of theworld. 2. ed. London, Academic Press. 622 p.
SCHAUENSEE, RODOLPHE MEYER DE . A guide to the birds of South America. The Academy of Natural Sciences of Philalphia. 1970
SICK, Helmut. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
SOUZA, Deodato. Todas as aves do Brasil- guia de campo para identificação. Bahia: Dall, 1998.
Fonte: www.aultimaarcadenoe.com
Pica Pau
O CURIOSO DE DIVERTIDO PICA-PAU
Os Pica-Paus são ricos em comportamentos curiosos. Tê-los como visitante do nosso jardim é um privilégio, mas não tão difícil como muitos pensam.
Foram as insistentes bicadas de um topetudo Pica-Pau, instalado no teto da casa de Walter Lantz, que o inspiraram a criar o famoso personagem Pica-Pau na década de 40c, na Califórnia.
Dono de um bico que é um martelo vivo, ou melhor, uma possante britadeira, marca sua presença na natureza através de constantes toc-tocs. Suas marteladas buscam pequenos insetos nas cascas dos troncos e podem localizar larvas adormecidas no interior de árvores, destruindo os insetos roedores de madeira.
Os Pica-Paus começam tarde suas atividades e recolhem-se cedo para dormir. Passam grande parte do tempo batendo, tentando localizar uma cavidade com alimento. Preferem árvores secas, doentes e parasitadas pelos fundos. Por causa da trepidação que provocam, a natureza dotou-os de uma proteção ao redor do cérebro, minimizando seus efeitos.
Seu bico comprido e pontiagudo presta-se ao papel de pinça. Para explorar cavidades, usa a língua flexível, de ponta afilada e longa (às vezes cinco vezes maior do que o bico) podendo agir a cinco centímetros do bico. Sua flexibilidade e capacidade preensora são possibilitadas por uma secreção que age como cola pegajosa.
Entretanto, não só de insetos vivem os Pica-Paus. Muitas espécies neotropicais gostam de frutas, como mamão, maçã e laranja. As frutas de imbaúba e as bagas do caruru também são apreciadas por algumas espécies do Norte. Nos EUA foram seriamente perseguidos por cultivadores de macieiras, até descobrirem que escolhiam apenas frutos bichados para se deliciarem.
ESCALADAS
Outra curiosidade são os pés fortes, com os quais se mantém seguro em um tronco, na posição vertical, sem cair. Para subir, ele pula para cima, de pés paralelos, sentando na cauda a cada parada. Raramente pousa em galhos horizontais.
Geralmente pouco sociável, o Pica-Pau leva uma vida solitária. Embora permaneçam num mesmo território, os membros de um casal evitam-se. Mas, quando chega a época dos amores, o macho procura sua amada por meio de pancadas violentas nos troncos. Na briga pelo coração de uma topetuda, dois machos podem executar uma silenciosa e simbólica luta pousando um em frente ao outro, em lados opostos de um caule fino. Um surge como se fosse o reflexo do outro em um espelho. O surpreendente é que ficam por um bom tempo bicando a cabeça do oponente, sem tocar o caule.
Os Pica-Paus procuram fazer ninho nos lenhos velhos, estragados por fungos e insetos ou árvores mortas. Nelas cavam um oco, com a face inclinada para o solo. A entrada consiste num corredor horizontal de corte circular que conduz a uma câmara oval bastante profunda.
O ninho é construído pelo casal. A fêmea põe de dois a quatro ovos brancos. Os filhotes nascem nus e cegos. O macho divide com a companheira o choco e a alimentação, feita de bolas de insetos, conglomerados através da regurgitação. Com poucos dias de idade, ainda cegos, os filhotes já começam a brincar de martelar. A permanência no ninho leva cerca de cinco semanas.
COMO ATRAÍ-LOS
No Brasil existem cerca de 42 espécies, distribuídas por todo o país, variando bastante no tamanho (de 10 a 200g), cores e manifestações sonoras. Basta haver matas nas redondezas para encontrá-los. São vistos até mesmo próximo a grandes centros urbanos. Em São Paulo, por exemplo, em bairros como Eldorado, Granja Viana, Serra da Cantareira. No Rio de Janeiro em Jacarepaguá, Horto Florestal, Jardim Botânico. Para recebê-los em casa. Lembre-se de que preferem árvores mortas(eucaliptos e pinus não favorecem a sua presença), são muito sensíveis a inseticidas, dormem e se abrigam da chuva em cavidades nos troncos. Além das frutas já citadas, gostam de comer formigas, cupins e suas respectivas larvas. Também costumam abrir ninhos de abelhas e vespas em busca de suas larvas. Quem sabe você presencie até um tamborilado, som produzido batendo em madeiras ocas, taquaras e até chapas de aço que ampliem ao máximo a sonoridade, ultrapassando a altura da voz humana. Neste caso, é provável que seu jardim tenha se tornado o território dele.
Kátia Maria de Francischi e Marcos Pennacchi
Fonte: www.avedomestica.com
Pica Pau
Esse pássaro apesar de sua beleza, tem importante trabalho a ser realizado na mãe natureza, o ato de bater constantemente no tronco da árvore, com isso está sempre a procura de insetos, que muitas das vêzes são prejudiciais a árvore. São os únicos seres capazes de localizar os insetos e exterminá-los.
Existem espalhados pelo mundo, cerca de 179 espécies de pica-pau, sendo 22 deles localizados na América do Norte, no Brasil existem várias espécies, e podem variar bastante de tamanho.
O pica-pau tem enorme importância na vida das florestas impedindo com sua predação que a praga (insetos) se espalhem para outras árvores. Quase todas as estruturas corpóreas do pica-pau são especializadas para essa tarefa, patas, unhas, enfim; tudo é especializado para segurar de maneira segura a árvore e realizar suas tarefas. Como o pica-pau localiza seu alimento? — a maioria dos ornitólogos acreditam que isso se deve a grande capacidade auditiva. Primeiro ele dá umas batidas no tronco e depois para, achando assim os insetos. Os pica-paus são extraordiariamente bem dotados para bater com a cabeça na madeirao que fazem, frequentemente mais de 100 vezes por minuto, sem ficarem zonzos. O bico é reto, pontudo e muito duro. O crânio é de uma grossura incomum, e seus movimentos são regidos por poderosos músculos do pescoço.
Os ossos entre o bico e o crânio não são unidos, como a maioria das aves, pelo contrário: o tecido que os liga é esponjoso e elástico, tendo a função de absorver os choques. Outra especialidade para caçar os insetos, acontece graças a sua língua afilada, servindo de captura por ser pegasoja e comprida. Ao contrário da maioria das aves silvestres, o pica-pau não canta, solta um grito característico.
Acasalamento
Ao encontrar o par, o casal fará o ninho escavando o tronco de uma árvore para evitar chuva e vento, primeiro o pica-pau cava de baixo p/cima e depois de cima p/ baixo obtendo uma cavidade longa e vertical para o acasalamento. Fruto de sua notável inteligência.
Obs:.Exames de conteúdo estomacal já contaram mais de 2.600 formigas-carpinteiras.
Existem pica-paus sugadores de seiva, a seiva também atrai insetos que assim, incorporados ao cardápio sem maior trabalho. As vêzes a seiva fermenta, e o pica-pau fica realmente embriagado e sai pela floresta esbarrando numa árvore após a outra.
Graças a sua inteligência os pica-paus não apresentam movimentos migratório pois no interior do seu ninho ele encontra condições favoráveis para agüentar o inverno rigoroso, fato esse verificado de maneira correta num seriado do pica-pau na tv.
Fonte: www.animalnet.com.br
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