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No final do século XIX, a descoberta dos agentes causadores de doenças infecciosas representou um passo fundamental no avanço da medicina experimental, através do desenvolvimento de métodos de diagnóstico e tratamento de doenças como a difteria, tétano e cólera.
Um dos principais aspectos desse avanço foi o desenvolvimento da soroterapia, que consiste na aplicação no paciente de um soro contendo um concentrado de anticorpos.
A soroterapia tem a finalidade de combater uma doença específica (no caso de moléstias infecciosas), ou um agente tóxico específico (venenos ou toxinas).
Cada veneno ofídico necessita de um soro específico, elaborado com uma serpente do mesmo gênero da causadora do acidente
O Dr. Vital Brazil Mineiro da Campanha, médico sanitarista, residindo em Botucatu, consciente do grande número de acidentes com serpentes peçonhentas no Estado, passou a realizar experimentos com os venenos ofídicos. Baseando-se nos primeiros trabalhos com soroterapia realizados pelo francês Albert Calmette, desenvolveu estudos sobre soros contra o veneno de serpentes, descobrindo a sua especificidade, ou seja, cada tipo de veneno ofídico requer um soro específico, preparado com o veneno do mesmo gênero de serpente que causou o acidente.
Já em São Paulo, Vital Brazil identificou um surto de peste bubônica na cidade de Santos em 1898.
Iniciou, então, em condições precárias, o preparo de soro contra essa doença em instalações da Fazenda Butantan. Essa produção iniciou-se oficialmente em 1901, dando origem ao Instituto Serumtheráphico de Butantan, nome original do Instituto Butantan. Controlada a peste, o Dr. Vital Brazil deu prosseguimento à preparação de soros antiofídicos nesse Instituto, para atender ao grande número de acidentes com serpentes peçonhentas, já que o Brasil era um país com grande população rural, na época, tendo, ainda, Vital Brazil iniciado a produção de vacinas e outros produtos para a Saúde Pública.
Soros e vacinas são produtos de origem biológica (chamados imunobiológicos) usados na prevenção e tratamento de doenças. A diferença entre esses dois produtos está no fato dos soros já conterem os anticorpos necessários para combater uma determinada doença ou intoxicação, enquanto que as vacinas contêm agentes infecciosos incapazes de provocar a doença (a vacina é inócua), mas que induzem o sistema imunológico da pessoa a produzir anticorpos, evitando a contração da doença.
Portanto, o soro é curativo, enquanto a vacina é, essencialmente, preventiva.
O Butantan e a produção nacional de soros
Processamento de plasma para soros, 1923
Em 1984 foi lançado o Programa de Auto-Suficiência Nacional em Imunobiológicos, para atender à demanda nacional por esses produtos e tentar eliminar a necessidade de importação. Para tanto, foram realizados investimentos em instalações e equipamentos para os laboratórios, contando com a colaboração do Ministério da Saúde.
No Instituto Butantan, além do investimento na produção, percebeu-se a importância do investimento em pesquisas e desenvolvimento, e criou-se o Centro de Biotecnologia, visando o desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de soros e vacinas e de novos produtos.
Toda a produção de imunobiológicos (o Instituto Butantan produz cerca de 80% dos soros e vacinas utilizados hoje no País) é enviada ao Ministério da Saúde, e por ele redistribuída às secretarias de Saúde dos Estados.
A produção de Soro
Os soros são utilizados para tratar intoxicações provocadas pelo veneno de animais peçonhentos ou por toxinas de agentes infecciosos, como os causadores da difteria, botulismo e tétano. A primeira etapa da produção de soros antipeçonhentos é a extração do veneno – também chamado peçonha – de animais como serpentes, escorpiões, aranhas e taturanas. Após a extração, a peçonha é submetida a um processo chamado liofilizacão, que desidrata e cristaliza o veneno.
A produção do soro obedece às seguintes etapas:
1. O veneno liofilizado (antígeno) é diluído e injetado no cavalo, em doses adequadas. Esse processo leva 40 dias e é chamado hiperimunizacão.
2. Após a hiperimunizacão, é realizada uma sangria exploratória, retirando uma amostra de sangue para medir o teor de anticorpos produzidos em resposta às injecões do antígeno.
Tropel de cavalos para hiperimunização, 1940
3. Quando o teor de anticorpos atinge o nível desejado, é realizada a sangria final, retirando-se cerca de quinze litros de sangue de um cavalo de 500 Kg em três etapas, com um intervalo de 48 horas.
4. No plasma (parte líquida do sangue) são encontrados os anticorpos. O soro é obtido a partir da purificação e concentração desse plasma.
5. As hemácias (que formam a parte vermelha do sangue) são devolvidas ao animal, através de uma técnica desenvolvida no Instituto Butantan, chamada plasmaferese. Essa técnica de reposição reduz os efeitos colaterais provocados pela sangria do animal.
6. No final do processo, o soro obtido é submetido a testes de controle de qualidade:
6.1. atividade biológica – para verificação da quantidade de anticorpos produzidos
6.2. esterilidade – para a detecção de eventuais contaminações durante a produção
6.3. inocuidade – teste de segurança para o uso humano
6.4. pirogênio – para detectar a presença dessa substância, que provoca alterações de temperatura nos pacientes; e
6.5. testes físico-químicos.
A hiperimunização para a obtenção do soro é realizada em cavalos desde o começo do século porque são animais de grande porte. Assim, produzem uma volumosa quantidade de plasma com anticorpos para o processamento industrial de soro para atender à demanda nacional, sem que os animais sejam prejudicados no processo. Há um acompanhamento médico-veterinário destes cavalos, além de receberem uma alimentação ricamente balanceada.
O processamento do plasma para obtenção do soro é realizado em um sistema fechado, inteiramente desenvolvido pelo Instituto Butantan, instalado para atingir a produção de 600 mil ampolas de soro por ano, atendendo às exigênicas de controle de qualidade e biossegurança da Organização Mundial de Saúde.
Os soros produzidos pelo instituto Butantan são:
Antibotrópico: para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara.
Anticrotálico: para acidentes com cascavel.
Antilaquético: para acidentes com surucucu.
Antielapídico: para acidentes com coral.
Antibotrópico-laquético: para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara ou surucucu.
Antiaracnídico: para acidentes com aranhas do género Phoneutria (armadeira), Loxosceles (aranha marrom) e escorpiões brasileiros do género Tityus.
Antiescorpiônico: para acidentes com escorpiões brasileiros do géneroTityus.
Antilonomia: para acidentes com taturanas do género Lonomia.
Além dos soros anti-peçonhentos, o Instituto Butantan também produz soros para o tratamento de infecções e prevenção de rejeição de órgãos. A maior parte desses soros é obtida pelo mesmo processo dos soros antipeçonhentos. A única diferença está no tipo de substância injetada no animal para induzir a formação de anticorpos. No caso dos soros contra difteria, botulismo e tétano, é usado o toxóide preparado com materiais das próprias bactérias. Para a produção do anti-rábico, é usado o vírus rábico inativado.
OUTROS SOROS
Anti-tetânico: para o tratamento do tétano.
Anti-rábico: para o tratamento da raiva.
Concentração de soros, 1940
Antidiftérico: para tratamento da difteria.
Anti-botulínico – “A”: para tratamento do botulismo do tipo A.
Anti-botulínico – “B”: para tratamento do botulismo do tipo B.
Anti-botulínico – “ABE”: para tratamento de botulismo dos tipos A, B e E.
Anti-timocitário: o soro antitimocitário é usado para reduzir as possibilidades de rejeição de certos órgãos transplantados.
O Instituto Butantan produz dois tipos desse soro: o de origem eqüina e o monoclonal. O primeiro tipo é obtido através da hiperimunizacão de cavalos com células obtidas do timo humano (glândula localizada no pescoço) e, em seguida, são purificados. O segundo tipo é produzido a partir de células obtidas em equipamentos especiais chamados bioreatores.
Como resultado de estudos na área, estão sendo desenvolvidas novas formas de utilização dos soros, aumentando o seu potencial de utilização, seja através da obtenção de graus mais elevados de purificação, da redução de custos ou do aumento do prazo de armazenamento, como os produtos liofilizados. Soros Antipeçonhentos Liofílizados estarão sendo disponibilizados brevemente.
Uma pequena parcela de indivíduos tratados com os soros de origem eqüina torna-se hipersensível a certos componentes desses soros. Para esses casos, o Butantan vem estudando a possibilidade de produção de alguns soros a partir de sangue humano, como o anti-rábico e o anti-tetânico, que também pode ser obtido a partir de mães que foram vacinadas contra o tétano (visando o controle profilático dessa doença em recém-nascidos) já que elas concentram os anticorpos na própria placenta.
VACINAS
Laboratório de produção de vacina tríplice
As vacinas contêm agentes infecciosos inativados ou seus produtos, que induzem a produção de anticorpos pelo próprio organismo da pessoa vacinada, evitando a contração de uma doença. Isso se dá através de um mecanismo orgânico chamado “memória
celular”.
As vacinas diferem dos soros também no processo de produção, sendo feitas a partir de microrganismos inativados ou de suas toxinas, em um processo que, de maneira geral, envolve:
Fermentação
Detoxificação
Cromatografia
Entre as vacinas produzidas pelo Instituto, estão:
Toxóide tetânico: para prevenção do tétano. A produção de toxóide tetânico pelo Instituto Butantan chega a 150 milhões de doses por ano, atendendo a demanda nacional. O toxóide também serve para produzir as vacinas dupla (dTe DT] e tríplice [DTP].
Vacina dupla (dT): para prevenção da difteria e tétano em indivíduos acima dos 11 anos.
Vacina tríplice (DTP): para prevenção da difteria, tétano e coqueluche. Esta vacina é obtida a partir de uma bactéria morta, o que constitui uma dificuldade em sua produção, pois a bactéria deve estar em um determinado estágio de crescimento, que garanta à vacina, ao mesmo tempo, potência e baixa toxicidade.
BCG íntradérmico: para prevenção da tuberculose. O Instituto Butantan produz cerca de 500 mil doses de BCG por ano. Com novas técnicas de envase e liofilizacão, a produção deve ser aumentada em 50%.
Contra a raiva (uso humano): para prevenção da raiva. Produzida em cultura celular, que nos possibilita ter uma vacina menos reatogênica.
NOVAS VACINAS
Em sua tradição pioneira voltada à Saúde Pública, o Instituto Butantan segue realizando pesquisas para a produção de novas vacinas. Está em desenvolvimento uma vacina contra meningite A, B e C, e uma nova vacina contra coqueluche.
Também estão sendo realizadas pesquisas com a utilização de engenharia genética, assim como foi feito com a vacina contra hepatite, desta vez para o desenvolvimento de vacinas contra a dengue e esquistossomose (em conjunto com a FIOCRUZ- Fundação Instituto Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro.)
O Instituto Butantan desenvolveu a primeira vacina recombinante no Brasil (utilizando técnicas de engenharia genética) contra a Hepatite B, com capacidade de produção de 50 milhões de doses por ano. Há uma previsão de aumento dessa produção para suprir a demanda nacional, bem como a perspectiva de combiná-la com a vacina tríplice e a hemophilus, obtendo desta maneira a vacina pentavalente.
Vacina contra a gripe (influenza) Acordo firmado com Laboratório Aventis Pasteur/França, possibilita ao Instituto receber matéria prima e se responsailizar pelo controle de qualidade e envasametno de doses (17 milhões). Essa transferência de tecnologia vem ocorrendo desde 2000 e, a partir de 2007, o Butantan estará atendendo a demanda nacional.
Novos produtos
Além dos soros e vacinas, o Instituto Butantan continua investindo em novos produtos para a Saúde Pública. Entre estes produtos estão os biofármacos que são medicamentos biológicos para uso humano. Como a maioria da população não tem condições de pagar o valor extremamente alto destes medicamentos importados, o Instituto Butantan, inicia também a produção de biofármacos para que o Ministério da Saúde possa distribuir às unidades de saúde em todo o Brasil para uso gratuito.
Dois exemplos de grande função social são:
Eritropoetina – medicamente necessário para pacientes renais que permanecem na fila de espera aguardando o transplante de rim
Surfactante – medicamento para bebês prematuros que nascem com pulmões ainda não totalmente desenvolvidos por falta desta substância. Na maioria dos casos em que os pais não têm recursos para pagar o produto importado, estes bebês acabam falecendo. Hoje, isto representa cerca de 25.000 casos. A produção do surfactante pulmonar para bebês prematuros foi viabilizada por meio de uma parceria do Instituto Butantan com a FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – e a empresa Sadia
Toxina Botulínica, para tratamento de doenças oculares, ortopédicas e para uso estético
Hemoderivados, iniciará em 2004 a implantação de planta que através do processamento de plasma produzirá fatores anti-hemofílico, imuno globulina e albumina.
Com alto controle de qualidade aprovado pela Organização Mundial da Saúde, observando os princípios de bioseguranca e bioética, o Instituto Butantan vem cumprindo sua função social na tríplice atividade de pesquisa científica, desenvolvimento e produção de imunobiológicos e educação aplicados à Saúde Pública.
Assim, valoriza seu passado e caminha em direcão ao futuro.
Henrique Moisés Canter
José Abílio Perez Junior
Hisako G. Higashi
Rosalvo R. Guidolin
Fonte: www.butantan.gov.br
Soro e Vacina
Os dois agem como imunizadores, mas são usados em diferentes situações. Conheça um pouco mais sobre a produção de soros.
Entre os tipos de imunizações, a vacina é a mais lembrada. Mas, não se pode esquecer da importância da soroterapia. Diferente das vacinas na função e na composição, o soro é usado como tratamento depois que a doença já se instalou ou após a contaminação com agente tóxico específico, como venenos ou toxinas. Tanto as vacinas como os soros são fabricados a partir de organismos vivos, por isso são chamados de imunobiológicos.
Soros & vacinas são produtos de origem biológica (chamados imunobiológicos) usados na prevenção e tratamento de doenças. A diferença entre esses dois produtos está no fato dos soros já conterem os anticorpos necessários para combater uma determinada doença ou intoxicação, enquanto que as vacinas contêm agentes infecciosos incapazes de provocar a doença (a vacina é inócua), mas que induzem o sistema imunológico da pessoa a produzir anticorpos, evitando a contração da doença.
Portanto, o soro é curativo, enquanto a vacina é, essencialmente, preventiva
Vacina
As vacinas contêm agentes infecciosos inativados ou seus produtos, que induzem a produção de anticorpos pelo próprio organismo da pessoa vacinada, evitando a contração de uma doença. Isso se dá através de um mecanismo orgânico chamado “memória celular”.
As vacinas diferem dos soros também no processo de produção, sendo feitas a partir de microrganismos inativados ou de suas toxinas, em um processo que, de maneira geral, envolve:
Fermentação
Detoxificação
Cromatografia.
Diferenças entre a vacina e o soro
Vacina | Soro |
Contém agentes infecciosos inativados ou produtos deles que induzem a produção de anticorpos pelo próprio organismo da pessoa vacinada. Tem poder preventivo. |
Contém os anticorpos necessários para combater determinada doença ou intoxicação.
Tem poder curativo. |
Tipos e descrições de vacinas
Vacina BCG
Preparada com bacilos vivos provenientes de cepas atenuadas de Mycobacterium bovis. Deve ser administrada com seringas e agulhas apropriadas, em região intradérmica, na porção da inserção inferior do músculo deltóide, preferencialmente, no braço direito, o mais precocemente possível, a partir do nascimento, embora pessoas de qualquer idade possam ser vacinadas. Contra-indicada para indivíduos portadores de imunodeficiências congênitas e adquiridas, incluindo-se pacientes em terapia imunosupressora.
Grávidas também são devem ser vacinadas, bem como crianças com peso inferior a 2.000g. Pacientes doentes com Sida não devem receber esta vacina, porém, crianças portadoras do vírus da imunodeficiência adquirida, com contagem de CD4 superior a 500, sem sinais de infecção ativa, podem recebe-la. Portadores de doenças graves, neoplasias malignas, com infecções ou queimaduras extensas em pele, bem como convalescentes de sarampo também compõem o grupo de pessoas que não podem ser imunizadas com o BCG. Não recomendamos a revacinação rotineira dos indivíduos, entre os 6 e 10 anos, embora tal esquema seja o recomendado pelo Ministério da Saúde, em nosso país.
Vacina contra hepatite B
Vacina produzida por engenharia genética com técnica de DNA recombinante, contendo antígeno de superfície do vírus da hepatite C (HbsAg).
Deve ser administrada o mais precocemente possível, a partir do nascimento, por via intramuscular profunda, seguida por outras duas doses, um e seis meses após a primeira. Os adultos devem também receber três doses, respeitando-se os mesmos intervalos, embora, nestes casos, vimos indicando a vacina conjugada, contra as hepatites A e B, seguindo o mesmo esquema já proposto. Discute-se a necessidade de reforços a cada 5 – 10 anos e a confirmação da resposta imunitária pode ser feita através de dosagem de anti- HBs que se positiva após a adequada imunização. Esta vacina não deve ser administrada na região glútea, devendo ser utilizado o casto lateral da coxa em crianças menores de dois anos em nos demais indivíduos, o deltóide.
Nos recém-nascidos de mães HbsAg positivas, além da administração da vacina, deve ser realizada a imunização passiva, nas primeiras 12 horas de vida, com imunoglubulina humana específica (0,5ml).
Devido à sua comprovada eficácia, mínimos efeitos colaterais e ausência de contra-indicações (só não deve ser administrada a indivíduos sabidamente alérgicos a um dos componentes da vacina) tem, em nosso entendimento, indicação universal.
Vacina contra o sarampo, caxumba e rubéola
Vacina combinada de vírus atenuados contra as três moléstias. Pode ser utilizada a partir de 12 meses de idade, em dose única, embora, indiquemos uma segunda dose, a partir da adolescência. A aplicação é subcutânea, tendo as mesmas contra-indicações da vacina contra o sarampo, ressaltando-se que mulheres em idade fértil vacinadas com esta vacina (ou com a monovalente contra o sarampo) devem evitar a gravidez durante os 30-90 dias seguintes à imunização.
Reações como dores articulares, artrites e adenomegalias podem ocorrer, principalmente em adultos, entre a segunda e oitava semana pós-vacinal, em resposta ao componente anti-rubéola. Parotidite pós-vacinal, raramente, pode ocorrer.
Vacina contra a febre amarela
Produzida com vírus vivos atenuados. Pode ser administrada (subcutânea) a partir dos seis meses de idade em habitantes de áreas endêmicas da doença, ou também, aos viajantes que se dirigirem a essas regiões (imunidade adquirida após o décimo dia do ato vacinal). Outro assim, em casos de epidemias, devemos considerar a possibilidade de utilização do composto vacinal em crianças menores de seis meses. Reforços devem ser realizados a cada 10 anos. Tem como contra-indicação, além das contra-indicações gerais às vacinas de vírus vivos, dentre as quais a gravidez, antecedentes de reação alérgica grave a ovo.
Vacina contra gripe
Produzida anualmente utilizando-se as cepas virais relacionadas às epidemias da doença do período imediatamente anterior à sua fabricação, através da separação dos vírus coletados em vários laboratórios dispersos no mundo, muitos aqui no Brasil. Essas vacinas, de vírus inativados, podem ser administradas a partir dos seis meses de idade, sendo necessário às crianças menores de seis anos, que a recebem pela primeira vez, a administração de duas doses (com aplicação de metade da dose em cada uma das aplicações).
Embora sua eficácia se situe entre 80% e 85%, temos recomendado a sua aplicação a todas as crianças com risco de disseminação da doença, àqueles portadores de infecções de vias aéreas de repetição, de moléstias cardiovasculares e pulmonares crônicas (inclusive asma). Em relação aos adultos, pela grande experiência adquirida com a vacinação empresarial, com importante redução das faltas ao trabalho, temos recomendado a vacinação anual e rotineira de todos os indivíduos, considerando-se, também o benefício social advindo da prevenção da moléstia.
A aplicação, intramuscular, pode levar à dor local e, mais raramente, à febre e discreta mialgia. Importante informar aos indivíduos vacinados qual a imunidade adquirida pós-vacinal se apresenta após a segunda semana do ato e, caso o paciente venha a contrair gripe nesse período, não se deve à falha vacinal ou à transmissão da doença pela vacina, absurdo que alguns desinformados teimam em espalhar. As contra-indicações se restringem a reações alérgicas a um dos componentes vacinais, às proteínas do ovo e ao timerosal. A gravidez deve ser avaliada em cada caso, não se constituindo em contra-indicação absoluta da administração.
Soro
Aplicação e tipos de soros
Os mais conhecidos soros são os antiofídicos, que neutralizam os efeitos tóxicos do veneno de animais peçonhentos, por exemplo, cobras e aranhas.
No entanto, há soros para o tratamento de doenças, como difteria, tétano, botulismo e raiva, e são produzidos também soros que reduzem a possibilidade de rejeição de certos órgãos transplantados, chamados de Anti-timocitários.
Quando uma pessoa é picada por um animal peçonhento, o soro antiofídico é o único tratamento eficaz. A vítima deve ser levada ao serviço de saúde mais próximo, onde receberá o auxílio adequado. Para cada tipo de veneno há um soro específico, por isso é importante identificar o animal agressor e se possível levá-lo, mesmo morto, para facilitar o diagnóstico.
A produção do soro é feita geralmente através da hiperimunização de cavalos. No caso do soro antiofídico, é extraído o veneno do animal peçonhento e inoculado em um cavalo para que seu organismo produza os anticorpos específicos para aquela toxina. Esse animal é o mais indicado para a atividade devido à facilidade de trato, por responderem bem ao estímulo da peçonha e pelo seu grande porte, o que favorece a fabricação de um grande volume de sangue rico em anticorpos.
Após a formação dos anticorpos, são retirados em torno de 15 litros de sangue do animal. A parte líquida do sangue, o plasma, rico em anticorpos passa por alguns processos de purificação e testes de controle de qualidade, para daí então estar pronto para o uso em humanos. As hemácias, que formam a parte vermelha do sangue, são devolvidas ao animal através de uma técnica de reposição para reduzir os efeitos colaterais provocados pela sangria.
O soro para o tratamento de doenças infecciosas e para prevenir a rejeição de órgãos também é obtido por processo semelhante. A única diferença está no tipo de substância injetada no animal para induzir a produção de anticorpos, que na maioria dos casos é alguma parte da própria bactéria ou o vírus inativado.
O Instituto Butantan é responsável por cerca de 80% dos soros e vacinas utilizados hoje no Brasil. Veja abaixo alguns soros produzidos pelo Instituto e distribuídos pelo Ministério da Saúde a todo o país.
Antibotrópico – para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara.
Anticrotálico – para acidentes com cascavel.
Antilaquético – para acidentes com surucucu.
Antielapídico – para acidentes com coral.
Antiaracnidico – para acidentes com aranhas do gênero Phoneutria (armadeira), Loxosceles (aranha marrom) e escorpiões brasileiros do gênero Tityus.
Antiescorpiónico – para acidentes com escorpiões brasileiros do gêneroTityus.
Anilonomia – para acidentes com taturanas do gênero Lonomia.
Anti-tetânico – para o tratamento do tétano.
Anfi-rábico – para o tratamento da raiva.
Antifidiftérico – para tratamento da difteria.
Anti-botulínico “A” – para tratamento do botulismo do tipo A.
Anti-botulínico “B” – para tratamento do botulismo do tipo B.
Anti-botulínico “ABE” – para tratamento de botulismo dos tipos A B e E.
Anti-timocitário – usado para reduzir as possibilidades de rejeição de certos órgãos transplantados.
A PRODUÇÃO DE SORO
Os soros são utilizados para tratar intoxicações provocadas pelo veneno de animais peçonhentos ou por toxinas de agentes infecciosos, como os causadores da difteria, botulismo e tétano. A primeira etapa da produção de soros antipeçonhentos é a extração do veneno – também chamado peçonha – de animais como serpentes, escorpiões, aranhas e taturanas. Após a extração, a peçonha é submetida a um processo chamado liofilizacão, que desidrata e cristaliza o veneno.
A produção do soro obedece às seguintes etapas:
1. O veneno liofilizado (antígeno) é diluído e injetado no cavalo, em doses adequadas. Esse processo leva 40 dias e é chamado hiperimunizacão.
2. Após a hiperimunizacão, é realizada uma sangria exploratória, retirando uma amostra de sangue para medir o teor de anticorpos produzidos em resposta às injecões do antígeno.
3. Quando o teor de anticorpos atinge o nível desejado, é realizada a sangria final, retirando-se cerca de quinze litros de sangue de um cavalo de 500 Kg em três etapas, com um intervalo de 48 horas.
4. No plasma (parte líquida do sangue) são encontrados os anticorpos. O soro é obtido a partir da purificação e concentração desse plasma.
5. As hemácias (que formam a parte vermelha do sangue) são devolvidas ao animal, através de uma técnica desenvolvida no Instituto Butantan, chamada plasmaferese. Essa técnica de reposição reduz os efeitos colaterais provocados pela sangria do animal.
6. No final do processo, o soro obtido é submetido a testes de controle de qualidade:
6.1. Atividade biológica – para verificação da quantidade de anticorpos produzidos.
6.2. Esterilidade – para a detecção de eventuais contaminações durante a produção.
6.3. Inocuidade – teste de segurança para o uso humano; pirogênio – para detectar a presença dessa substância, que provoca alterações de temperatura nos pacientes; e testes físico-químicos.
Fonte: www.foz.unioeste.br
Soro e Vacina
Os dois agem como imunizadores, mas são usados em diferentes situações. Conheça um pouco mais sobre a produção de soros.
Entre os tipos de imunizações, a vacina é a mais lembrada. Mas, não se pode esquecer da importância da soroterapia.
Diferente das vacinas na função e na composição, o soro é usado como tratamento depois que a doença já se instalou ou após a contaminação com agente tóxico específico, como venenos ou toxinas.
Tanto as vacinas como os soros são fabricados a partir de organismos vivos, por isso são chamados de imunobiológicos.
Aplicação e tipos de soros
Os mais conhecidos soros são os antiofídicos, que neutralizam os efeitos tóxicos do veneno de animais peçonhentos, por exemplo, cobras e aranhas. No entanto, há soros para o tratamento de doenças, como difteria, tétano, botulismo e raiva, e são produzidos também soros que reduzem a possibilidade de rejeição de certos órgãos transplantados, chamados de Anti-timocitários.
Quando uma pessoa é picada por um animal peçonhento, o soro antiofídico é o único tratamento eficaz. A vítima deve ser levada ao serviço de saúde mais próximo, onde receberá o auxílio adequado. Para cada tipo de veneno há um soro específico, por isso é importante identificar o animal agressor e se possível levá-lo, mesmo morto, para facilitar o diagnóstico.
A produção do soro é feita geralmente através da hiperimunização de cavalos. No caso do soro antiofídico, é extraído o veneno do animal peçonhento e inoculado em um cavalo para que seu organismo produza os anticorpos específicos para aquela toxina. Esse animal é o mais indicado para a atividade devido à facilidade de trato, por responderem bem ao estímulo da peçonha e pelo seu grande porte, o que favorece a fabricação de um grande volume de sangue rico em anticorpos.
Após a formação dos anticorpos, são retirados em torno de 15 litros de sangue do animal. A parte líquida do sangue, o plasma, rico em anticorpos passa por alguns processos de purificação e testes de controle de qualidade, para daí então estar pronto para o uso em humanos. As hemácias, que formam a parte vermelha do sangue, são devolvidas ao animal através de uma técnica de reposição para reduzir os efeitos colaterais provocados pela sangria.
O soro para o tratamento de doenças infecciosas e para prevenir a rejeição de órgãos também é obtido por processo semelhante. A única diferença está no tipo de substância injetada no animal para induzir a produção de anticorpos, que na maioria dos casos é alguma parte da própria bactéria ou o vírus inativado.
O Instituto Butantan é responsável por cerca de 80% dos soros e vacinas utilizados hoje no Brasil. Veja abaixo alguns soros produzidos pelo Instituto e distribuídos pelo Ministério da Saúde a todo o país.
Antibotrópico – para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara.
Anticrotálico – para acidentes com cascavel.
Antilaquético – para acidentes com surucucu.
Antielapídico – para acidentes com coral.
Antibotrópico – laguético – para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara ou surucucu.
Antiaracnidico – para acidentes com aranhas do gênero Phoneutria (armadeira), Loxosceles (aranha marrom) e escorpiões brasileiros do gênero Tityus.
Antiescorpiónico – para acidentes com escorpiões brasileiros do gêneroTityus.
Anilonomia – para acidentes com taturanas do gênero Lonomia.
Anti-tetânico – para o tratamento do tétano.
Anfi-rábico – para o tratamento da raiva.
Antifidiftérico – para tratamento da difteria.
Anti-botulínico “A” – para tratamento do botulismo do tipo A.
Anti-botulínico “B” – para tratamento do botulismo do tipo B.
Anti-botulínico “ABE” – para tratamento de botulismo dos tipos A B e E.
Anti-timocitário – usado para reduzir as possibilidades de rejeição de certos órgãos transplantados
Fonte: www.unimed.com.br
Soro e Vacina
O Instituto Butantan produz soros contra venenos de serpentes e outros animais peçonhentos e vacinas variadas para combater agentes infecciosos. Entre as vacinas produzidas pelo Butantan estão a de prevenção do tétano, difteria e hepatite B.
Ampolas de soro antiofídico produzido no Instituto Serumtherápico, antigo nome do Instituto Butantan
Prevenção e tratamento
Soros e vacinas são produtos de origem biológica usados na prevenção e tratamento de doenças. A diferença entre esses dois produtos está no fato de os soros já conterem os anticorpos necessários para combater determinada doença ou intoxicação, enquanto as vacinas contêm agentes infecciosos (micróbios mortos ou de virulência abrandada) incapazes de provocar a doença e que induzem a produção de anticorpos pelo organismo da pessoa vacinada. Toda a produção de soros e vacinas do Instituto Butantan é enviada ao Ministério da Saúde, que faz a distribuição dos produtos às secretarias de saúde dos estados.
Antídotos
Vital Brasil descobriu que cada tipo de veneno ofídico requer um antídoto específico, preparado com o veneno do mesmo tipo de serpente que causou o acidente. O desenvolvimento da soroterapia, que começou com os experimentos de Vital Brasil em 1920, consiste na aplicação no paciente de um soro formado por um concentrado de anticorpos. No caso de envenenamento por cobra, o soro é utilizado para combater a toxina do seu veneno.
Produção
A primeira etapa de produção de soros antipeçonhentos é a extração do veneno. Após a extração, a peçonha é submetida a um processo chamado liofilização, que desidrata e cristaliza o líquido. O veneno cristalizado é diluído e injetado em um cavalo em doses e concentrações crescentes durante 40 dias. Esse processo é chamado de hiperimunização. Depois desse período, o cavalo é submetido a uma sangria, em que uma amostra do sangue é retirada para medir o nível de anticorpos produzidos em resposta à injeção do veneno. Quando o teor de anticorpos atinge o nível desejado, é realizada a sangria final, retirando-se 15 litros de sangue de um cavalo de 500 quilos. No plasma, parte líquida do sangue, são encontrados os anticorpos. O soro é obtido a partir da purificação e concentração desse plasma. As hemácias, que formam a parte vermelha do sangue, são devolvidas ao animal. Essa técnica de reposição reduz os efeitos colaterais provocados pela sangria.
Fique ligado!
O veneno para a produção de soro é retirado da cobra viva sem machucá-la por técnicos habilitados e treinados para identificar e manusear serpentes. De acordo com as especificações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as serpentes recebem instalações climatizadas de acordo com as necessidades de cada espécie.
Você sabia?
O Instituto Butantan sempre investiu na pesquisa de medicamentos biológicos para uso humano. Existem pesquisas e produções de diversos remédios, como um utilizado em bebês prematuros. Os bebês que nascem antes do tempo não têm seus pulmões totalmente desenvolvidos e, por falta de uma substância lubrificante que facilita o ato de inspirar e expirar, o surfactante pulmonar, podem acabar morrendo. A produção do surfactante pelo Instituto pode evitar a morte de 15 mil prematuros todos os anos.
Fonte: www.klickeducacao.com.br
Soro e Vacina
Entenda a diferença entre vacina e soro
Conhecer conceitos básicos de saúde pública, como endemia, epidemia e pandemia, além das diferenças entre vacina e soro, pode ajudar muito na hora do vestibular.
Endemias, epidemias e pandemias dizem respeito a um tipo de doença infecciosa ou estão ligadas também a fatores de morbidade, como obesidade e sedentarismo.
Endemias ocorrem quando esses fatores existem de forma contínua e constante dentro de uma determinada região, explica Durval Barbosa, professor de biologia da unidade Paraíso do cursinho COC, em São Paulo.
As epidemias acontecem quando alguma dessas condições ou doenças surge de repente numa determinada localidade. Então, é registrado um grande número de casos a mais do que o normal num curto período de tempo.
O professor explica ainda que uma epidemia pode evoluir para uma pandemia, como tem acontecido com a nova gripe, que é quando passa a ocupar uma grande região geográfica, país ou continente.
Vacina e soro
Outro assunto importante para o vestibular é entender as diferenças entre vacina e soro.
As vacinas são substâncias químicas inoculadas nas pessoas para prevenir doenças.
Elas são compostas por microorganismos, como bactérias ou vírus enfraquecidos de alguma forma.
Quando aplicadas, produzem uma resposta imunológica primária que consiste na produção de anticorpos e numa memória imunológica desses antígenos.
Numa segunda vez em que esses antígenos penetrarem no corpo, haverá uma resposta imunológica secundária mais ampla, com uma quantidade maior de anticorpos num período de tempo mais curto.
Por isso, muitas vezes a pessoa não chega nem a apresentar os sintomas da doença, explica o professor.
Os soros, por sua vez, são anticorpos prontos, produzidos num laboratório, que são inoculados na pessoa como uma defesa exterior para eliminar antígenos que já estão no seu corpo.
Ele não cria memória imunológica no corpo.
Fonte: g1.globo.com
Soro e Vacina
Em época de h6N1, vacina é assunto quente para o vestibular. Mas fique atento às diferenças e semelhanças entre ela e o soro, que pode causar confusão e tirar pontos preciosos da sua prova.
O Ministério da Saúde começou, a campanha de vacinação contra a gripe h6N1, vulgarmente chamada de gripe suína. Com o desenvolvimento da vacina, neste ano, o assunto pode aparecer em diversos vestibulares, inclusive nas provas específicas, o que torna o conteúdo obrigatório para quem não quer perder pontos.
O professor de Biologia do curso Dom Bosco Heliomar Rodrigues Pereira alerta: é comum os vestibulares abordarem não só a vacina, mas também e principalmente as diferenças e semelhanças entre ela e o soro. Enquanto as vacinas são utilizadas para prevenir determinadas doenças, os soros são espécies de antídotos. Apesar de usos diferentes, ambos têm semelhantes métodos de produção.
No caso do soro, ele nada mais é que anticorpos prontos para combater um determinado agente, como o veneno de cobra, após ele entrar no organismo.
Vale lembrar que soro não previne, mas sim combate um mal existente. Não adianta, por exemplo, a pessoa tomar o soro antiofídico antes de ir para um local em que poderá ser picado por uma cobra. O soro é rapidamente eliminado do organismo, explica o professor.
As vacinas, por outro lado, servem para prevenir doenças, como o caso das gripes. Ela é uma dose dos próprios antígenos, ou seja, de corpos estranhos, só que atenuados. Com a entradas destes agentes na corrente sanguínea, o organismo passa a produzir anticorpos, que já estarão prontos para defender o organismo caso o vírus venha a atacar um dia.
Chave-fechadura
Cada antígeno tem um anticorpo específico, assim com cada chave serve exatamente para uma fechadura. Isso explica por que cada soro é usado especificamente para um agente. No caso do veneno de cobra, existe um soro para cada espécie do animal, diz Pereira.
Essa relação chave-fechadura também explica por que as vacinas de gripe existentes no mercado não eram eficazes contra a gripe suína e por que foi preciso isolar o vírus h6N1 para desenvolver a vacina.
Acontece, porém, que os vírus da gripe sofrem mutações a cada ano. Por isso, deve-se tomar uma vacina diferente, específica para aquele que está em circulação. Mesmo assim, explica o professor Heliomar, a eficácia não é 100% garantida.
Os soros são 100% eficientes, pois são fabricados para um antígeno específico. Já as vacinas nem sempre. Sua eficácia depende da capacidade de mutação do microorganismo. Elas podem imunizar um indivíduo para sempre caso da vacina contra poliomielite ou apenas durante algum tempo.
Exemplos:
Antiaracnídico, antiescorpiônico, antitetânico, antirrábico, antibotulínico são exemplos de soros. Entra as vacinas estão as contra hepatite C, rubéola, sarampo, caxumba, gripe e febre amarela.
Veja como o assunto pode cair na sua prova:
(UFRN) Duas crianças foram levadas a um posto de saúde: uma delas, para se prevenir contra poliomielite; a outra, para atendimento, em virtude de uma picada de serpente peçonhenta.
Indique o que deve ser aplicado em cada criança, respectivamente.
a) Vacina (porque contém antígenos) e soro (porque contém anticorpos).
b) Soro (porque contém antígenos) e vacina (porque contém anticorpos).
c) Vacina (porque contém anticorpos) e soro (porque contém antígenos).
d) Soro (porque contém anticorpos) e vacina (porque contém antígenos).
Resposta: a.
No final do século XIX, a descoberta dos agentes causadores de doença infecciosas representou um passo fundamental no avanço da medicina.
Um dos principais aspectos desse avanço foi o desenvolvimento de soros e vacinas.
Responda o que se pede:
a) Qual a origem desses produtos?
b) Diferencie soro de vacina.
Sugestões de respostas:
a) Os dois produtos são de origem biológica (chamados também de imunobiológicos) e são usados na prevenção e tratamento de doenças.
b) A diferença básica entre soro e vacina reside no fato dos soros já conterem os anticorpos necessários para combater uma determinada doença ou intoxicação, enquanto que as vacinas contêm agentes infecciosos atenuados, incapazes de provocar a doença (a vacina é inócua), mas que induzem o sistema imunológico da pessoa a produzir anticorpos, evitando a contração da doença. Portanto, a vacina é essencialmente preventiva e o soro é curativo.
Fonte: www.gazetadopovo.com.br