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Malária – Definição
A malária é uma doença infecciosa grave transmitida por certos mosquitos. É mais comum em climas tropicais. É caracterizada por sintomas recorrentes de calafrios, febre e aumento do baço.
A doença pode ser tratada com medicamentos, mas muitas vezes se repete.
A malária é endêmica (ocorre com frequência em uma determinada localidade) em muitos países do terceiro mundo.
Malária – O Que é
A palavra malária vem do século 18 italiano mala que significa “ruim” e aria que significa “ar”. Provavelmente, o termo foi usado pela primeira vez pelo Dr. Francisco Torti, Itália, quando as pessoas pensavam que a doença foi causada por falta de ar em áreas pantanosas.
Não foi até 1880 que os cientistas descobriram que a malária é uma doença parasítica que é transmitida pelo mosquito Anopheles. O mosquito infecta o host com um parasita unicelular chamado Plasmodium.
Até o final do século 18, os cientistas descobriram que a malária é transmitida de pessoa para pessoa através da picada da fêmea do mosquito, que precisa de sangue para os seus ovos.
Aproximadamente 40% do total da população mundial está em risco de infecção por malária. Durante o século 20, a doença foi eliminado de forma eficaz na maioria dos países não-tropicais.
A malária é uma doença que se transfere aos humanos mediante um vetor (veículo ou agente que transmite uma infecção).
A fêmea do mosquito Anófeles é o vetor mais comum da malária. Se caracteriza por sintomas repetitivos; principalmente febre, arrepios e suores e é comum nos países tropicais.
No princípio não há sintomas.
Depois do contágio, os diminutos parasitas do plasmódio circulam pelo sangue e se dirigem ao fígado onde se reproduzem. A intervalos, regressam ao sangue causando os sintomas característicos da doença.
O primeiro ataque costuma ocorrer de 10 a 35 dias depois do contágio e vai precedido por um dia de dor de cabeça, fadiga, dores musculares e febre baixa.
O paciente se sente como no início de uma gripe.
Os ataques costumam durar um dia e se repetem aos poucos dias, as vezes com vómitos. Sem tratamento, o baço pode inflamar, se desenvolver anemia e até estado de coma.
Esta doença sem tratamento costuma ceder depois de 10 ou 30 dias, mas pode resurgir com intervalos variáveis ao longo de toda a vida.
O agente infeccioso pode ser qualquer uma das quatro espécies do parasita chamado plasmódio.
Malária – Mosquito
O parasita chega ao vetor quando o mosquito pica a uma pessoa infectada. Depois, o parasita se transfere a outra pessoa mediante a picada de um novo mosquito. Com menos frequência, o plasmodio pode transferir-se pelo sangue, já seja mediante uma transfusão de sangue infectado ou por compartilhar uma agulha contaminada.
Para cada espécie do plasmódio é utilizado medicamento ou associações de medicamentos específicos em dosagens adequada à situação particular de cada doente. Se o tratamento se inicia cedo, a cloroquina costuma curar dois dos quatro tipos de malária em poucos dias.
No entanto, alguns tipos de plasmódio se tornaram resistentes à cloroquina. Nesses casos se costuma receitar uma combinação de fármacos que se tomam durante um longo período de tempo, apesar dos efeitos secundários.
As pessoas gravemente enfermas devem ser hospitalizadas e se deve administrar medicinas por via intravenosa. Se a doença continua se tentam novas terapias.
Malária – Tipos
Existem cinco tipos de malária:
Plasmodium vivax (P. vivax) – forma mais branda da doença, geralmente não é fatal. No entanto, as pessoas infectadas ainda precisam de tratamento, porque o progresso não tratada pode causar uma série de problemas de saúde. Este tipo tem a mais ampla distribuição geográfica mundial. Cerca de 60% das infecções na Índia são devido a P. vivax. Este parasita tem uma fase de fígado e pode permanecer no corpo durante anos sem causar doença. Se o paciente não for tratado, o estágio de fígado pode reativar e causar recaídas – ataques de malária – depois de meses, ou mesmo anos, sem sintomas.
Plasmodium malariae (P. malariae) – forma mais branda da doença, geralmente não é fatal. No entanto, o ser humano infectado ainda necessita de tratamento, porque nenhum tratamento também pode levar a uma série de problemas de saúde. Este tipo de parasita tem sido conhecida a ficar no sangue de algumas pessoas por várias décadas.
Plasmodium ovale (P. ovale) – forma mais branda da doença, geralmente não é fatal. No entanto, o ser humano infectado ainda precisa ser tratado, pois pode evoluir e causar uma série de problemas de saúde. Este parasita tem uma fase de fígado e pode permanecer no corpo durante anos sem causar doença. Sem tratamento, existe um risco de que a fase de re-hepática ativa e causar recidivas após longos períodos sem sintomas.
Plasmodium falciparum (P. faliparum) – a forma mais grave da doença. É mais comum na África, especialmente na África sub-saariana. Os dados atuais indicam que os casos estão sendo relatados em áreas do mundo onde este tipo foi pensado para ter sido erradicada.
Plasmodium knowlesi (P. knowlesi) – causador da malária em macacos, mas também pode infectar seres humanos.
Como se desenvolve um caso de malária
Malária – Mosquito
Como regra geral, todas as pessoas são suscetíveis à infecção malárica. As infecções sucessivas podem desenvolver no homem um certo grau de imunidade que o torna mais resistente aos efeitos da novas infecções.
Esse fato pode ocorrer em populações que vivem em regiões altamente endêmicas, onde as repetidas infecções podem originar um abrandamento dos sintomas clínicos da doença.
Os sintomas da malária não aparecem de imediato. O período compreendido entre a picada do mosquito e o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas é chamado de período de incubação, e sua duração depende da espécie de plasmódio.
Passado o período de incubação, os sintomas mais frequentes são dor de cabeça e dor no corpo, seguidos de calafrios alternados com febre e sudorese abundante, decorrentes da presença de plasmódios no sangue.
Como esse quadro clínico é comum para as três espécies de plasmódio, só o exame do sangue permite diferenciar a espécie parasitária.
A febre característica da malária surge sob a forma de acessos febris. A periodicidade do acesso varia segundo a espécie de plasmódio causadora da infecção.
Quando a malária é causada pelo P. vivax ou pelo P. falciparum, o acesso se repete, mais frequentemente, com um intervalo de um dia (febre terçã).
Quando a infecção é causada pelo P. malariae, o intervalo entre os acessos costuma ser de 2 dias (febre quartã). Nem sempre esses padrões se repetem, havendo casos, por exemplo, em que a febre é diária.
À medida que os acessos de febre vão se repetindo, a pessoa vai ficando anêmica, porque os plasmódios vão destruindo os glóbulos vermelhos do sangue. Com a evolução da doença, o baço e o fígado podem aumentar de tamanho.
Os sinais e sintomas apresentados pelo doente são importantes para o diagnóstico clínico da malária.
Os dados sobre a procedência do doente e a história de situações anteriores semelhantes também colaboram para o diagnóstico clínico. Quando não há possibilidade de confirmação imediata pelo exame de sangue, é o diagnóstico clínico que orienta a decisão de iniciar o tratamento.
O tratamento da malária tem como objetivo principal eliminar os plasmódios do sangue que são os que produzem o ataque clínico de todas as malárias (falciparum, vivax e malariae) e os que são responsáveis pelas complicações da malária causada pelo P. falciparum.
Nos tratamentos das infecções por P. vivax e por P. malariae, é necessário também eliminar os plasmódios que permanecem no fígado, para evitar as recaídas da doença após a cura clínica.
O Plasmodium falciparum produz a malária mais grave e perigosa e é, por isso, chamada de febre terçã maligna. O quadro clínico é mais variado e complicado, com sintomas e sinais que mostram o comprometimento progressivo de outros rgãos do corpo humano, como os rins e o sistema nervoso.
O tratamento precoce é a forma mais importante de evitar as complicações e as mortes causadas pela infecção pelo P. falciparum. Se o tratamento não for correto, suficiente e completo, podem remanescer na circulação sangüínea parasitas que, posteriormente, produzirão recidivas e novos ataques clínicos.
Alguns tipos de Plasmodium falciparum, resistentes a medicamentos antimaláricos, não são totalmente eliminados do sangue pelo tratamento e podem ser responsáveis por novas manifestações clínicas.
Ciclo de vida do parasita da malária
O conhecimento dos ciclos de desenvolvimento do plasmódio no homem e no mosquito e o entendimento de como se desenvolve a doença são fundamentais para compreender as bases do tratamento da malária e a importância da detecção precoce dos casos e da administração adequada e imediata dos medicamentos, para o controle da doença. O tratamento oportuno e correto, além de evitar o sofrimento humano pela eliminação dos sintomas clínicos, previne a morte e contribui para bloquear a transmissão da doença.
Malária – Sintomas
Os parasitas da malária multiplicam-se dentro das células sanguíneas vermelha.
Sintomas da malária incluem: febre, calafrio, dor nas articulações, vômito, anemia, hemoglobinúria e convulsões.
O sintoma clássico da malária é ocorrência cíclica de frio súbito seguido por tremores de calafrio e então febre e sudorese que duram de 4 a 6 horas, ocorrendo a cada 2 dias nas infecções pelos protozoários P. vivax e P. ovale, e a cada 3 dias pelo P. malariae. Infecção de malária pelo protozoário P. falciparum pode ocasionar febre recorrente a cada 36-48 horas ou febre menos pronunciada e quase contínua.
Por razões ainda pouco compreendidas, crianças com malária frequentemente exibem postura anormal, a qual pode estar relacionada a dano cerebral. Malária pode causar problemas cognitivos, principalmente em crianças.
Esses sintomas geralmente aparecem entre 7 e 18 dias após a picada de um mosquito infectado.
Sintomas de malária severa
Malária severa é quase sempre causada por infecção pelo protozoário P. falciparum e geralmente aparece 6-14 dias depois do contágio.
Consequências da malária severa incluem coma e morte caso não seja tratada, sendo que crianças pequenas e mulheres grávidas são especialmente vulneráveis. Podem ocorrer dor de cabeça forte, baço inchado, isquemia cerebral, fígado inchado, hipoglicemia, e hemoglobinúria com insuficiência renal.
Malária severa pode evoluir muito rapidamente e causar morte em horas ou dias. Em casos mais graves da doença, as taxas de fatalidade podem exceder 20%, até com cuidados e tratamentos intensivos.
A longo prazo, problemas de desenvolvimento tem sido documentados em crianças que sofreram episódio de malária severa.
Malária – Transmissão
Os hospedeiros e vetores de transmissão da malária são as fêmeas dos mosquitos do gênero Anofeles. Mosquitos jovens ingerem primeiro a malária ao se alimentar de um humano contaminado.
Uma vez que o mosquito é infectado ele torna-se vetor da malária e pode contaminar outros humanos. Apenas a fêmea do mosquito alimenta-se de sangue, desta forma os machos não transmitem malária.
As fêmeas do mosquito do gênero Anofeles preferem se alimentar de noite. Elas geralmente começam a procurar alimentação ao anoitecer e continuam pela noite adentro. Os parasitas da malária também podem se transmitidos por transfusão de sangue, embora isso seja raro.
Malária – Tratamento
O tratamento consiste em medicamentos antimaláricos. A medicação específica usada depende da espécie de parasita e de qualquer resistência à medicação associada.
Infecção ativa de malária pelo P. falciparum é uma emergência médica que requer hospitalização. Já as infecções por P. vivax, P. ovale ou P. malariae podem geralmente ser tratadas sem internação.
O tratamento da malária envolve medidas de suporte assim como medicamentos contra a malária. Com tratamento apropriado a pessoa pode esperar recuperação total da doença.
Malária – Prevenção e controle
Nas últimas duas décadas, o acesso ampliado às ferramentas e estratégias de prevenção da malária recomendadas pela OMS – incluindo o controle eficaz de vetores e o uso de medicamentos antimaláricos preventivos – teve um grande impacto na redução da carga global dessa doença.
Os métodos usados para prevenir a dispersão da malária ou proteger as pessoas em áreas endêmicas incluem: erradicação do mosquito, drogas profiláticas, e prevenção de picadas de mosquitos.
A transmissão da malária pode ser reduzida prevenindo-se as picadas de mosquito com repelentes e redes contra mosquitos, assim como controlando a proliferação dos mosquitos com inseticidas e drenagem de água parada onde eles depositam seus ovos.
Malária – Diagnóstico
Se você tiver sintomas de malária, procure tratamento médico imediato, mesmo que tenha tomado todas as precauções contra picadas de mosquito e usado medicamentos antimaláricos.
O aumento do fígado (hepatomegalia) e do baço (esplenomegalia) pode ser encontrado durante um exame físico.
A malária é geralmente diagnosticada com um exame de sangue que detecta a presença de parasitas da malária.
Fonte: www.ciberamerica.org/www.encyclopedia.com/www.famene-malaria.com/www.geocities.com/www.tropaseniorcarcara.hpg.com.br