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Gonorreia – O que é
A gonorreia é uma infecção bacteriana comum que é facilmente curada com antibióticos. É sexualmente transmissível e a maioria das pessoas com gonorreia não apresenta sintomas.
Gonorreia – Causa
Ao falarmos de Gonorreia, estamos nos referindo a uma das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) consideradas mais comuns no mundo. Ela é causada por uma bactéria chamada Neisseria gonorrhoeae, que infecta partes do trato reprodutivo, como o colo do útero, útero e trompas de Falópio em mulheres e a uretra em homens e mulheres.
Ela é transmitida por meio de relações sexuais sem proteção ou, agora raramente no mundo ocidental, de uma mãe infectada para seu bebê durante o parto..
Esta bactéria pode atingir tanto homens, quanto mulheres, infectando-os de modo semelhante. Trata-se de uma DST que pode, inclusive, ocorrer em qualquer idade, desde que a pessoa não tenha prática sexuais com uso de preservativo, além de ter uma vida sexual promíscua, com vários parceiros sem o uso de métodos de proteção (como os preservativos).
Em caso de ocorrência desta doença em crianças, isso pode ser um sinal de abuso sexual.
Gonorreia – Sintomas
A pessoa infectada com gonorreia pode apresentar uma inflamação na uretra, chamada de uretrite. Assim, surge um corrimento purulento, que tem aspecto leitoso. Outro sintoma é a disúria, que nada mais que é a ardência ao urinar. Esta doença tem como característica ser mais evidente em homens, podendo passar despercebida em mulheres. No caso dos homens, 90% dos infectados apresentam sintomas de uretrite.
Já no caso das mulheres, até 50% podem contar com uma infecção assintomática. Assim, elas não sabem que estão infectadas, porém podem continuar a transmitir a bactéria.
Isso favorece com que as complicações possam ser piores em mulheres, pois como elas acabam por não sentir certos sintomas, não procuram auxílio e tratamento médico.
A bactéria tem predileção por se desenvolverem áreas quentes e úmidas do trato reprodutivo, como o colo do útero, o útero, as trompas de Falópio e a uretra. Inclusive, ela pode se desenvolver na boca, garganta, olhos e orifício retal.
Gonorreia
Gonorreia – Diagnóstico
O diagnóstico se dá pela análise do corrimento purulento. Para tanto, pode ser utilizada uma pequena escova para colher material. A urina também pode ser usada para o diagnóstico.
O diagnóstico precoce e o tratamento da gonorreia reduzem o risco de desenvolvimento de complicações, como doença inflamatória pélvica ou infecção nos testículos.
As complicações que surgem da infecção a longo prazo são muito mais difíceis de tratar.
Gonorreia – Tratamento
O tratamento é feito da mesma maneira, tanto em homens, quanto mulheres: é uma dose única de antibiótico. Durante o tratamento, indica-se abstinência sexual até o fim dos sintomas e, em casos assintomáticos, deve-se evitar relações ao menos por 1 semana após o tratamento.
A penicilina foi o primeiro tratamento para a gonorreia. Muitos outros antibióticos, incluindo ceftriaxona e ciprofloxacina, são usados, mas só podem tratar a infecção primária, não as complicações.
É importante que todos os parceiros sexuais da pessoa infectada sejam rastreados e tratados para parar de espalhar a infecção. Quase metade das pessoas infectadas com N. gonorrhoeae também está infectada com C. trachomatis. A resistência aos antibióticos pode ser um problema, pois cepas de N. gonorrhoeae resistentes à penicilina e aos antibióticos fluoroquinolonas surgiram nos últimos anos.
As mulheres grávidas devem ser testadas para gonorreia e tratadas para evitar que a infecção passe para seus bebês.
Os recém-nascidos são rotineiramente tratados com gotas de nitrato de prata ou outros medicamentos para prevenir a conjuntivite e reduzir o risco de cegueira.
Histórico, características e transmissão da doença
Gonorreia
A palavra gonorreia vem das palavras gregas gono para semente e rhoea, que significa fluxo. A doença foi descrita pela primeira vez em 170 dC pelo médico e filósofo grego Galeno (c.129-216).
Pensava-se que a descarga característica da gonorreia nos homens consistia em sêmen. O agente causador, N. gonorrhoeae, foi descoberto em 1879 por Albert Neisser (1855-1916), que deu o nome à bactéria.
Este foi apenas um dos muitos avanços importantes durante o final do século XIX e início do século XX na compreensão das causas das doenças venéreas (agora conhecidas como doenças sexualmente transmissíveis, ou DSTs). N. gonorrhoeae é um coco, uma bactéria de forma arredondada que é Gram negativa (um termo que se refere à forma como é corada para exame microscópico). As bactérias N. gonorrhoeae tendem a se associar em pares, uma característica que auxilia na identificação.
A infecção por N. gonorrhoeae causa uretrite (inflamação do revestimento da uretra) nos homens e cervicite (inflamação do colo do útero) nas mulheres. O tempo de início dos sintomas após a infecção varia de um dia a 30 dias.
Nos homens, o primeiro sintoma da gonorreia geralmente é a dor ao urinar, seguida por uma secreção purulenta espessa (contendo pus) da uretra. A presença de pus torna a secreção amarela, branca ou verde, e pode ser salpicada de sangue. Em alguns casos, há inchaço nos testículos. No entanto, muitos homens não apresentam sintomas. Nas mulheres, a dor ao urinar também é o primeiro sintoma da gonorreia – isso pode ser seguido por um corrimento vaginal e possível sangramento.
Às vezes, os sintomas nas mulheres são tão pequenos que são confundidos com uma infecção vaginal ou urinária.
A maioria das mulheres com gonorreia não apresenta nenhum sintoma.
Não tratada, a gonorreia tende a desaparecer após várias semanas. No entanto, durante esse período, as complicações podem surgir e a pessoa permanece infecciosa. Nos homens, o epidídimo (o tubo enrolado que leva o esperma dos testículos) pode ficar inflamado, o que pode levar à infertilidade. A gonorreia nas mulheres pode levar à salpingite, que é a inflamação das trompas de Falópio.
É também uma das principais causas de doença inflamatória pélvica (DIP), que afeta cerca de um milhão de mulheres por ano nos Estados Unidos. Os sintomas da DIP podem incluir dor abdominal intensa e febre, e a condição pode levar ao desenvolvimento de abscessos cheios de pus, dor pélvica de longa duração e infertilidade. PID também pode cicatrizar as trompas de Falópio, aumentando o risco de gravidez ectópica. (Uma gravidez ectópica ocorre quando um óvulo fertilizado começa a se desenvolver dentro de uma trompa de Falópio em vez de dentro do útero; requer atenção médica imediata.) Em cerca de um por cento dos casos, a gonorreia se espalha por todo o corpo e causa artrite grave – inflamação do as articulações – e lesões de pele.
A gonorreia neonatal contraída durante o parto causa conjuntivite muito grave, uma inflamação da conjuntiva (a membrana mucosa que reveste a superfície interna da pálpebra) que cobre a córnea e pode levar à cegueira.
A chance de um homem contrair gonorreia de uma mulher infectada é de 20%. O risco correspondente para uma mulher é de 50%. Alguns “transmissores principais” espalham a doença por meio de relações sexuais desprotegidas com muitos parceiros diferentes. Aqueles sem sintomas são mais propensos a espalhar a doença do que aqueles que têm sintomas.
Como a infecção afeta o colo do útero nas mulheres, uma mulher infectada pode transmitir a doença ao feto durante o parto.
Gonorreia – Resumo
Gonorreia
A Gonorreia é também conhecida como pingadeira, esquentamento, gota matinal ou corrimento.
Nos homens, seus sintomas aparecem após 2 a 10 dias do contato sexual suspeito, apresentando dor e ardência para urinar e uma secreção amarelada e viscosa na uretra (canal do órgão genital masculino), daí o termo uretrite gonocócica.
Nas mulheres, se apresenta de formas variáveis, desde quadros sem sintomas, até quadros com corrimento amarelado, viscoso e odor forte no órgão genital feminino e ou uretra.
Não sendo tratada pode apresentar complicações como infecções nos testículos e próstata nos homens e nas tubas uterinas nas mulheres, provocando dor e problemas de infertilidade.
Não raramente a gonorreia se complica podendo causar infecções nas Articulações, Fígado; Cérebro; Amígdalas e Faringe.
A chance de contrair gonorreia de uma pessoa infectada é de 90% a cada relação.
Mulheres grávidas podem, durante o parto, transmitirem a doença ao recém nascido, o qual apresentará uma série de complicações.
O tratamento é feito com antibióticos, pois a doença é causada por uma bactéria – Neisseria gonorrhoeae.
A prevenção é feita com o uso de preservativos e o tratamento das pessoas contaminadas e seus parceiros.
Fonte: Juliano Schiavo/www.encyclopedia.com/Portal São Francisco/www.nhs.uk