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Nome popular: cupu; cupuaçueiro
Nome científico: Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Schum
Família botânica: Sterculiaceae
Origem: Brasil – Amazonas.
Frutificação: de janeiro a maio.
Cupuaçu
Características da planta
Árvore de até 10 m de altura com ramos fleríveis. Folhas longas de até 60 em de comprimento, de coloração ferrugínea na face inferior. Flores grandes, de cor vermelho- escura presas diretamente ao tronco.
Fruta
Forma esférica ou ovóide de até 25 cm de comprimento. Casca dura e lisa, de coloração castanho-escura. Sementes envoltas por polpa branca, ácida e aromática. Frutifica de janeiro a maio.
Cultivo
Propaga-se por sementes em regiões de clima quente e úmido. Aceita solo de baixa fertilidade e o plantio ocorre na estação chuvosa.
O cupuaçu é uma fruta exagerada: grande, pesada. volumosa, perfumadíssima. As folhas de sua árvore são grandes; suas sementes são muitas e também grandes, envoltas em uma polpa branca, ácida e de aroma bastante forte e agradável. Para o olfato de alguns, o cheiro do cupuaçu maduro é tão forte que chega a ser um pouco enjoativo.
Quando maduro, o cupuaçu simplesmente cai. A polpa, carnuda, é removida com tesoura e os resíduos que ficam na semente, lavados. Depois de processada, a polpa do cupuaçu é congelada, podendo ser comercializada a longas distancias.
Com essa polpa refrescante faz-se todo tipo de doces, uma verdadeira confeitaria: sucos, refrescos e sorvetes; licores e aguardentes temperados; cremes, gelatinas, espumas, mousses e pudins; tortas, bolos, pavês, biscoitos e coberturas para outros doces; compotas e geléias; doces de colher, de cortar e cristalizados; e o famoso bombom de cupuaçu.
Muito próximo do cacau, o cupuaçu carrega, como ele, o nome Theobroma ou manjar dos deuses. E se, externamente, o cupuaçu é muito diferente do cacau, hoje em dia já se sabe que, de suas gordurosas amêndoas, é possível extrair uma pasta semelhante àquela com que se produz o chocolate e a manteiga de cacau.
Industrializado, o chocolate de cupuaçu já pode ser encontrado em diversas capitais do país e começa a ser exportado, na onda internacional pela busca de produtos naturais e amazônicos. Como reflexo, ampliou-se o número de pessoas animadas com o seu cultivo e, em algumas regiões o cupuaçu já está sendo tratado como o verdadeiro”chocolate branco”.
Em Nova Califórnia, por exemplo, onde passa a estrada que liga Rondônia ao Acre, um grupo de agricultores está fazendo dinheiro e escola com o cultivo do cupuaçu em escala comercial. Plantado em consórcio com a pupunha palmeira que, além de dar a sombra de que o cupuaçu necessita, ainda fornece o coco e o palmito para a alimentação humana, gordura para sabão, farinha e ração para a criação – o cupuaçu já está sustentando inúmeras famílias que antes insistiam em lutar contra o clima tropical cultivando, sem muito sucesso, arroz, feijão e milho.
A árvore que dá o cupuaçu é nativa da parte oriental da Amazônia, em particular da região nordeste do Maranhão, estando atualmente disseminada por toda a bacia amazônica do Brasil e dos países vizinhos. Em toda a região, nas capitais, cidades ou vilarejos, é raro encontrar- se uma residência que não possua um ou mais pés de cupuaçu em seu pomar.
O cupuaçuzeiro cresce espontaneamente nas florestas de terra firme, onde chega a ultrapassar 20 metros de altura. Mas, sendo árvore de fácil adaptação, pode ser encontrado em cultivo até mesmo no Espírito Santo e em São Paulo, onde alcança, porém, um tamanho reduzido.
Nos últimos anos, mudas e sementes de cupuaçu foram proibidas de sair da Amazônia, numa tentativa de evitar a contaminação das grandes plantações de cacau, existentes no sul da Bahia, pela praga da “vassoura de bruxa” comum na floresta. Ainda assim, o cacau está sendo duramente atingido por esta praga.
Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br
Cupuaçu
Cupuaçu – a fruta símbolo da Amazônia
Se existe uma fruta símbolo da Amazônia, esta fruta é o cupuaçu.
Seu sabor e aroma são simplesmente inesquecíveis.
Parente do cacau, o cupuaçu é nativo da região e é usado para fazer doces, sucos, sorvetes, licores, geléias e o cupulate. Aliás, o cupuaçu mostrou ser um excelente par para o chocolate. Os bombons de cupuaçu são apreciados em todo o país.
O Cupuaçu é o fruto de uma árvore originária da Amazônia brasileira (Theobroma grandiflorum; ex – Sterculiaceae), parente próxima do cacaueiro. A árvore é conhecida como cupuaçuzeiro, cupuaçueiro ou cupu.
A árvore alcança uma média de 10 a 15 m de altura. Há referências de exemplares com até 20 m. As folhas são longas, medindo até 60 cm de comprimento e apresentam uma aparência ferruginosa na face inferior.
As flores são grandes, de cor vermelho-escura e apresentam características interessantes: são as maiores do gênero, não crescem grudadas no tronco, como nas outras variedades de theobromáceas, mas sim nos galhos.
Os frutos apresentam forma esférica ou ovóide e medem até 25 cm de comprimento, tendo casca dura e lisa, de coloração castanho-escura.
As sementes ficam envoltas por uma polpa branca, ácida e aromática. Os frutos surgem de janeiro a maio e são os maiores da família.
Os melhores usos do cupuaçu são obtidos na forma de sorvetes, sucos e vitaminas, que são muito consumidos e admirados em todo o País. Doces à base de cupuaçu são também muito admirados, tais como o creme, compotas, geléias e refrescos. Dentre outros usos importantes, acham-se o “vinho” (refresco sem álcool) e licores.
O cupuaçu é utilizado, também tradicionalmente, como ingrediente na confecção de bombons, que obtiveram reconhecimento em todo o País. Outro uso relevante do cupuaçu é na fabricação do cupulate, que é um produto cujo sabor se assemelha ao chocolate.
Há diversos estudos científicos, tanto no Brasil quanto no exterior, que utilizam as sementes do cupuaçu e sua polpa para tratar doenças no trato gastro-intestinal.
Essas pesquisas apontam também o uso do cupuaçu como antioxidante e base para desenvolvimento de produtos de beleza.
O cupuaçu possui as vitaminas C, A, B1 e B2. Sais minerais presentes na fruta: potássio, selênio, cálcio, fósforo, ferro, além de proteínas.
Seu fruto possui pectina, dois aminoácidos em média, 316 mg de lisina e 60 mg de triptofano. O triptofano no nosso estômago se transforma em serotonina, que é o hormônio da alegria e do bem-estar.
Fruta muito saborosa e de cor marrom, o cupuaçu tem a casca dura. Os índios a utilizam como adubo e ela corresponde a cerca de 40% do seu peso. O fruto pesa em média 2 quilos; existem frutos que chegam a pesar em torno de 4 quilos. Cada um tem em média 35 sementes.
Da sua polpa (encontramos no mercado brasileiro e estrangeiro) são feitos sucos, por sinal de ótima qualidade, e cremes, bastante utilizados na culinária amazônica e na paraense. Também é empregada na elaboração de sorvetes, geleias, bombons, iogurtes etc. e tem vasta utilização como cosmético.
Essa fruta brasileira que poucos conhecem é mais uma dádiva da natureza, considerado assim como a uva (extrato), o pêssego e a maçã um alimento dos deuses.
Atualmente é pesquisado em vários países do mundo, sendo dissecado procura de seus nutrientes para logo o fazerem sintético.
E lamentavelmente os estrangeiros descobriram suas propriedades medicinais antes de nós.
Essa fruta, nativa da Floresta Amazônica, muito consumida pelas tribos indígenas, é encontrada com facilidade na Alemanha, Inglaterra, Japão e França.
O cupuaçu apresenta baixo valor calórico, inclusive 4 vezes menos do que o açaí. Em 100 gramas de cupuaçu há 60 calorias.
As suas sementes são ricas em gorduras e proteínas (presentes mais nas sementes do que na polpa) e possuem uma substância, o cupulate, que é uma espécie de chocolate, que já vem sendo utilizado em substituição ao cacau, assim como a alfarroba. As sementes são transformadas também em pó e utilizadas para fazer leite e manteiga.
Características Gerais
É uma das frutas mais populares da região, muito consumida pela população amazônica. A fruta apresenta uma casca dura, forma elíptica e pesa em média 1,250 g. Sua composição é 37,5% de casca, 15,0% de semente e 45,5% de polpa. A semente tem uma gordura branca bastante semelhante à gordura de cacau.
As sementes podem ser aproveitadas para a fabricação de chocolate ou cupulate, uma bebida muito apreciada pelo seu valor energético.
A fruta madura é reconhecida facilmente por seu sabor inigualável, usada para a fabricação de sucos naturais, sorvetes, iogurtes, doces, geléias, pudins, assim como recheios e coberturas.
Fonte: grandemanaus.com.br
Cupuaçu
Cupuaçu
O cupuaçu: usos e potencial para o desenvolvimento rural na Amazônia
O cupuaçu (Theobroma grandiflorum) é uma espécie nativa da Amazônia e pertence à mesma família do cacau (Theobroma cacau), espécie da qual se obtém o chocolate.
Ao contrário do cacau que é cultivado em diversas partes do mundo, o cupuaçu está em processo de domesticação e seu cultivo é restrito aos estados da região norte e alguns países que fazem parte da Amazônia.
E, em decorrência desse processo recente, pode ser encontrado em estado silvestre, no interior das florestas, em pomares caseiros e em plantios comerciais.
Desenvolve-se bem em solos pobres, pode ser cultivado em plantios homogêneos ou em consórcio com outras espécies, em sistemas agroflorestais.
A polpa do fruto, com aroma e sabor característicos, é o principal produto obtido, sendo largamente utilizada no preparo bombons, musses, sorvetes, sucos e refrescos. Apesar de ser o produto mais valorizado, não é o único.
Das sementes podem-se obter o cupulate e a manteiga de cupuaçu. O cupulate é um produto semelhante ao chocolate, porém com menor concentração do estimulante cafeína; a manteiga é similar à de cacau, com a vantagem de ser obtida por um processo mais econômico, e pode ser empregada na produção de cupulate em tabletes e na industria de cosmético.
Pesquisas recentes têm demonstrado a possibilidade de obtenção de novos produtos, ampliando o leque dos já existentes e contribuindo para o aproveitamento mais eficiente do fruto do cupuaçu. Das sementes processadas pode-se produzir uma bebida com teor de proteína semelhante ao de um achocolatado formulado com leite de vaca.
Esta bebida apresenta a vantagem de possuir um custo de produção inferior ao do achocolatado convencional e poder ser comercializada em forma de pó.
Os benefícios dessas pesquisas vão além do lançamento no mercado de novos produtos e se estendem por toda a cadeia produtiva: o produtor terá mais uma fonte de renda com a comercialização das sementes que, atualmente, são descartadas; o consumidor contará com uma fonte de proteína de alta qualidade a preços acessíveis; os programas oficiais de combate à fome e à miséria e da merenda escolar poderão ofertar uma dieta saudável e diversificada; e os vegetarianos, que normalmente possuem poucas opções de fontes de proteínas de origem vegetal, contarão com alternativas para uma alimentação equilibrada.
A casca de cupuaçu, que normalmente é descartada e usada como adubo, pode ser aplicada na geração de energia. Um projeto que utiliza a casca como fonte de biomassa para produzir energia está em fase de teste em uma comunidade do Amazonas. Ao ser submetida a um processo de queima incompleta, produz um gás, ao invés de fumaça. Este gás, ao ser misturado a motores movido a diesel, pode reduzir o consumo de diesel em até 80%.
A energia gerada é utilizada para alimentar uma agroindústria de processamento do fruto que, antes, era vendido in natura. Os custos ainda são superiores aos geradores que usam apenas o diesel como combustível, mas compensa por utilizar matéria prima em abundância, proveniente da atividade econômica da região, e pelos benefícios sociais e ambientais gerados.
Os exemplos relacionados anteriormente servem para ilustrar o potencial de aproveitamento, a versatilidade de produtos e usos alternativos que o cupuaçu apresenta.
Estas características, aliadas ao sabor forte e agradável e à facilidade de industrialização do fruto têm contribuído para a difusão do consumo, ampliação e abertura de novos mercados para uma espécie nativa da Amazônia. A exemplo do guaraná, da castanha e do açaí, que são reconhecidos como produtos típicos da Amazônia, consumidos em todo o Brasil e exportados para diversos países, o cupuaçu tem o potencial de alcançar status semelhante.
No entanto, a realização desse potencial só será possível com o avanço das pesquisas sobre a espécie, a transferência dos resultados e capacitação do produtor, e a adoção de políticas que estimulem o cultivo de cupuaçu. Através da oferta de materiais mais produtivos e resistentes a doenças, principalmente vassoura-de-bruxa; do plantio e manejo seguindo as recomendações para a cultura; e da existência de uma infraestrutura adequada para o beneficiamento dos frutos pode-se ampliar a área cultivada, aumentar a produção, colocar no mercado produtos diferenciados, capazes de atender a demanda por produtos da Amazônia.
Existem ainda os benefícios sociais e ambientais associados e, entre esses, podem ser citados: a geração de empregos e utilização da mão-de-obra familiar; a geração de riqueza e desenvolvimento do meio rural; e a exploração sustentável da biodiversidade da Amazônia.
Paulo Emílio Kaminski
Fonte: www.amda.org.br
Cupuaçu
Cupuaçu
O cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum, Schum) é uma planta frutífera encontrada em estado silvestre na parte sul e sudeste da Amazônia Oriental. Seu cultivo está disseminado por toda a bacia Amazônica, sendo uma das frutas mais atrativas da região, pelas excelentes características de aroma e sabor de sua polpa.
Características da Planta
Crescimento
É uma planta de crescimento rápido. Mesmo nos solos pobres que predominam na Amazônia, já nos 3 primeiros anos pode atingir 2 a 3 m de altura. Na maturidade chega a atingir 15 m de altura e 6 a 8 m de diâmetro de copa.
A ramificação é abundante, sustentando um conjunto denso de folhas que quando jovens são de cor rosa e revestidas de pêlos e quando plenamente desenvolvidas atingem 25 a 35 cm de comprimento por 10 a 15 cm de largura, adquirindo tonalidade verde-escura.
Floração
Plantas mais precoces iniciam a floração no segundo ano de plantio. As flores são completas, com tamanho em torno de 1,5 cm de cor creme e púrpura. A floração se concentra no período de outubro-novembro, embora possam ser encontradas plantas em floração durante quase todo o ano.
Frutificação
Da floração à maturação dos frutos decorre de 4 a 5 meses. O fruto mede de 15 a 35 cm de comprimento por 10 a 15 cm de diâmetro e tem peso médio de 1 kg, embora haja registro de frutos de até 4 kg. A casca corresponde a 40-50% do peso do fruto e a polpa a 35- 45%. As sementes apresentam 48% de gordura branca, semelhante à manteiga do cacau.
A média é de 30 sementes por fruto, representando 15 a 20% do peso deste. Os frutos quando maduros caem ao solo e devem ser recolhidos diariamente; neste caso podem permanecer por uma semana em condições satisfatórias para consumo ou beneficiamento.
Implantação da Cultura
Na implantação da cultura deve-se optar pela formação de mudas em viveiro. As sacolinhas devem ser de 35 cm X 20 cm e as sementes, que levam de 10 a 18 dias para germinar, devem ser selecionadas em matrizes sadias com abundante produção de frutos de características desejáveis dos pontos de vista agronômico e agroindustrial.
As variedades são caracterizadas pelo tipo de fruto, sendo as mais conhecidas: cupuaçu redondo (frutos menores), cupuaçu mamorana (frutos compridos com casca grossa e ligeiras quinas) e cupuaçu mamau (frutos sem sementes). A enxertia é uma boa alternativa para alcançar um cultivo mais tecnificado, no qual as variedades sem sementes e os clones de alta produtividade poderão ser utilizados.
Os sistemas de cultivos consorciados têm se mostrado adequados para o cupuaçuzeiro.
Como exemplo de sistemas consorciados em uso, tem-se a mandioca e a banana com a função de sombreamento inicial e como sombreamento posterior, a castanha, a pupunha ou açaí, respeitando-se as recomendações de espaçamento.
O espaçamento mínimo recomendado para plantio solteiro é de 6m x 6m, pois sendo uma planta que alcança 6 a 8 m de diâmetro de copa, espaçamentos menores certamente comprometerão o bom desenvolvimento da lavoura no futuro, favorecendo inclusive a ocorrência de pragas e doenças.
Manutenção da Cultura
Estando a lavoura de cupuaçu mais exposta ao sol não é necessário a utilização de podas de formação, visto que essa maior exposição limita o seu crescimento. Assim, apenas podas de correção e limpeza de galhos mal formados , secos ou doentes serão necessárias.
Em sistemas consorciados ou sombreados, pode-se fazer a poda de formação para facilitar o manejo da cultura, conduzindo a planta com um ou dois “andares”. Neste sistema, além da “capação” do segundo ou terceiro lançamento, os ramos do tripé devem ser podados nas extremidades para forçar a formação da copa em taça. Após a frutificação deve-se proceder à poda de limpeza, tendo-se o cuidado de curar os ferimentos com solução fungicida.
Pragas e Doenças
Broca-do-fruto: É um dos maiores problemas que afetam as áreas de cultivo do cupuaçuzeiro na Amazônia Ocidental. É causada por um besouro (Conotrachelus humeropictus) cuja larva vive e se alimenta no interior dos frutos, de onde migra para o solo, onde completa o seu ciclo de vida. Infelizmente, até agora não existe um controle efetivo para esta praga, embora medidas de controle integrado estejam sendo adotadas e apontem para uma possibilidade de êxito.
Vassoura-de-bruxa: É a principal doença do cupuaçuzeiro na Amazônia, causada pelo fungo Crinipelis perniciosa, que ataca os pontos de crescimento da planta, causando superbrotação, engrossamento e finalmente a seca dos ramos, podendo inviabilizar a cultura. Como medida de controle deve-se realizar a poda dos ramos afetados e a posterior queima dos mesmos, para evitar o alastramento da doença.
Beneficiamento
Cupuaçu
Consiste em despolpar os frutos de forma manual ou mecânica. Com a polpa preparam-se sucos, sorvetes, doces, licores, cremes e muitas outras iguarias finas de incomparável sabor. Algumas indústrias dispõem de máquinas que apresentam bom desempenho no beneficiamento do fruto.
Da semente do cupuaçu obtém-se a matéria prima para produção do “cupulate”, um produto em tudo semelhante ao chocolate, já viabilizado experimentalmente pela Embrapa Amazônia Oriental/Belém PA.
O cupuaçu tende a alcançar destaque como um dos principais produtos de um complexo agroindustrial de produção de polpas e derivados, visto que indústrias nacionais de sucos e sorvetes já manifestaram interesse em adquirir grande volume de produção.
George Duarte Ribeiro
Fonte: www.cpafro.embrapa.br
Cupuaçu
Cupuaçu
Seu nome popular é cupu; cupuaçueiro.
Nome científico, Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Schum. Vem da família botânica, Sterculiaceae.
Ogirinária do Brasil – Amazônia.
Sua planta é uma árvore de até 10 m de altura com ramos fleríveis. Folhas longas de até 60 cm de comprimento, de coloração ferrugínea na face inferior. Flores grandes, de cor vermelho- escura presas diretamente ao tronco.
O cupuaçu é uma fruta grande, pesada. volumosa, perfumadíssima. As folhas de sua árvore são grandes; suas sementes são muitas e também grandes, envoltas em uma polpa branca, ácida e de aroma bastante forte e agradável.
A polpa de cupuaçú Doce Mel, Contém cálcio, fósforo, ferro e vitaminas A, B1, B2 e C. É aeromática, sabor agridoce utilizada para sucos, refrescos e sorvetes; licores e aguardentes temperados; cremes, gelatinas, espumas, mousses e pudins; tortas, bolos, pavês, biscoitos e coberturas para outros doces; compotas e geléias; doces de colher, de cortar e cristalizados; e o famoso bombom de cupuaçu.
Informações – Valores Nutricionais
Polpa de 100g:
Calorias | 70 kcal |
Proteínas | 2 g |
Carboidratos | 15 g |
Gorduras Totais | 2 g |
Gorduras Saturadas | 0 g |
Colesterol | 0 mg |
Fibra | 1 g |
Cálcio | 0 mg |
Ferro | 2 mg |
Sódio | 0 mg |
Fonte: www.docemel.com.br
Cupuaçu
Cupuaçu: Theobroma grandiflorum
Ocorrência: Região Amazônica, principalmente no Estado do Pará.
Outros nomes: Cupuaçu-verdadeiro, cupuassu tree
Características
Espécie com altura de 4 a 8 m (até 15 m na mata alta), dotada de copa alongada ou piramidal. Tronco geralmente ereto e mais ou menos cilíndrico, com casca fissurada longitudinalmente, de 25 a 35 cm de diâmetro.
Folhas simples, opostas, curto-pecioladas, subcoriáceas, discolores, glabras na face superior e com delicados pêlos estrelados na inferior, visivelmente nervadas, de 20 a 40 cm de comprimento por 6 a 12 cm de largura.
Apresentam coloração rósea, quando jovens, e verde, quando maduras. Inflorescências em pequenas cimeiras de 2 a 4 flores afixadas diretamente nos ramos.
Fruto baga muito grande, de forma elipsóide, de 10 a 25 cm de comprimento e pesando até 1,5 kg , revestida por indumento ferrugíneo, com 20 a 50 sementes envolvidas por densa camada de polpa delicadamente fibrosa de sabor acidulado e de aroma agradável. Um kg contém aproximadamente 40 unidades.
Habitat: Mata alta de terra firme
Propagação: Sementes
Madeira: Moderadamente pesada (densidade 0,55 g/cm3), homogênea, textura média, grâ direita, de moderada durabilidade natural.
Utilidade
A madeira é muito pouco utilizada, entretanto é indicada para uso interno em construção civil e para serviços de marcenaria. Os frutos são comestíveis e muito apreciados, principalmente pelas populações do norte do país, onde seu suco é muito popular. Também consumido na forma de sorvetes, doces em pasta, cremes, pudim e geléia.
As amêndoas substituem o chocolate. É cultivado em pomares domésticos e comerciais. O Estado do Pará é o principal produtor, seguido do Amazonas, Rondônia e Acre. A área cultivada no Pará é cerca de 14.000 ha , com produção em torno de 21.479 t. de polpa em 2000.
Florescimento: Setembro a novembro
Frutificação: Fevereiro a abril
Fonte: www.vivaterra.org.br
Cupuaçu
Cupuaçu
O Cupuacu (Theobroma Grandiflorum) é uma árvore de porte pequeno a médio que pertence à mesma família do Cacau e pode alcançar até 20 metros em altura. A fruta de Cupuaçu foi uma fonte primária de alimento na floresta Amazônica tanto para as populações indígenas, quanto para os animais.
Essa fruta tornou-se conhecida por sua polpa cremosa de sabor exótico.
A polpa é usada no Brasil inteiro e no Peru para fazer sucos, cremes de sorvete, geléia e tortas. Amadurece nos meses chuvosos de janeiro a abril e é considerada uma delicadeza na culinária de cidades sul americanas onde a demanda ultrapassa o estoque.
Uso tradicional
Povos indígenas assim como comunidades locais ao longo do Amazonas cultivaram Cupuaçu como uma fonte primária de alimento desde gerações.
Nos tempos antigos, sementes de Cupuaçu foram negociadas ao longo do Rio Negro e Orinoco onde o suco de Cupuaçu, depois de ser abençoado por um pajé foi utilizado para facilitar nascimentos difíceis. O povo Tikuna utiliza as sementes do Cupuaçu para dores abdominais.
Potencial econômico – Chocolate de Cupuaçu
O valor relativamente alto do mercado da polpa da fruta ($ 2 – 4 por kg), usada para a produção de produtos frescos, faz o cultivo de árvores de cupuaçu mais e mais atraente.
Além do mais, as características semelhantes ao cacau (Theobroma cacao L.) permite que, além da produção da polpa, as sementes de T. grandiflorum (ca. 20 % de peso fresco) possam ser usadas também para fabricar um tipo de chocolate .
Existem iniciativas em várias regiões do Brasil para desenvolver o chocolate de cupuaçu, também chamado de “cupulate”.
No Japão este Chocolate já está sendo produzido e comercializado.
Somente no primeiro quadrimestre do ano 2002, o Amazonas exportou 50 toneladas de sementes de cupuaçu para o Japão.
A expectativa é de que os japoneses comprem aproximadamente 200 toneladas de sementes de cupuaçu para beneficiamento no ano que vem. Novamente, assumimos, ou pior, incentivamos o insignificante papel de exportadores de matéria prima.
Fonte: www.amazonlink.org
Cupuaçu
Cupuaçu
O cupuaçu, fruto da mesma família do cacau, é originário da Amazônia brasileira, sendo muito popular no Pará e na cidade de Presidente Figueiredo (AM), onde é organizada uma festa que acontece todo mês de abril.
O cupuaçu contém vitaminas, minerais e pectina, uma fibra solúvel que ajuda a manter bons níveis de colesterol.
As variedades conhecidas agrupam-se de acordo com o formato dos frutos: cupuaçu- redondo (fruto com extremidades arredondadas); cupuaçu- mamorana (fruto com as extremidades alongadas); cupuaçu-mamau (caracteriza-se por não apresentar sementes).
A árvore, conhecida como cupuaçuzeiro, cupuaçueiro ou cupu atinge uma média de 10 a 15 m de altura.
As folhas são longas, medindo até 60 cm de comprimento.
As flores são grandes, de cor vermelho-escura, com características peculiares: são as maiores do gênero, não crescem grudadas no tronco, mas sim nos galhos.
O fruto
O fruto possui perfume forte e doce, apresenta forma esférica ou ovóide, mede até 25 cm de comprimento, chega a pesar mais de 1 Kg, tendo casca dura e lisa, de coloração castanho-escura.
Das sementes do cupuaçu é feito o cupulate, o chocolate que substituiu o clássico cacau pelo seu primo, o cupuaçu. As sementes têm despertado o interesse dos cientistas e contêm proteínas que enriquecem outros alimentos. A gordura extraída é aplicada na indústria de cosméticos.
As sementes ficam envoltas por uma polpa branca, ácida e aromática, usada para fazer suco, sorvetes, vitaminas, doces, como musse, geléia, compotas, vinho (refresco sem álcool) e licores.
Os frutos surgem de janeiro a maio.
Tabela de valor nutricional do Cupuaçu
Quantidade | 100 gramas |
---|---|
Água (%) | 86,2 |
Calorias (Kcal) | 49 |
Proteína (g) | 1,2 |
Carboidratos (g) | 10,4 |
Fibra Alimentar (g) | 3,1 |
Colesterol (mg) | n/a |
Lipídios (g) | 1,0 |
Ácido Graxo Saturado (g) | 0,4 |
Ácido Graxo Mono insaturado (g) | 0,2 |
Ácido Graxo Poli insaturado (g) | 0,1 |
Cálcio (mg) | 13 |
Fósforo (mg) | 21 |
Ferro (mg) | 0,5 |
Potássio (mg) | 331 |
Sódio (mg) | 3 |
Vitamina B1 (mg) | 0,37 |
Vitamina b2 (mg) | 0,04 |
Vitamina B6 (mg) | 0,07 |
Vitamina B3 (mg) | 4,34 |
Vitamina C (mg) | 24,5 |
O Cupuacu
Cupuacu
O Cupuacu é uma árvore de porte pequeno a médio que pertence à mesma família do Cacau e pode alcançar até 20 metros em altura.
A fruta de Cupuaçu foi uma fonte primária de alimento na floresta Amazônica tanto para as populações indígenas, quanto para os animais.
Essa fruta tornou-se conhecida por sua polpa cremosa de sabor exótico.
É uma fruta exagerada: grande, pesada. volumosa, perfumadíssima. As folhas de sua árvore são grandes; suas sementes são muitas e também grandes, envoltas em uma polpa branca, ácida e de aroma bastante forte e agradável.
Quando maduro, o cupuaçu simplesmente cai. A polpa, carnuda, é removida com tesoura e os resíduos que ficam na semente, lavados. Depois de processada, a polpa do cupuaçu é congelada, podendo ser comercializada a longas distancias.
Com essa polpa refrescante faz-se todo tipo de doces; sucos, refrescos e sorvetes; licores e aguardentes temperados; cremes, gelatinas, espumas, mousses.
Fonte: www.informacaonutricional.ney/biobrasilproducts.com.br
Cupuaçu
Cupuaçu
O cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum) é uma fruteira nativa da região amazônica e foi introduzida no sul da Bahia em 1930, na antiga Estação Experimental de Água Preta, no município de Uruçuca.
Geralmente é procurado pelo sabor típico de seus frutos, em que há o aproveitamento da polpa e das sementes pelas indústrias alimentícias e de cosméticos, em virtude de suas propriedades sensoriais e químicas. O seu fruto mede de 12 a 15 cm de comprimento e tem de 10 a 12 cm de diâmetro, apresentando em média peso de 1 kg, sendo 30% de polpa e 35 sementes.
Por ser uma espécie de boa adaptação à sombra, o cupuaçu propicia a formação de consórcios com outras plantas de porte florestal, permitindo bons resultados econômicos e ecológicos.
É uma fruta tropical com grande potencialidade econômica para a região sudeste da Bahia. No Estado, a área cultivada é de aproximadamente 1.200 ha, sendo mais da metade em desenvolvimento. A produção de polpa é estimada em 300 toneladas, sendo que cada planta produz de 30 a 40 frutas por ano.
CLIMA E SOLO
O cultivo é recomendado em regiões com temperaturas médias anuais superiores a 22ºC, pluviosidade acima de 1500 mm bem distribuídos e umidade relativa do ar acima de 75%.
É uma cultura adaptada em terra firme, podendo ser cultivada em solos de baixa, média e alta fertilidade, com boa estruturação física. Os solos mais recomendados são os areno-argilosos, profundos e com boa drenagem.
VARIEDADES
As variedades conhecidas e exploradas comercialmente estão agrupadas conforme o formato dos frutos:
Cupuaçu-redondo: Fruto com extremidades arredondadas, casca com 6 a 7 mm de espessura, peso médio de 1,5 kg, sendo o tipo mais cultivado na região amazônica.
Cupuaçu-mamorana: Fruto com as extremidades alongadas, casca com 6 a 7mm de espessura, pesando em média 2,0 kg.
Cupuaçu-mamau: Também conhecido como sem-caroço, tem formato semelhante ao cupuaçu-redondo, caracteriza-se por não apresentar sementes. O peso médio do fruto é de 2,5 kg, chegando a atingir 4,0 kg.
O rendimento médio da variedade sem-sementes é de 70%, enquanto os com sementes é de 30%.
FORMAÇÃO DE MUDAS
No plantio comercial de cupuaçu deve-se utilizar mudas propagadas por semente ou por via vegetativa, através da enxertia.
O cupuaçuzeiro é formado à semelhança da muda de cacau. As sementes devem vir de plantas matrizes produtivas e sadias e de frutos com boas características de rendimento de polpa.
As sementes devem ser despolpadas e posteriormente lavadas e colocadas para secar à sombra por dois dias. A seguir, são colocadas diretamente em sacos de polietileno ou para germinação em leito de areia e pó de serra curtido na proporção 1:1.
Em condições normais as mudas germinam após o décimo quinto dia. No caso de sementeira, podem ser transplantadas quando estiverem com 10 a 15 cm.
Depois, devem ser mantidas em viveiro coberto até alcançarem 30 centímetros de altura (4 a 5 meses).
Em caso de enxertia, o material a ser enxertado (garfo ou borbulha) deve vir de ramos já produtivos e de diferentes plantas matrizes, para evitar a auto-incompatibilidade na polinização. Na Bahia, a pesquisa básica de melhoramento genético do cupuaçuzeiro visa a obtenção de clones produtivos, com frutos de bom tamanho e rendimento em polpa, resistência a pragas e doenças e ampliação do período de colheita durante o ano.
PLANTIO
O cupuaçuzeiro desenvolve-se melhor com sombreamento nos dois primeiros anos, podendo ser cultivado a pleno sol ou em sombreamento pouco denso.
Portanto, pode ser instalado em capoeiras ou em sistemas de consórcio com outras espécies como a bananeira, a pupunheira, a seringueira e outras plantas de porte florestal.
O plantio das mudas deve ser feito em covas de 40 x 40 x 40 cm, adubadas com 10 litros de esterco curtido e mais 100 gramas de superfosfato triplo. Usa-se cobertura morta em volta das mudas, a fim de manter a umidade do solo e controlar o desenvolvimento de ervas daninhas.
As mudas provenientes de sementes são plantadas quando atingem de 5 a 6 meses de idade e uma altura de 40 a 50 cm. As mudas enxertadas oriundas de matrizes selecionadas com produtividade média acima de 40 frutos por planta/ano e peso médio de frutos entre 1 a 1,5 kg, com 8 a 9 meses de idade, medindo 70 a 80 cm de altura, devem ser plantadas em covas de 4 metros em todas as direções e em espaçamentos que variam de 5 x 5 m até 8 x 8 m em triângulo eqüilátero.
Antes do estabelecimento do pomar, recomendam-se dois tipos de sombreamento: o provisório – utilizando a cultura da bananeira em espaçamento de 3 x 3 m e um sombreamento definitivo, utilizando-se plantas de porte florestal de valor econômico, a exemplo de cajazeira e seringueira nos espaçamentos que variam de 15 x 15 m a 20 x 20 m.
ADUBAÇÃO E CALAGEM
As adubações devem ser realizadas em função dos resultados da análise química do solo.
No geral, as formulações e doses de adubos orgânicos e minerais preconizadas são baseadas em observações de natureza prática.
Para solos de baixa fertilidade, recomendam-se os seguintes procedimentos de adubação:
Para o primeiro ano de plantio, 300g de formulação 10-28-20 (NPK) por planta, em 4 aplicações de 100g, com intervalo de 3 meses
No segundo ano, 500g/planta, com o mesmo intervalo de aplicação
A partir do terceiro ano, 200g/planta/aplicação, parcelada em três vezes no ano
ESPAÇAMENTO
O espaçamento varia de acordo com o tipo de muda, que pode ser pé-franco (mudas formadas de sementes) ou enxertada. Para as mudas de pé-franco, recomenda-se o espaçamento de 7 x 7 m em triângulo eqüilátero, permitindo uma densidade de 244 plantas/ha.
Para plantio das mudas de enxertia, que apresentam menor porte, recomenda-se o espaçamento de 6 x 6 m em triângulo eqüilátero, permitindo uma densidade de 319 plantas por hectare.
TRATOS CULTURAIS
Controle de ervas daninhas as plantas daninhas dificultam o crescimento normal das plantas. Recomenda-se efetuar de dois a três coroamentos e até três limpas durante o ano.
Podas as podas de formação e manutenção objetivam manter a planta com porte baixo, facilitar os tratos culturais e reduzir o impacto dos frutos na queda. A poda de formação é efetuada no primeiro ano de idade da planta, cortando-se o broto terminal após o primeiro ou segundo fuste para promover a divisão do tronco principal em dois. A poda de manutenção direciona a distribuição dos galhos e elimina os ramos indesejáveis, secos ou doentes.
COLHEITA E PRODUÇÃO
A colheita é realizada de quatro a cinco meses após a floração. A colheita é feita manualmente, duas ou três vezes por semana, coletando-se os frutos maduros após a queda. A partir das primeiras safras, as plantas começam a produzir em escala crescente, até a estabilização, que ocorre no quinto ano após o plantio.
O rendimento médio do fruto é de 36% de polpa, 46% de casca e 18% de sementes. A produtividade média nas condições do sul da Bahia é de 40 frutos/planta/ano.
COMERCIALIZAÇÃO
A exemplo da maioria dos produtos agrícolas, a comercialização do cupuaçu é feita diretamente do produtor para o intermediário, ou o produto é colocado nas Centrais de Abastecimento das regiões produtoras.
Os preços variam em função do excesso ou escassez da produção. No sul da Bahia a comercialização é feita às margens de rodovia, em feiras livres e diretamente com as indústrias processadoras de polpas da região e até de outras regiões do país.
PRODUTOS
O cupuaçu é utilizado na elaboração de sorvete, néctar, doce, geléia, iogurte, licor, xarope, biscoito e bombom. Na culinária doméstica, a polpa tem larga aplicação, com destaque para cremes, pudins, tortas, bolos e pizzas. As sementes servem para a fabricação do cupulate, produto com características nutritivas similares às do chocolate; já a gordura, é utilizada na indústria de cosméticos.
Para cada 100 kg de sementes frescas, são obtidos 45,5 kg de sementes secas, 42,8 kg de sementes torradas e 31,2 kg de amêndoas sem casca. Destas, pode-se obter 13,5 kg de manteiga de cupuaçu.
Gilberto de Andrade Fraife Filho
Fonte: www.ceplac.gov.br
Cupuaçu
Cupuaçu
As sementes de cupuaçu, por seu alto teor de gordura, prestam-se fabricação de chocolate e já foram utilizadas para esse fim, em lugar das sementes de cacau.
Por esse emprego, o cupuaçu recebeu no passado nomes como cacau-do-peru e cacau-de-caracas.
Pertencente à família das esterculiáceas e ao mesmo gênero do cacau-verdadeiro, o cupuaçu (Theobroma grandiflorum) é uma árvore de porte médio, nativa da Amazônia, que passou a ser cultivada em quase todo o Brasil, exceto nos estados do sul.
Os galhos são longos e grossos, mas flexíveis.
As folhas, muito grandes, chegam às vezes a cinqüenta centímetros de comprimento. As flores, de coloração vermelho-escura, brotam dos galhos e se dispõem em panículas ou cachos compostos.
O fruto do cupuaçu mede cerca de 15cm de comprimento por dez de diâmetro.
Tem a casca marrom, lenhosa e enrugada, e encerra numerosas sementes envoltas em polpa branca, muito utilizada na produção de refrescos, sorvetes e doces, comuns em todos os estados da Amazônia.
A multiplicação do cupuaçu se faz por sementes.
Os pés começam a frutificar, em geral, por volta do oitavo ano.
As sementes de cupuaçu, por seu alto teor de gordura, prestam-se fabricação de chocolate e já foram utilizadas para esse fim, em lugar das sementes de cacau.
Por esse emprego, o cupuaçu recebeu no passado nomes como cacau-do-peru e cacau-de-caracas.
Fonte: portalamazonia.globo.com
Cupuaçu
Também chamado de cupu o cupuaçuzeiro é originário da Amazônia; a planta foi domada pelos japoneses a partir de 1980 e, nos últimos cinco anos, iniciou-se o plantio de cupuaçuzeiro em escala comercial. O estado do Pará é considerado a “terra do cupuaçuzeiro”.
É uma planta dicotiledonae, da família Sterculiaceae e conhecida como Theobroma grandiflorum. Schum. O cupuaçuzeiro pode viver 80 anos, alcança 20-30m. de altura (estado silvestre) e 8m. (cultivado), copa com 7m. de diâmetro.
Fruto considerado dentre os melhores da flora amazônica, tem 12 a 25cm. de comprimento, 10-12cm. de largura e 1,2 a 4,0Kg. de peso; casca dura, lenhosa, quebrável, polpa amarela ou esbranquiçada, tem sabor acido e cheiro agradável. O fruto tem 30 a 40 sementes e se desprende com facilidade da planta.
Entre as variedades do cupuaçuzeiro encontram-se:
Cupuaçu – redondo: frutos arredondados com peso médio de 1,5Kg.;
Cupuaçu – mamona: frutos com extremidades alongadas e 2,5 Kg. de peso;
Cupuaçu – mamaú: fruto arredondado sem sementes, peso de 1,5Kg. (cupuaçu de massa). Fala-se ainda nas variedades – de-colares – casca fina – marmorama.
A composição por 100g. de polpa é:
Cálcio | 34,0 mg | Fósforo | 36 mg |
Calorias | 57,0 cal | Proteínas | 1,2 g |
Carboidratos | 13,2 g | Vitamina A | 3 mmg |
Ferro | 2 mg | Vitamina B1 | 0,02 mg |
Fibras | 3,8 g | Vitamina B2 | 0,04 mg |
Lipídios | 0,6 g | Vitamina C | 18 mg |
Cupuaçuzeiro
A polpa do fruto é matéria – prima para sucos, doces, néctares, compotas, geléias, sorvetes, cremes, tortas, licores, biscoitos e bolos. A polpa também é consumida ao natural e exportada para Japão e Suécia.
Anutritivas que a polpa, contém 48% de substância gordurosa comestível – semelhante à manteiga de cacau – . s sementes, mais O conteúdo da semente é matéria – prima – cupulate – para preparo de chocolate claro de qualidade “fina”.
A casca do fruto pode ser usada como adubo orgânico e como ração animal.
Necessidades para o cultivo:
Clima: Temperatura média anual entre 22 e 27ºC, umidade relativa do ar média entre 77 e 88%, chuvas anuais entre 1.900mm. e 3.100mm.
Solos: Solos de terra firme, profundos; com boa retenção de água, boa fertilidade, com boa constituição física e pH entre 6,0 e 6,5.
Mudas: O cupuaçuzeiro pode ser multiplicado via vegetativa (enxertia por borbulhia ou garfagem de topo) e por sementes.
Via sementes
Estas devem vir de plantas de boa produção, de porte baixo, de frutos grandes e plantas sadias; escolhe-se as sementes maiores e mais pesadas, devem ser esfregadas com serragem fina e seca, lavadas e postas a secar em local ventilado por 24 horas.
No fruto a semente não deve permanecer por mais de 10 dias. Um kg. de semente contém 200 unidades; o plantio de um hectare (179 plantas) requer 200 sementes.
No semeio trata-se a semente com fungicida à base de cobre (oxicloreto, óxido) e coloca-se em local úmido cobertas com aniagem até aparecer ponto branco na semente (raiz).
Semeia-se em sacos furados de polietileno preto, dimensão 17cm. x 28cm., cheios com mistura composta por terra da mata + esterco de curral curtido + areia lavada + cinza na proporção 4:3:1:1.
Enche-se o saco até 3cm. abaixo da parte superior, coloca-se 10g. de superfosfato e, pós semeio, completa-se com serragem curtida úmida. Sacos em canteiros com 1,2m. de largura.
O viveiro deve estar sob 50% de luz solar, deve-se eliminar manualmente as ervas, irrigação sem encharcar e adubação foliar a cada 15 dias.
Vassoura-de-bruxa controlada por eliminação (queima) de plantas atacadas e pulverizações preventivas quinzenais com agroquímicos à base de oxicloreto de cobre (calda a 0,3%) e triadimefon (calda a 0,1%). Muda com 80cm. de altura apta ao plantio.
Via borbulhia ou garfagem: as mudas devem ser obtidas de viveiros credenciados por órgãos oficiais. A muda deve ter 80cm. de altura.
Plantio
A planta jovem requer sombreamento parcial e a adulta sombreamento relativo; pode-se cultivá-la em sub-bosque.
Para plantas pé-franco recomenda-se espaçamento de 8m. x 8m. (179 plantas/ha em triângulo equilátero) e para enxertos 6. X 6m. (319 plantas/ha).
A cova deve ter dimensões 0,4m. x 0,4m. x 0,4m.; na abertura separar terra dos primeiros 15cm.. Para enchimento misturar 50g. de superfosfato triplo + 10l. de esterco de curral, misturar à terra separada e colocar no fundo da cova até 15cm. de altura; não colocar terra de baixo.
Retirar fundo do saco, colocar muda sobre a terra dentro da cova, retirar saco e colocar resto da terra de superfície deixando o colo da planta 5cm. acima da superfície. Irrigar com 10 litros de água e cobrir com capim seco (sem sementes) ao redor da muda.
Tratos culturais:
Roçagem: Nas linhas e entrelinhas do plantio; nas linhas a roçagem precede o coroamento (a cada 3 meses) e nas entrelinhas a cada 6 meses.
Coroamento: Feito à enxada, sem cavar, em volta da muda, num raio de 0,75m. á 1,0m..
Podas: Com retirada de ramos secos, frutos mumificados, superbrotaçramos baixos e brotações abaixo de 1,5m.; de limpeza ões de Planejadas para o fim de safra.- de formação com retirada dos vassoura-de-bruxa.
Adubações em coberturas: Plantas em crescimento: usar fórmula NPK 12-12-12+Mg. segundo quadro abaixo;
Quadro I – Aplicação de adubos (g.) /ano.
Obs.: aplicar no início, no meio e pouco antes do fim da estação chuvosa.
Plantas em produção: Usar fórmula NPK 15-15-23+Mg., acrescida de 15l. esterco por planta/ano. Da fórmula NPK, usar 300-600g./planta/ano no coroamento da planta.
ANO |
1º |
2º |
3º |
TOTAL |
1 |
30 |
30 |
40 |
100 |
2 |
45 |
45 |
60 |
150 |
3 |
60 |
60 |
80 |
200 |
4 |
90 |
90 |
120 |
300 |
Pragas e doenças
Pragas: Besouro (Costalimaita sp.); amarelo- queimado, ataca mudas pequenas perfurando folhas severamente. Controlar notadamente na época chuvosa. Gafanhotos, saúva, pulgão, broca-do-tronco também atacam o cupuaçuzeiro. O controle é feito através pulverizações periódicas com agroquímicos à base de malatiom, paratiom e carbaryl.
Doenças: Vassoura-de-bruxa (fungo Crinipellis perniciosa). A doença causa superbrotamento dos ramos levando-os à morte. Poda e queima dos ramos atacados por 2 vezes/ano, podem controlar a vassoura. Antracnose e queima-do-fio são doenças controladas por pulverizações quinzenais com agroquímicos à base de cobre.
Produção/colheita/rendimento
As plantas iniciam a floração com 2,5 anos (enxertos) e 3 anos pós plantio (pé-franco). Flores aparecem em junho e desaparecem em março (pico novembro a janeiro).
Frutificação entre novembro e março (pico em fevereiro).
O rendimento do fruto, em polpa, é de 30% e em sementes, 21%.
Cada planta pode produzir até 40 frutos -média 12 frutos. Um hectare com 179 plantas (2.148 frutos) renderia 644kg. de polpa e 451 de sementes frescas e limpas.
Quatro a quatro meses e meio após a floração, o fruto está maduro e cai da planta. A colheita é feita apanhando-se os frutos caídos.
O beneficiamento
Retirada da polpa
É feito via manual (emprega-se mulheres) e na mecanizada (polpa e semente) por máquina despolpadora.
Diferença de produção entre o algodão isolado e o consorciado no primeiro ano.
BIBLIOGRAFIA
EDITORA GLOBO S/A – Revista o Globo Rural. Edição nov. 95, pg. 18 e Edição ago. 97, pg. 23 São Paulo – SP
EDITORA ABRIL S/A – Revista Guia Rural Plantar Edição 1993 pg. 98. São Paulo – SP
Fonte: www.seagri.ba.gov.br
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