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Nome popular: cagaiteira
Nome científico: Eugenia dysenterica DC
Família botânica: Myrtaceae
Origem: Brasil – Cerrado
Cagaita
Características da planta
Árvore de porte médio que pode atingir de 3 a 4 m de altura, com ramos tortuosos. Folhas verdes, brilhantes e quando jovens verde-claras, chegando a ser ligeiramente translúcidas. Flores brancas e aromáticas.
Fruto
Globoso e achatado, de coloração amarelo-pálida, com I a 3 sementes brancas envoltas em polpa de coloração creme, de sabor acidulado.
Cultivo
Ocorre de maneira silvestre em regiões de cerrado.
A cagaita é uma fruta nativa brasileira, originária do Cerrado.
Sabe-se há muito tempo que os cerrados – que ocupam grande parte da região central do território brasileiro – apresentam alguns dos piores solos intertropicais conhecidos.
Verdadeira façanha ecológica, como diz o Prof. Aziz Ab’Saber, a vegetação do Cerrado tem conseguido resistir às queimadas naturais, e provocadas pelo homem, renascendo a cada vez das próprias cinzas.
Estudos recentes, ao contrário do que se supunha até pouco tempo atrás, dão conta de que, sob uma aparência de aridez e secura, o Cerrado é capaz de surpreender quanto à diversidade e à riqueza de seus recursos naturais.
Sabe-se hoje, também, que os cerrados, em suas distintas formações vegetais predominantes, constituem- se em um verdadeiro pomar natural. Mais de uma centena de espécies vegetais nativas da região fornecem aos homens que delas souberem se aproveitar frutos saborosos e de altos teores nutritivos. Muitos mais, além desses, são bastante aproveitados pelos animais silvestres.
Entre essas espécies destacam-se a mangaba, a marmelada-nativa, o bacupari, o araticum e o marolo, o buriti, o pequi, o cajuí, a guariroba, o jatobá, o murici, o araçá, o baru, o jaracatiá, a curiola, a gabiroba e a cagaita, entre outras.
Parente da pitanga, do araçá e da uvaia, a cagaita é uma frutinha arredondada de cor amarela suave. De fina casca, tem um sabor ácido e é bastante suculenta, apresentando cerca de 90% de suco em seu interior.
Apesar de seu sabor agradável e de sua natureza refrescante, o povo da região dos cerrados sabe que, por um capricho da natureza, a cagaita é uma fruta que deve ser saboreada com moderação. Quem não quiser acreditar, ficará sabendo que os nomes populares e científicos das frutas têm sua razão de ser.
O fato é que, consumida em excesso, a cagaita provoca uma fermentação, estimuladora do funcionamento intestinal e causadora de uma espécie de mal-estar semelhante à embriaguez. Por outro lado, a infusão da folha e da casca da árvore tem efeito contrário, sendo muito utilizada pela medicina popular como anti- diarréico.
No Centro de Tecnologia Agroindustrial da EMBRAPA, com sede no Rio de Janeiro, desenvolvem-se e testam-se novas receitas de sucos, geléias e doces, com amostras de frutas do Cerrado. Ali, juntamente com a amêndoa torrada do baru, o suco de cagaita constitui um dos produtos da preferência dos visitantes e funcionários.
Foi ali também que se comprovou aquilo que o nativo já sabia há tempos: se a fruta in natura provoca reações intestinais desagradáveis, a sua polpa, utilizada como ingrediente de sucos, geléiasrefrescos, sorvetes, doces, geléias e licores, conserva apenas as suas características agradáveis de sabor e perfume.
Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br
Cagaita
Cagaiteira – Eugenia dysenterica DC
1 INTRODUÇÃO
O Cerrado é uma formação savânica tropical que ocupa aproximadamente 2,0 milhões de Km2 e corresponde a 23,1% do território brasileiro.
Situa-se no Planalto Central, com pequena inclusão no Paraguai e na Bolívia, estendendo-se pelos estados de Goiás, Tocantins, Distrito Federal e porções dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, parte do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Pará e Rondônia (BUSHBACHER, 2000).
Embora seja um bioma pouco estudado, sabe-se que se constitui em uma das regiões de maior biodiversidade do planeta.
Por apresentar relevo plano em quase toda a sua extensão e facilitar o avanço de máquinas agrícolas, grandes áreas deste bioma foram incorporadas ao sistema produtivo, sendo ocupadas principalmente por extensas lavouras de grãos e pastagens de baixo nível tecnológico. Este tipo de ocupação vem contribuindo de forma significativa para a descaracterização e degradação destas áreas e colocando em risco inúmeras espécies vegetais endêmicas, a maioria ainda não estudada.
Grande número destas espécies apresenta elevado potencial econômico e ecológico, além da importância social, muitas vezes complementando a dieta e servindo como fonte de medicamentos, fibras, madeira para construções e energia para os habitantes locais.
Segundo Barbosa (1996), algumas espécies vegetais do Cerrado podem constituir potenciais fontes de exploração econômica, desde que a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias viabilizem seu aproveitamento.
Neste contexto, insere-se a cagaiteira (Eugenia dysenterica DC.), uma espécie frutífera nativa do Cerrado, aproveitada pela população local para uso alimentar e medicinal.
Este boletim engloba, ao longo de suas páginas, as informações mais relevantes sobre essa frutífera, relacionando suas principais características, utilidades, aspectos nutricionais, relevância, propagação e usos na culinária.
2 CAGAITEIRA
2.1 Características, Ocorrência e Fenologia
A cagaiteira, também conhecida como cagaita em razão de suas propriedades laxativas, é uma árvore frutífera natural do Cerrado, pertencente à família Myrtaceae. Segundo Naves (1999), ocorre em maior densidade nos Latossolos Vermelho- Amarelos, sendo freqüente em áreas com temperaturas médias anuais variando entre 21°C e 25°C e altitudes de 380 a 1.100 m.
Sua distribuição é bastante ampla, sendo mais comum nos estados de Goiás, Minas Gerais e Bahia, em cerrados e cerradões. Aparece com alta freqüência em algumas regiões, formando consideráveis grupamentos. Em levantamento realizado por Naves (1999), em 50 áreas amostrais, cada uma com 1,0 hectare de Cerrado pouco antropizado do estado de Goiás, esta espécie foi encontrada em 10 áreas, sendo que, em uma delas, foi registrada a ocorrência de 162 indivíduos com diâmetro acima de 3,0 cm, medido a 10 cm do solo.
Constitui-se em uma árvore de porte médio, possuindo de 4 a 10 m de altura, tronco tortuoso e cilíndrico, com 20 a 40 cm de diâmetro e uma casca suberosa e fendada bem característica (Figuras 1A e 1B).
Figura 1 A – Cagaiteira adulta
Figura 1 B – Detalhe de seu tronco.
(MARTINOTTO, 2004 -UFLA).
Sua copa é alongada e densa, com ramos quadrangulares e glabros, exceto os botões, pedicelos, folhas e ramos jovens que são pubérulos. É uma planta decídua, heliófita e seletiva xerófila. Apresenta folhas membranáceas, opostas, ovadooblongas, simples, curto-pecioladas a subssésseis, glabras, aromáticas e caducas na floração (DONADIO et al., 2002).
As flores, sempre axilares, solitárias ou organizadas em arranjos de três, são hermafroditas e completas, com 1,5 a 2 cm de diâmetro, dotadas de pétalas de coloração branca (LORENZI, 2000).
No Cerrado, o florescimento da cagaiteira dá-se de agosto a setembro, geralmente sincronizado com o início das primeiras chuvas ou até mesmo antes delas, não durando mais que uma semana. Juntamente com o florescimento surge um fluxo de novas brotações ricas em pigmentação vermelha (PROENÇA & GIBBS, 1994). No espaço de um mês ocorre o florescimento, produção de nova folhagem e frutificação (RIBEIRO et al., 1994; SANO et al., 1995). As abelhas constituem-se em seus polinizadores preferenciais (PROENÇA & GIBBS, 1994).
O fruto da cagaiteira é uma baga globosa-achatada, amarelo-pálida, de 2 a 3 cm de diâmetro, contendo de 1 a 3 sementes brancas, envoltas em uma polpa levemente ácida. Apresenta um cálice seco aderido ao fruto, casca brilhante membranácea, mesocarpo e endocarpo suculentos (Figura 2).
Suas sementes, de coloração creme e formato oval, achatado ou elipsóide, medem de 0,8 a 2,0 cm de diâmetro. Apresentam superfície lisa e tegumento coriáceo, constituindo-se quase que totalmente pelos dois cotilédones. Apresenta germinação hipógea, com vigoroso desenvolvimento inicial do sistema radicular (Figura 3). Um quilo de sementes contém cerca de 700 a 1600 unidades (DONADIO et al., 2002).
Figura 2 Aspecto visual dos frutos de cagaiteira. (MARTINOTTO, 2004 – UFLA).
Figura 3 Aspecto das sementes de cagaiteira (A), (MARTINOTTO, 2004) e de sua germinação
(B), (ANDRADE et al., 2003).
A dispersão das sementes ocorre no início da estação chuvosa, uma estratégia aparentemente ligada ao estabelecimento da espécie. Segundo Sano et al. (1995), há evidências de que essa dispersão seja zoocórica, já que a cagaiteira apresenta elevada produção de frutos, podendo oferecer recompensa energética para prováveis dispersores.
Possui um grande potencial produtivo e pouca alternância de produção, podendo-se encontrar muitas árvores com mais de 1.500 frutos na mesma safra. O peso destes varia de 2,0 g a mais de 30 g, com maior concentração entre 6,0 e 14 g, e seu diâmetro, de 2,0 cm a 3,0 cm.
2.2 Utilização
A cagaiteira é considerada uma espécie de interesse econômico, principalmente por causa do aproveitamento de seus frutos na culinária. Além do consumo in natura, são inúmeras as receitas de doces e bebidas que levam o sabor de sua polpa. Esse aproveitamento é bastante difundido entre os habitantes do Cerrado, podendo ser encontrados, inúmeros pratos típicos da região confeccionados com essa fruta, com destaque para os doces, geléias, licores, refrescos, sorvetes e sucos.
Seus frutos, porém, quando consumidos em excesso ou quentes, podem causar diarréia e embriaguez. Ainda imaturos podem ser utilizados como forragem para o gado (RIBEIRO et al., 1986). De sua polpa também são obtidos vinagre e álcool (CORRÊA, 1984).
A madeira do caule da cagaiteira é pesada, com densidade de 0,82 g cm-2, dura e de textura fina, mas de baixa qualidade, podendo ser usada como mourão, lenha e carvão (CORRÊA, 1984).
A casca, além de servir à indústria de curtume, é utilizada na medicina popular como antidiarréica. Apresenta considerável quantidade de súber, com uma espessura de 1,0 a 2,0 cm, sendo empregada também na indústria de cortiça (MACEDO, 1991).
Suas folhas consituem-se em um excelente pasto arbóreo, convenientemente aproveitado em algumas regiões. Apresentam ainda propriedades medicinais, sendo utilizadas na medicina popular como antidiarréicas, para problemas do coração (BRANDÃO, 1991) e também no tratamento de diabetes e icterícia (SILVA, 1999). Costa et al. (2000) verificaram alta atividade antifúngica no óleo hidrolisado de folhas de cagaiteira no controle de Cryptococcus neoformans
Pelo fato de apresentar florescimento exuberante, concentrado e, quase sem folhas, a cagaiteira se mostra também, como uma árvore de elevado potencial paisagístico (RIBEIRO et al., 1994), sendo também citada por Brandão & Ferreira (1991) como planta melífera.
2.3 Aspectos Nutricionais
Estudos da composição nutricional de diversas frutas nativas do Cerrado verificaram que a cagaita possui um elevado teor de água (95,01%), sendo uma das frutas que apresentam maior percentagem de ácidos graxos poliinsaturados (linoléico e linolênico), ficando atrás apenas da amêndoa do baru e da polpa da mangaba. Possui maior teor de ácido linoléico (10,5%) que o azeite de oliva e de dendê. Quanto ao teor de ácido linolênico (11,86%), supera o do óleo de milho, girassol, amendoim, soja, oliva e dendê. Os ácidos graxos possuem importante papel no organismo humano, sendo o linoléico e o linolênico essenciais. São precursores de substâncias de papel importante na estrutura de membranas celulares, como componentes de estruturas cerebrais, da retina e do sistema reprodutor (ALMEIDA, 1998a).
Os teores de vitamina C da cagaita (18,28 mg/100 g) são superiores aos encontrados em muitas frutas convencionalmente cultivadas, como a banana madura e a maçã Argentina, de 6,4 e 5,9 mg/100 g, respectivamente (FRANCO, 1992).
2.4 Propagação
2.4.1 Propagação assexuada
Melo et al. (1998) e Ribeiro et al. (1996) não conseguiram resultados satisfatórios utilizando AIB e AIA no enraizamento de estacas caulinares de plantas adultas dessa espécie.
Cunha (1986) também não obteve enraizamento tratando estacas de cagaiteira, oriundas de material rejuvenescido a partir de brotações de raízes e de tronco de árvores adultas, e também de material juvenil e de mudas de um ano e meio de idade, com solução de AIB de até 10.000 ppm.
A enxertia seria uma técnica de propagação vegetativa bastante indicada para a formação de mudas dessa espécie, por promover uniformidade nas características das plantas e dos frutos, bem como no seu desenvolvimento e produtividade.
Embora tenha apresentado sucesso inicial para algumas frutíferas do Cerrado, a eficiência dessa técnica para a cagaiteira ainda não foi devidamente comprovada.
Métodos alternativos de multiplicação vegetativa, como a propagação in vitro, representam uma possibilidade real para a obtenção de mudas de cagaiteira mais vigorosas e com melhor padrão fitossanitário. Segundo Melo et al. (1998), técnicas de cultura de tecidos são indicadas para determinadas espécies do Cerrado, principalmente quando suas características botânicas impedem ou dificultam a propagação pelas vias clássicas.
Várias são as aplicações da cultura de tecidos. Atualmente, a de maior interesse na propagação de plantas nativas do Cerrado é a micropropagação, que reúne características importantes como, multiplicação rápida de plantas selecionadas, obtenção de mudas livres de patógenos que acompanham outros métodos de propagação vegetativa, conservação e transporte de germoplasma, entre outros.
A técnica de micropropagação para a cagaiteira vem sendo objeto de estudo do Laboratório deCultura deTecidos de Plantas doDepartamento deBiologia daUFLA.
Martinotto (2004) encontrou como a combinação mais eficiente para a indução de brotações em segmentos nodais de cagaiteira, as concentrações de 2,0 mg L-1 de BAP (6-benzilaminopurina) e 0,1 mg L-1 de ANA (ácido naftalenoacético) (Figura 4).
Figura 4 Aspecto visual de brotações obtidas a partir de segmentos nodais de cagaiteira. (MARTINOTTO, 2004 – UFLA).
Estudos desta natureza são importantes para a propagação de clones superiores e no melhoramento genético da espécie, fixando caracteres desejáveis sem a ocorrência de segregação. Através desta técnica é possível obter maior uniformidade no plantio e produção de cultivos comerciais.
2.4.2 Propagação sexuada
A cagaiteira apresenta tanto autofecundação quanto fecundação cruzada, sendo a polinização, realizada principalmente no período da manhã (PROENÇA & GIBBS, 1994). Segundo Zucchi et al. (2002), apresenta uma tendência à alogamia que, invariavelmente, aumenta a variabilidade nas progênies obtidas por via sexuada.
Vários autores, estudando características morfológicas e genéticas de populações nativas desta espécie, revelaram grande variabilidade entre plantas, bem como de frutos, tanto dentro quanto entre populações (TELLES et al., 2001).
Souza et al. (2002), avaliando o desenvolvimento e crescimento inicial de cagaiteira, observaram grande desuniformidade, tanto em altura como em diâmetro, de plantas propagadas sexuadamente. Estes dados indicam que a obtenção de mudas para plantios comerciais por via sexuada gera pomares desuniformes, podendo comprometer tais empreendimentos.
Quanto à germinação de sementes dessa espécie, alguns trabalhos relatam a existência de certo grau de dormência de origem tegumentar. Rizzini (1970) verificou que o extrato de embrião de cagaiteira em germinação e o extrato do tegumento de suas sementes inibem fortemente a germinação de feijão-preto.
Além da presença de inibidores, este mesmo autor comenta que, embora o tegumento das sementes de cagaita seja coriáceo, não compõe obstáculo para a passagem de água. Porém, ao embeber-se, torna-se impermeável à trocas gasosas, o que pode diminuir o aporte de oxigênio ao embrião, retardando seu desenvolvimento. Segundo ele, a germinação dessa espécie pode ser acelerada em até duas ou três vezes pela escarificação e ainda mais, pela remoção completa do tegumento que envolve a semente, podendo alcançar 95% de germinação em 40-70 dias. Oga et al. (1992) reportaram que as sementes escarificadas têm melhor germinação quando plantadas entre 1 e 2 cm de profundidade. Nestas condições, a emergência das plântulas teve início na terceira semana e atingiu seu ponto máximo até a décima semana.
Andrade et al. (2003) verificaram que as sementes de cagaiteira apresentam elevado teor de água, entre 47% e 53% e, ao serem dessecadas, perdem completamente a viabilidade ao atingirem entre 18% e 22% de umidade, o que demonstra sua sensibilidade à perda de água e seu caráter recalcitrante.
Farias Neto et al. (1991), em seus estudos com formas de armazenamento, constataram que o melhor tratamento para a conservação da viabilidade das sementes de cagaiteira foi o acondicionamento destas em sacos plásticos armazenados em câmara fria a 10°C e 60% de umidade.
O curto período de armazenamento de sementes de cagaiteira se torna um fator limitante para a propagação sexuada da espécie, exigindo rápida semeadura a fim de evitar grandes perdas na capacidade de germinação. Isto acarreta um prolongado tempo de viveiro, tendo a muda que esperar até a próxima estação chuvosa para ir para o campo, aumentando assim, os custos de produção (FARIAS NETO et al., 1991).
2.5 Produção de Mudas e Plantio
De acordo com recomendações de Silva (1999), as sementes de cagaita devem ser semeadas a 2 cm de profundidade. A germinação é de 95% em um intervalo de 40 a 60 dias, índice considerado elevado para fruteiras do cerrado.
Recomenda-se, preferencialmente, que, na produção de mudas de cagaiteira, a semeadura seja feita diretamente nos recipientes. Podem ser utilizados saquinhos plásticos ou tubetes. Segundo Brito et al. (2003), embora as mudas de cagaiteira apresentem lento crescimento inicial da parte aérea no primeiro ano de viveiro, sua raiz é bastante desenvolvida, sendo recomendável a utilização de sacos plásticos de 20 cm de largura e 30 cm de altura. A produção de mudas de cagaiteira em tubetes com capacidade para 280 cm3 de substrato é viável, já que, mesmo tendo maior custo do que os sacos plásticos podem ser reaproveitados.
O substrato mais usado tem sido a terra de barranco (subsolo), enriquecida com esterco de curral e adubos químicos (BRITO et al., 2003).
A cagaiteira é uma espécie adaptada a solos relativamente pobres, típicos do Cerrado (SILVA, 1999). Mesmo com essa capacidade de adaptação, reage bem à adubação de P e Ca, como comprovado por Melo (1999), em estudos realizados em casa de vegetação, utilizando vasos de 1,2 litros.
Para o plantio no local definitivo, é recomendado o espaçamento de 6 metros entre linhas e 5 metros entre plantas (SILVA et al., 2001).
Silva et al. (2001) recomendam covas com dimensões de 40x40x40 cm, adubadas com: 64 g de calcário dolomítico ou magnesiano (PRNT=100%) + 32 g de P2O5 + 6 g de K2O + 128 mg de zinco + 64 mg de manganês + 32 mg de boro + 3,2 mg de molibdênio e 3 a 6 litros de esterco de curral. Posteriormente ao estabelecimento das mudas, recomenda-se a realização de adubações em cobertura com 5 g de N e 4 g de K2O por cova, a cada 30 dias, até o final do período chuvoso.
A cagaiteira deve ser mantida sempre no limpo. Para isso, nas entrelinhas, fazse uso de enxada ou grade. Se for difícil a manutenção desta limpeza, deve-se efetuar capina em coroamento, com diâmetro um pouco maior que a projeção da copa sobre o solo.
2.6 Doenças e Pragas
2.6.1 Doenças
Em viveiro, as mudas de cagaiteira podem ser acometidas por doenças fúngicas que ocasionam manchas foliares, apodrecimento de raízes e morte de plântulas.
Em estado nativo, segundo Silva et al. (2001), entre as doenças que acometem a cagaiteira, destaca-se a mancha-parda, causada pelo fungo Phloeosporella sp., encontrada também atacando as folhas de mudas em viveiro. O controle, segundo Leão et al. (1998) deve ser feito pelo uso conveniente da irrigação, sempre visando a evitar o encharcamento do colo das plantas e pulverização quinzenal com produtos à base de tiofanato metílico (0,12%) ou oxicloreto de cobre (11%).
2.6.2 Pragas
Após o estabelecimento da cultura, deve-se ter o cuidado de iniciar o combate às formigas, cujos danos constituem um dos fatores limitantes do sucesso de plantações recentes de cagaiteira. Entre os produtos com essa finalidade encontrados no mercado, destacam-se os de forma sólida (granulado ou pó), os líquidos e os gasosos, que permitem combatê-las em qualquer situação.
Os frutos da cagaiteira são bastante atacados por moscas-das-frutas, principalmente, da espécie Anastrepha obliqua (VELOSO, 1997), o que tem limitado o consumo nacional e a exportação destes.
2.7 Colheita e Pós-Colheita
A produção de frutos de cagaiteira tem seu início após o quarto ano de plantio desta frutífera. A época de maturação destes frutos varia de outubro a dezembro, dependendo do ano e do local (BRITO et al., 2003).
Segundo Almeida et al. (1987), os frutos estão aptos para consumo ao caírem no chão ou quando apresentarem coloração verde amarelada ( de vez ), desprendendo-se das árvores ao sacudir levemente os ramos.
O grande problema dos frutos de cagaitera é a sua conservação em condições ambientais naturais. Eles perecem em apenas três dias se conservados a 28°C, mas podem ser conservados por até treze dias quando colocados em geladeira a 15°C (CALBO et al., 1990). A polpa mantém-se em condições de consumo por mais de um ano se for congelada (ALMEIDA et al., 1987).
Para a obtenção da polpa, após devidamente lavados e colocados em uma peneira, sobre uma bacia, os frutos devem ser espremidos e pressionados. Na peneira ficam retidas as cascas e as sementes da fruta (ALMEIDA et al., 1987).
O rendimento da cagaita para produção de suco ou polpa depende da qualidade do fruto (BRITO et al., 2003). De acordo com Siqueira et al. (1997), pode-se obter rendimento de até 60% de suco centrifugado ou 70% de polpa.
2.8 Comercialização
A comercialização da cagaita ocorre quase que exclusivamente em mercados regionais, com produção extrativista, oriunda de áreas de cerrado nativo.
Pequenas indústrias alimentícias já têm explorado essa fruta como matériaprima, com a utilização de sua polpa na fabricação de refrescos e sorvetes.
O mercado consumidor dos produtos processados a partir da polpa de cagaita está hoje restrito à região central do Brasil. A abertura de novos mercados só deverá ocorrer se for associada a uma ampla campanha de divulgação dessa fruta.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A melhoria do sistema de produção da cagaiteira é extremamente necessária, já que se verifica um aumento na procura de espécies nativas para a exploração comercial, atentando-se para um mercado em expansão e à necessidade de novas alternativas econômicas para populações regionais.
Portanto, torna-se necessário investir em trabalhos de domesticação da mesma, para que possa ser cultivada de forma comercial. Estudos de sua fisiologia, levam a um melhor controle da produção e a métodos mais eficientes de propagação, desenvolvimento inicial da muda a campo, bem como aspectos de produção e póscolheita. Assim, evita-se o extrativismo predatório e conserva-se a espécie em seu habitat.
Dessa forma, a cagaiteira se apresenta como uma espécie de grande potencial econômico e social, o que a torna promissora para a exploração comercial.
Cristiano Martinotto
Renato Paiva
Fernanda Pereira Soares
Breno Régis Santos
Raírys Cravo Nogueira
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Fonte: www.editora.ufla.br
Cagaita
Nome científico: Eugenia dysenterica
Família: das Mirtáceas
Nome comum: Cagaita, Cagaiteira
Origem: Brasil
Descrição e característica da planta
A cagaiteira é uma planta perene de ampla ocorrência no Brasil – Central, principalmente nos cerrados remanescentes que abrangem o Distrito Federal e os estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins. A árvore apresenta um tronco tortuoso, casca grossa, corticosa (cortiça), de cor cinza ou castanha, com fissuras profundas, sinuosas, em todas as direções, e formam placas de diversas dimensões. Sua altura pode chegar a 8 metros e o diâmetro da copa, 7 metros.
Cagaita
As folhas novas são avermelhadas e depois passam para esverdeadas. Elas são simples, coriáceas (aspecto de couro), forma oval, com 3 a 10 centímetros de comprimento por 1 a 5 centímetros de largura e caem durante o inverno ou no longo período da seca nas regiões de clima quente o ano todo.
Ao amassarem, produz um odor agradável, assim como a maioria das plantas da família das mirtáceas. As flores são brancas, isoladas, vistosas, perfumadas, axilares (região de inserção das folhas nos ramos), em número que varia de 3 a 6, em longos pedúnculos (haste que sustenta a flor) de 1 a 2 centímetros de comprimento. As flores são hermafroditas (têm os dois sexos na mesma flor) e autocompatíveis. Os frutos são carnosos, suculentos, globóides, com cerca de 4 centímetros de diâmetro.
A sua casca e a polpa são verdes durante o desenvolvimento, e amarelas, quando maduros. Em cada fruto contém 1 a 4 sementes.
As condições favoráveis ao seu bom desenvolvimento e frutificação são: temperatura amena a quente, solos profundos, bem drenados, não é exigente em fertilidade do solo e adaptada ao longo período sem chuva, durante o inverno, porque apresenta um sistema radicular bem desenvolvido e profundo nos solos do cerrado. A propagação é feita através de sementes.
Produção e produtividade
Em se tratando de planta do cerrado e ainda explorado de forma extrativista, não existem informações mais concretas sobre a produtividade. Nas condições do cerrado da região de Brasília, DF, cada árvore produz 500 a 2.000 frutos. Possivelmente, essa produtividade pode ser bem maior, se cultivar em pomares comerciais e com adubações para aumentar o seu desempenho, mas pouco se sabe sobre o comportamento dessa planta quanto à ocorrência de pragas e de doenças.
Utilidade
Os frutos são comestíveis ao natural e na forma de sucos, doces, sorvetes, geléias e licores. Os frutos devem ser colhidos ainda na planta e não bem maduros, nunca aproveitar os caídos, porque podem provocar diarréia. O seu consumo em excesso também pode causar distúrbios intestinais. Devido seu efeito laxante, vem a denominação popular do nome da planta, cagaita. A planta e os frutos são usados na medicina popular. A cagaiteira é recomendada na arborização de praças, parques e jardins e na recomposição de matas em áreas degradadas, além dos frutos servirem de alimentos a diversos animais e pássaros silvestres.
Fonte: globoruraltv.globo.com
Cagaita
Cagaita – Eugenia dysenterica DC
Família Myrtaceae, mesma da jabuticaba, goiada, araçás, jambo e eucaliptos, por exemplo.
O fruto da cagaita é delicioso e muito suculento. Quando morava num sítio em São João dAliança Chapada dos Veadeiros, fiz um doce de cagaita verde que ficou realmente uma beleza! Comi até o limite da satisfação! Depois deste episódio, aprendi que comer cagaita é bom, mas com moderação! Seus efeitos terapêuticos são um estouro!
É uma espécie típica do Bioma Cerrado, ocorrendo em cerrados ralos até cerradões.
Cagaita
Floresce de agosto a setembro.
Frutifica de setembro a outubro.
Árvore hermafrodita de até 10 m de altura, copa compacta e avermelhada quando com predominância de folhas jovens. Tronco com casca de cor castanho acinzentada, com fissuras longitudinais e cristas sinuosas e descontínuas, veios castanhos.
Folhas simples, opostas, glabras (sem pêlos), de margem lisa . Flores isoladas ou reunidas em peuenos fascículos, partindo nas axilas foliares.
Fruto é uma baga de 2-3 cm de diâmetro, amarelo quando maduro, com 1-4 sementes, normalmente com remanescente do cálice floral seco.
Os frutos são bastante consumidos, tanto ao natural como na forma de doces, geléias, sorvetes e sucos, podendo ter sua polpa congelada por até um ano.
Atenção quanto à quantidade de frutos ingeridos, principalmente quando quentes ao sol, grande quantidade gera efeito laxante, responsável tanto pelo nome popular como pelo científico.
A árvore é também medicinal, melífera, ornamental e madeireira. A casca serve para curtumes, sendo uma das corticeiras do Cerrado, com até mais de 2 cm de espessura.
Além de efeito laxante dos frutos, seu uso medicinal está associado à ação anti-diarréica de suas folhas.
O aproveitamento alimentar da espécie é popularmente consagrado na região e seu valor econômico/comercial já não é mais potencial. Sorveterias de Goiânia e Brasília fabricam sorvetes com os frutos da espécie, catados no chão. Os frutos utilizados por uma das sorveterias de Brasília são catados de árvores que compõe a arborização da própria cidade.
Bom exemplo de benefícios com a utilização de espécies fruteiras no paisagismo público. Tais benefícios são especialmente aumentados quando a espécie em questão é nativa, uma vez que são atraídos polinizadores e dispersores, promovendo uma integração efetiva e positiva da cidade com o cerrado do entorno.
Referências
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ALMEIDA, S.P.; PROENÇA, C.E.B.; SANO, S.M.; RIBEIRO, J.F. , 1998. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: EMPRAPA-CEPAC.
Silva, D.B. da; et al., 2001. Frutas do Cerrado. Brasília: Emprapa Informação Tecnológica.
Silva Júnior, M.C. et al. 2005. 100 Árvores do Cerrado: guia de campo. Brasília, Ed. Rede de Sementes do Cerrado, 278p.
Fonte: www.biologo.com.br
Cagaita
CAGAITA, CAGAITEIRA
Família: MYRTACEAE
Nome Científico: Eugenia dysenterica – DC
Cagaita – Cagaiteira
Características Morfológicas
Altura de 4 a 8 metros, dotada de copa alongada e densa.
Tronco tortuoso e cilíndrico, de 25 a 35 cm de diâmetro, com casca grossa, suberosa e profundamente sulcada nos sentidos vertical e horizontal.
Folhas aromáticas, curto-pecioladas, glabras e luzidias na face superior, coriáceas, com nervuras visíveis, de 4 a 9 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura.
Flores solitárias, axilares, sobre pendúnculos de 1 a 2 cm de comprimento, ou reunidas em fascículos axilares com 3 a 6 flores brancas e perfumadas. Fruto baga globosa, grande, glabros, com polpa amarela, carnosa e acidulada, comestível, geralmente com 1 a 3 sementes.
Ocorrência
Bahia, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, São
Paulo e Mato Grosso do Sul, nos cerrados e cerradões de altitude.
Madeira
Pesada (densidade 0,82 g/c3), dura, de textura fina a média, grã direta, pouco resistente e moderadamente durável.
Utilidade
A madeira é empregada apenas localmente para pequenas obras de construção civil, para móveis rústicos, estrados, para uso externo como moirões, estacas, bem como para lenha e carvão.
As flores são apícolas.
Os frutos são comestíveis e medicinais embora um pouco laxantes, daí a razão de seus nomes populares.
São também consumidos por algumas espécies de aves silvestres.
A casca foi outrora muito empregada na indústria de curtume. A árvore é muito ornamental quando em flor, podendo ser empregada na arborização paisagística.
Informações Ecológicas
Planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, secundária, característica e exclusiva dos cerrados de altitude (acima de 800 m), onde é muito abundante, porém com dispersão bastante descontínua e irregular.
Ocorre preferencialmente em formações primárias e em capoeirões de terrenos elevados, com solo argiloso ou arenoso bem drenados. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
Fenologia
Floresce exuberadamente durante os meses de agosto / setembro, geralmente com a planta totalmente destituída de sua folhagem. Os frutos amadurecem a partir de outubro / novembro.
Obtenção de Sementes
Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea ou recolhê-los no chão logo após a queda.
Em seguida deixá-los amontoados em saco plástico até a decomposição parcial da polpa para facilitar a remoção das sementes através de lavagem em água corrente. Também pode ser removida manualmente de frutos frescos..
Um kg de sementes contém aproximadamente 1.600 unidades.
Produção de Mudas
Colocar as sementes para germinação logo que colhidas diretamente em embalagens individuais contendo substrato organo-arenoso e mantidas a pleno sol.
Em seguida cobri-las com uma camada de 0,5 cm do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia.
A emergência ocorre em 10 a 15 dias e a taxa de germinação geralmente é baixa. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado lento.
Fonte: www.uniceub.br
Cagaita
Nome científico: Eugenia dysenterica
Família botânica: Myrtaceae
Cagaita
Os frutos da cagaita contêm polpa carnosa e suculenta, sendo bastante consumidos tanto ao natural como na forma de doces, geleias, sorvetes e sucos.
Quando consumidas ao natural, estando fermentadas ao sol pleno, as frutas funcionam como laxante.
Daí o nome cagaita.
A árvore é medicinal, melífera, ornamental e madeireira.
A cagaita é bastante apreciada por animais e também pelo homem.
É uma fruta de sabor agradavelmente ácido e refrescante devido a seu teor de aproximadamente 90% de suco.
É ótima fonte de vitaminas B2 e C.
A composição química e valor energético de 100g de polpa da fruta correspondem a 5,04g de glicídios, 0,50g de proteínas, 421mcg de vitamina B2, 72mcg de vitamina C e 0,37mcg de Niacina.
Fonte: www.sabordocerrado.com.br
Cagaita
Cagaita – Eugenia dysenterica DC.
A cagaita ou Cagaiteira é um belo espécime pertencente à família Myrtaceae, encontrada nos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Bahia, Mato Grosso do Sul e São Paulo, nos Cerrados e Cerradões de altitude.
Cagaita
Possui uma altura de 4 a 8m de altitude dotada de copa densa e alongada. O tronco é tortuoso e cilíndrico, de 25 a 35cm de diâmetro, de casca suberosa (grossa) e muito sulcada nos sentidos vertical e horizontal. Suas folhas são aromáticas, de pecíolos curtos, com coloração mais clara na superfície superior, glabra (ausência de pêlos) e com textura coriácea (semelhante ao couro).
Cagaita – Eugenia dysenterica DC.
As flores são solitárias ou organizadas em arranjos de três. São sempre axilares (encontradas nas regiões terminais dos galhos) e apresentando perfume. Por essa razão, é bastante visitada por abelhas.
O fruto é uma baga (semente separada do mesocarpo do fruto), globosa, grande, glabra, de poupa carnosa e suculenta. É bastante apreciado por animais e também pelo homem. Nos frutos geralmente encontramos de 1 a 3 sementes.
Sua madeira é pesada (0.82 g/cm3) , dura e moderadamente durável. É empregada em fazendas na construção civil, para moveis rústicos, estacas, para lenha e carvão.
Os frutos são empregados na medicina popular como laxantes. A casca outrora foi largamente utilizada na industria de curtumes. Por ser muito bonita quando na época de floração (agosto a setembro), a cagaita é utilizada para arborização paisagística
Fonte: www.4elementos.bio.br
Cagaita
A Cagaiteira é uma espécie típica do bioma cerrado. Em nossa região as flores aparecem nos meses de agosto e setembro, e no final desse período são vistos muitos frutos nas árvores.
Estamos no final de setembro já temos frutos caídos no chão. Assim podemos afirmar que em nossas condições, a cagaita floresce de agosto a setembro e os frutos já podem ser colhidos de setembro a outubro. Em Formiga, Arcos, Pains, Córrego Fundo e praticamente todo o centro-oeste poucos sãos os que aproveitam os frutos.
Cagaiteira
Até o gado bovino daqui são seletivos e só comem os melhores frutos que caem ao chão. As formigas sempre são vistas debaixo dessas árvores nessa época.
A cagaita é da mesma família da jabuticaba, araçás, goiada, eucalipto e jambo. O fruto é suculento e gostoso.
A planta é hermafrodita( possui os dois sexos na mesma planta). Em nossa região a altura pode chegar até 15 metros, apresentando uma copa variando de menos a mais compacta e avermelhada quando com predominância de folhas jovens e totalmente verde quando as folhas ficam mais velhas. Essa fase de folhas avermelhadas é rápida e é mais comum no período de aparecimento das flores.
AS FOLHAS
As folhas são simples e opostas, s em pêlos (glabras) com margem lisa. As folhas verdes são vistas já com os frutos em ponto de vês com a cor verde claro quando há preferência de serem comidos por pessoas que não gostam do teor de tanino presente no fruto maduro. O tronco apresenta casca de cor castanho acinzentada apresentando fissuras longitudinais e cristas sinuosas e descontínuas, veios castanhos. A expessura da casca e a constituição ajudam a proteger a árvore dos incêndios tão comuns em nossa região.
AS FLORES
As flores podem ser isoladas ou, a mais comum em nossa região, reunidas em fascículos, partindo nas axilas foliares.
O FRUTO
Fruto é uma baga de 2-3 cm de diâmetro, amarelo quando maduro, com 1-4 sementes, normalmente com remanescente do cálice floral seco. Apesar de termos notícias de serem bastante consumidos, tanto ao natural como na forma de doces, geléias, sorvetes e sucos, em nossa região o consumo é muito baixo chegando a perder mais de 95% da produção natural.
CUIDADOS
Ingerir os frutos de preferência com a temperatura natural (evitar aqueles muito quentes pelo calor do sol) Grandes quantidades e quentes podem ter efeito laxante, o que justifica o nome popular (cagaita) como pelo científico -(dysenterica).
CURIOSIDADE
Em nossa região o nome do fruto é CAGAITEIRA e que também é utilizado para designar a planta.
Portanto uma pessoa que comeu o fruto vai dizer para a outra Ontem, lá na roça, eu comi cagaiteira madurinha. O pé de cagaiteira estava carregadinho.
Curioso, mas respeitando o regionalismo perguntei a uma senhora de idade o por que de chamarem o fruto que tem o nome cagaita de cagaiteira ao que ela respondeu: é que cagaita lembra aquela situação de evacuar. A gente falando cagaiteira já disfarça. Lembra leiteira, porteira, figueira, e outras eiras.
Portanto aqui quando alguém disser que comeu cagaiteira fiquem tranquilos que não estão comendo a planta mas, o fruto.
Mais uma da riqueza do bioma cerrado.
Zenaido Lima da Fonseca
Fonte: www.griootzen.com
Cagaita
A cagaita é uma fruta nativa brasileira, presente em todo o bioma Cerrado, na região centro-oeste do Brasil.
Sua árvore é de porte médio, de três a quatro metros de altura, com ramos tortuosos, tem tronco enrugado e folhas que lembram as da goiabeira.
A árvore floresce de agosto a setembro e frutifica de setembro a outubro.
Cagaita
A fruta é globosa e achatada, de dois a três centímetros de diâmetro, de coloração amarelo-pálida, com uma a três sementes brancas envoltas em polpa de coloração creme, de sabor acidulado.
Os frutos são bastante consumidos, tanto ao natural como na forma de doces, geléias, sorvetes e sucos, podendo ter sua polpa congelada por até um ano.
O fruto é bastante perecível quando maduro, devendo ser comido ou processado logo após colhido, para que não ocorra oxidação do mesmo.
Especial atenção é dada quanto à quantidade de frutos ingeridos, principalmente quando quentes ao sol, grande quantidade gera efeito laxante, responsável tanto pelo nome popular como pelo científico.
A árvore é também medicinal, melífera, ornamental e madeireira.
A casca serve para curtumes, sendo uma das corticeiras do Cerrado, com até mais de 2 cm de espessura. Além de efeito laxante dos frutos, seu uso medicinal está associado à ação anti-diarréica de suas folhas.
Área tradicional de produção, detalhes sobre a origem do produto e ligação com grupos locais
Como árvore nativa do cerrado a cagaita faz parte da vida de muitas comunidades.
Com o avanço da pecuária e da agricultura intensiva em grande parte da região centro-oeste por onde se extende o bioma, as cagaiteiras começaram a ser derrubadas o que começou a preocupar os produtores.
O beneficiamento dos frutos do cerrado, sua comercialização e replantio tem sido estratégias usadas por estes grupos para tentar preservar suas riquezas naturais e culturais, já que o hábito de catar e comer frutos do cerrado faz parte da história de convivência das comunidades com seu habitat.
O produto é tradicional da área de produção?
O fruto faz parte dos hábitos alimentares da região do Caxambu, sendo lembrado pelos mais velhos que já costumavam comê-lo.
Atualmente o trabalho de beneficiamento do fruto é desenvolvido por um grupo de 8 mulheres, que coletam as frutas e fazem o seu beneficiamento na pequena agroindustria que possuem.
A tarefa de coleta da fruta é realizada não somente em suas propriedades, mas também nas imediações e até mesmo no povoado. Desta tarefa muitas vezes participam também outros membros da família, principalmente os filhos.
Fonte: www.slowfoodbrasil.com
Cagaita
Frutas e flores: Cagaita: fruta exótica do cerrado
Cagaita
A cagaita, ou cagaitera, como é popularmente chamada, é uma fruta nativa brasileira, originária do Cerrado. Sua árvore é de porte médio, de três a quatro metros de altura, com ramos tortuosos, tem tronco enrugado e folhas que lembram as da goiabeira.
A fruta é globosa e achatado, de dois a três centímetros de diâmetro, de coloração amarelo-pálida, com uma a três sementes brancas envoltas em polpa de coloração creme, de sabor acidulado.
A cagaita serve para fazer geléia, suco e sorvete.
Tanto o nome popular como o científico são bem sugestivos: Eugenia Dysenterica ou, simplesmente, cagaita.
É que dependendo da quantidade e da situação, a fruta causa diarréia, pois acelera o funcionamento do intestino e, geralmente, se consumida em excesso gera sensação de embriaguez.
Apesar dos poucos estudos sobre ela, há uma certeza: a mesma árvore que pode causar dor de barriga traz a solução para o problema em forma de chá.
A medicina popular utiliza tanto a casca da árvore quanto a folha pra curar a diarréia.
A cagaiteira é parente da goiaba, e se se espremer uma folha dela, ela solta um perfume característico do eucalipto. Ela também é da família da pitanga, do araçá e da uvaia.
Fonte: www.folhadaregiao.com.br
Cagaita
Eugenia dysenterica / cagaita
Origem: Àreas de Cerrado nos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, São Paulo e Tocantins.
Família: Myrtaceae
Frutos globosos de 3-4 cm, de casca amarelo-alaranjada finíssima.
Polpa espessa e suculenta, muito aromática. A árvore tem uma altura mediana (4-8 m), e perde as folhas durante o inverno (caducifólia), ocasião em que recobre-se completamente de perfumadíssimas flores alvas.
Cagaita
Usos
O fruto é muito saboroso ao natural, desde que se tome o cuidado de nunca consumi-lo fermentado (após a queda), quando se torna laxativo (daí os nomes popular e científico).
A polpa é usada com ótima aceitação para o preparo de doces, geléias, sorvetes, sucos e licores, podendo ser mantida congelada por até 12 meses sem perda de sabor.
A árvore é melífera, e de excepcional aplicação paisagística em climas semi-secos.
Cultivo
Climas tropicais e subtropicais, em solos muitíssimo bem drenados.
Não tolera a combinação de baixas temperaturas com solos úmidos, o que propicia o rápido surgimento de fungos nas raízes, facilmente dectável pelo aparecimento de manchas escuras nas folhas.
Em regiões de inverno úmido deve ser cultivada em vasos grandes (50 litros ou mais), e protegidos da chuva nesta época.
Fonte: www.e-jardim.com
Cagaita
A Cagaita (Eugenia Dysenterica) é uma fruta muito gostosa, chegando a ser doce quando verde e azeda quando madura.
A Cagaita é da família das Myrtaceae (a mesma família da jabuticaba).
As Cagaiteiras são árvores de médio a grande porte, chegando a atingir 9 a 10 metros de altura.
Partes Usadas
Folhas e frutos
Família
Mirtaceae
Características
Árvore do cerrado que chega a até dez metros de altura.
Tem tronco enrugado, galhos tortos e uma folha que lembra a da goiabeira. Seu fruto é uma baga de 2-3 cm de diâmetro, amarelo quando maduro, com 1-4 sementes, normalmente com remanescente do cálice floral seco.
Cagaita
Cagaita
Dicas de Cultivo:
A floração acontece entre julho e setembro, dependendo da região.
Reproduz-se por sementes, sendo pouco exigentes quanto a água, solo e cuidados gerais.
A cagaita é usada na produção de geléias, sucos e sorvetes.
Outros Nomes: Cagaiteira.
Propriedades: Depurativa , adstringente, antidisentérica, diurética.
Indicações: Usam-se os frutos ao natural para combater as diarréias e disenterias.
Toxicologia: Os frutos comidos em excesso provocam diarréia.
Curiosidade: Enquanto a fruta possui efeito laxantivo, as folhas dessa planta possui ação anti-diarréica.
Fonte: www.cantoverde.org
Eu plantei algumas mudas aqui as margens do Lago de São Simão go. Gosto muito dessas frutinhas