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Origem
A origem do sorvete causa polêmica, mas ele é unanimidade na hora em que a temperatura sobe,a primavera está apenas no começo e os termômetros já dizem que é tempo de vestir o menor número de roupas possível e de se refrescar quantas vezes por dia você puder.
E é quando a temperatura beira absurdos 40 graus que um dos melhores companheiros da caminhada é o sorvete. De massa, no palito ou daqueles feitos em casa, é difícil achar alguém que não aprecie esta delícia.
História
Muita gente desconhece a origem do sorvete. Existem várias teorias sobre o surgimento desta iguaria.
O sorvete teve origem no Oriente
As mais interessantes são:
O primeiro relato sobre o sorvete data de mais de 3 mil anos atrás, e tem sua origem no Oriente. Os chineses costumavam preparar uma pasta de leite de arroz misturado à neve, algo parecido com a atual raspadinha.
O Imperador Nero, há cerca de mil e novecentos anos atrás, mandava seus escravos às montanhas buscarem neve, que era utilizada para o congelamento do mel, polpa de frutas ou sucos.
No século 14, o veneziano Marco Polo voltou de sua famosa viagem ao Oriente. Além de introduzir o macarrão na Europa, Polo trouxe uma receita para fazer sorvetes de água, muito parecidos com os atuais.
No século 17, quando o monarca Francisco I esteve em campanha na Itália, decidiu levar para seu filho, o Duque de Orleans, uma noiva, Catarina de Médicis. A ela atribui-se a introdução do sorvete na França. Neste mesmo país, em 1660, Procopio Coltelli inaugurou, em Paris, a primeira sorveteria do mundo.
A neta de Catarina de Médicis casou-se em 1630 com Carlos I da Inglaterra e, segundo a tradição da avó, também introduziu o sorvete entre os ingleses. Os colonizadores britânicos levaram o sorvete para os Estados Unidos.
Em 1851 os Estados Unidos viveram um dos momentos mais importantes da história do sorvete: o leiteiro Jacob Fussel abriu em Baltimore a primeira fábrica de sorvetes, produzindo em grande escala e sendo copiado por outros em Washington, Boston e Nova York.
Em 1879, também nos Estados Unidos, é inventado o “Ice Cream Soda”. O aparecimento da casquinha possui duas versões: uma de que teria surgido em 1896 na Itália, e outra que diz que ela foi inventada em 1904 nos EUA. O picolé apareceu na Itália no início do século 20.
O sorvete no Brasil
A primeira sorveteria brasileira nasceu em 1835, quando um navio americano aportou no Rio de Janeiro com 270 toneladas de gelo. Dois comerciantes compraram o carregamento e passaram a vender sorvetes de frutas. Na época, não havia como conservar o sorvete gelado, por isso ele tinha que ser consumido logo após o preparo. As sorveterias anunciavam a hora certa de tomá-lo.
No Brasil, o sorvete chegou a ser considerado o precursor do movimento de liberação feminina. Para saboreá-lo, a mulher praticou um de seus primeiros atos de rebeldia contra a estrutura social vigente, invadindo bares e confeitarias, lugares ocupados até então quase que exclusivamente pelos homens.
A primeira sorveteria do Brasil nasceu em 1835
Evoluindo a passos curtos, esta guloseima só teve distribuição no país em escala industrial em 1941, quando foi fundada na cidade do Rio de Janeiro a U.S. Harkson do Brasil, nos galpões alugados da falida fábrica de sorvetes Gato Preto.
Seu primeiro lançamento, já com o selo Kibon, foi o Eski-bon. Desde então, a população foi se tornando cada vez mais adepta: dados recentes apontam que o país consome cerca de 200 mil toneladas de sorvete por ano.
Onde apreciar o Sorvete
Quem diria que aquela pasta misturada com frutas e leite se transformaria num dos produtos mais consumidos no mundo todo? A variedade de sabores, cores e formatos é proporcional à reação das pessoas que a comem.
Dos simples picolés às bananas-splits e sundaes, passando pelos fritos (os tempurás de sorvete, envolvidos por uma casquinha crocante, frito em óleo muito quente por poucos segundos e servido em restaurantes japoneses), o sorvete é sucesso em qualquer estação. Veja no final da matéria algumas dicas de sorveterias onde o pecado é não sair com algumas graminhas a mais.
Mas se a preguiça falar mais alto e a vontade for é ficar o dia inteiro jogado no sofá, você ainda pode tomar sorvete em casa. Calma! Não é preciso ser nenhuma autoridade em culinária. A receita é muito fácil de se fazer.
Curiosidades sobre o Sorvete
A taça de sorvete “sundae” surgiu no início do século 20, nos Estados Unidos, e era servida aos domingos (“Sunday”, em inglês, significa domingo). O invento recebeu uma grafia diferente porque este era considerado um dia sagrado.
Em 1846, a norte-americana Nancy Johnson inventou um congelador que funcionava com uma manivela que, quando girada manualmente, agitava uma mistura de vários ingredientes. Na parte de baixo, havia uma camada de sal e gelo, que a congelava. Era a precursora das primeiras máquinas industriais de sorvete.
No início, no Rio de Janeiro, o gelo era envolto em serragem e enterrado em grandes covas para que não derretesse. Ele chegava a durar cinco meses, tempo suficiente para que os sorveteiros mantivessem na população carioca o gosto pelo sorvete.
Nos EUA, maior consumidor de sorvete no mundo, foi instituído o Dia Nacional do Sorvete. É o dia 14 de julho, mês que também é considerado o Mês Nacional do Sorvete.
O “Sundae” surgiu no início do século 20 nos Estados Unidos
Podemos dizer que um sorvete está ligado a uma lei física que diz:
Quanto mais rápido for o batimento e maior for a cadeia de frio; menor serão os seus cristais.
Para se obter um produto de boa qualidade, costuma-se dizer que é mais importante a quantidade utilizada do que propriamente a qualidade da matéria prima (não que isso seja desnecessário) claro que se obtiver-mos qualidade e quantidade sempre corretas teremos um excelente produto final.
O importante é que você tenha um bom balanceamento de suas misturas, para que se tenha sempre um padrão constante em seu sorvete.
O correto de se balancear uma mistura é fazer o que chamamos engenharia reversa ou seja, partimos dos produtos agregado para se obter a base:
Ex: Quando fabricamos uma calda base e com ela iremos produzir sorvetes de creme, morango e chocolate, então teremos:
Calda base + baunilha = Teores da calda base apenas.
Calda base + morango = Teores da calda base + fruta morango com 85% de água que a mesma possue teremos um teor de gordura menor que o sorvete de creme.
Calda base + chocolate em pó e Cacau = Teores da calda base + os agregados e teremos um teor de gordura maior que o sorvete de creme.
CONCLUSÃO
Teremos 3 tipos de sorvete com teores diferentes, não se obtendo portanto o Padrão ao qual tanto queremos, ou seja nunca poderemos ser padrão, e não é difícil de se conseguir, haja vista que o Mc Donald´s consegue ter padrão ao redor do mundo, ou seja em mais de 97 países.
Os americanos são os mairoes consumidores de sorvete no mundo
Processo de fabricação de sorvetes
1-Mistura
2-Pasteurização
3-Homogeneização
4-Resfriamento
5-Maturação
6-Batimiento e Congelamento
7-Alimentador Automático
8-Acondicionamento
9-Congelamento Final
10-Estocagem
11-Distribuição
Mistura
O início do preparo da calda consiste em um processo de mistura em tanques providos de agitadores cuja velocidade varia de acordo com o equipamento. Alguns têm agitadores que são chamados de emulsores, deixando-se claro porém que uma emulsão verdadeira só se obtém com o uso de homogeneizadores.
O equipamento utilizado para preparar a mistura deve ser de aço inox de boa qualidade, se possível no mínimo 3 16L, possuir duplo sistema de agitação e ainda estar provido de camisa de água quente para permitir aquecimento.
Antes de iniciar
Pesar ou medir o volume dos ingredientes a serem utilizados na formulação. No caso de se utilizar medidas volumétricas, cuidado com a conversão de peso para volume e com a temperatura! (levar em conta a densidade do produto e lembrar que esta varia com a temperatura)
Inspecionar todo sistema para verificar se as condições higiênicas e sanitárias são aceitáveis, caso contrário deve-se primeiramente realizar rigorosa limpeza e desinfecção dos equipamentos
Observar que a ordem de adição deve ser sistematizada, já que os ingredientes utilizados têm características diferentes em estado físico, tamanho de partículas e grau de solubilidade (abaixo é dada uma ordem de adição que costuma dar bons resultados)
Fazer uma pré-mistura dos estabilizantes e emulsificantes sólidos com açúcar para facilidade de dissolução
Como fazer a mistura
Com o sistema de aquecimento desligado, ligar a agitação lenta e iniciar a adição de ingredientes líquidos como água, leite, creme de leite, leite de coco ou outros
Iniciar o aquecimento da mistura
Adicionar os ingredientes lácteos em pó como o leite desnatado ou integral em pó. Estas adições, bem como gema de ovo e cacau em pó devem ser feitas antes que a temperatura atinja 50°C
Adicionar o açúcar
Adicionar outros ingredientes sólidos como gordura vegetal hidrogenada, manteiga, licor de cacau. O blocos devem ser reduzidos a pedaços pequenos antes da adição no tanque de mistura
Adicionar ingredientes líquidos viscosos como xarope de glicose ou extrato de malte, e emulsificantes viscosos como a lecitina
A seguir ligar a agitação rápida. Aglomerados ou pelotas de material que não se dissolveu totalmente na agitação lenta vai acabar se dissolvendo agora
Adicionar aos poucos e lentamente a pré mistura de estabilizantes, espessantes e açúcar. Esta adição deve ser feita diretamente no vórtice formado pela hélice do agitador de alta rotação.
Após a adição dos ingredientes:
14 de julho é o Dia Nacional do sorvete nos EUA
No caso de se utilizar sistema de pasteurização por placas, deve-se aumentar a temperatura da calda gradualmente até 68 a 70°C, bombeando-se a calda para o homogeneizador assim que for atingida esta temperatura.
No caso de sistema de pasteurização por batelada (ou batch), feita no próprio tanque da calda, deve-se manter a temperatura por no mínimo 70°C por 30 minutos.
OBS.: no caso de pasteurização contínua tipo HTST – (High Temperature X Short Time), a homogeneização da calda deve ser anterior à pasteurização.
Cuidados com o sorvete
1. Manter o sorvete à uma temperatura para estocagem inferior a – 25C na câmara fria.
2. Todo (sorvete) em freezer para venda ao consumidor deverá manter uma temperatura entre 12 e 14C.
3. Manter o sorvete afastado de peixes, carnes, frutas e enlatados, pois o mesmo funciona como a um ímã, no que se refere ao odor.
4. Nunca colocar em freezer, garrafas de bebidas ou outro produto qualquer, à temperatura ambiente, pois esse produto irá roubar de imediato o FRIO do sorvete, não deixando que a máquina (freezer) trabalhe tempo suficiente para gelar o produto e contribuindo assim para o derretimento do mesmo. Lembre-se que as garrafas trazem em sua parte externa focos de poeira, môfo e sujidades imperceptíveis aos olhos, mas que acarretam sérios riscos de contaminação para o produto, pois as mesmas passam de mãos em mãos antes de chegar a você.
5. Retirar rapidamente os baldes fora do freezer, para fazer manutenção e limpeza.
6. Não apertar com a espátula o sorvete, pois irá prejudicá-lo na textura. (Cremosidade).
7. Não servir o sorvete fazendo buracos para retirar o produto. O correto é raspá-lo de maneira uniforme, assim sendo a parte superior do sorvete sempre terá uma aparência impecável e correta.
8. Quando existir o famoso buraco nos baldes, você poderá observar que no fundo do balde irá existir um melaço; decorrente da decantação dos açucares, e nas paredes da parte superior do sorvete o mesmo irá ficar seco e quebradiço, decorrente da falta de umidade. (Melaço)
9. Sorvetes como crocante, ameixa ou seja aqueles que apresentam ser mais moles que os outros, mantê-los na posição de contato com os 2 ângulos laterais no freezer, pois são nessas 4 extremidades em que o freezer produz mais frio.
10. Manter os freezers raspados (sem o gêlo nas laterais), pois como se sabe o frio do equipamento chega através de gás emanado pelas placas ou serpentinas, e o gêlo se constitue em bloqueio para o mesmo.
101 sabores de sorvete
1-ABACATE
2-ABACAXI
3-ACEROLA
4-AFRICANO
5-ALPINO
6-AMBROSIA
7-AMEIXA
8-AMORA
9-ARROZ DOCE
10-AVELÃ
11-BANANA CARAMELIZADA
12-BANANA PASSA
13-BEIJINHO
14-BOMBOM
15-BRIGADEIRO
16-CAFÉ
17-CAJÚ
18-CANELA
19-CAPUCCINO
20-CAQUI
21-CARAMBOLA
22-CARIOCA(tipo)
23-CASTANHA
24-CEREJA
25-CHOCOLATE
26-CHOCOLATE C/ AMÊNDOA
27-CHOCOLATE C/ LARANJA
28-CHOCOLATE C/ CAFÉ
29-CHOCOLATE C/ CANELA
30-CHOCOLATE C/ CASTANHA
31-CHOCOLATE C/ CEREJA
32-CHOCOLATE C/ CROCANTE
33-CHOCOLATE C/ DOCE DE LEITE
34-CHOCOLATE C/ MACADÂMIA
35-CHOCOLATE C/ NOZES
36-CHOCOLATE C/ PED. AVELÃ
37-CHOCOLATE CRISPIS
38-CHOCOMENTA
39-COCO
40-COCO QUEIMADO
41-CREME
42-CREME PORTUGUÊS
43-CREME RUSSO
44-CROCANTE
45-CUPUAÇU
46-DAMASCO
47-DIAMANTE NEGRO
48-DOCE DE LEITE
49-ERVA DOCE
50-FIGO
51-FLOCOS 52-FLORESTA NEGRA
53-FRAMBOESA
54-FRUSTAS VERMELHAS
55-GIANDUIA
56-GOIABA
57-GRAVIOLA
58-HORTELÃ
59-JABUTICABA
60-JACA
61-KIWI
62-LAKA
63-LEITE CONDENSADO
64-LIMÃO
65-MANGA
66-MANJAR BRANCO
67-MARACUJÁ
68-MARROM GLACÊ
69-MEL
70-MELÃO
71-MENTA
72-MILHO VERDE
73-MORANGO
74-NAPOLITANO
75-NATA
76-NATA C/ BANANA
77-NATA C/ GOIABADA
78-NESCAU
79-NOUGAT
80-NOZES
81-OURO BRANCO
82-PASSAS AO RUM
83-PAVÊ
84-PERA
85-PÊSSEGO
86-PINÃ COLADA
87-PISTACHE
88-PITANGA
89-PRALINÉE
90-PRESTÍGIO (tipo)
91-PUDIM DE LEITE
92-QUIMDIM
93-SENSAÇÃO (tipo)
94-SONHO DE VALSA (tipo)
95-TÂMARA
96-TANGERINA
97-TOBLERONE (tipo)
98-TRUFA
99-TUTTI-FRUTTI
100-UVA
101-ZABAGLIONE
Sorvete: Uma tentação que alimenta
Longe de ser só uma goloseima que refresca, o sorvete, além de agradar tanto crianças como adultos, é um alimento com alto valor nutritivo.
No Brasil, durante os meses de outubro a fevereiro são consumidos cerca de 70% de toda a produção anual de sorvetes. A crença, entre nós, é de que os gelados provocam resfriados, dores de garganta, gripes e outros distúrbios do gênero. Mas para o otorrinolaringologista Antônio Celso Nunes Nassif Filho, chefe do Departamento de Otorrinolaringologia da PUC-PR, o sorvete só faz mal para crianças cronicamente afetadas por algum tipo de obstrução.
Sorvete: Complemento Alimentar
Nos hospitais, o sorvete, vem sendo utilizado, especialmente por crianças submetidas à quimioterapia para combater o câncer, que tem dificuldade de se alimentar. Além do valor nutritivo, por ser gelado, o sorvete é um ótimo analgésico e ajuda a evitar as náuseas causadas pelo tratamento nas crianças, explica a oncologista Flora Watanave, chefe do setor de Hematologia do hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba-PR.
Fonte: www.emporiovillaborghese.com.br
História do Sorvete
A trajetória
Entre fatos e lendas, alguns historiadores acreditam que possa ter sido Alexandre o Grande (356-323 a.C.), rei da Macedônia, o introdutor do sorvete na Europa. Outra corrente de pesquisadores atribui o feito aos árabes, que teriam aperfeiçoado a receita chinesa, ensinando aos europeus como ligar a neve aos demais ingredientes.
Também há relatos de que Nero, o temido imperador de Roma (54-68 d.C.), era um grande apreciador do sorvete. Dizem que ele enviava escravos corredores até as montanhas em busca de gelo para seus aperitivos de frutas e mel e quem não conseguisse fazer o percurso sem que a neve derretesse era executado! Mas as receitas do imperador nunca foram encontradas. Se a história é verdadeira? Vai saber…
No século XI, os árabes já haviam dedicado uma seção inteira ao sorvete em um de seus fabulosos livros de culinária, escrito por Wusla Hila al Habib. A palavra sorvete também é de origem árabe, vem de xarab, que depois os turcos mudaram para xorbet.
Folclore
Fazendo uma rápida busca na Internet ou mesmo em livros, você encontra várias histórias fascinantes sobre a trajetória do sorvete ao longo do tempo. A maioria, no entanto, não passa de folclore.
De acordo com contos populares, o explorador Marco Pólo (1254-1324) teria conhecido o sorvete em sua viagem à China e o levado para a Itália. Tempos depois, cozinheiros italianos de Catarina de Médici teriam levado o maravilhoso prato para a França, quando, em 1533, ela se casou com Duque de Orléans, que mais tarde se tornaria o rei Henrique II. A neta de Catarina de Médici teria levado a receita para a Inglaterra ao se casar com o rei Carlos I, que pagava uma pensão vitalícia ao seu cozinheiro, para que este não divulgasse a tal receita secreta.
Mas, segundo o livro Ices: The Definitive Guide (Sorvetes: o Guia Definitivo), de Caroline Liddell e Robin Weir, o mais provável é que essas histórias tenham sido inventadas por mentes criativas (e põe criatividade nisso!) de produtores e vendedores de sorvete do século XIX. A desconfiança ocorre, porque elas não são mencionadas em nenhum documento anterior a essa data.
Da Europa aos Estados Unidos
Por muito tempo, a produção de sorvete foi um luxo reservado a poucas pessoas, porque dependia do gelo formado na natureza e de trabalhosos métodos para coletá-lo e armazená-lo. Durante todo o século XVII, as receitas foram cuidadosamente guardadas, e saborear essa guloseima gelada ainda era privilégio dos que frequentavam os palácios reais.
A partir do século XVIII, no entanto, o consumo de sorvete começou a se espalhar pela Europa. Em 1768 foi publicado, na França, o primeiro livro do Ocidente a revelar receitas de sorvete, A Arte de Fazer Sobremesas Geladas, que também continha explicações teológicas e filosóficas para o congelamento da água.
Em 1770, o sorvete cruzou o Atlântico até os Estados Unidos, levado pelo italiano Giovanni Bosio. No início do século XIX, Filadélfia passou a ser conhecida como a capital do sorvete do país, devido à grande quantidade produzida e às famosas casas públicas de sorvete da cidade. Atualmente, os Estados Unidos são o maior produtor e consumidor de sorvete do mundo!
Em 1843, a norte-americana Nancy Johnson inventou uma máquina de fazer sorvete que simplificava bastante o processo de produção, permitindo que qualquer pessoa fizesse sorvete de qualidade em sua própria casa. A máquina funcionava com uma manivela, girada manualmente para a mistura dos ingredientes, que ficavam em uma espécie de balde, com uma mistura de gelo e sal no fundo (não se esqueça que o congelador ainda não tinha sido inventado).
A partir de 1850, o sorvete começou a se popularizar e passou a ser vendido a pessoas comuns. Em 1851, o leiteiro Jacob Fussell, procurando aproveitar o excedente da sua produção de leite, abriu em Baltimore, nos Estados Unidos, a primeira fábrica de sorvetes do mundo, vendendo em grande escala e a menos da metade do preço cobrado por outros vendedores!
Em 1865, depois da Guerra Civil nos Estados Unidos, um grande número de vendedores de sorvete de rua, chamados Homens Hokey-Pokey surgiu nas grandes cidades. Ninguém sabe ao certo o que quer dizer Hokey Pokey, mas supõe-se que a expressão seja derivada de algum jargão usado por vendedores de sorvete italianos. Que coisa, não?
Em 1899, o francês August Gaulin inventou um homogeneizador que quebrava os glóbulos de gordura e dava uma textura muito mais suave ao sorvete. Foi durante o século XIX, também, que desenvolveram-se técnicas que abriram caminho para a criação do primeiro aparelho de refrigeração mecânica. Com o surgimento de geladeiras e congeladores no início do século XX, aumentou a produção e o consumo de sorvete, levando ao aparecimento de novas indústrias.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1941-1945), o sorvete já era tão popular, que fazia parte da lista de itens essenciais para manter o ânimo das tropas americanas, como cigarros, refrigerantes e chicletes. A fabricação de sorvete para civis tinha sido reduzida, com o intuito de economizar leite e açúcar.
O sorvete chega ao Brasil
No Brasil, os cariocas foram os primeiros a experimentar a delícia gelada que vinha ganhando o mundo. Em 1834, o navio americano Madagascar, vindo de Boston, aportou na cidade do Rio de Janeiro com cerca de 200 toneladas de gelo em blocos. O objetivo: fazer sorvete, claro! Os blocos de gelo foram armazenados com serragem em depósitos subterrâneos e conservados por aproximadamente cinco meses.
Como naquela época não havia como conservar o sorvete depois de pronto, as sorveterias anunciavam a hora certa de tomá-lo, causando alvoroço na cidade. Até as mulheres, que então eram proibidas de entrar em bares, cafés e confeitarias, resolveram quebrar o protocolo e fizeram fila para experimentar a novidade.
O sorvete começou a ser distribuído em escala industrial no país em 1941, quando nos galpões alugadas da falida fábrica de sorvetes Gato Preto, no Rio de Janeiro, instalou-se a U.S. Harkson do Brasil, a primeira indústria brasileira de sorvete. Seu primeiro lançamento em 1942 foi o Eski-bon, seguido pelo Chicabon. Dezoito anos depois, a Harkson mudou o seu nome para Kibon.
Os anos se passaram e o sorvete caiu mesmo no gosto do brasileiro. Segundo a Associação Brasileira de Indústrias de Sorvete (ABIS), em 2006 tivemos um consumo de 507 milhões de litros. Mas, apesar do aumento do consumo, a taxa em torno de 2,7 litros por pessoa ao ano ainda é baixa, se comparada com outros países de clima frio ou com a Nova Zelândia, campeã da lista. Por lá a média ultrapassa 26 litros por habitante!
Para incentivar o consumo de sorvete o ano todo e não apenas no verão, a ABIS instituiu o dia 23 de setembro como o Dia Nacional de Sorvete. Se você é fã da guloseima, delicie-se, mas com moderação. Afinal, a maioria dos sorvetes contém alto índice de gordura saturada e hidrogenada. Dê preferência aos picolés de fruta ou a outros sorvetes sem gordura, que são muito mais saudáveis
Quem veio primeiro: o sorvete ou a geladeira?
Você sabia que o sorvete foi inventado muito antes da geladeira e do freezer? Isso mesmo! Embora a origem dessa delícia refrescante tenha se perdido no tempo, é provável que o sorvete tenha surgido na China há cerca de 3.000 anos. No início, ele era mais parecido com a atual raspadinha, não levava leite e geralmente era feito com neve, suco de frutas e mel.
Apesar de estar cercada de lendas e muitas controvérsias, sabe-se que a história do sorvete tem uma forte ligação com a evolução das técnicas de refrigeração. Em 1100 a.C., os chineses já sabiam como conservar o gelo formado naturalmente no inverno para usá-lo durante o verão. Afinal, ninguém ia querer ficar tomando sorvete num frio de lascar, não é mesmo?
Até a criação do refrigerador mecânico, no final do século XIX, um cozinheiro, para servir sorvetes ou outras sobremesas e bebidas geladinhas em dias de calor, dependia de suprimentos naturais de gelo, retirados de lagos e rios durante o inverno ou do alto das montanhas.
Para que fosse conservado, esse gelo era armazenado em depósitos subterrâneos revestidos com materiais isolantes, como madeira, e coberto com serragem. Desde que houvesse um sistema adequado para o escoamento da água, o gelo podia ser guardado dessa forma por meses ou até anos!
Por volta do século XIII, uma outra descoberta importante sobre a refrigeração permitiu o aperfeiçoamento da produção de sorvete: a de que adição de sal ao gelo provocava uma reação química que baixava a temperatura da mistura para menos de 0ºC. A partir de então, era só pôr os ingredientes já batidos num recipiente de metal e colocá-lo dentro de um outro recipiente maior, de madeira, com a mistura de sal e gelo, que o sorvete congelava bem mais rápido!
Nessa época, no entanto, ele ainda estava longe de ter aquela textura suave que conhecemos hoje e também não levava leite nem ovos. Só em meados do século XVII, provavelmente na Itália, os novos ingredientes foram incorporados à receita. Ôpa, mas espere aí. Estamos indo rápido demais.
Fonte: www.invivo.fiocruz.br
História do Sorvete
Que delícia! É tempo de sorvete!
Verão é tempo de muitas coisas boas, como férias, viagens, brincadeiras e, claro, sorvete! Ele alimenta, refresca e é uma delícia! Mas você já pensou de onde vem o sorvete? Como ele foi inventado? E principalmente: como se faz um sorvete?
História do Sorvete
A história do sorvete é cheia de curiosidades. Pesquisas mostram que ele foi inventado há cerca de 3 mil anos pelos chineses! No início, o “sorvete” era feito com neve, suco de fruta e mel.
Outras pesquisas apontam o líder Alexandre, o Grande como o introdutor do sorvete na Europa e a sua “receitinha” era um pouco diferente da usada pelos chineses: uma mistura de salada de frutas embebida em mel e resfriada em potes de barro guardados na neve.
Mas foi em 1292 que o sorvete começou a tomar a forma daquele que conhecemos hoje, quando o famoso viajante italiano Marcopolo voltou ao seu País de uma viagem à China cheio de “novidades”: o arroz, o macarrão e o sorvete feito com leite!
A partir daí, o sorvete começou a ser muito consumido em toda a Itália e até hoje o sorvete italiano é reconhecido como um dos melhores do mundo. Por lá, em qualquer lugar pode-se encontrar uma gelateria, ou seja, uma sorveteria. Em italiano, sorvete se fala gelato.
Sa Itália, o consumo do sorvete espalhou-se por toda a Europa, até que os ingleses o levaram para os Estados Unidos. Lá, a história dos sorvetes ganhou importantes capítulos…
Nos EUA, país que mais faz e mais consome sorvetes no mundo, dois fatos importantes ocorreram para tornar este alimento ainda mais popular: em 1851, Jacob Fussel abre a primeira fábrica de sorvetes do mundo! Pela primeira vez, os ice creams são produzidos em muita quantidade.
O segundo fato que mudou a história do sorvete foi a invenção da refrigeração mecânica, ou seja, das geladeira. Ainda bem, porque se não fosse essa grande invenção, pessoas que moram em lugares quentes, como os brasileiros, teriam que viajar para longe se quisessem apreciar um sorvetinho!
História do sorvete no Brasil
Vem do Rio de Janeiro a notícia do primeiro sorvete vendido no Brasil. Um navio americano chamado Madagascar aportou na cidade em agosto de 1834 com 217 toneladas de gelo.
Dois comerciantes cariocas compraram a carga e em 23 de agosto começaram a vender sorvetes de frutas aos cariocas. Naquela época, os sorvetes ainda eram chamados de “gelados” no Brasil.
Para que o gela não derretesse, ele era envolvido em serragem e enterrado em grandes covas. Assim, ele podia ser mantido por 4 a 5 meses!
Antes do sorvete, as mulheres eram proibidas de entrarem em bares, cafés, docerias, confeitarias… Mas quando o sorvete chegou ao nosso País, as mulheres não se conformaram mais com essa convenção e passaram a invadir estes lugares para saborearem os gelados.
Em São Pàulo, a primeira notícia de sorvete que se tem registro é de um anúncio no jornal A Província de São Paulo de 04 de janeiro de 1978, que dizia: “Sorvetes – todos os dias às 15 horas, na Rua direita nº 14.”
A primeira fábrica de sorvetes do Brasil foi a U.S. Markson do Brasil, fundada emm 1941 no Rio de Janeiro.
Confira as curiosidades divertidas sobre o sorvete
No interior do Brasil, durante muito tempo, o sorvete foi ignorado. O sertanejo se recusava a tomá-lo por ser frio demais, suspeitando que desequilibrava o calor interno.
O imperador do Brasil D. Pedro II era louco por sorvete de pitanga.
Não demorou muito para os sorvetes brasileiros ganharem um toque tropical, misturados a carambola, pitanga, jabuticaba, manga, caju e coco.
Até o século XIX, o sorvete era considerado alimento de gente rica. As damas da nobreza chegavam a brigar entre si (puxar o cabelo e sair na unha), porque uma roubava da outra o mestre sorveteiro.
O inventor da máquina de sorvetes foi o florentino Procópio Coltelli, que abriu em 1660 a primeira sorveteria de Paris (o Café Procope), ainda hoje o estabelecimento mais antigo da cidade.
Diz a lenda que Carlos I, da Inglaterra (marido da neta de Catarina), pagava uma pensão vitalícia a seu sorveteiro exclusivo, com a condição de que ele não revelasse a receita para ninguém. Seus sorvetes, em forma de ovo, tinham a casca de baunilha e a gema de framboesa.
Outra lenda famosa é a do imperador Nero de Roma, que, de tão louco pela iguaria, mandava um exército de escravos escalar até o alto das montanhas para colher neve e depois misturá-la com mel e frutas.
Aprenda a falar “sorvete” em outras línguas
Português: sorvete
Inglês: ice cream
Espanhol: helado
Francês: crême glacée
Italiano: gelato
Alemão: eiscreme
As maiores invenções com sorvete!
Picolé
Foi inventado em 1905 por um menino de 11 anos chamado Frank Epperson, que esqueceu no quintal um copo de refresco com uma colher dentro durante uma noite de inverno. De manhã, ele notou que a bebida e a colher haviam congelado juntas…
Casquinha de Sorvete
A casquinha foi inventada por um vendedor de waffles de origem Síria, E. A. Hamwi, que, em 1904, teve a idéia de enrolar waffles em forma de cone. Mas por quê? Simples: o vendedor de sorvetes que dividia o carrinho com Hamwi cansou-se de ver seus copos e pratinhos sendo roubados pelos clientes.
Sabores tropicais
Os brasileiros criaram sorvetes de sabores tropicais como carambola, pitanga, jabuticaba, manga, caju e coco.
Sundae e Banana Split
Inventados nos Estados Unidos, em 1890.
Ice Cream Soda
Inventado em 1879, nos Estados Unidos, por Fred Sanders.
Aprenda a fazer sorvetes!
Veja abaixo receitas para adultos fazerem e você ajudar e ir aprendendo!
Sopa Doce com Sorvete de Maracujá
Em uma panela, junte 2 xícaras (chá) de leite, 1 colher (sopa) de maisena, 2 colheres (sopa) de açúcar e 1 gema. Misture bem e leve ao fogo brando, mexendo sempre até começar a encorpar.
Retire do fogo, junte meia colher (chá) de essência de baunilha e espere esfriar.
Num prato fundo sirva 2 conchas pequenas da sopa e 1 bola de sorvete de Maracujá.
Sorvete Galak com Kiwi
Ingredientes
1 kiwi pequeno descascado e picado (60g)
1 bola de Sorvete Galak Nestlé (60g)
fatias de kiwi para decorar (15g)
Modo de Preparo
Em um recipiente amasse o kiwi, com auxílio de um garfo, até formar um purê. Reserve. Coloque o Sorvete em uma taça e por cima distribua o purê reservado. Decore com as fatias de kiwi e sirva a seguir.
Rendimento
1 porção
Tartelletes de Marzipã Recheadas de Sorvete de Morango regadas com Calda de Chocolate
Marzipã:
Triture 2 xícaras (chá) de amêndoas cruas sem pele (300g) até obter uma farofa fina. Numa tigela, junte a farofa de amêndoas, ¾ xícara (chá) de açúcar de confeiteiro (110g), 1 clara ligeiramente batida e cerca de 1 colher (chá) de essência de amêndoas. Amasse bem até obter uma massa homogênea. Deixe a massa descansar por 30 minutos.
Com o auxílio de um rolo, abra a massa bem fina e forre o fundo e as laterais de forminhas de fundo removível (com cerca de 10cm de diâmetro por 3 cm de altura cada).
Leve ao forno médio (180ºC), preaquecido por cerca de 25 minutos ou até a massa ficar dourada. Retire do forno e deixe esfriar.
Calda
Numa panela, misture 6 colheres (sopa) de água e meia xícara (chá) de creme de leite fresco. Junte 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal (40g), meia xícara (chá) de açúcar e 3 colheres (sopa) de chocolate em pó. Misture bem.
Leve ao fogo brando e cozinhe até obter uma calda homogênea.
Recheio
Recheie cada tartellete com 1 bola de Sorvete de Morango da Kibon. Regue com a calda quente e sirva em seguida.
Rendimento: 8 porções
Sorvete Prestígio com Abacaxi
Ingredientes
1 fatia de abacaxi (130 g)
1 bola de Sorvete Prestígio Nestlé (60 g)
folhinha de hortelã para decorar
Modo de Preparo
Coloque a rodela de abacaxi em um prato de sobremesa e sobre ela o Sorvete. Decore com a hortelã e sirva a seguir
Sorvete Negresco com Iogurte e Suco de Uva
Ingredientes
2 colheres (sopa) de Iogurte Natural Light Molico (30g)
2 colheres (sopa) de suco de uva concentrado (30g)
meia colher (sopa) de adoçante granular
1 bola de Sorvete Negresco (60g)
Modo de Preparo
Em um recipiente misture o Iogurte, o suco e o adoçante até que esteja homogêneo. Coloque o Sorvete em uma taça e por cima distribua a mistura de Iogurte. Sirva a seguir.
Rendimento
1 porção
Sorvete Carioca ao Creme Andaluz
Em uma panela, junte 1 e meia xícara (chá) de leite, 4 cravos da Índia e 1 pau de canela. Cozinhe até ferver.
Retire do fogo, acrescente 1 colher (café) de essência de baunilha, coe e deixe esfriar.
Bata na batedeira 4 gemas e meia xícara (chá) de açúcar até obter um creme claro e fofo. Junte o leite frio e 1 embalagem de creme de leite (375g).
Distribua o creme em tigelas refratárias, rasas, redondas com cerca de 10 cm de diâmetro.
Coloque as tigelinhas numa assadeira em banho-maria e leve para assar em forno médio (180°C) por cerca de 1 hora ou até a superfície do creme ficar firme.
Sirva 1 bola de sorvete sobre cada tigelinha de creme morno ou frio.
Rendimento
6 a 8 unidades
Fonte: www.terra.com.br
História do Sorvete
Um dos alimentos mais consumidos no planeta, o sorvete, por incrível que pareça, surgiu muito antes da primeira geladeira. Sua origem é cheia de controvérsias e lendas, mas a versão mais aceita atribui sua autoria aos chineses, por volta de 1000 a.C, quando, talvez, algum cozinheiro criativo experimentou usar flocos de neve para produzir uma iguaria diferente. Animados com o resultado, ao longo dos séculos, foram experimentando… Um outro resolveu colocar uma pasta de leite de arroz e especiarias na neve para que solidificasse, e por aí foi.
Alguns pesquisadores afirmam que foi Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), rei da Macedônia, o introdutor do sorvete na Europa, trazendo do Oriente uma mistura de salada de frutas embebida em mel que era guardada em potes de barro enterrados no chão e mantidos frios com a neve do inverno. Outra corrente de pesquisadores atribui esse feito aos árabes, que teriam aperfeiçoado a receita chinesa com o desenvolvimento da técnica de incorporar a neve ao suco de frutas e ao mel. Até então, a receita primitiva apenas acrescentava os ingredientes à neve, produzindo algo muito semelhante às atuais “raspadinhas”. Turcos e árabes garantem que “sorvete” é uma palavra de origem árabe, procedente de sharbat, que significa “bebida fresca”.
Alexandre
O fato é que diversos registros comprovam o consumo do sorvete na Antiguidade. Babilônios, egípcios, gregos e romanos deliciaram-se com esta guloseima fria cuja preparação, entretanto, era muito complicada e cara, o que fazia do sorvete um prazer para poucos, só desfrutado por reis e pessoas privilegiadas da época. Exigia que se trouxesse neve do alto das montanhas, que ela fosse armazenada em buracos na terra revestidos de madeira onde o gelo era comprimido e coberto com palha para que se conservasse.
Marco Pólo também trouxe sorvete da China
Marco Polo
Com a decadência da cultura antiga, entretanto, o consumo do sorvete se perdeu no tempo, até o final da Idade Média, época em que volta à cena por obra, dizem alguns historiadores, do mercador veneziano Marco Pólo que, em 1295, teria trazido da China, junto com o macarrão e o arroz, algumas receitas de sorvete a base de água, muito parecido com os atuais.
Outros autores acreditam que o sorvete tenha chegado à Itália pela Sicília, ao sul, trazida pelos árabes que dominaram a ilha no século IX. Provavelmente, tenha acontecido das duas formas.
O que conta mesmo é que o sucesso foi total. Difundiu-se por toda a Itália, entre a realeza e a aristocracia italianas que logo adotaram os gelados de fruta como um prato de luxo, cujo preparo era considerado uma sofisticada arte. Através dos mestres sorveteiros italianos, que guardavam com extraordinário cuidado suas receitas, o conhecimento dos gelados difundiu-se lentamente pelas cortes européias, mantendo-se um privilégio exclusivo dos poderosos.
Chegou à França em 1533, com Catarina de Médici que, ao se casar com o rei francês Henrique II, levou em sua bagagem receitas e chefes de cozinha que lhe serviam, diariamente, sorvetes dos mais diversos sabores de frutas. A neta de Catarina de Médicis casou-se em 1630 com Carlos I da Inglaterra e, segundo a tradição da avó, também introduziu o sorvete entre os ingleses. Em Portugal, o sorvete chegou durante o período de dominação espanhola (1580-1640) e faziam sucesso as bebidas nevadas, embora fosse difícil e caro trazer neve da Serra da Estrela para a corte em Lisboa. Por volta de 1715, no reinado de D. João V, havia inúmeros fabricantes de sorvete na capital portuguesa.
Sorveteira do século 18, que seguiu o mesmo
princípio dos equipamentos do século 16.
Em 1550, Blasius Villafranca, físico espanhol radicado na Itália descobriu ser mais fácil congelar a mistura de suco de frutas e especiarias juntando azotato de potássio (salitre) à neve (técnica já conhecida dos chineses desde o século 12). Essa descoberta deu origem ao que poderia ser chamada de primeira sorveteira da História: dois recipientes de madeira e estanho – um maior, dentro do qual se colocava a mistura de neve, sal e salitre, e outro menor, que recebia os ingredientes que, depois de batidos, virariam sorvete. Com este rudimentar equipamento e utilizando um método difícil, os florentinos começaram a produzir os primeiros sorvetes completamente solidificados da História e, ampliaram a produção, democratizando um pouco o consumo do produto.
O leite entra na receita
Carlos II
Segundo a Grande Enciclopedia Illustrata della Gastronomia (Selezione dal Reader’s Digest, Milão, 2000), até meados do século 16, o sorvete continuava a ser preparado com água, ou seja, sem leite ou ovos. Só um século mais tarde, em 1671, na Inglaterra, o leite ou seu creme, ovos e aromatizantes foram incorporados ao sorvete pelo francês DeMirco, pâtissier do rei Carlos II que, diante de uma novidade tão espetacular, tornou ilegal o consumo da iguaria fora da corte real e, dizem, para se garantir, até morrer, em 1685, pagou royalties ao chef pela criação, para que esta fosse exclusividade da sua mesa.
Não se sabe ao certo se o chef DeMirco cumpriu sua palavra, mas, morto o rei, o segredo não durou muito. Um ano depois, 1686, o siciliano Francesco Procópio dei Coltelli inaugurava, em Paris, o Café Le Procope, a primeira cafeteria e sorveteria da cidade (que funciona até hoje), tornando o sorvete uma delícia acessível a todos que quisessem e pudessem pagar por ela. A casa oferecia 80 variedades, produzidas com uma máquina inventada por Procópio, que homogeneizava os ingredientes gerando um sorvete muito similar ao que conhecemos hoje.
A primeira sorveteria da Inglaterra foi aberta em 1757, na Berkeley Square, Londres, pelo chef-pâtissier italiano Domenico Negri, com o nome de Pot & Pine Apple.
Em 1768, é publicada na França “A Arte de se Fazer Sobremesas Geladas”, (L´art de bien faire les glaces d´office) . Primeira publicação no Ocidente que revelava receitas e explicações teológicas e filosóficas para o fenômeno do congelamento da água e fabricação de sorvetes. Os árabes num de seus tratados antológicos de cozinha, escrito no século XI, por Wusla Hila al Habib, já dedicava uma seção inteira ao sorvete.
A delícia gelada cruza o Atlântico
O sorvete chegou aos Estados Unidos em 1770, levado pelo italiano Giovanni Bosio, e conquistou o paladar dos norte-americanos rapidamente. Lá, a história dos sorvetes ganhou importantes capítulos e o país se transformou no principal produtor e maior consumidor desta iguaria no mundo.
Em1846, a norte-americana Nancy Johnson inventou um congelador que funcionava com uma manivela que, quando girada manualmente, agitava uma mistura de vários ingredientes. Na parte de baixo, havia uma camada de sal e gelo, que a congelava. Era a precursora das primeiras máquinas industriais de sorvete.
Dois momentos marcaram o desenvolvimento do sorvete nos Estados Unidos e, consequentemente, no mundo: o primeiro em 1851, quando o leiteiro chamado Jacob Fussel, para aproveitar o excedente de sua produção de leite, abre em Baltimore a primeira fábrica de sorvetes, produzindo em maior escala e sendo também seguido pôr outros em Washington, Boston e New York; e o segundo com a invenção, entre 1870 e 1900, da refrigeração mecânica, permitindo a produção de gelo independente do processo natural. É nesse momento que o sorvete ganha mais espaço na sociedade, passando de um alimento proibido a uma sobremesa comum, presente em nosso cotidiano.
Foram sorveteiros norte-americanos que, no fim do século 19, criaram três receitas, o sundae, a banana split e o ice cream soda, que fazem sucesso até hoje e são ícones da cultura do país. Em 1904, durante a Feira Mundial de St. Louis, outro acontecimento inusitado resultou na invenção da casquinha. Um sorveteiro, vendo esgotar-se o estoque de pratos, resolveu servir seu produto nos waffles do estande vizinho.
Já o picolé foi inventado em 1905, na Itália, por um menino de 11 anos chamado Frank Epperson, que esqueceu no quintal um copo de refresco com uma colher dentro durante uma noite de inverno. De manhã, ele notou que a bebida e a colher haviam congelado juntas. Em 1920, um fabricante de Ohio, Harry Burt, pôs a venda o primeiro picolé dos Estados Unidos. No mesmo ano, Christian Kent Nelson lança o Eskimo Pie, o primeiro picolé recoberto de chocolate norte-americano.
Em1938, J. F. McCullough e seu filho Alex McCullough inventaram um tipo de sorvete mais leve. Eles descobriram que misturando os ingredientes antes do congelamento, o sorvete ficaria muito mais leve e saboroso.
História do Sorvete no Brasil
Foram os cariocas os primeiros brasileiros a experimentar a delícia gelada que já fazia sucesso em boa parte do mundo. No dia 23 de agosto de 1834, Lourenço Fallas inaugurava na Corte dois estabelecimentos – um no Largo do Paço e outro na Rua do Ouvidor – especialmente destinados à venda de gelados e sorvetes. Para isso, importou de Boston (EUA), pelo navio americano Madagascar, 217 toneladas de gelo, que aqui foi conservado envolto em serragem e enterrado em grandes covas, mantendo-se por 4 a 5 meses. Não demorou muito para os sorvetes brasileiros ganharem um toque tropical, misturados a carambola, pitanga, jabuticaba, manga, caju e coco.
Na época, não havia como conservar o sorvete gelado, por isso ele tinha que ser consumido logo após o preparo. Por isso, as sorveterias anunciavam a hora certa de tomá-lo.
Em São Paulo, a primeira notícia de sorvete que se tem registro é de um anúncio no jornal A Província de São Paulo, de 4 de janeiro de 1878, que dizia: “Sorvetes – todos os dias às 15 horas, na Rua direita nº 14”.
No Brasil, antes do sorvete, as mulheres eram proibidas de entrar em bares, cafés, docerias, confeitarias… Para saboreá-lo, entretanto, a mulher praticou um de seus primeiros atos de rebeldia contra a estrutura social vigente, invadindo bares e confeitarias, lugares ocupados até então quase que exclusivamente pelos homens. Por isso, entre nós, o sorvete chegou a ser considerado o precursor do movimento de liberação feminina.
A evolução do sorvete no país deu-se a passos curtos, de forma artesanal e com uma produção em pequena escala e em poucos locais. A distribuição em escala industrial no país só aconteceu a partir de julho de 1941 quando, nos galpões alugados da falida fábrica de sorvetes Gato Preto, na cidade do Rio de Janeiro, foi fundada a U.S. Harkson do Brasil, a primeira indústria brasileira de sorvete. Contava com com 50 carrinhos, quatro conservadoras e sete funcionários. Seu primeiro lançamento, em 1942, foi o Eski-bon, seguido pelo Chicabon. Seus formatos e embalagens são revolucionários para a época. Dezoito anos mais tarde, a Harkson mudou seu nome para Kibon.
Desde então, a população foi se tornando cada vez mais adepta: dados da Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (ABIS) apontam que cerca de 470 milhões de litros de sorvete foram sido produzidos no Brasil até o final de 2005. Mesmo assim, apesar do clima tropical tão propício ao consumo do sorvete, a taxa nacional per capita é de 3,5 litros/ano, baixo se comparado aos países nórdicos, de clima frio, onde se chupa sorvete o ano inteiro e o consumo gira em torno de 20 litros por pessoa.Para incentivar o consumo do sorvete no Brasil durante todo o ano, e não só no verão como é hábito no país, a ABIS instituiu, desde 2003, o dia 23 de setembro como o Dia nacional do Sorvete.
Quem não gosta de sorvete? Acho que ninguém. Com suas inúmeras opções de sabores, texturas e formas de ser consumido, o sorvete é, praticamente, uma deliciosa e refrescante unanimidade, ainda mais nos dias de calor.
Ele fica mais gostoso ainda quando lembramos que, do ponto de vista nutricional, o sorvete é um alimento completo, pois contém proteínas, açúcares, gordura vegetal e/ou animal, vitaminas A, B1, B2, B6, C, D, K, cálcio, fósforo e outros minerais essenciais numa nutrição balanceada.
É um complemento alimentar de alto valor nutritivo, sem ser excessivamente calórico. Para se ter uma idéia, 100g de sorvete de creme têm 208 calorias, enquanto a mesma quantidade de pão francês tem 269 e de ovo frito, 216. Mas é bom não abusar. Estes dados podem variar, dependendo dos ingredientes usados na elaboração de cada sorvete.
Se produzido com ovos ou leite fornecerá uma maior quantidade de proteína e gordura que os a base de água. Por isso, quem vive de olho na balança e não quiser apelar para alguma opção diet ou light (já existem algumas no mercado) deve optar por um picolé de fruta, no lugar de um de sorvete de massa. O recomendável, portanto, é observar as calorias indicadas na embalagem e consumir moderadamente.
Conheça algumas receitas de sorvete ou a base dele ou, ainda, para servir acompanhada de sorvete. São todas simples e fáceis de você fazer em casa.
Confira e delicie-se com essa iguaria gourmand tão especial:
OMELETTE NORVEGIENE
BAKED ALASKA
(Bolo de sorvete flambado)
Categoria: Sobremesa
Tipo de Cozinha: Francesa
Rendimento: 4 porções
Tempo de Preparo: 24 horas
Grau de Dificuldade: Fácil
Ingredientes
8 biscoitos champagne.
250g de sorvete de chocolate (ou outro)
250g de sorvete de creme
1 dose de licor Curaçau (triple séc) ou Cointreau
4 claras de ovo
1/2 xícara de açúcar
1 pitada de sal
Modo de Fazer
Embebedar os biscoitos em metade do licor curaçau com um pouco de água (dos dois lados)
Colocar 4 biscoitos no prato de inox, o sorvete de creme e o de chocolate em cima, por fim coloque o resto dos biscoitos e leve ao freezer por, no mínimo 12 horas (é necessário que fique bem firme).
Um pouco antes de servir, bata as claras em neve com uma pitada de sal. Quando as claras estiverem bem firmes, acrescente o açúcar e misture. Coloque tudo no saco de confeiteiro e cubra o bolo recém tirado do freezer.
Na hora de servir, coloque no forno quente e deixe dourar.
Tire do forno, coloque o restante do licor sobre o bolo e flambe.
Agora é só servir.
* Flambar é regar o alimento com alguma bebida alcoólica e incendiá-lo para que o álcool evapore e fique apenas o aroma da bebida.
Sorvete de Coco Fácil – Picolé
Categoria: Lanche/Sobremesa
Tipo de Cozinha: sem bandeira
Rendimento: 20 porções
Tempo de Preparo: 5 horas (total)
Grau de Dificuldade: Fácil
Ingredientes
1 lata de leite condensado
1 xícara (chá) de achocolatado em pó
1 garrafinha (200ml) de leite de coco
2 medidas (da lata) de leite
50g de coco queimado
Modo de Fazer
Bata o leite condensado, o achocolatado em pó, o leite de coco e o leite no liquidificador.
Distribua em forminhas de picolé ou em copinhos descartáveis e leve ao freezer ou congelador por no mínimo 4 horas.
Coloque o coco queimado em um prato, desenforme os picolés, passe o coco e sirva.
Dica: Se quiser acentuar o gosto do chocolate, substitua o achocolatado por cacau em pó.
Cassata di Ricotta
Pugliese
Na Bell´Italia existem duas tradicionais receitas originais de Cassata, muito parecidas, porém, com algumas diferenças de região: a Pugliese e a Siciliana – as únicas realmente “veras”. No resto na Itália mesmo existem outras versões, como a de Abruzo, por exemplo, também antiga, e inúmeras outras tanto lá quanto em outros países do mundo, mas não são preparadas da maneira original..
Aprendi com as bisnnonnas do século 19 e as nonnas do 20 e, durante alguns Natais da minha vida no Brasil, era “obrigada” a oferecê-la aos glutões natalinos mesmo que não quisesse, tamanho o sucesso. Era feita com uns 3 dias de antecedência, o que é o ideal. Claro que eu a faço de maneira artesanal, assim aprendida. Espero que vocês gostem e tenham um “buon Natale”.
A Puglia é a maior produtora de amêndoas do mundo, por isso seu uso nas receitas puglieses é muito comum.
Categoria: Sobremesa
Tipo de Cozinha: Italiana
Rendimento: 8 porções
Tempo de Preparo: 3 dias
Grau de Dificuldade: Difícil
Ingredientes
400g de ricota
250g de amêndoas peladas
250g de açúcar
100g de frutas cristalizadas de molho em licor ou vinho branco algumas horas, a seguir escorridas e picadas (coloque a maior variedade)
100g de chocolate amargo em barra
Licor de Alchermes – inexistente no Brasil, assim substitua por um bem doce ao seu gosto (Amaretto, Cereja, frutas mas não cítricos ou muito alcoólico)
1 tabuleiro de pão de ló “Pan di Spagna” (use sua receita habitual)
Canela em pó
Pasta de amêndoas (receita ao lado)
1 limão
Modo de Fazer
Bata bem as gemas coadas até ficarem cremosas.
Unte forminhas para empadas.
Leve ao forno na temperatura de 180º por 25 minutos. Desenforme quente e fure com um palito na parte de baixo para absorver melhor a calda.
Enquanto estiver assando, prepare a calda levando ao fogo a água com o açúcar. Deixe a calda em ponto de fio.
Ponha os papos na calda e deixe levantar fervura. Escorra em uma peneira e sirva a gosto.
Triturar as amêndoas peladas num pilão ou mixer.
Fazer um caramelo leve com o açúcar e um pouco de água mineral (2 colheres).
Forrar uma forma redonda (25/30cm) com papel alumínio.
Forrar então, sobre o papel alumínio, com o pão de ló (ir cortando pedaços e forrando as laterais e o fundo).
Encharcar a massa com o licor.
Colocar a ricota fresquíssima num recipiente, acrescentar as amêndoas trituradas, as frutas cristalizadas, o açúcar caramelado, a canela em pó e a casca do limão ralada e o chocolate cortado em pedacinhos.
Misturar levemente de modo que a ricota fique o mais clara possível.
Rechear a forma com essa mistura, cobrir com um filme plástico e colocar na geladeira por no mínimo 12 horas (quanto mais melhor).
Retirar a forma da geladeira e desenformar a cassata no recipiente em que será servida.
Cobrir a cassata com a pasta de amêndoas e decorá-la com frutas cristalizadas ou com alguma outra “imaginação comestível”.
Pasta de Amêndoas
Ingredientes
450g de açúcar
200g de amêndoas peladas
40g de glicoseágua
Modo de Fazer
1 – Triturar as amêndoas num pilão ou mixer transformando-as quase numa farinha.
2 – Peneirar muito bem em peneira fina, os restos triturar novamente e peneirar, e repetir o processo até que tudo passe pela peneira (este é o processo original pois nonna alguma permitia o desperdício).
3 – Levar ao fogo uma panela com o açúcar e um copo de água e deixar formar uma calda de caramelo claro (não é prar caramelizar o açúcar como para um pudim)
4 – Misturar a glicose e a farinha de amêndoas, mexer para unir muitíssimo bem tudo, até conseguir uma pasta seca e consistente.
5 – Colocar a pasta sobre um mármore ou uma mesa, e trabalhá-la igual a uma massa para pastel.
6 – fazer uma bola com a massa e embrulhá-la em um pano (se possível de linho) e deixá-la repousando em lugar fresco (não pode ser na geladeira) por 24 horas.
7 – Na hora de usar, pulverizar o mármore ou a mesa com açúcar refinado e estender a massa com um rolo de acordo com o tamanho necessário e cobrir a cassata.
Sem esta pasta (hoje na Itália se compra pronta) a Cassata Pugliese não é a verdadeira. Essa é uma receita artesanal da pasta, portanto seu resultado é bem rústico, ao contrário do que se costuma ver nas confeitarias, que se valem de processos mais sofisticados para produzi-la.
Deixar na geladeira até a hora de servir
Pequeno Glossário do Sorvete
Sorvete: sobremesa gelada feita a partir do resfriamento de misturas com sabores diversos. O resfriamento é feito em máquinas específicas compostas por tanques frios e pás para que a mistura gele e bata simultaneamente.
Sorbet: tipo de sorvete feito à base de água, mais macio e granuloso que os sorvetes tradicionais, não contém gordura nem gemas.
Semifredo: mousse congelada, tem textura mais leve e menos gordura que os sorvetes, mais instável e leve também. Pode ser feito de diversos sabores, sempre respeitando uma fórmula básica: merengue italiano + creme confeiteiro + creme chantilly + aroma (chocolate derretido, purê de frutas, etc).
Granité: tipo italiano de sorbet, é uma preparação “meio-congelada” com textura muito granular feita com um xarope açucarado aromatizado com café ou algum outro licor.
Petit gâteau
Categoria: Sobremesa/Lanche
Tipo de Cozinha: Francesa
Rendimento: 4 unidades
Tempo de Preparo: 40 minutos (mais pelo menos 120 minutos de geladeira antes de assar)
Grau de Dificuldade: Fácil
Petit gâteau (no plural petits gâteaux) é um pequeno bolo de chocolate com casca crocante e recheio cremoso, que se serve quente, geralmente acompanhado de sorvete de creme. Uma verdadeira tentação irresistível…
Embora tenha ganho o mundo com esse nome, na França, país onde nasceu a receita, não se sabe bem quando ou em que lugar, petit gâteau é todo e qualquer bolo pequeno, qualquer bolinho. Para conseguir comer essa delícia que descrevemos acima, você precisa pedir um “Moelleux au Chocolat”, ou mais familiarmente ainda, um “Mi-cuit” ou “Jusque Cuit”.
Dizem que foi em Nova York, na década de 90, que o “Moelleux” virou “Peti Gâteau”. Dali propagou-se, chegando, também, ao Brasil, onde foi recebido de braços, ou melhor, de bocas abertas e foi conquistando lugar cativo e de destaque no cardápio dos restaurantes de todo o país.
Sobre sua História, pouco se sabe na verdade. Mas, como o chantilly, o peti gâteau, ou o moelleux, como se prefira, leva todo o jeito de ter se originado de um erro. Alguém, provavelmente, tirou os bolinhos do forno antes do tempo e, surpresa magnífica, deu no que deu. Um daqueles raros e abençoados erros que dão certo.
Bem mais simples e mais fácil de ser feito do que se imagina, o petit gâteau tem, entretanto, dois pequenos segredos. O primeiro é bater bem a massa – bem mesmo, quanto mais bater, melhor fica. O segundo segredo é assá-lo em forno bem quente, pelo tempo suficiente para tornar consistente as laterais da massa e deixar o miolo cremoso. Isso gira em torno de 8 a 10 minutos, dependendo do forno e do tamanho da forminha. Até que você se acostume e saiba exatamente de quantos minutos o petit gâteau precisa parar assar no seu forno, fique atento à massa enquanto ela está assando. O ponto ideal é quando as bordas já estão assadas e o miolo ainda não.
Você saberá, pois além da massa estar mais alta nas bordas, haverá uma pequena depressão no meio, de cor mais escura que a das bordas. Se quiser arriscar menos, você pode testar uma forminha antes de assar todas.
O petit gâteau deve ser assado em pequenas formas individuais. O tamanho pode variar de 7 a 9cm de diâmetro, com uma profundidade mínima 5cm. Normalmente, são usadas formas refratárias de vidro, porcelana ou cerâmica. É possível, ainda, assá-lo em formas de metal. Existem, também, formas descartáveis em lojas especializadas.
Estando atento a todos os detalhes, dificilmente o petit gâteau dá errado. Caso aconteça, não desista, pois vale a pena e, mesmo passado do ponto o petit gâteau é uma delícia. Confira a receita abaixo sem receios e deguste com orgulho essa iguaria deliciosa.
Ingredientes
100g de chocolate em barra meio amargo ou amargo picado (de preferência com 70% de cacau, se achar)
100g de manteiga sem sal (+ o suficiente para untar as formas bem untadas)
100g de açúcar refinado
50g de farinha de trigo
1 pitada de sal
2 ovos inteiros
2 gemas
cacau em pó – o suficiente para polvilhar as formas
Modo de Fazer
Unte muito bem, generosamente, as formas com manteiga e polvilhe com cacau em pó.
Numa vasilha, derreta em banho-maria o chocolate junto com a manteiga até obter uma pasta lisa, brilhante e homogênea. Desligue o fogo e reserve mantendo a tigela na água quente. Se, preferir, use o microndas.
Separe as gemas das claras. Numa outra vasilha, coloque as claras e, depois, junte todas as gemas, passando-as por uma peneira para tirar a pele.
Bata os ovos na batedeira até aumentarem de volume e clarearem um pouco.
Acrescente o açúcar e continue batendo até que fique bem incorporado.
Acrescente a farinha de trigo e a pitada de sal e bata, também, até incorporá-la bem.
Pegue a pasta de chocolate e bata, também, com a batedeira por uns dois minutos.
Depois, volte a tigela da massa de ovos para a batedeira e vá acrescentando a ela a pasta de chocolate, sempre batendo. Use a espátula para auxiliar na homogeneização da massa com o chocolate. Bata muito bem a mistura.
Com uma colher, encha as formas com a massa, até pouco mais que a metade, deixando pelo menos um dedo abaixo da borda.
Cubra as formas com filme e coloque na geladeira por duas horas, no mínimo.
Vinte minutos antes assar, acenda o forno na temperatura máxima (lembre-se que um dos segredos do petit gâteau é a temperatura – alta – do forno).
Coloque as formas numa única assadeira para facilitar o manuseio e ponha para assar no forno, sempre na temperatura máxima.
Daí pra frente, olho no relógio e no forno. A menos que seu forno seja profissional ou super potente, seu petit gâteau vai assar entre 8 e 12 minutos. Como saber a hora certa para tirá-lo do forno, já foi explicado acima, é só conferir.
Depois de tirar do forno, aguarde uns 3 minutos para que ele esfrie apenas o suficiente para não explodir o creme na hora de desenformar.
Normalmente, ele sai fácil da forma (as vezes fácil demais até, é preciso atenção para que não escorregue do prato). Mas, caso balançando a forminha você sinta que ele ainda não se desprendeu totalmente, solte-o passando uma faquinha serrilhada em torno da borda interna da forma.
Para desenformar, coloque o prato em que será servido virado de cabeça para baixo sobre a forminha e vire.
Decore com uma folha de hortelã, uma cereja, ou da forma que melhor lhe agradar e siirva com sorvete. O mais comum é servir com sorvete de creme, mas escolha o sabor que mais agradar ao seu paladar. Pistache, por exemplo, harmoniza muito bem.
Dica: A massa pode ser conservada na geladeira por uma semana sem assar ou congelada. Congele a massa crua já enformada e, quando quiser assar, retire do freezer e deixe descongelar por 3 horas na geladeira.
Como se faz o Sorvete
Sorvete é um cristal de gelo, produzido através de uma mistura homogênea composta de água (ou leite), (leite em pó), açúcares, gordura proveniente da manteiga e ou creme de leite e/ou gordura vegetal hidrogenada, aroma ou suco de fruta, emulsificante, estabilizante e “ar”.
O modo de resfriamento da mistura para sorvete é também um aspecto importante para o resultado obtido. O leite contém cerca de 50% de água, a qual constitui verdadeiramente a parte congelada do sorvete. Quando a água se esfria rapidamente, formam-se cristais menores. O congelamento lento produz cristais de gelo maiores. A combinação de mexer rapidamente a mistura do sorvete e o rápido resfriamento é o que reduz o tamanho dos cristais individuais de gelo, até um tamanho que é imperceptível à língua.
Para ilustrar isto, damos um exemplo: Você já deixou alguma vez fora do congelador um pote de sorvete por um bom tempo para depois congelá-lo novamente? Mais tarde, quando quis voltar a degustá-lo provavelmente ele não tinha a mesma consistência. Isto se deve a que os cristais de gelo se derreteram e voltaram a congelar lentamente, o que causou novos cristais de gelo maiores que podem ser detectados pela língua.
Outro ingrediente que contribui significantemente para a textura é a quantidade de gordura, a qual dá ao sorvete sua suavidade e riqueza. O objetivo é conseguir cristais de gelo menores que os glóbulos de gordura, para que a língua só detecte os glóbulos de gordura e não os cristais de gelo.
Os estabilizantes (como a gelatina ou gema de ovo) ajudam a absorver o excesso de água da mistura e ajudam também na prevenção da formação de cristais de gelo grandes.
O açúcar, que se agrega como emulsificante, ajuda a dar corpo ao sorvete. Também diminui o ponto de congelamento, permitindo que parte do líquido se mantenha sem congelar, o que facilita o manejo da massa.
A gema de ovo faz as vezes de emulsificante ao mesclar os elementos de gordura e água. Também ajuda a que o sorvete seja mais cremoso e menos propenso a derreter-se.
Além disso, a textura do sorvete depende da quantidade de ar que se incorpora ao sorvete batido. Se não há muito ar, o sorvete se congelará em bloco, como um cubo de gelo.
Mexer bem ajuda a evitar que isto aconteça e faz com que o sorvete seja mais leve.
Mas afinal, como, sem geladeira nem freezer, se conseguia fabricar o sorvete?
Essa é uma boa pergunta, cuja resposta, não é tão complicada assim. Confira:
A água pura se congela a zero graus centígrados, mas a mistura para sorvetes se congela a temperaturas mais baixas que isso. Como ela se congela então?
Ao se agregar sal ao gelo que está a zero graus centígrados, provoca-se uma baixa da temperatura do gelo. Agregando-se uma quantidade adequada, ele pode chegar a -20 graus centígrados, o suficiente para permitir que a mistura para sorvete se congele rapidamente sem refrigeração artificial.
Os passos básicos para fazer sorvetes são:
1 – aquecer a calda para remover todos os elementos patogênicos;
2 – esfriá-lo rapidamente e bater para areá-lo e reduzir o tamanho dos cristais de gelo;
3 – agregar os ingredientes extras (como frutas, nozes, ou pedaços de chocolate),
4 – e, finalmente, degustá-lo ou congelá-lo.
Existem no mercado muitos utensílios para se fazer sorvete que facilitam a fabricação de suas próprias delícias geladas em casa. Mas, mesmo sem nada além do que você normalmente já possui na cozinha, você pode fazer essas duas receitas caseiras abaixo. Experimente!
Curiosidades sobre o Sorvete
Algumas notas curiosas sobre os sorvetes:
1- Baunilha é o sabor mais popular do sorvete em todo o mundo
2- A cobertura mais apreciada mundialmente é o banho com calda de chocolate
3- O maior sorvete do mundo até hoje foi fabricado em 1985, nos Estados Unidos, em Anahem, Califórnia, Tinha 3,65 metros de altura e utilizou 36. 332 litros de sorvete e 3.200 quilos de cobertura.
4- São necessárias 50 lambidas para se consumir uma casquinha com duas bolas de sorvete.
5- Em todo o mundo, se vendem mais sorvetes aos domingos que em qualquer outro dia da semana.
6- No interior do Brasil, durante muito tempo, o sorvete foi ignorado. O sertanejo se recusava a tomá-lo por ser frio demais, suspeitando que desequilibrasse o calor interno.
7- O imperador do Brasil D. Pedro II era louco por sorvete de pitanga.
Aprenda a falar “sorvete” em outras línguas:
Português: sorvete
Espanhol: helado
Francês: crême glacée
Italiano: gelato/gelati
Inglês: ice cream
Alemão: eiscreme
Sorvetes Artísticos
A tradição de modelar o sorvete em frutas, vegetais e outros alimentos começou no final do século 17 em Nápoles, Itália. Mas foi na Inglaterra vitoriana (1837-1900) que essa arte atingiu seu apogeu.
O ingleses sempre tiveram um apreço especial pelos sorvetes e sobremesas geladas como as bombas (espécie de bolo de sorvete moldado em forma e recheado com creme de gelado), as mousses e os parfaits (cremes gelados em variados sabores), desenvolveram formas de modelar sobremesas a base de sorvete de maneira realmente artística.
Para tanto eram utilizados moldes de metal, em variados formatos. Confira alguns desses moldes e algumas das esculturas que produziam.
Dia do Sorverte
23 DE SETEMBRO, INÍCIO DA PRIMAVERA É O DIA NACIONAL DO SORVETE
Há cinco anos, o dia 23 de setembro não é mais somente o início da primavera: é o Dia Nacional do Sorvete, data instituída pela ABIS – Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes, com o objetivo de estimular o consumo de sorvete, valorizando a composição nutricional do produto e os seus benefícios. Essa celebração marca o início das temperaturas mais quentes do ano no País, época que normalmente é mais acentuado o consumo de sorvetes: entre setembro e março o consumo é 70% dos mais de 500 milhões de litros produzidos pelas empresas nacionais.
Mesmo sendo um país tropical, o Brasil ainda tem números modestos se comparado com outros países, em torno de 3,1 litros por pessoa a cada ano, menos de um quarto do consumo de alguns países nórdicos, por exemplo, de clima frio, que consomem o produto o ano inteiro.
No Brasil, acredita-se que tomar sorvete no inverno faz mal, provocando gripes e resfriados. É, justamente, este conceito que os produtores querem mudar, já que o sorvete é um alimento nutritivo que contém proteínas, vitaminas A, B1, B2, B6, C, D, K, cálcio, fósforo, açúcares, gorduras vegetal e/ou animal, além de outros minerais essenciais a uma nutrição balanceada, podendo e devendo ser consumido o ano todo, pois é um alimento completo.
Hoje, os produtos à base de leite são apontados como ingredientes funcionais, com grandes benefícios à saúde. Os sorvetes podem chegar a atingir 135mg/100g de cálcio, o que os coloca numa posição privilegiada, principalmente para as pessoas que por hábito, gosto ou intolerância à lactose, não ingerem alimentos lácteos na quantidade necessária.
O cálcio é um mineral essencial para a saúde de dentes e ossos e seu consumo, através da dieta e particularmente através do leite e derivados, é importante durante a infância e a adolescência, fases em que ocorrem os maiores ganhos de massa óssea. Nos demais períodos, como a vida adulta e a maturidade, a dieta desempenhará um papel importante que proporciona um balanço adequado do mineral no organismo, consequentemente mantendo a estrutura óssea adquirida nas fases anteriores. Em termos médios, o consumo de 100g de sorvete contribui com cerca de 8 a 16% da dose diária recomendada de cálcio.
O valor calórico dos sorvetes depende da sua composição, ou seja, das matérias-primas utilizadas para sua fabricação. Um sorvete produzido com ovos ou leite fornecerá uma maior quantidade de proteína e gordura comparativamente a um sorvete que utiliza água. A ABIS tem um quadro comparativo dos dados calóricos de alguns produtos: enquanto 100 gramas de sorvete de creme possuem 208 calorias, a mesma medida de pão francês tem 269 calorias; de queijo minas, 336 calorias, e de arroz, 382 calorias.
Além do valor nutricional, os médicos recomendam sorvetes para pacientes em processo de recuperação pós-operatório de cirurgias no nariz (adenóide), garganta (amídalas), cirurgias bucais ou dentárias devido a sua ação anestésica local.
Os sorvetes também possuem outras características benéficas à saúde. Sua maior popularidade está no fato de associar prazer, conveniência, sabor, aspectos nutritivos e benefícios à saúde em uma boa medida. Em termos de conveniência e variedade, tem para todos os gostos e necessidades. A riqueza da sua composição faz do sorvete um alimento diferenciado.
Fonte: correiogourmand.com.br
História do Sorvete
A Química do Sorvete
Bolhas de ar, cristais de gelo e glóbulos de gordura: não há quem não adore! Todos nós somos doidos por sorvetes, uma das mais gostosas invenções da humanidade.
Embora possa ser encontrado em qualquer esquina, o sorvete é um verdadeiro fenômeno químico: diversas fases heterogêneas que, macroscopicamente, formam uma deliciosa massa homogênea e cremosa.
Uma coisa é certa, e todos concordamos: sorvete é gostoso. Mesmo o imperador romano Nero, no século IV antes de Cristo, era um adepto: costumava enviar soldados até as montanhas para conseguir neve – misturando sucos de frutas, neve e mel, Nero tinha um protótipo do que hoje chamamos de sorvetes. Dentre as várias novidades trazidas pelo aventureiro Marco Polo quando foi para a China, estavam várias receitas de sorvetes – e isto foi antes de 1300!
Entretanto, foi somente lá pelo século XVII que o sorvete passou a ser feito sem o auxílio da neve; com a descoberta de que o sal pode abaixar a temperatura de fusão da água o advento da fabricação do sorvete surgiu. Já por volta de 1800, vários restaurantes e cafés da europa, principalmente na França, passaram a oferecer sorvetes no seu menu. E, em 1851, a primeira fábrica de sorvete, em Baltimore, foi fundada. Poucos anos depois, a refrigeração mecânica (os freezers) foram introduzidos, e sorveterias se proliferaram pelo mundo inteiro.
Embora mais coloridos, com formas diversas e bizarras, os ingredientes básicos que estão num sorvete atual continuam muito parecidos com aqueles feitos na antiguidade. Quem já fez sorvete em casa provavelmente usou gemas de ovos, leite, creme de leite e açúcar, assim como frutas ou suco destas para dar o aroma. Nas grandes fábricas, o sorvete é feito com gordura, proteínas, água, leite, açúcar, estabilizantes e emulsificantes. Não há, de fato, grandes diferenças em relação à composição do “home-made” sorvete.
Um alerta: não se deixe enganar pela simplicidade dos ingredientes. A mera existência do sorvete já é uma ameaça aos conceitos fundamentais da química. Num bom sorvete, gotas de gordura, bolhas de ar e cristais de gelo são igualmente dispersos em uma expessa solução de açúcar para formar a matriz semi-sólida, congelada e aerada que conhecemos. O impossível acontece e é maravilhoso.
Fonte: www.qmc.ufsc.br
História do Sorvete
Contar histórias já é prazeroso, imagine então a história do sorvete! Na verdade, existem muitas versões para a história e origem do sorvete. Talvez, todas tenham a sua verdade. Tentaremos contar as versões mais unânimes. Que tal? Vamos entrar nessa gelada?
Descobrimento e primeiros passos
Bem, o primeiro relato vem do Oriente. Conta-se que há mais de 3.000 anos os chineses costumavam preparar uma pasta de leite de arroz misturada à neve das geladas montanhas daquele país. Há quem diga que os próprios chineses já misturavam neve, suco de frutas e mel.
Quanto a misturar neve, suco de frutas e mel, há também quem afirme que o Imperador Nero, há cerca de 1.900 anos atrás ordenava que seus escravos fossem aos picos das montanhas buscarem neve para o congelamento de tal mistura. Algo bem parecido com as famosas raspadinhas aqui no Brasil.
Todavia há relatos de que o introdutor do sorvete na Europa foi Alexandre, o Grande (356-323 A.C.). Tais historiadores atribuem às suas viagens e conquistas no Oriente o encontro com o sorvete. Conta-se que o grande conquistador trouxe daquelas terras uma mistura de salada embebida em mel, armazenada em potes de barro que, pasmem, enterrados no chão coberto pela neve do inverno europeu, se mantinha conservada por longo período.
Das histórias da chegada do sorvete na Europa, a mais conhecida e difundida é a que recorda o grande aventureiro italiano, Marco Polo. Afirma-se que no século XII ou XIV na volta de sua famosa viagem ao Oriente, o veneziano Marco Polo trouxe na bagagem, além do macarrão uma receita para fazer sorvetes de água. Naquela terra o leite é adicionado às receitas e o sorvete passa a ter vários sabores. E não é que os italianos além de aproveitarem bem o macarrão, se tornaram o povo mais famoso na arte de fazer sorvete?
Na França, credita-se a introdução do sorvete por volta do século XVII, quando o monarca Francisco I esteve em viagem pela Itália, resolveu, na volta, presentear seu filho, o Duque de Orleans com uma porção daquela nova delícia. À noiva de seu filho, Catarina de Médicis atribui-se a introdução oficial do sorvete naquele país. Neste país, a primeira sorveteria viria a ser inaugurada em 1660, por Procópio Coltelli. Dizem que a novidade pegou tão forte naquele país que até o famoso Napoleão Bonaparte era um apreciador desta delícia.
Da França para a Inglaterra foi só uma questão de duas gerações. A neta de Catarina Médicis, em 1930, casa-se com Carlos I da Inglaterra, e, seguindo a tradição da avó, difunde o sorvete naquele país. Começa então a se traçar a história do sorvete na terra dos maiores consumidores desta delícia no mundo, os Estados Unidos.
Aos Estados Unidos, seus colonizadores (os ingleses) levaram na bagagem também a nova guloseima. Na terra do tio Sam o sorvete teve um dos seus momentos mais importantes da sua história: Em 1851 nasceu a primeira fábrica de sorvetes, produzido em larga escala, em Baltimore. Seu dono, o leiteiro Jacob Fussel, logo foi copiado em outras regiões do país, como Washington, Nova York e Boston. Em pouco tempo os americanos viriam a se tornar os maiores produtores e consumidores do mundo, marca que guardam até os dias atuais.
O sorvete no Brasil
O sorvete chegou no Brasil através dos americanos. Um navio daquele país aportou no Rio de Janeiro em 1835 com 270 toneladas de gelo. Nasce então a primeira sorveteria brasileira através de dois comerciantes que compraram o tal carregamento de gelo e passaram a vender sorvetes de frutas.
Todavia, apenas em 1941, o sorvete passou a ser produzido em escala industrial no Brasil, quando foi fundada na cidade do Rio de Janeiro a U.S. Harkson do Brasil, nos galpões da falida fábrica Gato Preto. A fábrica, já com o selo Kibon iniciou sua distribuição em 1942 com seus carrinhos espalhando-se pelo Rio, e, logo depois, pelo país inteiro.
Fonte: www.buongelatto.com.br
História do Sorvete
Os indícios mais antigos a respeito de algo parecido com o sorvete encontram-se na antiga civilização chinesa, onde se fazia um doce gelado com neve, suco de fruta e mel. Alexandre, o Grande, é visto para muitos historiadores como o introdutor do sorvete na Europa, mudando um pouco o método de fabricação, ao invés de se utilizar a neve diretamente, uma mistura de salada de frutas embebida em mel era resfriada em potes de barro guardados na neve.
Em 1292, através da viajem do italiano Marcopolo à China, foram trazidos para a Itália, diversas novidades e uma delas era o sorvete feito com leite. Essas iguarias ficaram bastante populares na França por volta de 1500, porém apenas a realeza tinha acesso às novidades, sendo que as receitas se sofisticaram bastante nesse período. No final do século XVIII, os sorvetes cremosos já haviam saído da elite e passaram a fazer parte de todas as camadas sociais, tendo também, alcançado enorme sucesso nos Estados Unidos através dos colonos ingleses.
Mesmo com todo o sucesso do sorvete, sua fabricação ainda era difícil, até que em 1846, a norte-americana Nancy Johnson inventou um congelador que funcionava com uma manivela que, quando girada, agitava uma mistura de muitos ingredientes. Em 1851 o leiteiro Jacob Fussel abriu em Baltimore a primeira fábrica de sorvetes, sendo o primeiro a produzir o produto em larga escala.
Assim, o sorvete ganhava uma popularidade ainda maior e os EUA se consolidava como os maiores produtores de sorvete do mundo, sendo eles que no fim do século 19, criaram as três receitas mais famosas de sorvete: o sundae, a banana split e o ice cream soda, que fazem sucesso até hoje e são símbolos da cultura do país.
Fonte: www.historiadetudo.com
História do Sorvete
Curiosidades sobre o Sorvete
Pesquisas registraram que a história do sorvete remonta a 3.000 anos na china; uma mistura de neve com suco de frutas e mel, semelhante à que conhecemos em nossos dias como raspadinha.
Documentos da época de Confúcio revelam a existência, naquele tempo, de depósitos de neve. Outras informações apontam o grande líder Alexandre, o Grande, (356-323 A/C), como introdutor do sorvete na Europa, trazendo do Oriente, através do império que construiu unindo a Grécia com as culturas orientais, uma mistura de salada de frutas embebida em mel e resfriada em potes de barro guardados no fundo do chão com a neve do inverno.
O gelo também era estocado em profundos poços construídos pelo povo romano, que o utilizava em lojas denominadas Thermophia na antiga Roma, especializadas em vender bebidas geladas no verão e quentes no período de inverno. Atribui-se ao general Quintus Máximus Gurgeo ,o preparo da primeira receita de sorvete.
O Imperador Nero, cerca de 1900 anos atrás, mandava seus escravos às montanhas buscarem neve, que era utilizada para o congelamento do mel, polpa de frutas ou sucos. A partir dessa época não são encontradas novas menções ao sorvete. Mas, em 1292, Marco Polo retornou a Veneza, após suas viagens pela Ásia, trazendo novas e excitantes idéias, dentre elas, o macarrão e uma sobremesa congelada feita à base de leite, provavelmente o precursor do moderno sorvete.
A partir de então, o sorvete se alastrou por todo o norte da Itália, tornando-se seu preparo uma sofisticada arte. Quando o monarca Francisco I esteve em campanha na Itália, decidiu levar para seu filho, o Duque de Orleans, uma noiva, Catarina de Médicis. A ela atribui-se a introdução do sorvete na França.
A neta de Catarina de Médicis casou-se em 1630 com Carlos I da Inglaterra e segundo a tradição da avó, também introduziu o sorvete entre os ingleses.
Os colonizadores ingleses levaram então o sorvete para os Estados Unidos. Os norte-americanos apreciaram muito o novo alimento e, hoje, os Estados Unidos são o principal produtor e maior consumidor de sorvetes no mundo.
Dois momentos marcaram o desenvolvimento do sorvete nos Estados Unidos e, consequentemente, no mundo: o primeiro em 1851, quando o leiteiro chamado Jacob Fussel abre em Baltimore a primeira fábrica de sorvetes, produzindo em maior escala e sendo também seguido pôr outros em Washington, Boston e New York; e o segundo com a invenção, entre 1870 e 1900, da refrigeração mecânica, permitindo a produção de gelo independente do processo natural. É a partir do século XIX, portanto, que temos a terceira e derradeira fase da história do sorvete, com duas características principais: a popularização do consumo na Europa a partir dos cafés e sorveterias e, de fundamental importância industrial apoiada no processo de refrigeração mecânica, iniciada na Segunda metade do século passado nos Estados Unidos, acompanhando o desenvolvimento do capitalismo. É nesse momento que o sorvete ganha mais espaço na sociedade, passando de um alimento proibido, devido a seu preço, a uma sobremesa comum, presente em nosso cotidiano.
No final do século XIX, em 1879 mais precisamente, nos Estados Unidos, é inventado o Ice Cream Soda, pôr Fred Sanders; o Sundae e a famosa Banana Split em 1890. Quanto ao aparecimento da casquinha, há duas versões: uma em 1896 na Itália e outra em 1904 nos Estados Unidos. Pelo que temos notícia, o picolé surgiu na Itália no início do século XX. A década de 20 deu grande impulso ao ice milk, ao sherbet, às barras e outras novidades. Os Estados Unidos, como já dissemos, são os maiores consumidores de sorvetes no mundo. É interessante notar que o sorvete tornou-se a sobremesa norte-americana pôr excelência, tendo inclusive sido implantado naquele país, o Dia Nacional do Sorvete, a 14 de julho, sendo também esse mês, considerado o Mês Nacional do Sorvete.
O Sorvete no Brasil
Como toda mania que se difunde pelo mundo afora, o Brasil não poderia de maneira alguma ficar à parte dessa movimentação internacional em torno da novidade que as bocas européias e americanas saboreavam há tempos.
A primeira notícia de sorvete que passou pelo país foi quando um navio norte-americano vindo de Boston, denominado Madagascar, aportou no Rio de Janeiro em 6 de agosto de 1834, não se sabe se proposital ou acidentalmente, com 217 toneladas de gelo.
Dias depois, os comerciantes Deroche e Lorenzo Fallas compraram a carga do navio e no dia 23 de agosto começaram a vender sorvetes de frutas aos cariocas. Fallas anunciou que “todas as tardes haverá no seu estabelecimento no Largo do Poço, gelados de diferentes qualidades, tanto simples como amanteigados e peças fortes: executará qualquer encomenda que lhe venha a ser feita para banquetes ou chás para fora de casa e terá a toda hora, gelo para vender aos que precisarem comprar pôr libras, tanto no seu estabelecimento como na Confeitaria do Sr. Deroche, na Rua do Ouvidor n.º 175. Principiará a venda dos gelados hoje das 4 horas em diante”.
Nesse dia e hora, nos estabelecimentos de ambos nasceu o sorvete carioca.
Depois deles, o italiano Luigi Bassini iniciou seus negócios com o “gelado” no Café do Círculo do Comércio, anunciando em 30 de dezembro de 1835 no Jornal do Comércio, que “no dia primeiro do ano em diante se achará na sobredita casa, das 10 horas da manhã às 10 horas da noite, tijolos ou matonetti, café gelado, à italiana, etc., iguais em qualidade aos que se acham nas melhores sorveterias de Nápoles”.
O gelo era envolto em serragem e enterrado em grandes covas para que não derretesse, durante cerca de 4 a 5 meses, tempo bastante para que os sorveteiros de então mantivessem na população do Rio, o gosto pelo sorvete. Com isso, foi esquecendo o “aluá”, uma bebida feita de milho muito comum na época e que era usada como refrigerante, tanto nas ruas como em cerimônias palacianas no Império brasileiro.
Aqui no Brasil, o sorvete chegou a ser considerado o precursor do Movimento de Liberação da Mulher, pois, para saboreá-lo, a mulher praticou seu primeiro ato de rebeldia contra a estrutura social vigente, invadindo bares e confeitarias, lugares ocupados até então pelos homens, reafirmando pôr uns tempos, o caráter “transgressor” do alimento. Pecado ou não, a verdade é que dentre os grandes apreciadores de sorvete no Brasil Imperial, nada mais nada menos, que o Imperador D. Pedro II e sua esposa, assíduos frequentadores da sorveteria de Antônio Francione, no Rio de Janeiro, sendo o sorvete de pitanga e preferido do monarca. No baile da Ilha Fiscal, o último do Império, uma iguaria servida como sobremesa foi o sorvete.
Em São Paulo, a primeira notícia do “gelado” que se tem registro está no jornal “A Província de São Paulo”, na edição de 4 de janeiro de 1878, com o anúncio: “Sorvetes todos os dias às 15 horas, na Rua Direita n.º14 “.
A evolução do sorvete no país deu-se de forma artesanal e com uma produção em pequena escala e poucos locais, até meados deste século, quando em 1941, foi fundada na cidade do Rio de Janeiro a U.S.Harkson do Brasil, que se tornou a primeira fábrica a produzir sorvetes em escala industrial.
Fonte: www.spumoni.com.br
História do Sorvete
O hábito de consumir bebidas geladas para se refrescar durante as estações quentes ou de utilizar-se da própria neve para saciar-se e conservar seus alimentos existe, pode-se dizer até que nasceu com o homem.
Entretanto é provado que o hábito de consumir bebidas geladas vem dos egípcios e persas, os quais eram gulosos por sucos de frutas e água açucarada, às vezes aromatizadas e postas para gelar.
Por um desenho antigo encontrado pelos antropólogos, soubemos que os persas tinham o costume de modelar estes em forma de ovo e o nomearam de “Pezzi Duri”. Saboreavam-no como atualmente fazemos, lambendo-os diretamente sem o auxílio da colher.
Segundo consta, os romanos, também, especialmente Júlio César, embora não tenham conhecido o sorvete como os persas e egípcios, tinham por hábito consumir bebidas geladas, geralmente suco de frutas acrescido de gelo.
Outras citações nos revelam, no entanto, que Nero, imperador romano, enviou seus escravos às montanhas geladas a fim de que lhe trouxessem um pouco de neve para esfriar as suas bebidas e frutas.
Antigamente, o sorvete, em razão de sua difícil manipulação, era considerado um privilégio apenas para os ricos e nobres.
Na Itália, há dois mil anos, durante o império romano, a elite tinha o costume de, após saborear seus enormes banquetes, consumir sobremesas geladas para auxiliar a digestão.
Marco Polo, por sua vez, quando em peregrinação pelo mundo, trouxe, entre outras coisas, uma receita da China que ensinava a fazer gelo a partir da água, através de um método muito adiantado para época e muito parecido com os utilizados hoje em dia.
Assim, os registros mais antigos encontrados sobre o sorvete foram os de ter-se originado da China e sido levado pelos árabes para o Ocidente.
Já para os médicos orientais, o sorvete era considerado um alimento perfeito, de elevado teor alimentar, possuidor de um equilíbrio considerado básico para o bem-estar físico. Sendo o gelo um elemento “Yin”, e o ovo, a soja, o leite, o mel e o açúcar, elementos “Yang”, temos, assim, o equilíbrio de “Yin” e “Yang”, tudo em um só alimento.
Andando pelas ruas de Bangkok, na Tailândia, é comum encontrarmos ambulantes em seus carrinhos vendendo a “Grattacheccha”, conhecida por nós brasileiros por “Raspadinha”, feita com gelo raspado.
Na Itália, no entanto, a “Granita” e o “Sorbetto”, versões primitivas do sorvete, foram introduzidos pelos árabes.
Ocorre que, quando os árabes desembarcaram na Sicília, trazendo em suas embarcações café, amêndoas, açúcar de cana, frutas cítricas, portavam também um tipo de sorvete feito com suco de limão ou da infusão do café, o qual foi nomeado pelos italianos de “Granita”.
Da “Granita”, percebeu-se, então, que esta mesma bebida poderia ser preparada também de outras formas, tendo como base as frutas, nascendo, assim, a “Gremolata”.
Tratava-se de um tipo de sorvete amanteigado, muito doce, preparado com muitos ingredientes, sempre tendo como base a fruta e o açúcar, sem o acréscimo de nenhum derivado do leite.
No entanto, o sorvete verdadeiro e próprio, como nós o conhecemos hoje, amanteigado de creme, remonta ao século XVI e teve origem em Florença, talvez por obra de Berardo Buontalenti.
Com o auxílio de algumas substâncias naturais que ajudam a estabilizar a água, surgiu o sorvete que, com melhoramentos, resultou em uma estrutura muito mais fina e cremosa.
Em algumas crônicas da época, encontramos várias sátiras em que se comentavam as muitas brigas e desavenças ocorridas na época por damas que tentavam “roubar” o mestre sorveteiro italiano da outra.
As receitas que os sorveteiros italianos empregavam secretamente foram finalmente, plagiadas por um cozinheiro francês chamado Clement no fim do século XVII, e este, emigrando para os Estados Unidos, abriu uma indústria de sorvetes, com bastante sucesso.
Já temos outras informações divergentes que o sorvete chegou aos Estados Unidos vindo da Inglaterra, nas mãos do comerciante Phillip Lenzi.
Segundo consta, o próprio Lenzi, após se estabelecer, publicou um anúncio em um jornal de Nova York, em 1813, e foi quando a esposa do presidente James Madison, Miss Dolly, ofereceu o sorvete a seu marido durante o Inaugural Bali.
No Brasil, o sorvete teve a sua primeira aparição em 1834, pelo navio americano Madagáscar, no porto do Rio de Janeiro, o qual, além de carregar diversos ingredientes, carregava cerca de 160 toneladas de gelo.
No entanto, em outros registros, encontramos que foram os gaúchos do Rio Grande do Sul os primeiros brasileiros a conhecer o gosto do sorvete, em 1812, quando o governador Dom Diogo de Souza mandava recolher as geadas das frias noites de inverno para oferecer aos seus convidados.
Com o tempo, as receitas foram sofisticando-se e com isso surgiram na França formas especiais para congelar sorvete chamadas “sorbetières”, que eram giradas até o conteúdo congelar.
Em 1846, surge, em Nova Jersey, o primeiro freezer a manivela, inventado por Nancy Johnson. Ao virar a manivela, uma vasilha contendo a massa de sorvete também girava apoiada em montanhas de sal e gelo, formando, assim, a massa cremosa do sorvete. Infelizmente, Nancy não patenteou seu invento e por esse motivo não podemos encontrá-la nos registros.
Foi quando, em 30 de maio de 1848, surgiu um freezer muito semelhante ao original criado por Mr. Young que o nomeou de Congelador de Sorvetes Johnson em homenagem à real inventora. A idéia de colocar o sorvete em casquinhas em formato de cone e os demais sistemas utilizados para saborear o sorvete, como os “Sundays”, “Banana Splits” e “Milk Shakes”, vieram dos listados Unidos; caracterizados por terem um espírito prático, os americanos não somente “democratizaram” o sorvete, como, ao colocá-lo ao alcance de todos, passaram a liderar mundialmente sua fabricação.
Assim, mesmo que o sorvete tenha perdido aquele toque artístico dados pelos sorveteiros italianos, ganhou muito com as novas criações e receitas americanas que o fizeram tornar-se parte viva da alimentação, mas isso não quer dizer que os sorvetes italianos não continuem sendo requisitados, pelo contrário, até os dias atuais são eles os que mais se destacam em termos de sabor e cremosidade.
Em 1850, o sorveteiro veneziano Sartorelli lançou em Londres 900 carrocins ambulantes de sorvetes italianos. Invenção esta que logo foi plagiada por outro italiano, em Nova York.
Depois disso, as vendas aumentaram rapidamente e, com o auxílio de estabilizantes, xaropes de glicose e açúcares originados do milho e outros ingredientes nutritivos, surgiu um sorvete muito agradável que deixou de ser apenas uma bebida para se tornar um alimento muito consumido não somente no verão.
Fonte: www.falecomfleischmann.com.br
História do Sorvete
Um convite para tomar um sorvete é sempre o começo de uma boa história
Que delícia que é quando a temperatura aumenta. Corremos para a praia, vestimos roupas leves, ou simplesmente nos largamos numa mesa ao ar livre, o papo correndo solto… Mas o bom mesmo é aquela vontade que dá de parar na primeira sorveteria e se deliciar com a dúvida nada cruel sobre qual sabor escolher entre os tantos que surgem a cada nova temporada.
Mas nem só de verão vive o sorvete, ao contrário do que muitos podem imaginar. Afinal, se assim fosse, países nórdicos, como a Suécia e a Dinamarca, que estão entre os maiores produtores da iguaria, não teriam a tradição de se esbaldar num alimento tão refrescante.
Nesses lugares, o consumo nacional percapita é de cerca de 20 litros por pessoa/ ano, enquanto no Brasil, pasmem!, ainda consumimos apenas 3,5 litros. Segundo dados da Abis Associação Brasileira da Indústria de Sorvetes, 70% das vendas no país concentra-se entre os meses de setembro e fevereiro.
O grande desafio dos brasileiros é justamente alterar esse perfil de consumo. Em estações mais quentes, sempre aumenta bastante a procura por sorvetes de frutas, feitos à base de água. Já em períodos mais frios, os sabores cremosos, à base de leite, são as vedetes da estação.
E pode tomar sem culpa. O sorvete é uma delícia muito nutritiva, grande fonte de energia. As calorias? Acredite: 100 g de sorvete (186 kcal, com leite) são bem menos calóricas que a mesma quantidade de pão francês (269 kcal) e até mesmo de leite desnatado (351 kcal).
É um alimento quase completo: dependendo de sua composição, ele oferece proteínas, açúcares, carboidratos, gordura (vegetal e/ou animal), vitaminas A, B1, B6, C, D e K, além de cálcio, fósforo e outros minerais essenciais. Para quem se preocupa com o açúcar, não faltam por aí versões dietéticas das mais saborosas.
Então, faça chuva, faça sol, que tal balancear sua dieta nutricional com aquela taça de banana split ou mesmo com um simples picolé?
Sorvete, Tentador e Revolucionário
A origem do sorvete ainda gera algumas discussões. A maioria dos estudos sobre o assunto relata que ele foi inventado na China há mais de 3 mil anos. Era uma pasta de leite de arroz misturado à neve, mais parecendo as nossas raspadinhas. Na Roma antiga, ele já servia ao paladar dos mais abastados. O imperador Nero mandava seus escravos às montanhas em busca de neve. Eles voltavam correndo para dar tempo de usá-la para congelar o mel misturado a polpa de frutas.
Mas o grande boom do sorvete na Europa veio junto com o do macarrão, quando, no século 13, o viajante Marco Polo trouxe diversas novidades do Oriente. Entre elas, uma mistura de água, gelo e frutas, muito parecida com os atuais sorbets. Os sorvetes cremosos, à base de leite e com sabores variados, surgiram por volta do ano 1600.
O rei Carlos I, da Inglaterra, mantinha guardada a sete chaves a receita de seu crème ice (que quer dizer creme de gelo, como o ice cream, em inglês), que o cozinheiro do palácio acabou divulgando somente após a morte do monarca. Estava inaugurada uma nova era do sorvete na Europa, que foi sendo cada vez mais elaborado na França do século 18.
A moda chegou ao outro lado do Atlântico, e dizem que o ex-presidente americano Thomas Jefferson tinha sua própria receita de baunilha até hoje um dos sabores mais populares do mundo. Já George Washington teria pago quase 200 dólares (uma fortuna para a época), por uma receita específica da iguaria gelada.
De qualquer maneira, havia ainda um problema. Sorvete era só para a elite, e tinha que ser feito praticamente na mesma hora do consumo. Em 1875, veio a revolução: o alemão Carl von Linde inventou a geladeira (mais tarde os freezers seriam ainda mais úteis). Antes disso, a única máquina disponível para fabricar sorvetes, criada pela americana Nancy Johnson, era manual mas já havia possibilitado a comercialização do produto graças a uma mistura de sal e gelo. Foi com ela, aliás, que o leiteiro Jacob Fussel, para incrementar as suas vendas, começou a produzir sorvete em grande escala e inaugurou a primeira loja do mundo, em 1851, na cidade de Baltimore.
No Brasil, uns dizem que a Bahia foi o primeiro lugar a conhecer o sorvete, trazido pelos portugueses no final do século 18. Outros consideram que sua chegada foi em 1835, com um grande carregamento de gelo que aportou no Rio de Janeiro vindo dos Estados Unidos. Como ele tinha que ser consumido na hora, as poucas sorveterias existentes no século 19 anunciavam a hora que a próxima leva ia sair. Era um corre-corre. Em grande escala, só começou a surgir em 1941, quando foi fundada a primeira fábrica, a Gato Preto.
O sorvete contribui até mesmo para a mudança do comportamento feminino. De acordo com o escritor Gilberto Freyre, ele foi a desculpa que faltava para a liberação social das mulheres, que passaram a invadir as confeitarias antes frequentadas apenas por homens. Sorvete é puro deleite.
Cristais de gelo com leite ou água
O sorvete é preparado com uma mistura de cristais de gelo com leite ou água (se for um sorbet), além de açúcares, gordura de manteiga ou creme de leite, emulsificante, espessante e ar. O teor de gordura desta calda-base varia de acordo com a mistura feita, que pode ser de baunilha, morango ou chocolate em pó e cacau.
Taça sundaetem
A famosa taça sundaetem esse nome porque, quando inventada, no século 20, nos Estados Unidos, era servida somente aos domingos. A grafia, no entanto, ficou diferente de Sundayporque o domingo era considerado um dia sagrado.
Quem inventou a casquinha?
Os cones crocantes ficaram famosos em 1904, durante uma feira de alimentos na Louisiana. Um imigrante sírio havia levado um pouco de zalabia, uma massa parecida com waffle, e, na falta de pratos de papel para servir seus sorvetes, resolveu colocá-los em cones de massa crocante. Na mesma época, no entanto, mais de 50 vendedores de sorvetes reclamaram a invenção como sua, pelo mesmo motivo. Outros atribuem a inovação a Italo Marciony, um imigrante italiano que cansou de ver seus clientes quebrando os copos de vidro em que servia os produtos.
Receitas com Sorvete
Torta Trufada de Chocalate
Rendimento: 20 porções
Receita: Eduardo Guedes, da sorveteria Stuppendo
Grau de dificuldade: médio
Sugestão de vinho: late harvest chileno
Ingredientes para o pão-de-ló
8 ovos (claras em neve)
2 xícaras (chá) de açúcar
Gotas de essência de baunilha
3 xícaras (chá) de farinha de trigo peneirada
Manteiga para untar
Ingredientes para a Trufa
250 g de chocolate meio amargo
5 colheres (sopa) de creme de leite sem soro
1 colher (café) de canela em pó
2 colheres (sopa) de rum (opcional)
100 g de cacau em pó
Manteiga para untar as mãos
Ingredientes para a Montagem
4 colheres (sopa) de rum
4 colheres (sopa) de água
2 colheres (sopa) de açúcar
2 litros de sorvete de tartufo
Lascas de chocolate para decorar
Modo de Fazer o pão-de-ló
1. Aqueça o forno a 180ºC (médio-alto). Unte com manteiga uma assadeira de fundo removível de 28 cm de diâmetro.
2. Junte às claras em neve as gemas peneiradas, o açúcar e a baunilha. Incorpore a farinha. Asse até dourar e desenforme. O pão-de-ló deve ficar com altura de 1 cm. Se necessário, corte-o no sentido horizontal. Reserve.
Modo de Fazer a Trufa
1. Derreta o chocolate em banho-maria. Apague o fogo e junte o creme de leite, a canela e o rum. Misture até formar uma massa homogênea. Leve ao freezer por 30 minutos.
2. Retire do freezer e faça bolinhas com a mão untada de manteiga.
Passe-as no cacau.
Montagem
Volte o pão-de-ló à forma, umedeça-o com uma mistura do rum com a água e o açúcar. Alterne camadas de trufas e sorvete, finalizando com sorvete. Leve ao freezer. Desenforme e decore com o chocolate. Sirva em seguida.
Experimente mais duas receitas bem fáceis de sorvetes para você fazer em casa
Sorvete Cremoso de Framboesa
225g de framboesas 500ml de creme de leite fresco 100g de açúcar
Em um liquidificador, bater a framboesa com o açúcar.
À parte, bater o creme de leite com um fouet (batedor manual de arame) até obter ponto de chantilly.
Misturar aos poucos a framboesa batida e levar ao congelador por duas horas.
Sorbet de Limão Siciliano
2 folhas de gelatina incolor 50g de açúcar 250ml de água suco de 2 limões sicilianos
Colocar as folhas de gelatina de molho em 200 ml de água fria.
Ferver 50ml de água com o açúcar em fogo baixo (não mexer depois de colocar no fogo), até obter uma calda fina.
Tirar a gelatina da água fria e dissolvê-la na calda quente.
Coar o suco de limão siciliano em uma peneira fina e misturar à calda quando estiver morna.
Levar ao congelador e, antes que esteja totalmente duro, misturar com a ajuda de um fouet (batedor manual de arame).
Repetir esse processo periodicamente mais duas ou três vezes, até ficar na consistência de sorvete.
Fonte: www.dialogoroche.com.br
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