Classe Ophiuroidea

Classe Ophiuroidea está no filo Equinodermos.

Serpente do Mar

Os Ofiúros são equinodermes de membros alongados, finos e de aspecto frágil, que serpenteiam a partir de um disco central circular, pentagonal ou levemente em forma de estrela

Os braços dos ofiúres são muito flexíveis e parecem articulados devido às pequenas placas da superfície. Estes apresentam uma fila de espinhos ao longo de cada bordo. Num grupo os braços são mesmo repetidamente ramificados, formando como que uma massa de membros semelhantes a tentáculos.

Cada braço contém um cretal radial (ou uma das suas ramificações), mas não contém quaisquer órgãos.

Os ofiúros alimentam-se, geralmente, de detritos e de organismos pequenos, no entanto há espécies que foram observadas a caçar peixes e lulas de tamanho considerável. Num desses casos o ofiúro estabelece-se num local, apoiado sobre a ponta dos seus braços, formando uma espécie de “caverna”; à espera da oportunidade para fechar os braços e abraçar peixes que passem no seu interior, julgando tratar-se de um abrigo inofensivo formado por algas.

Foi este tipo de comportamento, bem como o tipo de movimento, muito mais rápido que o dos outros Equinodermes, que fez os investigadores suspeitar que os ofiúros tinham sentidos mais apurados que os de quimiotaxia e percepção vibratória que inicialmente se supunha.

De fato, a equipa liderada por Joanna Aizenberg (Química), Alexei Tkachenko (Físico) e Gordon Hendler (Biólogo), descobriram que os minúsculos cristais de calcite presentes na superfície do corpo do ofiúro Ophiocoma wendtii agem, não só no seu papel mecânico de proteção do corpo do animal, mas também como lentes, focando a luz a uma distância de 5 micrómetros (5/1.000.000 nésimos de um metro) sob a sua superfície.

E precisamente sob a superfície destes estão presentes terminações nervosas que os cientistas julgam captar o sinal luminoso para o transmitir de seguida ao sistema nervoso do animal.

Os relatórios existentes até à data são cuidadosos e não afirmam que este sistema de lentes que cobre o animal é aquilo a que se possa chamar um “olho” ou um sistema visual, mas apontam no sentido de explicar o tipo de vida que estes animais demonstram; este pressuposto sistema visual poderia ser útil na deteção e fuga de predadores, e mesmo na captura de presas ao “sentir” a aproximação de sombras.

Caso a engenharia humana seja capaz de replicar a precisão dos “olhos” deste ofiúro, será possível obter avanços na área da computação óptica e outros campos.

A boca destes animais conduz a um estômago sacular relativamente grande que preenche a maior parte da cavidade corporal.

Não existe intestino nem orifício retal e os detritos sólidos são expelidos através do mesmo orifício que serve de boca. O estômago encontra-se dobrado em dez divisões, entre as quais se encontram dez sacos respiratórios que se abrem por fissuras na superfície oral. As células que revestem interiormente estes sacos são flageladas e criam uma corrente de água que entra e sai de dentro destes. A troca respiratória faz-se principalmente através do fino revestimento desses sacos.

Classe Ophiuroidea – Espécies

Ophis = de pente / Eidos = forma

Os Ophiuroidea ocorrem desde as regiões rasas, até as regiões abissais.

Algumas espécies vivem em regiões estuarinas.

Vivem abrigados em fendas de rochas, ou sob elas, sobre algas, ou no interior de estruturas animais, como esponjas e tubos de poliquetos.

A maioria das espécies, entretanto, é encontrada em areia, lodo e algas, podendo ocorrer, também, em cascalho biodetrítico e corais.

Serpente do Mar

Serpente do Mar

Animais conhecidos como serpentes-do-mar, apresentam o corpo estrelado, mas diferem dos asteróides, por apresentarem o disco central bem diferenciado dos braços.

Estes, em número de 5, são cilíndricos, delgados, simples ou ramificados. Quando vivos, apresentam movimentos serpenteantes, dai o seu nome.

Não possuem pedicelas, e seu sistema digestivo é incompleto, faltando reto e orifício retal.

Os resto de alimentos, depois da absorção e assimilação são eliminados através da própria boca porque o intestino, sempre muito curto e rudimentar, é fechado na extremidade posterior.

São carnívoros, alimentando-se de pequenos animais marinhos como crustáceos, vermes e restos de outros alimentos.

A larva recebe o nome de PLUTEUS.

Classe Ophiuroidea – Animais

Serpente do Mar

Os ofiúros têm um disco pequeno, arredondado, com 5 braços distintos, longos, delgados, articulados e frágeis.

No braço há um ramo do sistema ambulacrário.

Os pés ambulacrários são ventrolaterais, sem ventosas. Eles são sensitivos, auxiliam na respiração e podem levar alimento à boca.

Não há pedicelárias e brânquias dérmicas. Todos os órgãos digestivo e reprodutores estão no disco. A boca fica no centro da superfície oral.

Não ha orifício retal.

Vivem desde água rasa a profunda, algumas vezes, escondendo-se embaixo de pedras ou plantas marinhas ou no lodo e areia, tornando-se ativos à noite.

Movem-se por movimentos serpenteantes rápidos.

Alimentam-se de pequenos crustáceos, moluscos e outros animais e detritos do fundo; podem servir de alimentos a peixes.

Exemplo

Serpente do Mar

Serpente do Mar

Representada pelos ofiúros ou estrelas-serpente.

Apresentam um destacado disco central de onde partem cinco braços longos, finos, flexíveis e bastante móveis.

São encontrados em todos os mares em variadas profundidades, geralmente escondidos sob rochas, corais ou algas.

Têm hábito preferencialmente noturno, quando saem a captura de alimentos movimentando-se, ao contrário dos demais equinodermos, de forma relativamente rápida.

Alimentam-se de pequenos crustáceos e moluscos, além de detritos em geral.

Anatomia da Serpente do Mar

Fonte: www.pucrs.br/www.vivaterra.org.br