Nossa Senhora do Rosário

07 de Outubro

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Tudo o que no Pai Nosso pedimos, é muito reto, muito bem ordenado e conforme a fé, esperança e caridade cristã, e já por isto tem o especial agrado da SS. Virgem.

Além disto, ouvindo-nos rezar, Ela reconhece em nossa voz  o timbre da voz de seu Filho, que nos deu e ensinou à viva voz esta oração e nô-la impôs dizendo: Assim deveis rezar.  Maria, vendo-nos assim com o Rosário, cumprindo fielmente a ordem recebida, com tanto mais amor e solicitude nos atenderá. “As místicas coroas que lhe oferecemos, são-lhe sumamente agradáveis e penhores de graça para nós” (Leão XIII). A própria Rainha do Céu fez-se quase fiadora da  eficácia desta excelente oração.

Nossa Senhora do Rosário
Nossa Senhora do Rosário

A origem da devoção à Nossa Senhora do Rosário é muito antiga, mas sua propagação tomou impulso com São Domingos de Gusmão.

Foi  por sua inspiração que São Domingos fez do Rosário sua poderosa arma para combater a heresia dos albingenses, isto no início do século XIII, onde a tal heresia crescia vertiginosamente na França.

Fundou a ordem dominicana e por sua intensa propagação e devoção, a Igreja lhe conferiu o título de “Apóstolo do Santo Rosário”.

Existem, inclusive, certas versões históricas que afirmam ter Nossa Senhora aparecido a São Domingos segurando o Menino Jesus no colo e oferecendo-lhe o santo Rosário, e cuja propagação e divulgação teria tomado impulso por pedido pessoal de Maria Santíssima.

À recitação do Rosário é que a igreja atribui os seus maiores triunfos, e grata atesta, pela boca dos Sumos Pontífices que, “pelo Rosário todos os dias desce uma chuva de bênçãos sobre o povo cristão”(Urbano IV); “que é a oração oportuna para honrar a Deus e a Virgem, como afastar bem longe os iminentes perigos do mundo” (Sixto IV); “propagando-se esta devoção, os cristãos entregues à meditação dos mistérios inflamados por esta oração, começarão a  transformar-se em outros homens, as trevas das heresias dissipar-se-ão e difundir-se-á a luz da fé católica” (São Pio V);  “desejamos ver sempre mais largamente propagada esta piedosa prática e tornar-se devoção verdadeiramente popular de todos os  lugares, de todos os  dias” (Leão XIII).

Nos mistérios do Rosário, contemplamos todas as fases do Evangelho: 

Os mistérios gozosos retratam as meditações da anunciação do Anjo a Nossa Senhora, visitação de Maria à Santa Isabel, nascimento triunfante de Jesus,  sua apresentação no templo e Jesus, entre os doutores da lei.

Nos mistérios dolorosos contemplamos a agonia de Jesus no horto,  flagelação de Jesus, a coroação de espinhos,  o calvário, a crucificação e morte de Jesus.

Nos mistérios gloriosos, a Ressurreição de Jesus, a sua Ascensão aos céus,  a vinda do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos,  a Sua Assunção  e gloriosa  Coroação.

E,  sob inspiração maternal de Nossa Senhora, no dia 16/10/2002,  pela carta apostólica Rosarium Virginis Mariae, que Sua Santidade o Papa João Paulo II acrescentou ao Rosário os Mistérios Luminosos,  que retratam a  vida pública de Jesus,  desde o seu batismo no Jordão,  o primeiro milagre nas Bodas de Caná,   proclamação do reino, transfiguração e  instituição da Eucaristia.  Estes mistérios foram inseridos entre os mistérios  gozosos e os dolorosos, formando um perfeito complemento da meditação da Bíblia.

A santa devoção atravessou os séculos sempre com o empenho da Santa Igreja de difundi-lo. Tem a virtude de excitar e nutrir em nós o recolhimento, pondo-nos em contato com os mistérios da nossa religião. É a oração do sábio e do ignorante, pois, como nenhuma outra, se adapta à capacidade de todos.

Peçamos a Maria Santíssima a graça de sermos não só fiéis propagadores, mas principalmente perseverantes na prática de sua recitação, e que tenhamos sempre o desejo inflamado de rezá-lo sempre com muito entusiasmo e alegria.  E que tenhamos a convicção de que o Rosário une o tempo à eternidade, a cidade terrena à cidade de Deus.

Fonte: www.paginaoriente.com

Nossa Senhora do Rosário

7 de Outubro

O Santo Rosário

Por especial desígnio da infinita misericórdia de Deus, Maria Santíssima revelou a um grande santo – Domingos de Gusmão, fundador dos Dominicanos – um meio fácil e seguro de salvação: o Santo Rosário.

Sempre que os homens o utilizam, tudo floresce na Igreja. No mundo passa a reinar a paz, as famílias vivem em concórdia, e os corações são abrasados de amor a Deus e ao próximo.

Sempre que dele se esquecem, as desgraças se multiplicam, os homens se afastam do bom caminho, reina a discórdia nas famílias, o caos se estabelece no mundo…

O Santo a quem Nossa Senhora deu o Rosário

São Domingos viveu numa época de grandes tribulações para a Igreja, pois uma terrível heresia, como nunca antes houvera – a dos albigenses – se espalhara no sul da França, e ameaçava toda a Cristandade. A corrupção moral gerada era tão grande que abalava os fundamentos da própria sociedade temporal.

São Domingos, por meio de suas pregações ardorosas, tentou durante longos anos trazer para o seio da Igreja aqueles infelizes, que se tinham desviado da verdade. Mas as eloqüentes e inflamadas palavras de um santo não conseguiam penetrar naqueles corações empedernidos e entregues a todos os vícios e desvios morais.

Intensificou o santo suas orações… Aumentou suas penitências… Fundou um instituto religioso para acolher os convertidos… De pouco ou nada adiantaram seus esforços. As conversões eram raras e de pouca duração. Muitos, por pressão do ambiente, voltavam à prática do erro.

O que fazer?

Se suas orações e penitências ainda não tinham conseguido mover o coração de Deus, era, talvez, porque a Providência Divina estivesse à espera de um supremo ato de virtude dele. Movido por tais sentimentos, um dia, São Domingos, saiu de seu convento, em Toulouse, no sul da França, decidido a arrancar de Deus as graças necessárias para seu apostolado.

Entrou na floresta e se entregou à oração e à penitência, disposto a não sair dali sem obter uma resposta do Céu.

São Domingos era grande devoto de Maria Santíssima. E suas preces subiram até o trono do Altíssimo pelas mãos virginais da Mãe de Deus. Se não foram capazes de mover o coração de Deus, é certo que comoveram o coração maternal de Maria. Após três dias e três noites de oração incessante, quando as forças físicas abandonavam já São Domingos, lhe apareceu a Virgem Maria, manifestando-lhe seu afeto maternal e sua grande predileção.

– Meu querido Domingos – disse-lhe Nossa Senhora com suavidade inefável – sabes de que meio se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo?

– Senhora – respondeu São Domingos – Vós sabeis melhor do que eu, porque depois de vosso Filho Jesus Cristo, fostes o principal instrumento de nossa salvação.

– Eu te digo, então – continuou Maria Santíssima – que o instrumento mais importante foi a Saudação Angélica, ou Ave-Maria, que é o fundamento do Novo Testamento. E, portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza meu Rosário.

São Domingos saiu dali com novo ânimo e imediatamente se dirigiu à Catedral de Toulouse para fazer uma pregação.

Mal ele transpôs a porta do templo, os sinos começaram repicar, por obra dos anjos, para reunir os habitantes da cidade. Assim que São Domingos começou a falar, nuvens espessas cobriram o céu e uma terrível tempestade com raios e trovões se abateu sobre a cidade. Como se não bastassem os repetidos estampidos que faziam empalidecer todo o mundo, a terra tremeu e o dia escureceu, como se fosse noite.

O pavor do povo aumentou quando uma imagem de Nossa Senhora, situada em local bem visível, levantou os braços três vezes para pedir a Deus vingança contra eles, se não se convertessem e pedissem a proteção de Maria Santíssima.

São Domingos implorou a misericórdia de Deus, e por fim a tempestade parou, permitindo-lhe que falasse com toda a alma sobre as maravilhas do Rosário.

Os habitantes de Toulouse arrependeram-se de seus pecados, abandonaram o erro, e começaram a rezar o Rosário. A mudança nos costumes da cidade foi grande.

A partir de então, São Domingos, em seus sermões, em vez de argumentar contra os erros dos hereges, de atacar os maus costumes e de invocar a justiça de Deus, passou a pregar a devoção ao Rosário, convidando seus ouvintes a rezá-lo diariamente, com fervor, de forma que a misericórdia de Nossa Senhora envolvesse as almas e as transformasse profundamente.

Maria foi a verdadeira vencedora dos erros dos albigenses, por meio do Rosário, trazendo de novo para a fé católica toda aquela gente, salvando assim a França e a Cristandade.

As maravilhas e os milagres obtidos pelo Rosário, encarregaram-se de propagá-lo por toda a parte, tornando-se esta a devoção mais querida dos fiéis cristãos, verdadeiramente devotos de Maria, até hoje.

Ao ser anunciada pela primeira vez a devoção do Rosário, pelos lábios ardorosos de São Domingos, em Toulouse, a natureza manifestou a grandiosidade de suas pompas para estar à altura de tão importante revelação, da qual Maria faz depender a salvação e santificação de seus filhos e filhas prediletos.

E nós?

Hoje, não temos um São Domingos para pregar as excelências do Rosário, nem a terra treme, nem os céus se manifestam. Mas, podemos nós louvar Maria, cantando as maravilhas que Ela operou nas almas, por meio desta devoção, ao mesmo tempo tão simples, tão eficaz e tão agradável a Deus.

Poderá haver prece mais agradável a Deus do que contemplar os mistérios da vida de Jesus Cristo e de Maria Santíssima, rezar as mais excelsas orações compostas pelo próprio Filho de Deus, por sua Mãe Virginal e pelo Espírito Santo?

O Rosário, a devoção mais excelente depois da Missa

A Santíssima Virgem revelou ao Beato Alano de la Roche, da ordem dos dominicanos, que depois do santo Sacrifício da Missa, que é a primeira e mais viva memória da paixão de Jesus Cristo, não havia devoção mais excelente e meritória que o Rosário, que é como uma segunda memória e representação da vida e paixão de Jesus Cristo.

A oração para ser eficaz tem de ser feita com Fé. Quanto mais fé tivermos, mais força e mérito terá nossa oração, e mais glória daremos a Deus. Pois a fé é o fundamento de todas as virtudes cristãs. Por isso devemos começar o Rosário rezando o Credo, ou Símbolo dos Apóstolos.

Para rezar bem, não é preciso fazer orações longas e rebuscadas. Existe oração mais simples e mais sublime do que a Ave-Maria? Ela resume toda a teologia cristã sobre Nossa Senhora. Nela há um louvor e uma invocação. O louvor contém tudo o que faz a grandeza de Maria. A invocação encerra tudo o que devemos pedir a Ela.

A primeira parte da Ave-Maria nos foi revelada pela Santíssima Trindade:

Ave Maria cheia de graça, o Senhor é contigo”. Santa Isabel, iluminada pelo Espírito Santo, acrescentou a segunda: ”Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre”.

E a Igreja, no primeiro concílio de Éfeso, no ano 430, acrescentou a conclusão, depois de ter definido que a Santíssima Virgem é verdadeiramente Mãe de Deus.

A Ave-Maria contém a fé e a esperança dos patriarcas, dos profetas e dos apóstolos. Ela é a constância e a força dos mártires, a ciência dos doutores, a perseverança dos confessores e a vida dos religiosos. Ela é o cântico da lei da graça, a alegria dos anjos e dos homens, o terror e a confusão dos demônios.

A Saudação Angélica é o arco-íris, o sinal da clemência e da graça que Deus concedeu ao mundo.

O valor da Ave-Maria

Conta o Beato Alano, para dar uma noção do valor da Ave-Maria, que uma religiosa muito devota do Rosário, que havia sofrido de uma doença em extremo dolorosa em vida, apareceu depois da morte a uma de suas irmãs e lhe disse:

”Se eu pudesse voltar a meu corpo para dizer somente uma Ave-Maria, ainda que fosse sem muito fervor, para obter o mérito desta oração, sofreria com gosto todas as dores que padeci antes de morrer”.

Relata ainda o Beato Alano, que tendo-lhe aparecido São Domingos lhe contou o que ocorrera, antes de uma pregação, sobre São João Evangelista, na Catedral de Notre Dame, em Paris. O Rosário era sua preparação para os sermões.

Estava rezando, numa capela, quando lhe apareceu Nossa Senhora, trazendo um livro, que lhe disse:

”Domingos, por melhor que seja o sermão que decidiste pregar, trago aqui outro melhor”.

Muito contente leu o livro inteiro, e como Maria havia dito, compreendeu bem que aquilo era o que convinha pregar. Agradeceu de todo o coração a Maria e se dirigiu ao púlpito para começar a falar. Diante dele estavam os professores e alunos da Universidade de Paris além de grande número de pessoas de importância.

Sobre o Apóstolo São João apenas disse que tinha merecido ser escolhido para guardião da Rainha do Céu, e acrescentou:

Senhores e mestres ilustres: estais acostumados a escutar sermões elegantes e sábios, porém eu não quero dirigir-vos as doutas palavras da sabedoria humana, mas mostrar-vos o Espírito de Deus e sua virtude”.

E então São Domingos passou a explicar a Ave-Maria como lhe tinha ensinado Nossa Senhora, comovendo assim profundamente todo aquele auditório de sábios.

A oração composta pelo Filho de Deus

Outra oração de que se compõe o Rosário é o Pai-Nosso – composta pelo próprio Filho de Deus. É a oração perfeita. Ela contém todos os nossos deveres para com Deus, os atos de todas as virtudes e a expressão de todas as nossas necessidades espirituais e corporais.

Ao dizer ”Pai-Nosso que estais nos Céus”, fazemos atos de fé, de adoração e de humildade. Desejando que ”seu Nome seja santificado” , e glorificado, fazemos aparecer um zelo ardente pela glória dEla. Ao Lhe pedirmos a ”posse de seu Reino”, fazemos um ato de esperança. Desejando que ”sua vontade seja feita assim na Terra como no Céu”, mostramos um espírito de perfeita obediência.

Rogando-Lhe ”o pão nosso de cada dia” praticamos a pobreza de espírito e o desapego dos bens da Terra. Suplicando-Lhe o ”perdão de nossos pecados” fazemos um ato de contrição. E ”perdoando aqueles que nos ofenderam” exercemos a misericórdia na sua mais alta perfeição. Pedindo-Lhe o ”socorro nas tentações” fazemos atos de humildade, de prudência e de força. Esperando que Ele ”nos livre do mal” praticamos a paciência. E se, ao recitarmos essa Prece não tivermos intenções contrárias ao sentido dessas divinas palavras, estaremos detestando todos os pecados e observando todos os Mandamentos da Lei de Deus.

Os Mistérios do Rosário

Faz parte do Rosário a meditação dos mistérios da vida de Jesus Cristo e de sua Mãe, que nos transportam misticamente para junto de Maria – lembra-nos o Papa João Paulo II, em sua luminosa Carta Rosarium Virginis Maria.

Ela vive com os olhos fixos em Cristo. As recordações de Jesus, estampadas na alma dEla, acompanharam-na em cada circunstância, levando-a a percorrer com o pensamento os vários momentos da sua vida junto com seu Filho. Foram estas recordações que constituíram, de certo modo, o ”rosário” que Ela mesma recitou constantemente nos dias da sua vida terrena. Na meditação dos mistérios do Rosário – afirma ainda o Papa – os cristãos sintonizam com as recordações e o olhar de Maria. Ela é a nossa mestra na contemplação dos mistérios da vida de Jesus.

Não é pequeno o mérito que alcançamos com a meditação dos Mistérios do Rosário.

”Todas as vezes que os fiéis rezam, em estado de graça, o Santo Rosário, com a meditação dos mistérios da vida e paixão de Jesus Cristo, obtêm plena e completa remissão de seus pecados.” – revelou um dia Maria Santíssima ao venerável Domingos da ordem dos Cartuxos.

E se alguém tiver a consciência carregada de algum pecado, tome o Rosário, recite uma parte dele, em honra de alguns Mistérios da vida de Jesus Cristo, e fique certo de que, enquanto estiver meditando e honrando tais Mistérios, Ele apresentará suas Chagas sagradas a seu Pai no Céu, intercedendo por quem está rezando e obtendo a contrição e o perdão de seus pecados, afirma São Luís Maria Grignion de Montfort, grande divulgador do Rosário.

Frutos do Rosário

Enquanto a devoção do Rosário foi praticada, a piedade florescia nas Ordens religiosas e no mundo cristão.

Mas 100 anos depois de ter sido divulgada por São Domingos, já tinha caído quase no esquecimento.

Como conseqüência se multiplicaram os males sobre a cristandade: a peste negra devastou a Europa, dizimando um terço da população, surgiram novas heresias, a Guerra dos Cem Anos espalhou desordens por toda a parte e o Grande Cisma do Ocidente dividiu a Igreja durante longo período.

Para atalhar o mal, e sobretudo para preparar a Igreja para enfrentar os embates futuros, suscitou Deus o Beato Alano de la Roche, da Ordem Dominicana, para restaurar o antigo fervor pelo Rosário.

Um dia em que ele celebrava Missa, em 1460, perguntou-lhe Nosso Senhor:

”Por que me crucificas tu de novo? São teus pecados que me crucificam. E me crucificas ainda porque sabes que é necessário pregar o Rosário e assim desviar muitas almas do pecado. Se não o fazes és culpado dos pecados que elas cometem” .

A partir de então o Beato Alano tornou-se um incansável divulgador do Rosário, restabelecendo esta devoção por toda a parte e convertendo grande número de almas.

Conta o Beato Alano, que numa revelação de Nossa Senhora a São Domingos, lhe havia dito Ela:

”Filho meu, não te surpreendas de que não tenham êxito tuas pregações, porque trabalhas em uma terra que não foi regada pela chuva. Quando Deus quis renovar o mundo, enviou antes a chuva da saudação angélica. Incentiva a devoção ao Rosário e recolherás grandes frutos para as almas.”

Os Papas pediram que se rezasse o Rosário

Foi, sobretudo, nos momentos em que a Igreja passou por grandes provações, que o Rosário teve um papel decisivo, fazendo com que os católicos perseverassem na Fé, e levantando uma barreira contra o mal.

Os Papas lhe confiaram as causas mais difíceis. Assim fez São Pio V, ao ver a cristandade ameaçada pelos exércitos do império otomano, que avançavam por mar e por terra devastando tudo e perseguindo os cristãos.

A 17 de setembro de 1569 o Papa pediu que se rezasse o Rosário em toda a Cristandade, pedindo a Nossa Senhora que protegesse a Igreja. Ao mesmo tempo, com o auxílio da Espanha e de Veneza reuniu uma esquadra para defender os países católicos do Mar Mediterrâneo dos ataques muçulmanos.

Dois anos depois, a 7 de outubro de 1571, a esquadra católica, comandada por Dom João de Áustria, encontrou a poderosa esquadra otomana no golfo de Lepanto, na Grécia. E apesar da superioridade numérica do adversário, os católicos saíram vitoriosos, afastando definitivamente o risco de uma invasão.

Antes da batalha, todos os soldados e marinheiros cristãos rezaram o Rosário com grande devoção. A vitória – que parecia quase impossível – deveu-se à proteção de Nossa Senhora do Rosário, que segundo testemunho dado pelos próprios muçulmanos, apareceu durante a batalha, infundindo-lhes grande terror.

Em Roma, o Papa São Pio V teve uma revelação, na mesma hora em que se dava a batalha, anunciando-lhe a vitória da esquadra católica.

Para celebrar tão grande triunfo sobre os adversários da verdadeira fé, São Pio V acrescentou à ladainha de Nossa Senhora a invocação ”Auxílio dos Cristãos” . E instituiu no dia 7 de outubro a festa de Nossa Senhora das Vitórias, que um Papa posterior mudou para Nossa Senhora do Rosário.

Em muitas outras ocasiões Nossa Senhora interferiu em grandes batalhas, para proteger a Igreja e a Cristandade de seus piores inimigos.

Foi para comemorar a vitória do Príncipe Eugênio de Saboya sobre o exército otomano, em Temevar, na Romênia, devida também à eficácia do Rosário, que o Papa Clemente XI ordenou que a festa de Nossa Senhora do Rosário fosse celebrada universalmente.

Novas provações para a Igreja

A Igreja seria ainda sacudida por muitas tempestades. Para fortalecer seus filhos e prepará-los para suportar as grandes provações futuras, suscitou Deus uma alma de fogo para pregar de novo o Rosário, que mais uma vez tinha caído no esquecimento.

São Luís Maria Grignion de Montfort exerceu sua missão profética, um século antes da Revolução Francesa, que tantas desordens e perseguições à Igreja desencadeou naquele país, e em toda a Europa. As regiões que deram ouvidos à sua pregação foram as que melhor resistiram aos erros de sua época e conservaram a Fé íntegra.

”Rezai o Terço todos os dias para alcançar a paz e o fim da guerra”

Já no século XX, quando a I Guerra Mundial estava em seu auge, Nossa Senhora não suscitou nenhum profeta, ou santo para propagar o Rosário.

Veio Ela mesma em pessoa lembrar aos homens que a solução para seus males estava ao alcance das mãos, nas contas do Rosário: ”Rezai o Terço todos os dias para alcançar a paz e o fim da guerra” , repetiu ela maternalmente aos três pastorinhos, nas seis vezes que apareceu em Fátima.

Na última aparição, em outubro de 1917, a Virgem Maria disse quem era:

”Sou a Senhora do Rosário” .

E para atestar a autenticidade das aparições e a importância do Rosário, um milagre de grandeza nunca vista, foi presenciado pela multidão de 70.000 pessoas presentes no local: o sol girou no céu, ao meio-dia, parecendo precipitar-se sobre a terra, retomando depois sua posição habitual no firmamento.

Milagres dessa magnitude, só no Antigo Testamento encontramos. Mas nem assim o mundo deu ouvidos à Mãe de Deus. E nunca se abateram sobre a Terra tantas desgraças, nunca houve tantas guerras, nunca a desagregação moral chegou tão longe.

Mas o meio de obter a paz para o mundo, para as famílias, para os corações, continua ao alcance de nossas mãos, entre os dedos, nas contas benditas do Rosário, que Maria Santíssima trazia suspenso de seu braço quando apareceu em Fátima.

Divulguemos o Rosário!

Não é possível expressar quanto estima a Santíssima Virgem o Rosário sobre todas as demais devoções e como é generosa em recompensar os que trabalham para divulgá-lo.

Conta São Luís de Montfort o caso de um rei a quem Nossa Senhora protegeu particularmente, pelo simples fato de portar o Rosário à cintura:

Desejando que todos os seus servidores honrassem a Santíssima Virgem com o Santo Rosário e para animá-los com seu exemplo, ocorreu a Afonso IX, Rei de León, portar ostensivamente um grande Rosário, ainda que sem rezá-lo.

O que bastou para incentivar todos os seus cortesãos a rezá-lo devotamente.

Algum tempo depois o rei adoeceu gravemente, ficando às portas da morte. Foi então transportado em espírito ao tribunal de Deus. Viu os demônios que o acusavam de todos os crimes que havia cometido. E quando ia ser condenado às penas eternas, apresentou-se em sua defesa a Santíssima Virgem diante de Jesus.

Trouxeram uma balança onde foram colocados todos os pecados do Rei num dos pratos. A Virgem Maria colocou no outro o grande Rosário que ele portara em honra dEla, juntamente com os Rosários que, devido ao exemplo dele, haviam rezado outras pessoas, e pesavam mais que todos os seus pecados.

Depois, Maria Santíssima, olhando para o Rei com misericórdia disse:

”Consegui de meu Filho, como recompensa pelo pequeno serviço que Me fizeste, levando o Rosário, o prolongamento de tua vida por mais uns anos. Emprega-os bem, e faz penitência.”

O Rei, quando acordou exclamou:

”Oh! Bendito Rosário da Santíssima Virgem, por ele é que fui livre da condenação eterna.”

O Rei recuperou a saúde e passou a rezar o Rosário todos os dias até o fim da vida.

Ainda que vos encontreis à beira do abismo – afirma São Luís de Montfort – ou já com um pé no inferno, ainda que fosses endurecido e obstinado como um demônio, cedo ou tarde, vos convertereis e salvareis, contanto que rezeis devotamente todos os dias o Santo Rosário até a morte, para conhecer a verdade e obter a contrição e o perdão de vossos pecados.

Quando São Domingos pregava o rosário em Carcassone, no sul da França, um herege se dedicou a pôr em ridículo os milagres e os quinze mistérios do Santo Rosário, o que impedia a conversão de muita gente. Deus permitiu, para castigar esse homem, que 15.000 demônios entrassem em seu corpo.

Seus parentes o levaram até junto de São Domingos para que este o livrasse do espírito maligno. O Santo convidou então todos a rezarem com ele o Rosário, em voz alta. A cada Ave-Maria, a Santíssima Virgem fazia sair cem demônios do corpo do homem sob a forma de carvões acesos. Depois de curado, abandonou o erro e voltou ao seio da Igreja, juntamente com muitos outros companheiros, admirados com a virtude do Rosário.

Educados pelo Rosário

”O Rosário transporta-nos misticamente para junto de Maria (…) para que Ela nos eduque e nos plasme até que Cristo esteja formado em nós plenamente” – ensina o Papa. E acrescenta ainda João Paulo II: ”Nunca, como no Rosário o caminho de Cristo e o de Maria aparecem unidos tão profundamente. Maria só vive em Cristo e em função de Cristo.”

Não admira, pois, que esta oração seja tão agradável a Jesus, que apareceu um dia a Santa Gertrudes contando moedas de ouro. Ela teve curiosidade de perguntar-lhe o que contava. ”Conto, respondeu Jesus Cristo, tuas Ave-Marias: é a moeda com que se compra meu paraíso.”

Nunca deixemos de rezar o Rosário, seja por termos muitas distrações involuntárias, falta de gosto em rezá-lo, ou muito cansaço.

Para rezar bem o Rosário não é necessário gosto, consolação, nem aplicação contínua da imaginação.

Bastam a fé pura e a boa intenção: Sola fides sufficit (Hb 11,6).

Quantos benefícios podemos alcançar pela recitação do Rosário!

Eleva-nos ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo;

Purifica nossas almas do pecado;

Faz-nos vitoriosos contra todos os nossos inimigos;

Torna-nos fácil a prática das virtudes;

Abrasa-nos no amor de Jesus Cristo;

Enriquece-nos de graças e de méritos;

Fornece-nos com o que pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens.

Palavras do Papa

Para concluir, recordemos as inspiradas palavras de S.S. João Paulo II na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae:

”O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto. O Rosário é minha oração predileta. Oração maravilhosa!”

”Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral!”

”Não te deixaremos nunca mais!”

”Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o último ósculo da vida que se apaga. E a última palavra dos nossos lábios há de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário, ó nossa Mãe querida, ó Refúgio dos pecadores, ó soberana consoladora dos tristes. Sede bendita em todo o lado, hoje e sempre, na terra e no Céu. Amém.”

Fonte: www.fatima.org.br

Nossa Senhora do Rosário

7 de Outubro

O Rosário é a devoção mariana por excelência, a mais popular e a mais querida ao coração de Maria.

Ela mesma a recomendou a Santo Domingo de Guzmán, apresentando-a como meio eficaz para conservar e aumentar a fé, para dissipar os erros, para uma vida mais evangélica.

Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando se celebrou a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha, os cristãos católicos, em meio à recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate. A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.

A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.

Em recentes aparições em Fátima, Lourdes e Salete e outros lugares, a Virgem se mostrou com o rosário nas mãos, recomendando a sua recitação frequente.

Em 1917, em Fátima, apareceu seis vezes a Lúcia, Jacinta e Francisco, prometendo-lhes muitas graças se recitassem todos os dias o Rosário.

Na última aparição, no dia 13 de outubro, exclamou: “Eu sou a Virgem do Rosário”.

A COROA FRANCISCANA

Outra bela devoção mariana que se desenvolveu no seio da Ordem Franciscana é a Coroa Franciscana das Sete Alegrias da Santíssima Virgem.

Em 1442, no tempo de São Bernardino de Siena, se difundiu a notícia de uma aparição da Virgem a um noviço franciscano. Este, desde pequeno, tinha o costume de oferecer à bem-aventurada Virgem uma coroa de rosas.

Quando ingressou entre os Irmãos Menores, sua maior dor foi a de não poder seguir oferecendo à Santíssima Virgem esta oferenda de flores. Sua angústia chegou a tal ponto que decidiu abandonar a Ordem Seráfica.

A Virgem apareceu para consolá-lo e lhe indicou outra oferenda diária que lhe seria mais agradável. Sugeriu-lhe recitar a cada dia sete dezenas de Ave Marias intercaladas com a meditação de sete mistérios gozosos que ela viveu em sua existência. Desta maneira teve origem a coroa franciscana, Rosário das sete alegrias.

São Bernardino de Sena foi um dos primeiros a praticar e difundir esta devoção, que para ele era fonte de grandes favores.

Um dia enquanto recitava esta coroa apareceu-lhe a Santíssima Virgem e com inefável doçura lhe disse que gostava muito desta devoção e o recompensava com milagres para converter os pecadores: “Te prometo fazer-te partícipe de minha felicidade no paraíso”.

A coroa franciscana medita os sete gozos de Maria: a anunciação, a visita a Santa Isabel, o nascimento de Jesus em Belém, a adoração dos Magos, a apresentação de Jesus no templo e a manifestação de sua divindade entre os doutores do templo, a ressurreição de Jesus e sua aparição à Virgem, a vinda do Espírito Santo, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu, e a coroação de Maria como rainha do céu e da terra, medianeira de graças, mãe da Igreja e soberana do Universo.

Fonte: www.franciscanos.org.br

Nossa Senhora do Rosário

7 de Outubro

Uma breve história do Rosário da Virgem Maria

O Papa João Paulo II decidiu celebrar as suas bodas de prata papais com uma oração, o Rosário da Virgem Maria. Dado que é apenas a quarta vez na História que a Igreja celebra os 25 anos de um pontificado, (depois de S. Pedro, que foi Papa do ano 32 a 67, do beato Pio IX, Papa de 16 de Junho de 1846 a 7 de Fevereiro de 1878 e do seu sucessor Leão XIII, Papa de 20 de Fevereiro de 1878 a 20 de Julho de 1903), esta decisão tem grande relevo histórico e profético.

1- O Nascimento do Rosário

O Rosário é uma oração cuja origem se perde nos tempos. A tradição diz que foi revelado a S. Domingos de Gusmão (1170-1221), numa aparição de Nossa Senhora, quando ele se preparava para enfrentar a heresia albigense.

Parece não haver muitas dúvidas de que o Rosário nasceu para resolver um problema importante dos novos frades mendicantes. De fato, os franciscanos e dominicanos estavam a introduzir um novo tipo de ordem religiosa no século XII, em alternativa aos antigos monges, sobretudo Beneditinos e Agostinhos.

Estes, nos seus mosteiros, rezavam todos os dias os 150 salmos do Saltério. Mas os mendicantes não o podiam fazer, não só por causa da sua pobreza e estilo de vida, mas também porque em grande parte eram analfabetos.

Assim nasceu, nos dominicanos, o Rosário, o “saltério de Nossa Senhora”, a “Bíblia dos pobres”, com 150 Ave-Marias. Um pouco mais tarde, em 1422, pelas mesmas razões, os franciscanos criaram a Coroa Seráfica, uma oração muito parecida, mas com estrutura ligeiramente diferente (tem sete mistérios, em honra das sete alegrias da Virgem, os mistérios Gozosos, trocando a Apresentação no Templo pela Adoração dos Magos e os dois últimos Gloriosos, acrescentando mais duas Ave-Marias em honra dos 72 anos da vida de Nossa Senhora na Terra).

Mas é preciso dizer que, nessa altura, não havia ainda a Ave Maria. Já desde o século IV se usava a saudação do arcanjo S. Gabriel (Lc 1, 28) como forma de oração, mas só no século VII ela aparece na liturgia da festa da Anunciação como antífona do Ofertório.

No século XII, precisamente com o Rosário, juntam-se as duas saudações a Maria, a de S. Gabriel e a de S. Isabel (Lc 1, 42), tornando-se uma forma habitual de rezar. Em 1262 o Papa Urbano IV (papa de 1261-1264) acrescenta-lhes a palavra “Jesus” no fim, criando assim a primeira parte da nossa Ave Maria.

Só no século XV se acrescenta a segunda parte de súplica, tirada de uma antífona medieval. Esta fórmula, que é a atual, torna-se oficial com o Papa Pio V (1566-1572). Grande reformador no espírito do concílio de Trento (1545-1563), S. Pio V é o responsável pela publicação do Catecismo, Missal e Breviário Romanos surgidos do Concílio, que renovam toda a vida a Igreja. Foi precisamente no Breviário Romano, em 1568, que aparece pela primeira vez na oração oficial da Igreja a Ave-Maria.

2- A Batalha de Lepanto e a festa de Nossa Senhora do Rosário

O contributo de S. Pio V, um antigo dominicano, para a história do Rosário não se fica por aqui. O grande reformador criou também o último grande momento da antiga Cristandade, a unidade dos reinos cristãos à volta do Papa.

Os turcos otomanos, depois do cerco e queda de Constantinopla em 1453, o fim oficial da Idade Média, e das conquistas de Suleiman, o Magnífico (1494-1566, sultão desde 1520), estavam às portas da Europa. Dividida nas terríveis guerras entre católicos e protestantes, a velha Europa não estava em condições de resistir. O perigo era enorme.

Além de apelar às nações católicas para defender a Cristandade, o Papa estabeleceu que o Santo Rosário fosse rezado por todos os cristãos, pedindo a ajuda da Mãe de Deus, nessa hora decisiva.

Em resposta, houve um intenso movimento de oração por toda a Europa. Finalmente, a 7 de Outubro de 1571 a frota ocidental, comandada por D. João de Áustria (1545-1578), teve uma retumbante vitória na batalha naval de Lepanto, ao largo da Grécia.

Conta-se que nesse mesmo dia, a meio de uma reunião com os cardeais, o Papa levantou-se, abriu a janela e disse “Interrompamos o nosso trabalho; a nossa grande tarefa neste momento é a de agradecer a Deus pela vitória que ele acabou de dar ao exército cristão”.

A ameaça fora vencida. Este foi o último grande feito da Cristandade. Mas o Papa sabia bem quem tinha ganho a batalha. Para louvar a Vitoriosa, ele instituiu a festa litúrgica de ação de graças a Nossa Senhora das Vitórias no primeiro domingo de Outubro. Hoje ainda se celebra essa festa, com o nome de Nossa Senhora do Rosário, no memorável dia de 7 de Outubro.

3 – O rosário até João Paulo II

A partir de então, o Rosário aparece em múltiplos momentos da vida da Igreja. Já no fresco do Juízo Final, pintado por Miguel Ângelo (1475-1564) na Capela Sistina do Vaticano de 1536 a 1541, estão representadas duas almas a serem puxada para o céu por um Terço. São as almas de um africano e de um asiático, mostrando a universalidade missionária da oração.

A 12 de Outubro de 1717, foi retirada do rio Paraíba uma imagem de Nossa Senhora com um Terço ao pescoço por três humildes pescadores, Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, em Guaratinguetá, São Paulo. Essa estátua, de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi declarada em 1929 Rainha e Padroeira do Brasil.

A Imaculada Conceição rezou o Terço com Bernadete Soubermos (1844-1879) nas aparições de Lourdes em 1858. O Papa Leão XIII “Papa do Rosário”, como lhe chama a recente Carta Apostólica do Papa (n.º 8) dedicou mais de 20 documentos só ao estudo desta oração, incluindo 11 encíclicas.

Também o Beato Bártolo Longo (1841-1926) é um os grandes divulgadores do Rosário, como o refere a recente Carta Apostólica (n.º 8, 15, 16, 36, 43).

Antigo ateu, espírita e sacerdote satânico, depois da sua conversão viu na intercessão de Nossa Senhora a sua única hipótese de salvação.

Sendo advogado, em 1872 deslocou-se à região de Pompéia por motivos profissionais e ficou chocado com a pobreza, ignorância, superstição e imoralidade dos habitantes dos pântanos. Entregou-se a eles para o resto da vida.

Arranjou um quadro da Senhora do Rosário, que fez vários milagres e criou em 1873 a festa anual do Rosário, com música, corridas, fogo de artifício. Construiu uma igreja para essa imagem, que se veio a tornar no Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia.

Fundou uma congregação de freiras dominicanas para educar os órfãos da cidade, escreveu livros sobre o Rosário e divulgou a devoção dos «Quinze Sábados» de meditação dos mistérios.

Outro grande momento da divulgação do Terço é, sem dúvida, Fátima. “Rezar o Terço todos os dias” é a única coisa que a Senhora referiu em todas as suas seis aparições. A frase repete-se sucessivamente, quase como uma ladainha, manifestando bem a sua urgência e importância.

Na carta do Dr. Carlos de Azevedo Mendes, num dos primeiros documentos escritos sobre Fátima, afirma-se “Como te disse examinei, ou antes, interroguei os três em separado. Todos dizem o mesmo sem a mais pequena alteração. A base principal que de tudo, o que me dizem, deduzi é «que a aparição quer que se espalhe a devoção do Terço»”

A história do Rosário não pode terminar sem referir um momento decisivo desta evolução. A escolha do Papa João Paulo II de celebrar as suas bodas de prata pontifícias com o Rosário, acrescentando-lhe os cinco mistérios luminosos, é um marco importante na devoção.

Mas a ligação do Papa a esta oração não é de hoje, como ele mesmo diz na Carta:

“Vinte e quatro anos atrás, no dia 29 de Outubro de 1978, apenas duas semanas depois da minha eleição para a Sé de Pedro, quase numa confidência, assim me exprimia: «O Rosário é a minha oração predileta. Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e na profundidade.»“ (n.º 2)

João César das Neves

Fonte:  www.ucp.br

Nossa Senhora do Rosário

7 de Outubro

Oração a Nossa Senhora do Rosário

Nossa Senhora do Rosário

Nossa Senhora do Rosário,
dai a todos os cristãos a graça
de compreender a grandiosidade
da devoção do santo rosário,
na qual, à recitação da Ave Maria
se junta a profunda meditação
dos santos mistérios da vida,
morte e ressurreição de Jesus,
vosso Filho e nosso Redentor.

São Domingos, apóstolo do rosário,
acompanhai-nos com a vossa bênção,
na recitação do terço, para que,
por meio desta devoção a Maria,
cheguemos mais depressa a Jesus,
e como na batalha de Lepanto,
Nossa Senhora do Rosário nos leve a vitória
em todas as lutas da vida;
por seu Filho, Jesus Cristo,
na unidade do Pai e do Espírito Santo.
Amém.

Fonte:  www.paroquias.org

Nossa Senhora do Rosário

07 de outubro

A história de uma devoção nascida na Itália e trazida ao Brasil

Há quase 1.000 anos, na França, o espanhol São Domingos de Gusmão recebia de Nossa Senhora, segundo piedosa crença, a revelação do rosário como meio seguro para converter os hereges albigenses que infestavam o sul daquele país.

Alguns séculos mais tarde, o Papa São Pio V instituiu a festa de Nossa Senhora das Vitórias, em ação de graças pelo triunfo naval obtido pelos cristãos contra os turcos em Lepanto, no dia em que se faziam na Cristandade procissões das confrarias do Rosário nessa intenção.

Seu sucessor, Gregório XIII, mudou o nome da festa para Nossa Senhora do Rosário, confirmando o papel do rosário nessa vitória. E a fixou no primeiro domingo de outubro.

Em 1716 Clemente XI estendeu a festa a toda a Igreja depois de outras vitórias obtidas contra os turcos, na Hungria. E, no século XIX, o mês de outubro foi dedicado ao rosário. O rosário tornou-se, desde então, um dos mais significativos símbolos do Catolicismo.

Hoje, a pedido de uma senhora assinante de Catolicismo e residente no bairro de Vila Pompéia da capital paulista, apresentamos aqui a história de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, um ilustrativo exemplo das graças que a Mãe de Deus quis distribuir mediante essa invocação e o uso do poderoso meio de santificação que é o rosário.

Sob as cinzas do Vesúvio…

Eram 11 horas da manhã do dia 24 de agosto do ano 79 de nossa era. Os 25 mil habitantes da cidade de Pompéia, ao sul de Nápoles, dedicavam-se aos seus afazeres quotidianos, ou a seus reprováveis vícios, quando um estrondo aterrador os arrastou instintivamente para a rua.

Do Vesúvio subia ao céu imensa coluna de fogo! Instantes depois sua cratera, transformada em horrível boca do inferno, começou a expelir pedras incandescentes como mísseis orientados contra a cidade. Uma chuva de cinzas, impregnada de vapores sulfúreos e de cloro, escureceu o céu.

O que fazer? Escapar para onde?

A aterrada população começou a esconder-se nas casas ou a fugir loucamente sem direção.

Mas era tarde demais: em pouco tempo Pompéia e mais quatro cidades ficaram sepultadas sob 10 metros de cinzas…

Aos poucos foi-se perdendo a memória da catástrofe e nos 1600 anos subseqüentes ninguém ouviria falar da cidade.

No início do século XVII, o arquiteto Fontana redescobriu Pompéia. Mas só no final do século seguinte é que começariam os trabalhos arqueológicos sistemáticos — que continuam até hoje — para resgatá-la das cinzas.

Foi possível reconstituir as casas, mobiliários e cenas da vida quotidiana da outrora brilhante cidade, bem como de alguns de seus abomináveis vícios, possível causa da cólera divina.

O revolucionário converte-se em ardente apóstolo

Bartolo Longo, filho de um médico da província de Brindisi, recebera educação cristã no ginásio dos Padres Escolápios, onde aprendeu a rezar e a amar o rosário.

Na faculdade de Direito, contudo, deixou-se impregnar pelo naturalismo anticlerical e anti-religioso ali reinante, ingressando aos 20 anos no movimento revolucionário de Garibaldi, Cavour e Vitor Emanuel, destinado a levar a cabo a unificação italiana, com a eliminação dos Estados Pontifícios e a supressão do poder temporal dos Papas.

Porém, um de seus professores na faculdade ficou cativado por suas qualidades naturais e via nele, uma vez convertido, grandes possibilidades para o apostolado.

Procurou então conquistar-lhe a amizade e, aos poucos, encaminhou-o a um piedoso e douto dominicano, sob cuja influência Bartolo reencontrou a fé da infância, fez-se Terceiro Dominicano, e entregou-se a obras de caridade em favor da velhice. Decidiu-se a amar a Deus com todas suas forças, tomando como modelo o Coração Sacratíssimo de Jesus, cuja devoção passou a propagar.

Por essa época encontrou a condessa Marianna Farnararo, viúva, mulher apostólica e de viva fé. Edificada com a probidade moral e espírito empreendedor do jovem advogado, Marianna o contratou como administrador de seu patrimônio. Foi assim que, em outubro de 1872, Bartolo dirigiu-se ao vale de Pompéia, onde a condessa possuía terras.

A miséria espiritual dos habitantes, quase todos trabalhando nas escavações, o impressionou. Como poderia sanar tamanho mal?

A resposta veio por meio de uma voz interior, que lhe murmurou: Propague o Rosário“. Fiel a uma recomendação tão do agrado de seu coração, Bartolo tornou-se catequista e apóstolo daqueles operários, incentivando-os a entrar na Confraria do Rosário.

A partir do quadro, multiplicam-se os milagres

Bartolo e seu diretor espiritual começaram então a procurar uma imagem de Nossa Senhora do Rosário para a igreja paroquial.

Um dia uma religiosa, que soubera do que necessitavam, apresentou ao advogado uma pintura da invocação desejada, mas em muito mal estado:

Por meio dessa efígie realizar-se-ão muitos milagres“, profetizou. Contudo, ao vê-la, a condessa ficou pasma: “Semelhante pintura é mais capaz de fazer perder a devoção do que incentivá-la!” afirmou.

Mas, à falta de melhor, a estampa, enrolada num tecido ordinário, foi colocada sobre uma carroça carregada de lixo que se destinava a Pompéia…

Enquanto isso, o Bispo de Nola, do qual dependia a região, surpreso com o bom resultado obtido por Bartolo no apostolado, decidiu construir uma igreja mais próxima do local.

Com os recursos arrecadados na primeira coleta, efetuada com vistas à edificação do templo religioso, mandaram restaurar e enquadrar a tela da Virgem do Rosário, expondo-a pela primeira vez à veneração pública no dia 13 de fevereiro de 1876. Ora, desse dia até o 19 de março seguinte, 8 grandes milagres realizaram-se diante da modesta estampa, com repercussão em toda a Itália!

Bartolo tinhas vistas muito amplas. Por isso viajou pela Europa pedindo donativos não só para o novo santuário, mas para outras obras que planejava.

Assim, em 1884, fundou um periódico “O Rosário e a nova Pompéia”, para o qual montou uma tipografia em que empregou meninos pobres da cidade. Visando prepará-los para a função, organizou uma escola de tipografia.

Seguiram-se um orfanato para os filhos e depois para as filhas dos encarcerados. Para a formação destas, fundou a congregação das Filhas do Santo Rosário da Ordem Terceira Dominicana.

Enquanto isso, a devoção à Madonna del Rosario cresceu tanto que, em 1887, recebeu a honra da coroação solene. Em 1891 a nova igreja foi consagrada com o título de Rainha das Vitórias e, em 1901, foi elevada a basílica. E hoje em dia é um dos santuários mais famosos da Itália.

Após a cruz das perseguições, o reconhecimento do Papa santo

Como todos os verdadeiros servidores de Deus, Bartolo encontrou a ingratidão, o sofrimento e a perseguição.

Acusaram-no perante o Papa Leão XIII de desviar os fundos obtidos para suas obras, e fizeram malévolas insinuações de suas relações com a condessa. Aquele Pontífice os aconselhou a se casarem, para fazer calar os maldizentes. Eles o fizeram, mas mantendo perfeita continência.

Pouco mais tarde São Pio X, mal informado, destituiu o casal da administração das obras de Pompéia, ao que ambos se submeteram humildemente. Já em 1893 haviam renunciado em favor da Santa Sé a todas as obras que fundaram.

Numa visita a esse Pontífice, dois dias depois da destituição, o casal apresentou-lhe alguns meninos e meninas, filhos dos encarcerados, que eles educavam, dizendo que, de então em diante eles seriam filhos do Papa. O Santo Pontífice percebeu que tinha sido vítima de falsas informações, e a partir de então não cessou de elogiar o desinteresse e a honestidade do casal.

Como as obras de Pompéia iam já de vento em popa, Bartolo resolveu retirar-se inteiramente do empreendimento para viver seus últimos anos no recolhimento e oração. A condessa faleceu em 1924 e Bartolo a seguiu no ano seguinte, aos 86 anos de idade, em odor de santidade, venerado por todos.

Plínio Maria Solimeo

Fontes de referência:

Antonio Augusto Borelli Machado, Rosário — A grande solução para os problemas de nosso tempo, Artpress Indústria Gráfica e Editora Ltda., São Paulo, 2ª ed., 1994, p. 47.
Jean Ladame, Notre Dame de Toute l’Europe, Éditions Résiac, Montsours, França, 1984, pp. 237 a 241.
Pe. José Leite SJ, Santos de Cada Dia, Editorial A.O., Braga, 1994, pp. 129 a 132.
Nilza Botelho Megale, Cento e Doze invocações da Virgem Maria no Brasil, Vozes, 1986, pp. 306-308, e 337 a 3341.
Edésia Aducci, Maria e seus Gloriosos Títulos, Editora Lar Católico, 1958, pp. 345, 346.

Fonte:  www.catolicismo.com.br

Nossa Senhora do Rosário

No ano de 79 ocorreu a famosa erupção do Vulcão Vesúvio, que sepultou a cidade pagã de Pompéia (Sul da Itália). Ali a aristocracia romana gostava de passar o tempo com entretenimentos e foi surpreendida pela súbita destruição.

No início do Século IX instalaram-se nas proximidades famílias de campesinos que erigiram uma humilde capela. Em 1872 chegou o advogado Bartolo Longo (beatificado em 26 de outubro de 1980), que trabalhava para a Condessa de Fusco, dona dessas terras. Logo descobriu que, depois da morte do sacerdote, já não haviam missas na capela e poucos seguiam firmes na fé.

Uma noite, o advogado Bartolo Longo viu em sonhos a um amigo morto anos atrás, que lhe disse: “Salva a esta gente Bartolo! Propaga o Rosário.

Estimula-os para que o rezem. Maria prometeu a salvação para aqueles que fizerem”. Assim, Longo trouxe de Nápoles muitos Rosários para distribuir e encorajou também a vários vizinhos que o ajudassem a reformar a capela. A população começou a rezar o Rosário, cada vez em maior número.

Em 1878, Longo obteve de um convento de Nápoles um quadro de Nossa Senhora entregando o Santo Rosário a São Domingos e Santa Rosa de Lima. Estava deteriorado mas um pintor o restaurou. Este mudou a figura de Santa Rosa pela de Santa Catarina de Siena. Posta sobre o altar do Templo, ainda que inacabada, a Virgem Santíssima começou a operar milagres.

Em 08 de maio de 1887, o cardeal Mônaco de Valleta, colocou na venerada imagem um diadema de brilhantes benta pelo Papa Leão XII e em 08 de maio de 1891, deu-se a solene consagração do novo Santuário de Pompéia, que existe atualmente.

CARTA DE JOÃO PAULO II

POR OCASIÃO DO 125° ANIVERSÁRIO

DA CHEGADA DO QUADRO DE

NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO A POMPÉIA

Ao Venerado Irmão Francesco Saverio TOPPI

Arcebispo-Delegado Pontifício

1. A Igreja que está em Pompéia, no decurso do Grande Jubileu do Ano 2000, regozijar-se-á com um ulterior dom de Graça. No próximo dia 13 de Novembro celebra-se, com efeito, o 125° aniversário da chegada do Quadro de Nossa Senhora do Rosário.

Esta “visita” de Maria mudou o rosto espiritual e civil de Pompéia, que desde 1975 se transformou cada vez mais em cidadezinha da oração, centro de irradiação do Evangelho, lugar de numerosas graças e conversões, ponto de referência de piedade mariana, para o qual olham de todas as partes do mundo.

Ao unir-me espiritualmente à Comunidade eclesial de Pompéia nesta feliz circunstância, desejo agradecer ao Senhor os dons com que a enriqueceu, implorando, pela intercessão da Virgem Santa, especiais favores celestes sobre Vossa Excelência, Venerado Irmão, e sobre todos os que estão confiados aos seus cuidados pastorais.

2. O Grande Jubileu e esta vossa especial data evocam-se reciprocamente e oferecem particulares motivos de reflexão e de ação de graças. O Ano Santo coloca no centro da atenção dos crentes o mistério da encarnação do Verbo e convida-os a contemplar Aquele que “tinha a condição divina, mas não se apegou à Sua igualdade com Deus.

Pelo contrário, esvaziou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-Se semelhante aos homens” (Fl 2, 5-7. Pompéia é a terra do Santo Rosário, onde o fervoroso brotar do coração dos fiéis da oração do Ave Maria leva a contemplar a disponibilidade interior com que a Virgem Santa recebeu na fé o anúncio do nascimento do Filho de Deus na condição humana.

De igual modo o convite, que ecoa no acontecimento jubilar a pôr-se em amorosa escuta da Palavra de Deus e a conformar a própria vida com o Evangelho, encontra um eco feliz na prática dos Quinze Sábados, que Bartolo Longo difundiu entre os fiéis, com a intenção de os estimular à contemplação de Cristo. Como não ver depois uma sintonia eloqüente entre o nascimento humilde e pobre do Redentor na manjedoura de Belém e o contexto de igual modo simples e modesto no qual chegou a Pompéia o Quadro de Nossa Senhora?

Também a “mística Coroa”, que a todos os que a ela se dirigem a Virgem oferece como “Cadeia doce que reata a Deus”, se revela instrumento precioso para compreender melhor e viver as grandes dimensões do Jubileu. O Rosário, que Bartolo Longo considera quase um baluarte contra os inimigos da alma, une aos Anjos, e é “porto seguro no naufrágio comum” (Súplica à Rainha do S. Rosário de Pompéia).

3. O Jubileu, na sua mensagem mais profunda, é chamamento à conversão e estímulo a uma autêntica renovação pessoal e social. Ao entrar no novo milênio a comunidade cristã é convidada a alargar o próprio olhar de fé até horizontes novos para o anúncio do Reino de Deus.

A autoconsciência, que ela maturou com o Concílio Vaticano II do próprio mistério e da tarefa apostólica que lhe fora confiada pelo seu Senhor, empenha-a a viver no mundo sabendo que deve ser “o fermento e a alma da sociedade humana, a qual precisa renovar-se em Cristo e transformar-se em família de Deus” (cf. Incarnationis mysterium, 2).

Os cristãos podem encontrar no Rosário uma ajuda eficaz no empenho de realizar na sua vida estes objetivos do Jubileu. Convidando a aceitar com a admiração de Maria, de José, dos Pastores, dos Reis Magos e de todos os pobres de Israel o anúncio do nascimento do Filho de Deus na condição humana, os Mistérios gozosos suscitam nos cristãos, como já acontecera com o Fundador do Santuário de Pompéia e com outros numerosos devotos da Virgem do Santo Rosário, o desejo de levar aos homens do nosso tempo com renovado fervor o jubiloso anúncio do Salvador.

Através da contemplação dos Mistérios dolorosos, o Rosário faz sentir aos fiéis a dor dos pecados e, convidando a ter confiança na ajuda d’Aquela que reza “por nós pecadores agora e na ora da nossa morte”, facilita o desejo de receber o Sacramento da Reconciliação a fim de corrigir as estruturas da própria vida. Por este caminho, o Beato Bartolo Longo encontrou a força para reorganizar a própria existência e tornou-se dócil à ação do Espírito Santo, o único que transforma os pecadores em santos.

Através da contemplação de Cristo que ressuscitou e subiu ao céu, os Mistérios gloriosos introduzem no oceano da vida trinitária, comunicada pelo Espírito Paráclito a todos os crentes e, de maneira especial, a Maria nossa Mãe e irmã.

Olhando para ela que subiu ao céu e está na glória dos Santos, os cristãos são encorajados a admirar e desejar as “coisas lá do alto”, e aspirando pela meta eterna tomam consciência dos meios necessários para a obterem, isto é, a fidelidade aos mandamentos divinos, a freqüência aos Sacramentos da Igreja e a humilde adesão à vontade de Deus.

Também o empenho pela unidade dos crentes em Cristo e pela fraterna concórdia entre as Nações, reproposto pelo Grande Jubileu, encontra motivo de especial sintonia com o aniversário que o Santuário de Pompéia celebra este ano.

No Jubileu de Novecentos no início deste nosso século XX, o beato Bartolo Longo quis realizar como voto pela paz a fachada monumental do Santuário, recolhendo ofertas e subscrições dos fiéis de todas as partes do mundo. Também a paz é agora, no alvorecer do terceiro milênio, o desejo fervoroso da humanidade e é preciso rezar com confiança pela paz em todas as partes da terra.

4. Venerado Irmão no Episcopado, formulo profundos votos por que, seguindo o exemplo do beato Bartolo Longo, esta Comunidade diocesana saiba captar nestes acontecimentos de graça um premente estímulo para anunciar com renovado fervor Jesus Cristo, Redentor do homem. A este propósito, o plano pastoral elaborado para este ano jubilar demonstra-se como nunca oportuno.

Ele inspira-se na trilogia “humildade, simplicidade, pobreza”; uma trilogia que caracterizou a vida terrena de Jesus, o estilo de Maria e também o programa ascético do beato Bartolo Longo. Como deixar de recordar que do nada e com meios pobres e humildes, ele, guiado pelo Espírito, erigiu em Pompéia um Santuário que hoje tem uma irradiação mundial? Os escritos do Beato, que já então alcançavam pessoas de todas as línguas e nações, continuam a oferecer úteis estímulos para a reflexão e a vida espiritual.

Esta herança preciosa, que representa para vós um singular título de honra, seja por vós acolhida e reproposta à sociedade de hoje, para que no templo de Pompéia, onde a Mãe continua a mostrar o seu Filho divino como único Salvador do mundo, numerosos homens e mulheres em busca da paz possam fazer a experiência jubilosa da “visita” de Cristo, vivida por Isabel e por João Baptista, por ocasião do encontro com a Virgem (cf. Lc 1, 39-56).

Com estes votos, invoco, por intercessão do Beato Bartolo Longo, sobre Vossa Excelência, Venerado Irmão, sobre os sacerdotes, os religiosos e as religiosas, sobre toda a Comunidade diocesana, e sobre os peregrinos e devotos, a materna proteção da Rainha do Santo Rosário e, de bom grado concedo a todos uma especial Bênção apostólica.

Vaticano, 8 de Dezembro de 1999, solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria.

Oração à Nossa Senhora do Rosário de Pompéia

“Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ensinastes a recorrer a vós e com confiança chamar-vos de “Pai Nosso que estais no Céu”. Ó Senhor, infinitamente bom, a quem é dado usar sempre de misericórdia e perdoar; por intercessão da Imaculada Virgem Maria, ouvi-nos, a nós que nos gloriamos do título de devotos do Rosário, aceitai as nossas humildes orações dando-vos graças pelos benefícios recebidos, e tornai perpétuo e cada dia mais glorioso o trono que lhe elevastes no Santuário de Pompéia, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amém.

Rogai por nós Rainha do Sacratíssimo Rosário
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém”

Fonte:  www.paginaoriente.com

Nossa Senhora do Rosário

07 de outubro

Nossa Senhora do Rosário
Nossa Senhora do Rosário de Pompéia

No ano 79 a Cidade de Pompéia, perto de Nápoles, Itália, cidade pagã, ficou sepultada sob a lava proveniente do Vesúvio em erupção.

Sobre suas ruínas edificou-se uma nova cidade. No ano de 1876, o advogado Bartolo Longo (beatificado em 26 de outubro de 1980) encontra um quadro que representa a Virgem do Rosário. Tal quadro tem em ambos os lados a imagem de Santa Catarina de Siena e Santo Domingo Guzmán.

Bartolo Longo, devoto fervoroso de Maria, começa a difundir o culto, sob o nome de Virgem do Rosário de Pompéia. A devoção popular a leva a buscar um lugar apropriado. Assim surge o templo que existe até hoje no local.

Conta a história que durante o ano 79, uma erupção do Vesúvio, vulcão que fica perto de Nápoles sepultou sob sua lava a faustuosa cidade de Pompéia, onde a aristocracia romana tinha suas casas de férias.

No início do século XIX, já descobertas as ruínas da cidade, instalaram-se no vale próximo várias famílias de camponeses que levantaram humildes habitações e uma pobre capela.

Em 1872 chegou ao lugar Bartolo Longo, advogado da Condessa Fusco, dona destas terras. Longo soube, ao dialogar com os camponeses, que as coisas não iam mal, embora foi alertado sobre a presença de indivíduos de maus costumes, os que faziam com que as coisas não fossem totalmente agradáveis.

Não havia polícia e que enquanto houve um padre, este exercia certa autoridade, mas após sua morte, eram poucos os que seguiam firmes na fé, por isso na capela que tinha ficado abandonada não se rezavam mais missas. As pessoas rezavam em suas casas.

Uma noite Longo viu em sonho um amigo morto há anos atrás que lhe disse “Salva esta gente, Bartolo. Propaga o Rosário. Faz com que o rezem. Maria prometeu a salvação aos que rezassem o rosário”.

Longo voltou a Nápoles e de regresso levou consigo uma boa quantidade de Rosários que repartiu entre os habitantes do vale. Ao mesmo tempo, ajudado por alguns vizinhos, dedicou-se à tarefa de consertar a Capela, à qual as pessoas começaram a freqüentar, em número crescente, a rezar o Rosário.

No ano de 1876 decidiu-se a aumentar o Templo. Em 1878, Longo obteve de um convento de Nápoles um quadro muito deteriorado de Nossa Senhora do Rosário com Santo Domingo e Santa Rosa de Lima, que um pintor restaurou.

Ignora-se porque a figura da Santa limenha foi trocada pela de Santa Catarina de Siena.

Posta sobre o altar do Templo, ainda inconclusa, a Sagrada imagem começou a realizar milagres.

No dia 8 de maio de 1887, o Cardeal Mônaco de Valleta colocou na venerada imagem um diadema de brilhantes abençoado pelo Papa Leão XIII e em 8 de maio de 1891, houve a Consagração Solene do novo Santuário de Pompéia, que existe até hoje.

Depois da Missão Arquidiocesana de 1960, o Padre Strita, que era encarregado de celebrar o ofício da Missa em Ouro Verde, elegeu como Padroeira do mesmo Nossa Senhora do Rosário de Pompéia.

Fonte: www.acidigital.com

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