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Socialismo – Definição
Etimologia: do socialis Latina, Sociável, para a sociedade, a própria derivada de parceiro “Sócio”.
O socialismo é uma doutrina econômica e política que visa reverter o modelo liberal, para reformar o sistema de propriedade privada dos meios de produção de e comércio e posse dos mesmos pela comunidade.
Os valores fundamentais do socialismo são: falta de classes (pelo menos em suas origens), a igualdade de oportunidades, a justiça social, a distribuição equitativa dos recursos, a solidariedade, a luta contra o individualismo, o interesse público compartilhados e interesses individuais prevalecem sobre …
Na teoria política marxista, o socialismo é o período de transição entre a abolição do capitalismo e a ascensão do comunismo com o desaparecimento do Estado.
Durante este período, a ” ditadura do proletariado “é exercido através do Estado sobre o conjunto da sociedade.
No socialismo não marxista é a designação geral das doutrinas de partidos de esquerda que buscam renovar a organização da sociedade para a justiça social e capacitação de cada indivíduo com o respeito pela dignidade.
Socialismo – O que é
Socialismo é a doutrina social e econômica que exige a posse ou controle da propriedade e dos recursos naturais pública e não privada.
De acordo com o ponto de vista socialista, os indivíduos não vivem ou trabalham isoladamente, mas vivem em cooperação uns com os outros. Além disso, tudo o que as pessoas produzem é, em certo sentido, um produto social, e todos os que contribuem para a produção de um bem tem direito a uma quota.
A sociedade como um todo, portanto, deve possuir ou, pelo menos, propriedade de controle para o benefício de todos os seus membros.
Esta convicção coloca o socialismo em oposição à capitalismo, que se baseia na propriedade privada dos meios de produção e permite que as escolhas individuais em um livre mercado para determinar como bens e serviços são distribuídos.
Os Socialistas queixam-se que o capitalismo leva necessariamente à concentração injustas e abusivas de riqueza e poder nas mãos de relativamente poucos que saem vitorioso da competição de pessoas de livre mercado que, em seguida, usam sua riqueza e poder para reforçar a sua posição dominante na sociedade.
O socialismo é um conceito econômico que defende a propriedade pública de todos os recursos.
A produção e distribuição de recursos com uma sociedade são então controladas por membros dessa sociedade coletivamente ou pelo governo que representa essa sociedade.
Os bens são produzidos e distribuídos com base na necessidade e não nas forças de mercado, como lucratividade, preço e poder de compra dos consumidores. Em uma economia socialista, os trabalhadores contribuem para a sociedade com base em sua capacidade e recebem de acordo com suas necessidades, ao invés de receber salários e usar esse dinheiro para comprar o que desejam.
As posses privadas são limitadas a itens de uso pessoal, como roupas, e não há necessidade ou capacidade de os indivíduos acumularem riquezas, portanto, há igualdade entre as pessoas.
Socialismo – Igualdade econômica
A ideologia do socialismo se desenvolveu a partir da noção de que o capitalismo cria desigualdade na sociedade. Sob o capitalismo, argumentam os socialistas, os poucos ricos que possuem e controlam os recursos e meios de produção são capazes de explorar as massas trabalhadoras.
Esses capitalistas de elite podem pagar aos trabalhadores menos do que o valor com que eles contribuem, de modo que os capitalistas podem manter lucros maiores para si próprios para acumular uma riqueza ainda maior. O resultado, dizem os socialistas, é uma sociedade em que os ricos são capazes de oprimir as classes média e baixa.
Em uma sociedade totalmente socialista, não haveria dinheiro. Coisas como comida, abrigo, educação e saúde seriam fornecidas a todos. Não haveria pobreza nem divisão de classes com base na riqueza.
A produção e distribuição de bens e serviços seriam administradas pelo governo em vez de serem baseadas nas forças de mercado, que podem flutuar e levar a recessões nas economias capitalistas.
Socialismo e Sistema Socialista
Socialismo
Socialismo é a denominação genérica de um conjunto de teorias socioeconômicas, ideologias e políticas que postulam a abolição das desigualdades entre as classes sociais.
Incluem-se nessa denominação desde o socialismo utópico e a social-democracia até o comunismo e o anarquismo.
As múltiplas variantes de socialismo partilham de uma base comum de tendência sentimental e humanitária.
Para caracterizar uma sociedade exclusivamente socialista é necessário que estejam presentes os seguintes elementos: limitação do direito à propriedade privada, controle dos principais recursos econômicos pelos poderes públicos com a finalidade, teórica, de promover a igualdade social, política e jurídica.
Socialismo – História
A revolução industrial iniciada na Grã-Bretanha, no século XVIII, estabeleceu um tipo de sociedade dividida em duas classes sobre as quais se sustentava o sistema capitalista: a burguesia (empresariado), e o proletariado (trabalhadores assalariados). A burguesia, formada pelos proprietários dos meios de produção, conquistou o poder político na França, com a revolução de 1789, e depois em vários países.
Nessa ocasião o modelo capitalista se afirmou ideologicamente com base nos princípios do liberalismo: liberdade econômica, propriedade privada e igualdade perante a lei.
A grande massa da população proletária, no entanto, permaneceu inicialmente excluída do cenário político.
Logo ficou claro que a igualdade jurídica não era suficiente para equilibrar uma situação de desigualdade econômica e social, na qual uma classe reduzida, a burguesia, possuía os meios de produção enquanto a maioria da população não conseguia prosperar. Aí então surgiram as ideias socialistas.
Nota do editor: os militantes de Esquerda (marxistas, anarquistas, socialistas e comunistas) usam, com um tom meio pejorativo, a expressão burguesia para referir-se ao empresariado; e a expressão proletariado para referir-se aos trabalhadores assalariados.
Um dos primeiros precursores do socialismo utópico (socialismo, na prática, insustentável) foi o revolucionário francês François-Noël Babeuf, que, inspirado nas ideias de Jean-Jacques Rousseau, tentou em 1796 subverter a nova ordem econômica (burguesa) por meio de um levante popular. Foi preso e condenado à morte na guilhotina.
A crescente degradação das condições de vida da classe operária motivou o surgimento dos diversos teóricos do chamado socialismo utópico, alguns dos quais tentaram, sem sucesso, criar comunidades e unidades econômicas baseadas em princípios socialistas de inspiração humanitária e religiosa (católica principalmente).
Outro teórico francês importante foi François-Marie-Charles Fourier, que tentou acabar com a coerção, a exploração e a monotonia do trabalho por meio da criação de falanstérios, pequenas comunidades igualitárias que não chegaram a prosperar. Da mesma forma, fracassaram as comunidades fundadas pelo socialista escocês Robert Owen.
Socialismo – O pensamento socialista
Socialismo
O sistema capitalista: Efeitos e causas
O sistema capitalista enfrenta um dos maiores dilemas da sociedade em todo seu tempo: não distribui renda de forma justa a todas camadas da sociedade. Nesse sistema, maior parte da renda se concentra na mão dos empregadores, que correspondem a uma pequena parte da sociedade, a grande maioria da população, os trabalhadores, recebem apenas o chamado salário, esse último, na maioria das vezes, apenas suficiente para sua sobrevivência. Desta forma, existe um grande descontentamento da maioria com esse sistema capitalista, uma vez que todo lucro gerado pela produção (através da mão-de-obra) não é repassado para a mesma.
Recebem apenas o que o empregador determinou previamente como sendo o seu ordenado, mas e o lucro?
Esse irá apenas aos empresários ou detentores privados do capital. Assim percebemos que no sistema capitalista a tendência é que os pobres permaneçam onde estão e os mais ricos acumulem cada vez mais riqueza.
Karl Marx
Um dos grandes pensadores de seu tempo, idealizou uma sociedade com uma distribuição de renda justa e equilibrada, economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Heinrich Marx, nasceu em 05 de Maio de 1818, cursou Filosofia, Direito e História. Devido ao seu radicalismo, foi expulso da maior parte dos países europeus. Seu envolvimento com radicais franceses e alemães, no agitado período de 1840, fez com que ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema capitalista.
Para ele o capitalismo era o principal responsável pela desorientação humana e defendia a ideia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema, que segundo ele era o maior responsável pelas crises que se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais.
Esse grande revolucionário, que também participou ativamente de organizações clandestinas com operários exilados, foi o criador da obra O Capital livro publicado em 1867, mas que é citado até os dias de hoje, seu tema principal é a economia. A obra mostra estudos sobre o acúmulo de capital, identificando que o excedente originado pelos trabalhadores acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica cada vez mais rica as custas do empobrecimento do proletariado, ou seja, a classe trabalhadora. Com a participação de Engels, Marx escreveu também o Manifesto Comunista, que não poupou críticas ao capitalismo.
Até os dias de hoje, as ideias marxistas continuam a influenciar muitos historiadores e cientistas sociais, que aceitando ou não as teorias do pensador alemão, concordam com a ideia que para se compreender uma sociedade deve-se entender primeiramente sua forma de produção.
Karl Marx: suas ideias
Um dos pensadores mais influentes da história, autor de O Capital, Karl Marx, não escreveu para leigos e sim para economistas, o poder e a alta sociedade, uma vez que seu trabalho era embasado cientificamente.
Marx defende que o capitalista torna-se mais rico, na mesma medida que consegue explorar a força de trabalho dos outros cada vez mais, impondo assim ao trabalhador a abstinência de todos os outros fatores da vida, como lazer, bem-estar social, cultura, entre outros.
A maior crítica de Marx com relação ao capitalismo é a questão valor- trabalho é a teoria de que os salários tenderiam a um nível de subsistência, socialmente definido. De acordo com a teoria do valor-trabalho, o valor de qualquer bem é determinado pela quantidade de trabalho necessário para produzi-lo. Entretanto, conforme Marx reconhecia, esse valor deve incluir tanto o tempo de trabalho diretamente gasto na produção, quanto o tempo gasto em etapas anteriores ao mesmo, ou seja, o trabalho gasto em fazer as máquinas necessárias à produção.
Assim ele propunha: se o trabalho é a origem de todo valor, os trabalhadores recebem todo o valor do produto nacional, como contrapartida de sua contribuição?
A resposta é negativa, pois tudo que ele recebe é um baixo salário que representa uma fração do que ele produziu, o restante do valor ele define como mais-valia: ou seja, o lucro.
A mais-valia e a luta de classes
Trabalhadores de todos os países: Uni-vos! Com esse imperativo, Marx inicia sua crítica ao proletariado que lutando em grupos, conquistaria mais espaço no sistema capitalista.
Conforme sua visão acumula-se a riqueza na medida que se acumula a miséria um correspondente ao outro.
Segundo Marx, a exploração do trabalhador não decorre do fato de o patrão ser bom ou mau, mas sim da lógica do sistema: para o empresário vencer a concorrência entre os demais produtores e obter lucros para novos investimentos, ele utiliza-se da mais-valia, que constitui a verdadeira essência do capitalismo.
Sem a mais-valia o capitalismo não existe, mas, a exploração do trabalho acabaria por levar, por efeito da tendência decrescente da taxa de lucro, ao colapso do sistema capitalista.
Uma solução para o problema da grande exploração, segundo Marx, seria derrubar do poder o controlador capitalista, os empresários, com uma revolução, uma greve geral, e assim a tão idealizada sociedade comunista, apareceria, uma vez que o Estado desapareceria.
Através da abolição violenta dos direitos de propriedade, (os trabalhadores) centralizarão todos os meios de produção nas mãos do Estado. (Karl Marx)
Socialismo – Sistema Econômico
É um sistema econômico no qual o Estado tem a posse dos meios de produção: capital, edificações e terra.
O socialismo em sua teoria é justo e eficaz, já na sua pratica é difícil de funcionar. É um sistema econômico que visa igual distribuição de renda para todas as classes, não permitindo que existam milionários ou miseráveis na sociedade.
Nesse sistema os trabalhadores centralizarão todos os meios de produção nas mãos do Estado. Para os radicais de esquerda, é uma ferramenta crítica á sociedade estabelecida. Para a classe mais rica, o socialismo sugere uma conspiração para arruinar suas riquezas.
Não restam dúvidas que com o socialismo teríamos um sistema econômico mais humano e com melhor distribuição de renda, mas seria muito difícil vivermos numa sociedade em que todos têm o mesmo nível socioeconômico, uma vez que sempre a classe mais rica dependerá da mão-de-obra da classe mais pobre.
Os assalariados necessitam de manter-se empregados produzindo o lucro para a classe rica, somente com o lucro e crescimento da classe rica, cada vez mais os trabalhadores se manterão ativos na sociedade e crescerá o número de empregos.
A posição Marxista do socialismo prega que uma vez que o Estado fosse responsável pelos investimentos do país, todos teriam, por exemplo, habitação própria, mas é importante lembrar que esse sistema pode gerar alguns problemas tais como: é discutível se as decisões de investimentos tomadas pelo governo gerariam inovação tecnológica tanto quanto o capitalismo.
Uma vez que a concorrência capitalista obriga a busca por inovações.
Outro fator importante que se torna um problema para o socialismo é a mentalidade da sociedade hoje que apesar de criticar o capitalismo não sabe viver sem o mesmo.
Seria necessário demandar grande tempo de estudo e conscientização para que as pessoas entendessem a profundidade do sistema socialista.
Nossa sociedade é educada a pensar em ter sempre o seu melhor e o seu crescimento individual e não o do grupo.
Em suma, vê-se que o grande problema não esta no sistema econômico mas na mentalidade da sociedade que visa o seu beneficio próprio, vindo contra as regras regidas pelo socialismo. Ou seja se o individuo tem um carro, futuramente almejará ter dois o que é natural nas pessoas, não importando se seu vizinho não tem nenhum veículo.
Mais gritante ainda é termos países como Cuba, socialista, que incrivelmente há diferenças de classe e, a miséria predomina.
Motivo: má administração do Estado e não conscientização do real socialismo.
Esse talvez seja um argumento real de que o socialismo não funciona, haja vista a situação deste país.
A situação do consumidor nos países socialistas
Vale ressaltar que nos países de regime socialista as empresas não correm o risco de lançarem um produto no mercado e o mesmo não vir a fazer sucesso, uma vez que todos as pessoas certamente irão consumir o produto sem reclamar ou dizer que não gostou do modelo.
Isso se deve a obrigação imposta pelo governo que se consuma àquele produto sem verificar o real desejo da sociedade. No sistema socialista não importa o desejo das pessoas ou a individualidade das pessoas, mas sim o interesse coletivo, que é a funcionalidade do produto.
Um fato que pode ser usado como exemplo foi nos anos 50, a empresa Ford lançou o Edsel, um automóvel que foi um fracasso, principalmente nos EUA.
O modelo não caiu no gosto da população e simplesmente não vendeu, gerando dessa forma um enorme prejuízo à fábrica. Se fosse num país socialista isso não teria acontecido, uma vez que as pessoas não teriam outro modelo e seriam obrigadas a comprar o tal veículo. O que conta no socialismo não é o gosto ou modelo do carro, como neste exemplo, mas a sua funcionalidade, ou seja, o transporte de pessoas. Sendo assim, fica fácil compreender que num país capitalista uma decisão incorreta acarreta prejuízo, já no socialismo representa apenas uma perda para os consumidores.
O ideal seria um sistema socialista com a democracia capitalista, para que não fique tudo centralizado nas mãos governo, dando margem para abusos. Porém, sendo otimista, pra não dizer impossível, é uma possibilidade bastante remota.
A economia centralizada nos países socialistas
A antiga União Soviética foi o primeiro país a implantar um sistema socialista, durante quase trinta anos foi a única nação socialista de importância. Em 1917, o regime decadente e repressivo de czarismo russo foi substituído pelo governo moderado de Kerensky, em seguida foi derrubado pelo Partido Bolcheique, liderado por Lênin, um revolucionário marxista.
Somente depois que o exército vermelho de Lênin derrotou os Russos Brancos, em uma guerra civil sangrenta, repeliu uma tentativa de invasão pelos países ocidentais que tentaram desmantelar a revolução socialista que aqueles lideres puderam dedicar-se totalmente para a estruturação de um novo tipo de economia.
Essa economia tornou-se diferente das economias capitalistas em dois pontos principais: os ativos produtivos eram de propriedade do Estado, a tomada de decisões por um órgão central de planejamento.
Desta forma, a liberdade do consumidor era parcial, os preços eram estabelecidos pelo órgão de planejamento central e a propriedade dos ativos produtivos, os meios de produção, eram de propriedade estatal, com exceções no setor agrícola.
O planejamento central nos países socialistas
As decisões mais importantes, tomadas com relação aos investimentos e produção, são de responsabilidade de um órgão de planejamento central, nos países socialistas. Em comparação a nossa economia, estas decisões são tomadas pelos empresários, produtores individuais, que tem a liberdade de investir onde acharem mais vantajoso para sua respectiva empresa obter lucro, no entanto, outras decisões de produção, como construção de estradas, escolas, ou bens públicos, estão nas mãos do governo, seja estadual, municipal ou federal.
O planejamento econômico nos países socialistas é muito bem elaborado e faz uma previsão de todos os índices de produção, investimento, num determinado setor e são estabelecidas metas para todos as áreas.
Mas esses planejadores só fixam essas metas mediante uma consulta geral as empresas, sendo abertos a correções, quando necessárias, as metas originais do plano.
Os lucros obtidos no sistema socialista, não fornecem o mesmo tipo de incentivo a produzir que em uma economia de mercado, portanto, podem não desempenhar o mesmo papel crucial na alocação de recursos como o fazem em uma economia capitalista.
Os planejadores centrais podem decidir-se pela desativação de uma atividade lucrativa de modo a expandir uma outra que esteja dando prejuízos, exatamente o oposto do que aconteceria no modelo capitalista.
No sistema socialista, o diretor da empresa é voltado a obedecer às ordens a respeito do que produzir, podendo consultar os membros do planejamento central.
No sistema capitalista, o diretor seria um empresário que toma suas decisões acerca do que produzir, de acordo com a perspectiva de lucro.
Acredita-se que um problema econômico pode ser resolvido por meio do planejamento, mas a economia é muito complexa e imprevisível a ponto de se conseguir eliminar todos os possíveis imprevistos que venham a aparecer num mercado de produção em que cada item produzido, influência, direta e indiretamente, todos setores.
Socialismo X Comunismo
Socialismo
Muitos confundem o termo socialismo com o comunismo, mas entre ambos a algumas diferenças a considerar:
Numa sociedade comunista não existe o Estado nem as classes sociais. A sociedade é altamente desenvolvida, tanto nos setores tecnológicos como no setor produtivo, permitindo assim que o principio ?de cada um segundo as suas capacidades, a cada um segundo as suas necessidades? possa ser atendido.
Só que até o comunismo há um longo caminho a ser percorrido, a insuficiência no desenvolvimento das forças produtivas ainda não o permitem.
Para se chegar ao comunismo são necessárias algumas etapas de transição da sociedade. Primeiramente do capitalismo para o socialismo, em que o Estado defenda os interesses dos trabalhadores, utilizando uma democracia operária, onde os trabalhadores, em conselhos populares, decidam tudo sobre a vida política do país, tendo domínio sobe os meios de produção.
As principais diferenças entre a etapa do comunismo e a etapa do socialismo é o fim completo do Estado e a aplicação completa do principio: ?de cada um segundo as suas capacidades, a cada um segundo as suas necessidades e o fim do trabalho alienado.
Atualmente, somente Cuba, governada por Fidel Castro, mantém plenamente o sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio econômico dos Estados Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime socialista, utilizando, muitas vezes, a repressão e a ausência de democracia.
Pontos principais do sistema capitalista:
Grande parte do capital físico em uma economia de mercado é de propriedade privada, enquanto em uma economia socialista o capital físico é de propriedade do Estado. Os socialistas defendem que ele elimina uma das causas básicas da desigualdade no sistema capitalista: o poder e a riqueza concentrados com aqueles que possuem o capital e meios de produção.
No sistema socialista o capital físico é de propriedade coletiva, em vez de privada. Os níveis de produção e investimentos são fixados por uma instituição de planejamento central.
A maior vantagem no sistema socialista reside no fato de que as metas de produção industrial são fixadas de tal forma a manter um nível de desemprego mínimo, com algumas desvantagens: o planejamento centralizado determina um acúmulo de poder nas mãos das instituições políticas centrais. E quanto mais for centralizado for esse poder, maiores serão os riscos de abusos, haja vista a corrupção de alguns governantes, no caso do Brasil, por exemplo. A grande questão é: poderia uma economia centralizada operar no contexto de liberdade democrática abrangentes?
Um problema trazido com o planejamento generalizado da economia é que se torna extremamente difícil controlar e administrar o sistema econômico, o que determina, com frequência, pontos de estrangulamento e outras perdas de eficiência. Dessa forma, o planejamento central pode resultar em níveis altos de desemprego disfarçado, com trabalhadores determinados a produzir bens que não satisfazem as preferências dos consumidores.
Marxismo e anarquismo
Na metade do século XIX, separaram-se as duas vertentes do movimento socialista que polarizaram as discussões ideológicas: o marxismo e o anarquismo. Ao mesmo tempo, o movimento operário começava a adquirir força no Reino Unido, França e em outros países onde a industrialização progredia.
Contra as formas utópicas, humanitárias ou religiosas, Karl Marx e Friedrich Engels propuseram o estabelecimento de bases que chamaram de ?científicas? para a transformação da sociedade: o mundo nunca seria modificado somente por ideias e sentimentos generosos, mas sim, pela luta de classes. Com base numa síntese entre a filosofia de Hegel, a economia clássica britânica e o socialismo francês, defenderam o uso da violência como único meio de estabelecer a ditadura do proletariado (comunismo) e assim atingir uma sociedade justa, igualitária e solidária. No Manifesto comunista, de 1848, os dois autores apresentaram uma previsão de decadência do sistema capitalista e prognosticavam a marcha dos acontecimentos rumo à revolução socialista.
O anarquismo contou com diversos teóricos de diferentes tendências, mas nunca se converteu num corpo dogmático de ideias, como o de Marx.
Proudhon combateu o conceito de propriedade privada e afirmou que os bens adquiridos mediante a exploração da força de trabalho constituíam um roubo.
Bakunin negou os próprios fundamentos do estado e da religião e criticou o autoritarismo do pensamento marxista.
Piotr Kropotkin via na dissolução das instituições opressoras e na solidariedade o caminho para o que chamou de comunismo libertário.
Na Rússia czarista, o Partido Social Democrata foi fundado em 1898, na clandestinidade, mas dividiu-se em 1903 entre o setor marxista revolucionário, dos bolcheviques, e o setor moderado, dos mencheviques.
Liderados por Vladimir Lenin, os bolcheviques chegaram ao poder com a revolução de 1917.
As ideias socialistas tiveram bastante aceitação em diversos países das áreas menos industrializadas do planeta. Na maioria dos casos, porém, o socialismo da periferia capitalista adotou práticas políticas muito afastadas do modelo europeu, com forte conteúdo nacionalista.
Fim do “socialismo real” (comunismo)
Na última década do século XX chegou ao fim, de forma inesperada, abrupta e inexorável, o modelo socialista criado pela União Soviética. O próprio país, herdeiro do antigo império russo, deixou de existir.
Nos anos que se seguiram, cientistas políticos das mais diversas tendências se dedicaram a estudar as causas e consequências de um fato histórico e político de tanta relevância.
Dentre os fatores explicativos do fim do chamado “socialismo real” da União Soviética destacam-se a incapacidade do país de acompanhar a revolução tecnológica contemporânea, especialmente na área da informática, a ausência de práticas democráticas e a frustração das expectativas de progresso material da população. As explicações sobre o colapso da União Soviética abrangem os demais países do leste europeu que, apesar de suas especificidades, partilharam das mesmas carências.
Fonte: www.administradores.com.br/www.angelfire.com/www.wisegeek.com/www.geocities.com
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