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Nostradamus – Quem foi
Nostradamus (Michael de Notre Dame) foi o famoso profeta do século 16.
Nostradamus, o astrólogo e médico francês cujas profecias lhe renderam fama e seguidores leais durante sua vida, nasceu em 1503.
Ele é conhecido por ter “previsto” a Revolução Francesa, Napoleão, Adolph Hitler, a bomba atômica, atrocidade de 11 de setembro, e os assassinatos de JFK (John Fitzgerald Kennedy) e RFK (Robert Francis Kennedy), e apenas sobre tudo o que aconteceu desde o momento de suas previsões.
O médico Nostradamus acreditava que poderia prever o futuro e publicou suas previsões em “As Profecias”. Alguns acreditam que sim ou se tornarão realidade.
Muitas pessoas hoje acreditam que suas previsões se concretizaram ou se tornarão realidade no futuro. De acordo com Nostradamus, o mundo está previsto para terminar no ano 3.797.
Nostradamus é o nome latinizado de um profeta francês do século XVI chamado Michel de Notredame. Desde sua morte em 1566, estudiosos e leigos permaneceram fascinados pelas previsões de Nostradamus, nas quais muitos eventos futuros parecem ter sido estranhamente adivinhados.
Nostradamus – Vida
Quem foi Nostradamus?
Nostradamus
Nostradamus nasceu Michel de Nostradame em Saint-Remy-de-Provence, França em 1503. Ele estudou medicina e se tornou um médico, tratando vítimas da peste em toda a França e Itália.
Acredita-se que ele tinha um despertar psíquico. Ele começou a praticar o ocultismo e fazer previsões do futuro, que ele publicou em As Profecias.
Muitas pessoas hoje acreditam que suas previsões se tornaram realidade ou será no futuro.
Nostradamus era um médico (médico) e astrólogo (alguém que acredita que o futuro pode ser aprendido estudando as estrelas e planetas).
Hoje Nostradamus é recordado principalmente pelas previsões que ele fez de eventos futuros.
Nostradamus – Obra
Nostradamus
Grande obra Nostradamus de profecias, agora referido como “As Centúrias“, foi publicado em parcelas ao longo de vários anos.
O trabalho consistiu de cerca de mil quadras, versos de quatro linhas, coletados em grupos de cem.
O título “As Centúrias“, que refere-se à estrutura de organização do trabalho, não para períodos de tempo, aparentemente foi acrescentado após a época de Nostradamus.
O original era simplesmente “As Profecias de Michel Nostradamus“.
Nostradamus – História
Ele era ligeiramente menor que a altura média, fisicamente robusto, vivo e vigoroso
Tinha sobrancelhas largas, amplas, retas, bem como o nariz, olhos acinzentados, de olhar suave, mas que faiscavam quando estava bravo.
Seu semblante era severo e sorridente, de forma que sua severidade era vista como tempero de grande humanidade.
Suas bochechas eram avermelhadas, até mesmo na idade avançada, a barba era longa e grossa e, exceto na velhice, era vigoroso e enérgico, com todos os seus sentidos acurados e relativamente inatingível.
Com respeito à sua mente, era viva e idônea, facilmente capaz de entender qualquer coisa que quisesse.
O julgamento era refinado, a memória admirável e segura.
Ele era por natureza taciturno, pensava muito e falava pouco, ainda que discursasse perfeitamente bem conforme o tempo e o lugar exigiam.
De resto, era alerta, sujeito a raivas súbitas, imediatas, contudo, um trabalhador paciente.
Dormia somente quatro ou cinco horas por noite.
Prezava e valorizava a liberdade de expressão e era por natureza alegre, como também jocoso, picante, e gozador.
Aprovava o cerimonial da Igreja Romana e permaneceu fiel à fé católica e religião, defendendo que fora dela não havia salvação.
Reprovou firmemente os que se afastaram do seu círculo, que estavam se deixando beber e alimentar por condenáveis doutrinas estrangeiras de liberdades permissivas.
O fim deles, afirmou, seria ruim e desagradável.
Não deveria eu esquecer de mencionar que ele era um médico inclinado a prescrever jejuns, orações, doações de esmolas, e austeridade.
Detestava vício e o condenava severamente.
De fato, recordo que ao dar ao pobre, aos quais ele era muito generoso e caridoso, constantemente estavam nos seus lábios estas palavras da Sagrada Escritura: “Ama a retidão e odeia a iniqüidade” – Salmos, 33: 5
Nostradamus
Nascimento: 14 dezembro 1503, em Saint Remy de Provence.
1º casamento
Por volta de 1534 com uma jovem, com quem teve um filho e uma filha.
Essa esposa e esses filhos morreram vitimados pela peste (1538).
Há controvérsias sobre quem teria sido essa jovem. Uns estudiosos afirmam que ela teria sido uma desconhecida. Outros, que ela teria sido Adriette de Loubejac ou Audiette de Roque-Lobajac (esses são contestados pelos que garantem que tal Adriette ou Audiette teria sido a jovem de dezesseis anos de idade que teria sido esposada pelo fisósofo Jules-César Scaliger (nascido como César de L’Escalle ou L’Escallet), o quinqüagenário amigo de Michel Nostradamus.
Um terceiro grupo de estudiosos ficou com a opinião de que essa primeira mulher de Michel teria sido Anne de Cabrejas uma moça catalã, de Perpignan. Pelo que há na parte secreta das Centúrias, pelo menos entre as quatrocentas e vinte e nove (429) primeiras abordadas, a possibilidade maior é a de que essa Anne de Cabrejas tenha sido a verdadeira primeira cônjuge deste Michel. (Parágrafo corrigido em 24 agosto 2005 e 07 janeiro 2006).
2º casamento
Em 11 ou 26 novembro 1547 com Anne Ponce Gemelle, uma jovem viúva cujo nome é apresentado de diversas formas, tais como: Anne Ponsard Jumelle, Anne Pons Gimelle, Anne Ponce Gimelle etc.
Deste matrimônio nasceram seis filhos.
E todos, Anne e os meninos e meninas, sobreviveram a Michel. (Parágrafo corrigido em 24 agosto 2005).
Nascimento do filho Cesar ao qual dedicou o prefácio de “As Centúrias”: por volta de 1553-1554.
Morte: 02 julho 1566, em Salon-de-Provence.
Primeira edição das Centúrias: (incompleta pois nela haviam apenas as três primeiras centúrias e parte da quarta): 1555.
Segunda edição das Centúrias: (com as sete primeiras centúrias):1557. (Com duas impressões; a primeira, cheia de erros, chamada 1557 – Du Rosne, e a segunda, uma correção desta primeira, denominada 1557 – Du Rosne – Utrecht). (Parágrafo corrigido em 24 agosto 2005).
Terceira edição das Centúrias (completas): 1566 (ano da morte do autor). Esta edição, afirmada, pelos seus leiloadores e pelos comercializadores de suas cópias em fac-símile, como verdadeira e como a mais recentemente descoberta, recebeu o nome de “1566 – Edition Princeps”.
Quarta edição das Centúrias: (já completas e incluindo uma carta ao rei Henry II): 1558 (Póstuma, portanto).
Nota complementar
Os filhos de Nostradamus
Nomes e datas dos nascimentos dos seis (6) filhos do casamento (1547) de Michel Nostradamus com Anne Ponsarde Gemelle (ou Anne Ponce Gemelle ou Anna Pontia Gemella): Madeleine (1551), Cesar (1553 ou 1554), Charles (1556), André (1557), Anne (1558) e Diane (1561).
Nostradamus – Biografia
1503 – 1566
Nostradamus
O maior profeta de todos os tempos veio ao mundo ao meio-dia de 14 de dezembro de 1503 – uma quinta-feira, em Saint Rémy de Provence, sul da França, região próxima do Mediterrâneo.
Descendente de família judia recém-convertida – ou, como se dizia na época, cristãos novos -, o profeta freqüentava a igreja regularmente.
O sobrenome da família Notre-Dame (em português, Nossa-Senhora) foi tomado do bairro epônimo de Avinhão, cidade do sul da França onde já viviam em fins do século XV.
Em Avinhão, aos 14 anos, o jovem Michel começou a estudar humanidades, gramática, filosofia, retórica e arte num famoso centro renascentista. Já dominava o grego e o latim.
Ali teria entrado em contato com pessoas de idéias avançadas para a época, que vislumbravam uma nova teoria revolucionária, o heliocentrismo, postulado considerado herético pelo cânones.
Por isso, em 1522, sua família, ciente de suas idéias “subversivas”, com medo da Inquisição, achou por bem enviá-lo a Montpellier para estudar medicina na universidade local, cujo renome equiparava-se à de Paris.
Três anos depois o jovem Michel obteve o grau de bacharelado, recebendo licença para praticar a medicina. Saiu então a andarilhar pelas províncias em auxílio às vítimas da peste negra que assolava a Europa.
Quatro anos depois retornou a Montpellier para terminar os estudos, rematriculando-se em 23 de outubro de 1529.
Doutorou-se, recebendo o chapéu quadrado, que identificava os médicos (o mesmo chapéu que se vê em seu retrato na igreja de Salon), o anel de ouro, e um exemplar das obras de Hipócrates.
Foi-lhe oferecido um lugar de mestre na escola, e ele lecionou aí durante mais ou menos um ano.
Em 1532, por aí, andarilhou novamente, assistindo os enfermos de Narbonne, Toulouse, La Rochelle e Bordéus. Ganhando a vida como médico, Nostradamus também vendia cosméticos, perfumes e filtros de amor que ele mesmo preparava. Em 1534 estava em Agen, onde conheceu e logo se casou com Adriette du Loubejac, jovem de alta posição, com quem teve um casal de filhos (há quem diga que eram dois meninos). Em 1537 a peste chega a Agen e Adriette e os filhos morrem repentinamente, e o profeta se retira – dizem alguns biógrafos – ao mosteiro de Orval, no Luxemburgo.
Depois andarilhou novamente, percorrendo a França e a Itália. Em 1544 passou a residir em Marselha, passando a trabalhar contra a peste. Em 1547 seu irmão Bertrand manda chamá-lo a Salon e apresenta-lhe uma jovem viúva rica – Anne Ponsard Gemelle, com a qual se casa em 11 de novembro, tendo com ela três filhos e três filhas.
Morando em Salon, passou então a escrever um almanaque anual que era vendido pelos mascates às populações rurais. Esse almanaque, que fazia grande sucesso, basicamente tratava de previsões metereólogicas ordinárias, das plantações, condições locais e regionais.
Publicou ainda o Adornos e Cheiros Para Embelezar o Rosto, e em 1552 o Traité de Fardements et Confitures (Tratado de Adornos e Confeitaria), um livro de receitas diversas onde expõe métodos de assepsia para a conservação de doces em compotas, além de cosmética.
Em MAIO DE 1555, Nostradamuspublicou seu famoso livro de profecias – AS CENTÚRIAS -, pela casa Macé Bonhomme, de Lyon. Essa primeira edição continha apenas as três primeiras Centúrias e mais 54 quadras da quarta, precedidas pelo Prefácio de M. Nostradamusàs suas Profecias, dedicado ao seu filho César, recém-nascido.
Com o sucesso, a rainha Catarina de Médicis, apaixonada por ciências ocultas, mandou chamá-lo à Corte, onde chegou em 15 de agosto de 1555. Instalado, por fim, no palácio de Nevers, a nobreza vinha procurá-lo para horóscopos e palpites.
Em 1557 saiu uma segunda edição de As Centúrias, aumentada até a sétima. Em 1558 o editor de Lyon, Pierre Rigaud, imprimiu o livro com seu corpo principal, incluindo uma longa epístola supostamente dedicada a Henrique II. Em edições posteriores seriam acrescentados as Sextilhas e os Presságios, além de quadras suplementares.
A consagração de Nostradamuscomo grande profeta aconteceu ainda durante seu tempo de vida, com a morte trágica de Henrique II, em 10 de julho de 1559, prevista pelo profeta na quadra 35 da Centúria I. Mas, em 1561, cansado da superficialidade da corte, retornou a Salon, retomando seu trabalho. Montou então no ápice de sua bela residência um laboratório-observatório.
A casa ainda pode ser vista na Place de la Poissonnerie.
Em 1561 consta também a impressão, em Paris, do seu Le Remède Très Utile Contre la Peste et Toutes Flèvres Pestilentielles (O Remédio Muito Útil Contra a Peste e Todas as Febres Pestilentas).
Já na velhice, escreveu o Moultes Opuscules, onde narra sua atuação contra a peste na Provença, além de esporádicas passagens de suas andanças, particularmente pela Itália. Em 1572 imprimiu-se em Lyon seu Traité des Singulières Recettes pour Entretenis la Santé du Corps; les Confitures; Opuscule de Plusieurs Exquises Recette (Tratado de Receitas Singulares para Manter a Saúde do Corpo; Confeitarias; Opúsculo de Várias Receitas Esquisitas). Deixou também manuscritos onde parafraseava o Hórus Apolo, e uma paráfrase de Galeno.
O grande mago de Salon, atormentado pela gota, que evoluiu para hidropisia, sabendo que sua morte estava próxima, fez seu testamento em 17 de junho de 1566. No dia 30 o grande profeta acrescentou um codicilo ao seu testamento, e no dia seguinte o sacerdote local deu-lhe a extrema unção.
Nostradamus disse então ao seu grande amigo e discípulo, Jean-Aimé Chavigny: “Amanhã de manhã já não mais me vereis com vida ao nascer do sol.”.
Na manhã do dia 2 de julho de 1566 foi encontrado morto no seu gabinete de trabalho.
No presságio 141, última quadra de suas CENTÚRIAS, Nostradamus prediz a própria morte:
De retorno da Embaixada, tendo o presente do rei colocado no lugar,
Nada mais fará, será levado a Deus:
Os parentes mais próximos, amigos, irmãos de sangue,
Encontrá-lo-ão morto perto do leito e do banco.
Foi sepultado na igreja do Convento de Cordeliers.
Em seu túmulo constava um epitáfio, em latim, encomendado pela esposa:
“Aqui estão os restos mortais do mui ilustre Michel Nostradamus, o único, na opinião de todos os mortais, cuja pena, quase divina, foi digna de escrever segundo o movimento dos astros, os futuros acontecimentos que hão de acontecer no mundo inteiro. Viveu 62 anos, 6 meses e 17 dias. Morreu em Salon no ano de 1566. Que a posteridade não perturbe o seu repouso. Ana Ponsard, sua segunda esposa, deseja ao seu excelente esposo um eterno descanso”.
No decorrer da história seu túmulo foi visitado por muitas personalidades, entre elas Luís XIII, em 1622, Luís XIV e o cardeal Mazarino, em 1660.
Em 1700, quando exumaram-lhe os restos mortais para outro local do Convento, foi encontrada junto dos ossos uma placa escrita: 1700! Em 1793, durante a Revolução Francesa, quando se destruíam conventos, soldados marselheses antimonarquistas violaram as tumbas, e um deles arrombou o caixão de Nostradamuse espalhou os ossos pelo local.
Mas quando foram lembrados de que o profeta havia profetizado claramente o ano da queda da monarquia (“E durará esta até o ano de 1792…” Vide a Epístola a Henrique), os soldados recolheram os ossos de volta ao caixão, que foi então transladado para a capela da Virgem, na igreja de Saint-Laurent, em Salon. Seu túmulo ainda está lá, acompanhado de um retrato, e pode ser visto ainda hoje.
Nostradamus – O Vidente dos Reis
Nos últimos anos nenhum vidente conheceu a fama e o prestígio de Michel de Nostradamus, nascido na França em 14 de dezembro de 1503, neto de um astrólogo e apaixonado por fazer prognósticos.
Até os dias de hoje, aqui e ali, dependendo das circunstâncias, alguma das suas profecias, sempre registradas em linguagem enigmática, são lembradas para confirmar algum tipo de acontecimento sensacional.
A esperança e o temor
Nostradamus (1503-1566)
A França do século XVI tornara-se o lugar de pasto dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. A fome, a peste, a guerra e a morte, com sua foice tenebrosa, devastavam o pais de alto a baixo devido as Guerras de Religião. Travava-se do sangrento embate entre os católicos, integrantes da Liga, e os seus inimigos, os huguenotes, como os protestantes franceses eram conhecidos.
O reino encontrava-se de fato nas mãos de uma mulher, a rainha Catarina de Médicis, uma italiana intrigante que crescera em meio ao clima de conspirações que cercavam a sua família de banqueiros de Florença.
Obcecada por astrólogos, ocultistas e magos, assim que soube da arte dos prognósticos do doutor Michel de Nostradamus, resolveu consultá-lo.
O vidente era um médico do sul da França, nascido em Saint-Remy da Provença, em 14 de dezembro de 1503, há quinhentos anos atrás, e que atingira fama imediata pela publicação das famosas Centúrias, em 1555, o que fez a rainha convencer o seu marido, o rei Henrique II, a dar-lhe um posto entre os seus conselheiros, encarregando-o de fazer os horóscopos dos príncipes.
Diga-se que era costume entre os potentados daquela época, assombrados pelas superstições medievais e pela paranóia natural de quem exerce o poder, terem sempre um adivinho ou um áuspice ao seu inteiro dispor (como hoje é comum entre os executivos e donos das grande empresas norte-americanas carregarem um psicanalista à tiracolo). Kepler, por exemplo, um dos maiores cientistas daquele século, vivia preparando mapas astrais para os seus clientes ricos, e até Isaac Newton, que viveu na dita Era Clássica da Razão, com um pé no Iluminismo, não se furtou em exercitar-se na astrologia. Foi o poeta romano Luciano quem disse certa vez ser a Esperança e o Temor, sensações diversas, quem mais enchia os bolsos dos magos, dos bruxos, dos quiromantes e dos astrólogos.
Sátira e realidade
Catarina de Médici (1519-1589), protetora de Nostradamus
François Rabelais, o maior escritor satírico da Renascença francesa. que formou-se em medicina em Montpellier, a mesma de Nostradamus, chegou a ironizar esse costume, publicando ele mesmo um Almanaque Pantagruel, onde, entre tantos outros divertidos disparates, escreveu: ?Este ano os cegos enxergarão bem pouco, os surdos ouvirão muito mal, os mudos não falarão nada, os ricos se sairão um pouco melhor do que os pobres, os sãos bem melhor do que os doentes…a velhice será incurável este ano devido aos anos passados?, prevendo também que, para aquele ano, haveria ?um mal horribilíssimo, temidíssimo, maligno e perverso,….a falta de dinheiro! ?
Pois bem, independente das ironias do seu colega Rabelais, Nostradamus era um sucesso. Pináculo ainda maior da sua fama deu-se por ele ter previsto a dolorosa morte do rei Henrique II, vitimado em 1559, ao participar de uma liça contra um cavaleiro inglês, cuja lança perfurara-lhe a vista. Numa das suas quadras (Centúria I, 35) constava que O jovem leão há de vencer o velho/ Em duelo no campo de batalha/ Há de furar-lhe o olho em jaula área/ Dois em um ferimento, e crua morte. De fato, o soberano agonizou em grande sofrimento e Catarina, tornada viúva e rainha-mãe, entendeu que Nostradamus era um fenômeno.
Causou sensação a visita que ela, acompanhada pelo seu filho, o jovem rei Carlos IX, fez à Salon, em 1564, lugarejo da Provença onde o profeta se recolhera e onde mantinha a sua clínica médica e o seu laboratório de alquimia (Goethe, no ?Fausto?, teria se inspirado na descrição do gabinete de Nostradamus ). Imagine-se o que representou de prestígio para ele o fato da mulher mais poderosa do reino procurar o doutor Notre-Dame (como era o seu nome original), mesmo sabendo-se que o principal motivo dela andar na região da Provença era para acalmar os ânimos exaltados pelos ódios religiosos.
Ancestral arte dos prognósticos
Pelo lado materno é que Michel de Notre-Dame (latinizado para Nostradamus ) herdou o gosto pelos mistérios celestiais, as doidices dos cometas e pelo raro ofício do vaticínio. Um avô dele, Jean de Saint-Remy, sábio e astrólogo, são quem mais o influenciou, fazendo com que ele fosse iniciado no latim, no grego, no hebraico, na matemática e na astrologia. Graduado em 1529, foi quase um caminho natural para ele entregar-se bem mais às contemplações cósmicas do que à medicina. Os segredos da sua paixão pela arte da vidência ele expôs em dois textos célebres. O primeiro deles datado de março de 1555 – ele dedicou ao filho César Nostradamus, que lhe seguiu nas manhas astrológicas; o outro, mais longo, ele remeteu ao rei Henrique II, em 1557.
Nesta carta, apresentou uma súmula da sua obra, com uma série de outros dados enriquecedores ao entendimento do seu ofício de ocultista. Como todos os seus predecessores nas artes da adivinhação,
Nostradamus sentia-se alguém escolhido por forças tremendas, divinas, que o indicaram, entre tantos, para a missão de servir como o arauto do devir. Alguém capaz de – instruído nos mistérios que lhe permitiriam dominar as sutilíssimas e inconstantes leis que regem o Cosmo -, prever então como o futuro se descortinaria.
As quadras proféticas (*)
Centúria e quadra | Estrofe astronômica | Acontecimento |
I, 35 | “Jovem leão há de vencer o velho, em duelono campo de batalha, há de furar-lhe o olho em jaula áurea, dois em um ferimento, e crua morte”. |
A agonia e morte do rei Henrique II, em 1559 |
VII, 17 | “O príncipe, tão clemente e piedoso, apósassegurar a paz aos seus, por morte mudará seu grande engenho, depois de longa paz o reino sofre”. |
A morte de Henrique IV, de Navarra, rei francês que assegurou a liberdade religiosa aos huguenotes e que, por isso, foi assassinado por Ravaillac, em 1610 |
VII, 63 | “À noite virá pela floresta de Reines, Duas partes, Voltorte Herne, a pedra branca. O monge negro e gris, dentro de Varennes, Eleito o capitão, há fogo e sangue”. | A captura de Luís XVI em Varennes, quando fugia de Paris vestindo-se em trajes simples, em 1791. |
III, 7 | “Fugitivos, nos piques tendo o raio, combatem, junto aos corvos que crocitam, gritam da terra, pedem ao céu ajuda, Quando junto á muralha batem os homens.” |
A tomada da Bastilha pelo povo de Paris, em 14 de julho de 1789 |
(*) Estima-se que bem menos de 10% das previsões dele se confirmaram. Ocorre que ela ainda têm validade, conforme ele especificou, até quase o ano de 4000.
Fonte: www.biography.com/geocities.yahoo.com.br/www.history.com
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