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Império Persa – O que foi
O Império Persa é o nome dado a uma série de dinastias centradas no Irã moderno que se estendeu por vários séculos – a partir do século VI a.C. até o século XX d.C.
O primeiro Império Persa, fundado por Ciro, o Grande, por volta de 550 a.C., tornou-se um dos maiores impérios da história, estendendo-se da Península Balcânica na Europa, no oeste, até o Vale do Indo, na Índia, no leste. Esta dinastia da Idade do Ferro, às vezes chamada de Império Aquemênida, foi um centro global de cultura, religião, ciência, arte e tecnologia por mais de 200 anos antes de cair para os exércitos invasores de Alexandre, o Grande.
O Império Persa, também conhecido como Império Aquemênida, durou aproximadamente 559 a.C. a 331 A.C.E. Em seu auge, abrangia as áreas do atual Irã, Egito, Turquia e partes do Afeganistão e Paquistão.
O Império Persa surgiu sob a liderança de Ciro II, que conquistou o vizinho Império Medo governado por seu avô. A partir de então, Ciro foi chamado de “xá” ou rei da Pérsia.
Eventualmente ele ficou conhecido como Ciro, o Grande. Ciro era diferente de outros imperadores porque mostrou misericórdia para com as cidades e reinos que conquistou.
Ele era conhecido por poupar a vida de um rei derrotado para que o rei pudesse guiar Ciro e governar com sucesso os súditos dos cativos.
Ciro também praticava tolerância religiosa e cultural para com os conquistados.
O parente de Ciro, Dario I (conhecido como Dario, o Grande), assumiu o trono depois dele e construiu o império ao máximo.
Darius reconheceu que uma área tão grande precisava ser devidamente estruturada e organizada para funcionar com eficiência. Ele estabeleceu um sistema de províncias e governadores, e um serviço postal que abrangia o império Dario também usou o dinheiro do tributo pago a ele por cada província para financiar obras públicas, como estradas e canais, a fim de estabelecer comunicação ampla.
O Império Persa começou a declinar sob o reinado do filho de Dario, Xerxes. Xerxes esgotou o tesouro real com uma campanha malsucedida para invadir a Grécia e continuou com gastos irresponsáveis ao voltar para casa. A Pérsia foi eventualmente conquistada por Alexandre o Grande em 334 a.C.
Império Persa – História
Império Persa
A Civilização Persa formou o maior Império da Antiguidade Oriental.
Por muito tempo os povos Semitas, Hititas, Egípcios e Gregos foram vassalos dos Reis persas.
Por volta de 2000 a.C, a região do atual Irã, era habitada por dois povos distintos, os Medos e os Persas.
Em 558 a.C, os persas liderados por Ciro, destruíram a unidade politica dos medos, e passaram a controlar a região.
Foi formado o Reino da Pérsia que posteriormente conquistaria todo o Oriente. A Mesopotâmia, a Ásia Menor, e o Egipto passariam a fazer parte do Império Persa, iniciado por Ciro O Grande.
Com a morte do Rei Cambises, filho de Ciro, o controle da Pérsia passaria para Dario I que dividiu o grande Império em 20 Sátrapias, o mesmo que províncias.
Apesar de impor a sua dominação politica sobre os vários povos do oriente, os Persas respeitava as particularidades culturais de cada povo.
Estas províncias seria governadas por um Sátrapa, líder provinciano indicado pelo rei. Existia também outros funcionários, os chamados “Olhos e os Ouvidos do Rei” que tinham a função de fiscalizar essas províncias.
Para estimular o comercio no território persa, foram construídas estradas que interligavam as principais cidades do império. Um eficiente sistema de correio passavam as informações de uma província para a outra.
Para impulsionar as atividades comerciais no imenso império, foi criada uma única moeda padrão, O Dárico, cunhada em prata ou em ouro.
As mais importantes cidades persas eram Susa, Persepolis, Babilônia e Ecbatana.
Império Persa – Religião
No inicio da Civilização, os persas adoravam diversos deuses, mas, por volta do Século a.C.,o Profeta Zoroastro ou Zaratrusta, fundou uma religião monoteísta na Pérsia, o Zoroastrismo.
A nova religião persa ensinava que no mundo existe duas forças antagônicas que representava o Bem e o Mal.
Ormuzd Mazda era o único e verdadeiro Deus criador de todas as coisas boas no mundo. Uma de suas criações, Arimã, preferiu escolher um caminho errado, lançou sobre a terra a maldade que assola os humanos.
As pessoas que praticasse boas ações estaria seguindo Mazda. Como recompensa ele daria aos seus seguidores a vida eterna num lugar maravilhoso.
Já para aqueles que andasse no caminho do Mal, se tornariam escravos de Arimã e passariam a viver junto com ele no Reino das Trevas. Os princípios do Zoroastrismo estão contidos no “Zend Vesta”, a Bíblia Persa.
Império Persa – Arte e Arquitetura
No Campo da Arte os persas assimilaram a produção artística dos povos dominados por eles. Boa parte dos palácios persas foram construídos por artistas Assírios, Babilónicos, egípcios.
O Declínio do Império Persa
Na tentativa de conquistar os Povos da Grécia, o Império Persa encontraria o seu fim. No governo de Dario I, eles se envolveram nas Guerras Medicas contra os Gregos.
Desde a Batalha de Maratona os Persas amargariam sucessivas derrotas. Assim como Dario I, os reis persas Xerxes e Artaxerxes fracassaram no objetivo de subjugar os Gregos
No choque entre as duas Civilizações os gregos levaram a melhor. O Império Macedônico que havia conquistado toda a Grécia, tomou as dores dos gregos e passaram a lutar contra o Persas.
Em 332 a.C o Império Persa chegaria ao seu fim. Alexandre o Grande, Rei da Macedônia, depois de uma serie de Batalhas conquistaria todo Oriente, antes pertencente a Dario III, ultimo Rei da Pérsia Antiga.
IMPÉRIO PERSA – ASCENSÃO E QUEDA
No passado a atual planície iraniana foi ocupada por tribos árias (por volta de 1500 a.C.), das quais as mais importantes eram a dos medos, que ocuparam a parte noroeste, e a dos parsas (persas).
Estes foram dominados pelos medos até a ascensão ao trono persa em 558 a.C., de Ciro o Grande.
Este monarca derrotou os governantes medos, conquistou o reino da Lídia, em 546 A.C., e o da Babilônia, em 538 a.C., tornando o império persa o poder dominante na região.
Crônicas da época, descobertas na Babilônia, falam que Ciro conquistou territórios ao redor da Mesopotâmia, em meados do século VI a.C., antes de avançar sobre as capitais da região.
A conquista da Lídia colocou a Grécia na mira de Ciro. O rei babilônico Nabonido e sua capital foi a próxima vítima de Ciro.
Ciro morreu em 530 a.C., e seu filho Cambises assumiu o colosso do império Medo-Persa. Detalhados registros babilônicos e mediterrâneos se referem as vitórias do filho de Ciro Cambises.
O rei Cambises conquistou o Egito, e logo os persas dominavam toda Mesopotâmia, a Fenícia, a Palestina e vastas áreas que se estenderam até a Índia.
Cambises II marcha com o intento de tomar Cartago, mas fracassa vindo a falecer no regresso dessa batalha. Não havendo herdeiros diretos, Dario I subiu ao trono em 521 a.C., ampliou as fronteiras persas, reorganizou todo o império e exterminou várias revoltas. Ciente da imensa dificuldade de governar sozinho um vasto império dividiu em 20 províncias denominadas de satrapias.
Cada satrapia tinha um governador com título de sátrapa, escolhido pelo próprio rei.
Dario tentou apresentar uma visão harmoniosa do império que governava. A arquitetura das capitais Persépolis e Susã incorporou imagens pacíficas do todos os povos do império. No documento da fundação se Susã, Dario asseverou que os materiais de construção tinham vindo de distantes cantos de seu domínio, da Índia à costa jônica, e que muitos povos subjugados trabalharam na construção do esplêndido projeto.
PERSAS E GREGOS
Dario e seus sucessores deram ênfase à harmonia e realizações nos reinados. Mas, os gregos tinham relação conturbada com a superpotência vizinha.
Quando dominadas cidades gregas da costa jônica se rebelaram contra os persas em 490 a.C., Atenas e Erétria enviaram ajuda por parte da Grécia continental.
Líderes persas consideraram a iniciativa como uma rebelião de um povo que antes fora cooperativo para com eles, e enviaram expedição punitiva ainda em 490 a.C.
Como esta primeira expedição não logrou êxito, foi enviada uma segunda expedição liderada pelo filho de Dario, Xerxes, em 480 a.C. Apesar de algumas cidades imediatamente se curvarem aos persas, outros estados gregos resistiram bravamente. O ato de rebeldia foi momento definidor na consciência grega de independência em relação ao regime Persa. Xerxes tentou invadir a Grécia, mas foi derrotado na batalha naval de Salamina, em 480 a.C., assim como na batalha terrestre de Platea e na batalha naval de Micala (ou Micale), em 479 a.C.
IMPÉRIO MUNDIAL
Apesar da derrota na Grécia, a Pérsia continuou exercendo influência política e cultural no Mediterrâneo. Pagavam tributos aos reis persas, desde os povos citas, do norte Mediterrâneo até povos das fortalezas na fronteira do Alto Egito, no sul. A diversidade cultural abrangia desde as cidades históricas e sedentárias da Babilônia, onde residia uma elite cada vez mais miscigenada de gregos e babilônios, aos reinos emergentes na fronteira caucasiana, que enviaram destacamentos para o exército persa e reproduziram componentes da corte em sua arquitetura o objetos de luxo. Tudo para agradar ao grande Império. Mas, não era fácil administrar um império tão vasto e variado – simples viagem entre duas das várias capitais reais podia levar até três meses. Estradas reais, com postos de apoio e rações de viagem cuidadosamente administrados ofereciam eficiente rede de comunicações. Por esses caminhos se transportavam ordens, cartas, artigos de luxo e pessoal especializado.
Reuniam-se os exércitos localmente, da acordo com a necessidade. Os governantes persas falavam a própria lingua (o persa arcaico), somente registrado em poucas inscrições reais em monumentos de cidades do império. Fazia-se a comunicação oficial em aramaico, língua franca herdada da administração assíria.
Mas chegaram até os dias atuais apenas fragmentos de documentos de pergaminho e papiro.
Cartas do Egito e registros do Afeganistão ilustram como o movimento de funcionários e provisões era estritamente controlados por administradores locais, sob a autoridade de sátrapas – governadores persas em geral apontados pelo rei e que a ele respondiam. As interconexões levaram a intercâmbio sem precedentes de ideias e pessoas em vasta região.
DECLÍNIO E QUEDA
Durante o reinado de Artaxerxes I, segundo filho de Xerxes, os egípcios se rebelaram com a ajuda dos gregos. Embora a revolta fosse contida em 446 a.C., ela representou o primeiro ataque importante contra o Império Persa e o inicio de sua decadência. Apesar da boa organização, os persas não conseguiram controlar todo o gigantesco império. Os povos dominados vivam se revoltando, e as rebeliões foram dividindo e enfraquecendo o império.
O último rei da dinastia aqemênia, iniciada por Ciro, foi Dario III, que perdeu metade o Império na invasão de Alexandre, o Grande em 330 a.C. Dario III teria sido preso e morto por seu próprio exército.
No mesmo ano de 330 a.C. os gregos e macedônios, comandados por Alexandre o Grande, invadiram e destruíram o Império Persa.
Império Persa – Civilização
No século VI a.C., no reinado de Ciro, teve início a formação do Império Persa. Por suas façanhas político-militares, Ciro ficou conhecido como ” O Grande “.
O império por ele fundado durou mais de dois séculos. Foi um dos maiores impérios do Antigo Oriente Médio.
A evolução política
Em meados do II milênio a.C, tribos de origem indo-europeia emigraram para a região do planalto do Irã, na Ásia Central. Essa região é cercadas por cadeias de montanhas, ricas em minério, ferro, chumbo e metais preciosos. Grande parte da área central do planalto é dominadas por desertos e terras salgadas, havendo poucas terras férteis, propícias ao desenvolvimento agrícola.
Somente nos vales entre as montanhas é possível o cultivo de cereais e árvores frutíferas.
Entre as tribos indo-europeias que emigraram para o Irã destacaram-se os medos e os persas, que se estabeleceram, respectivamente, no norte e sul da região.
Ao final do século VII a.C., os medos tinham um império organizado, que se impunha sobre os persas. No reinado de Ciaxares ( 625-585 a.C.), os medos, aliados aos babilônios, conseguiram vencer os assírios, destruindo sua capital ( 612 a.C).
Trinta e cinco anos após a morte de Ciaxeres, Ciro II ( 559-529 a.C. ), rei dos persas comandou uma revolta contra a dominação dos medos. Em 550 a.C., conquistou o território medo, vencendo Astíages, filho de Ciaxeres.
Ciro promoveu a unificação dos persas e dos medos, lançando as bases da construção de um império que se tornaria um dos maiores da antiguidade.
Através de conquistas militares, Ciro e seus sucessores expandiram os domínios do Império Persa, que chegaram a ocupar uma vasta área, abrangendo desde o vale do rio Indo até o Egito e o norte da Grécia, incluindo toda a Mesopotânia.
Quando Dario lancou-se à conquista da Grécia, foi derrotado na famosa Batalha da Maratona ( 490 a. C.). Essa derrota praticamente assinalou o limite máximo das possibilidades de expansão do Império Persa.
O sucessor de Dário, Xerxes I tentou novamente conquistar a Grécia, mas também fracassou. Iniciou-se, então, a trajetória de decadência do Império Persa, que vai até 330 a.C., quando o império foi conquistado por Alexandre Magno ( Macedônia ), durante o reinado de Dario III.
Persa – Primeiro Império
A planície iraniana foi ocupada por volta de 1500 a.C. por tribos árias, das quais a mais importante era a dos medos, que ocuparam a parte noroeste, e os parsas (persas).
Estes foram dominados pelos medos até a ascensão ao trono persa, em 558 a.C., de Ciro o Grande, um Aquemênida.
Este derrotou os governantes medos, conquistou o reino da Lídia, em 546 a.C., e o da Babilônia, em 539 a.C., tornando o Império Persa o poder dominante na região.
Dario I subiu ao trono em 521 a.C., ampliou as fronteiras persas, reorganizou todo o império e esmagou a revolta dos jônios gregos.
Suas forças foram derrotadas na batalha de Maratona, em 490 a.C. Seu filho Xerxes I também tentou invadir a Grécia, mas foi derrotado na batalha naval de Salamina, em 480 a.C., assim como na batalha terrestre de Platea e na naval de Micala (ou Micale), em 479 a.C.
Este relevo em pedra representa Dario I, o Grande (à direita), e seu filho e sucessor, Xerxes I.
Dario I governou o império persa de 521 a 486 a.C.
Durante o século IV a.C., o império foi esfacelado em consequência de numerosas revoltas, mas o golpe final foi dado por Alexandre Magno, que anexou o Império Persa a seu domínio mediterrâneo depois de derrotar as tropas de Dario III numa série de batalhas, entre 334 e 331 a.C.
À morte de Alexandre, em 323 a.C., seguiu-se uma longa luta, entre seus generais, pelo trono.
O vencedor foi Seleuco I, que anexou o resto do antigo Império Persa a leste, até o rio Indo, assim como a Síria e a Ásia Menor. Desse modo, a Pérsia foi transformada numa unidade subordinada ao domínio dos Selêucidas, até que estes foram expulsos pelos partos, no século II a.C.
Administração do grande império
Durante o reinado de Dario I ( 521 a 485 a.C. ), o império Persa atingiu seu grande apogeu. Além de expandir militarmente o império, Dario cuidou, sobretudo, de organiza-lo administrativamente.
Dario dividiu o império em várias províncias, chamadas satrapias. Cada satrapia era governada por um administrador local denominada sátrapa.
Para prevenir-se contra o excesso de autoridade do sátrapas, procurou vigiar e controlar seus poderes, designando um general de sua confiança como chefe do exército de cada satrapia.
Além disso, periodicamente, enviava altos funcionários a todas as províncias para fiscalizar os sátrapas. Esses inspetores reais ficaram conhecidos como olhos e ouvidos do rei.
Não havia uma capital única para o Império, isto é, o rei poderia ficar, temporariamente, em algumas cidades, como Pasárgada, Persépolis, Ecbatona ou Sasa.
Ainda tendo em vista as questões da unidade administrativa, os persas aperfeiçoaram os transportes e as comunicações. Grandes estradas foram construídas entre as principais cidades do império, destacando-se a estrada que ligava as cidades de Sardes e Susa, com 2.400 Km de extensão. Desenvolveu-se também um bom serviço de correios, a cavalo, com diversos postos espalhados pelos caminhos.
A adoção da língua aramaica em todos os documentos oficiais era mais uma medida que visava a unidade do imenso império. O aramaico era a língua usada pelos funcionários do governo e principais comerciantes.
Vida econômica
A administração central do Império Persa não estabeleceu uma política econômica uniforme para seus vastos domínios. Cada região conquistada continuou exercendo suas atividades costumeiras, embora a unidade política imposta pelo império e a construção de grandes estradas servissem como incentivo ao maior intercâmbio comercial entre as diferentes regiões.
Faltava, entretanto,a circulação de moedas para facilitar ainda mais as trocas mercantis. Dario I, então, mandou cunhar moedas de ouro(daricos), mas a quantidade era insuficiente.
Só muito mais tarde permitiu-se a cunhagem de moedas de prata pelos sátrapas. Mesmo assim, a quantidade de moedas circulante não atendia às reais necessidades do comércio. Em vez de emitir moedas, os reis persas preferiam acumular tesouro sem metais preciosos, obtidos às custas dos tributos arrancados dos súditos. Guardavam essa enorme riqueza que, além de alimentar a vaidade, servia para despertar a cobiça de povos estrangeiros.
Quando Alexandre Magno conquistou o Império Persa, em 330 a.C., apoderou-se dos tesouros reais e iniciou sua transformação em moedas.
A medida colaborou de forma extraordinária para dinamizar o comércio dessa região.
Império Persa – Vida cultural
Foi no campo religioso que se deu a contribuição mais original dos persas: Zoroastro ou Zoratustra ( século VI a.C. ) fundou uma religião cuja doutrina foi exposta no livro sagrado Avesta.
A doutrina de Zoroastro pregava a existência de uma incessante luta entre Ormuz, deus do bem, e Arimã, deus do mal. Zoroastro afirmava que somente no dia do juízo funal, quando todos os homens seriam julgados por suas ações, Ormuz venceria definitivamente Arimã.
Um dos principais deuses auxiliares de Ormuz na luta contra o mal era Mitra, que se tornou fortemente adorado por muitos persa. Ormuz não tinha imagens, seu símbolo era o fogo. Por isso, aqueles que o reverenciavam eram chamados de adoradores do fogo.
O zoroastrismo valorizava o livre-arbítrio do homem, isto é, cada pessoa era livre para escolher entre o caminho do bem ou do mal. É claro que, conforme sua escolha, responderia pelas consequências no dia do juízo final.
Como os persas controlavam os povos vencidos
Comparados com os assírios, os persas podem ser considerados mais tolerantes. Os persas respeitavam a língua, os costumes e a religião dos povos dominados. Além disso, libertaram os judeus do Cativeiro da Babilônia e os auxiliaram a voltar para a Palestina e reconstruir o templo de Jerusalém.
O controle sobre os povos dominados era exercido principalmente por meio de supervisão, uma vez que mantinham as elites locais nos postos importantes.
Por outro lado, a sustentação da máquina burocrático-militar, do luxo do rei e das elites, seus palácios, haréns, parques de caça, roupas finas, adornos e banquetes recaía sobre a população.
Era grande o descontentamento popular, sendo agravado por outro fator: todos os povos do império estavam sujeitos ao serviço militar e deviam fornecer homens e mulheres para funções determinadas.
Os babilônios, por exemplo, deviam fornecer eunucos ( homens castrados ) para vigiar o harém real. O descumprimento das ordens persas podia resultar em pena de morte ou graves castigo.
O rei Dario I deixou inscrições onde pode-se verificar o cruel tratamento que destinava aos condenados: cortava o nariz e a orelha, arrancava a língua e os olhos, crucificava e expunha o corpo publicamente.
Além disso, outras modalidades de penas aplicadas eram: esfolamento, esquartejamento e decapitação.
A Pérsia
A Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, no extenso planalto do Irã. Ao contrário das regiões vizinhas, possuía poucas áreas férteis.
A partir do ano 2000 a.C., a região foi sendo ocupada por pastores e agricultores, vindos da Rússia, os quais se destacavam os medos, que se estabeleceram no norte, e os persas, no sul do planalto iraniano.
O império persa
Os medos, desde o século VIII a.C., tinham estabelecido um exército forte e organizado, submetendo os persas a pagarem altos tributos. Isso durou até quando o príncipe persa Ciro, o Grande, liderou com sucesso uma rebelião contra os medos. Depois isso, Ciro foi aceito como o único imperador de todos os povos da planície iraniana.
Para obter riquezas e desenvolvimento, Ciro deu início ao expansionismo persa. Em poucos anos, o exército persa apoderou-se de uma imensa área.
Seus sucessores Cambises e Dário I deram continuidade a essa política, ampliando as fronteiras do território persa, que abrangeu desde o Egito ao norte da Grécia até o vale do rio Indo.
Naturalmente, ocorriam diversas rebeliões separatistas promovidas pelos povos dominados. Para garantir a unidade do território e de seu poder, Dário I dividiu o Império persa em várias províncias, denominadas satrapias, nomeando os sátrapas, que eram altos funcionários, para poder administrar cada satrapia.
O declínio do Império
A grande ambição de Dario I era a conquista da Grécia. Porém em 490 a.C foi derrotado pelas cidades gregas, que se uniram sob a liderança de Atenas. Também seu filho Xerxes, tentou sem sucesso submeter os gregos. Essas campanhas foram chamadas de Guerras Greco-pérsicas.
A partir daí, os imperadores persas tiveram enormes dificuldades para manter o controle sobre os seus domínios, com a multiplicação das revoltas, dos golpes e das intrigas políticas no império.
Esses fatores contribuíram para o declínio do império, resultando na sua conquista em 330 a.C., pelo exército de Alexandre, o Grande, da Macedônia.
Império Persa – Economia
Inicialmente, a principal atividade econômica dos persas era a agricultura, onde os camponeses pagavam tributos em espécie para os nobres, e também para o Estado.
O Império Persa acumulou muitas riquezas. Durante o governo de Dario, foi criada uma moeda-padrão, o dárico, isso aliado a uma rede de estradas bem conservadas, serviu de estímulo para o comércio no império.
O crescimento do comércio também incentivou o artesanato, destacando os tecelões persas, que são conhecidos pela confecção de tapetes requintados e de boa qualidade.
Império Persa – Religião
A principal religião, criada pelos persas, foi o zoroastrismo. Essa era uma religião dualista ( crenças em dois deuses). Ormuz representava o bem e Arimã, o mal.
Segundo o zoroastrismo, no dia do juízo final, Ormuz sairá vencedor e lançará Arimã no abismo. Nesse dia, os mortos ressuscitarão e todos os homens serão julgados, os justos ganharão o céu e os injustos, o inferno.
A Religião Dualista dos Persas
Os persas criaram o zoroastrismo, uma religião dualista que acreditava na existência de dois deuses: Ormuz (Bem) e Arimã ( o Mal). Os princípios do zoroastrismo foram reunidos num livro, o Zend Avesta.
Vários deles influenciaram o judaísmo e o cristianismo.
Império Persa – Povos Egípcio
Os povos egípcio e mesopotâmicos tiveram grande valor na antiguidade com o uso inteligente dos rios em benefício de seus povos.
Houveram muitas inovações: existia um vasto uso da medicina no Egito, principalmente relacionado a cadáveres.
Os sumérios, na Mesopotâmia, não ficam de fora: inovaram com a criação das primeiras escolas, passando a seus alunos ensinamentos importantes, como sobre a escrita cuneiforme, novidade na época e que acabou fazendo sucesso entre várias civilizações antigas.
Escrita cuneiforme, utilizada pelos sumérios na mesopotâmia
O Império Persa, ao contrário dos dois povos citados anteriormente, começou sua expansão territorial muito cedo. Essa ação precoce da civilização persa elevou sua importância no mundo antigo.
Povo Persa – Origem
O povo persa teve origem no atual Irã, deslocando-se inicialmente do sul da Rússia (aprox. 2000 ac) e se fixando no Planalto Iraniano.
Os iranianos que formavam esse planalto, a princípio, se dividiam em dois grupos: os Medos, que viviam no norte, e os Persas, ao sul. Um governante de grande importância dos Medos foi Ciáxares, que se aliou ao caldeu Nabopolassar para dominar o Império Assírio, formando o 2º Império Babilônico.
Ciro, o Grande
Ciro, o Grande (560-530 a.C..), tornou-se rei dos medos e persas, após haver conquistado Ecbátana e destronado Astíages (555 a.C..). Conquistou também a Babilônia (539 a.C.).
O império ia desde o Helesponto até as fronteiras da Índia.
No Império persa a grande fonte do direito era a vontade do soberano de direito divino. Transgredir a lei emanada do soberano era ofender a própria divindade.
Os crimes de menor importância eram punidos com chibatada que podia ser, em parte, substituída pela multa pecuniária.
Os crimes mais graves eram severamente punidos com castigos bárbaros como a marca a fogo, a mutilação, a cegueira e a própria morte. A pena de morte era aplicada em casos de homicídio, estupro, aborto, grave desrespeito à pessoa do rei, e traição.
Os rebeldes recebiam punição exemplar: “eram levados à corte real onde lhes cortavam o nariz e as orelhas; mostravam-no ao povo e em seguida eram conduzidos à capital da província em que se haviam revoltado e aí eram executados”.
Havia diversos processos de executar a pena máxima: o veneno, a empalação, a crucifixão, o enforcamento, o apedrejamento, etc.
Apesar desses castigos severos, convém notar que a lei não permitia que se punisse com a pena de morte alguém que houvesse cometido um único crime; nem mesmo um escravo deveria ser punido com atrocidade por causa de uma única falta: seus méritos deveriam ser levados em consideração.
O rei era o supremo juiz, sobretudo em matéria penal. Em matéria civil encontramos, já sob o reinado de Cambises, filho de Ciro, juízes nomeados pelo soberano.
É conhecido o caso de Sesamnés, juiz real condenado à morte por haver recebido dinheiro a fim de pronunciar uma sentença injusta: após a sua morte, arrancaram-lhe a pele e forraram com a mesma cadeira em que se costumava sentar para exercer suas funções. Punição aplicada por Cambises (530-522 a.C.).
Outra pena tipicamente persa foi a do escaffismo, ou seja, o suplício dos botes: “tomavam-se dois botes ajustáveis, deitava-se de costa num deles o malfeitor, cobria-se com o outro. A cabeça, as mãos e os pés ficavam de fora, e o resto do corpo fechado. Faziam-no comer a força e picavam-lhe os olhos, passando-lhe na face uma mistura de leite e mel, deixando-o com o rosto exposto ao sol, que ficava coberto de moscas e formigas, restava no meio de seus próprios excrementos e os vermes que iam surgindo no meio da podridão de suas entranhas iam-lhe devorando o corpo.
Evidencia a História que Mitríades (quem teria criado tal pena) foi vítima desta pena, obra de sua própria criação, morrendo depois de dezessete dias de doloroso martírio”.
Ciro
Por volta de 500 ac, um persa chamado Ciro se relevou e derrubou o império dos Medos, trazendo com isso diversas reformas na região. Havia uma escassez de terras e um enorme crescimento demográfico na Pérsia, levando Ciro a impulsionar o chamado Imperialismo Persa. Foram conquistadas diversas regiões, como o reino da Lídia, do rei Creso e a própria Babilônia.
Ciro, o grande, líder que dava certa autonomia aos povos conquistados
Uma característica fundamental do Império Persa, entretanto, era a forma como essas conquistas eram realizadas. Ciro dava aos povos dominados uma certa autonomia, ou seja, não impedia que esses continuassem a ter sua própria cultura e tradições. Em troca disso, as nações conquistadas eram obrigadas a pagar pesados tributos e a fornecer homens para a civilização persa.
Cambises
Dez anos após a invasão à Babilônia, Ciro, o fundador do Império Persa, falece e é substituído por seu filho Cambises, que viria a travar uma guerra contra o faraó Psamético III, no Egito.
Esse combate ficou conhecido como Batalha de Pelusa, ou “batalha dos gatos”.
O nome “batalha dos gatos” vem da lenda de Heródoto, antigo historiador grego, que contava que o povo egípcio tinha fascínio por felinos. Sabendo disso, Cambises ordenou que seus homens levassem gatos para o campo de batalha, assustando os soldados egípcios, que ficavam com medo de ferir os animais.
Após a derrota do Egito e da execução do faraó Psamético III, Cambises retornava para terras persas, e foi assassinado durante uma revolta interna.
Dário I e Xerxes
Dário I
Seu sucessor foi Dário I, líder que vivenciou o apogeu do império persa.
Uma de suas primeiras medidas foi a divisão de toda a região do império nas chamadas Satrápias. Cada uma era governada por um Sátrapa, escolhido pelo próprio Dário.
Para evitar conflitos internos e corrupção nas províncias, Dário organizou uma rede de espiões conhecida como “os olhos e ouvidos do rei”. Além disso, criou um eficiente sistema de estradas, com 2400km de extensão, ligando todas as províncias com pontos de parada a cada 20km. Isso facilita muito a mobilidade, principalmente do correio. Outro feito de sucesso foi a abertura de um canal que dava acesso ao Mar Mediterrâneo, conhecido hoje como Canal de Suez, construído em 1869 pelos ingleses e franceses.
Dário I continuou com o imperialismo persa, mas encontrou problemas ao chegar no Mediterrâneo. Houve um choque imperialista com os gregos (atenienses), que controlavam as colônias ricas da região.
A essas guerras, chamamos de Guerras Médicas ou “guerras Greco-Pérsicas”. O nome de Guerras Médicas foi dado porque os gregos só conheciam os persas por “Medos”, povo já comentado no início do tópico.
Dário fracassou em vencer os gregos na Batalha de Maratona. Seu filho Xerxes falha também, perdendo a Batalha de Salamina. Após disputas internas, o império acabou enfraquecido e acaba sendo conquistado, no ano de 330 ac, por Alexandre, da Macedônia.
Culturalmente falando, os persas foram inteligentes e formavam uma espécie de mosaico das culturas de muitos povos. Ao dominarem os babilônios, por exemplo, passaram a utilizar da escrita cuneiforme.
Usaram a idéia de ter uma moeda, original dos lídios, na forma do Dárico, a moeda persa. A arquitetura da Mesopotâmia e o calendário solar egípcios também fazem parte dessa lista.
A religião persa é denominada Masdeísmo ou Zoroatrismo. É caracterizada pelo dualismo, ou seja, havia um deus bom (Ahuramazda) e um deus mau (Ahriman). O nome do livro sagrado dessa religião foi o Zend-Avesta. Presente no nome de um dos livros do filósofo Nietzsche, Zaratustra (ou Zoroastro) organizou o masdeísmo. Havia a crença no juízo final, na vinda de um messias e de uma vida eterna, bem semelhante a religião cristã, que foi influenciada pelo masdeísmo.
Fonte: civilizacoes-antigas.com/variasvariaveis.sites.uol.com.br/www.conhecimentosgerais.com.br/www.interlins.com.br/ryanvestibular.wordpress.com
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