PUBLICIDADE
A MULHER NA SOCIEDADE CELTA
A base da sociedade celta é a família no sentido extenso da palavra, comparável ao que foi observado nas cidades gregas e romanas. Essa família se chama “fine” entre os antigos gaélicos, e se observará que dito nome procede da mesma raiz que “Gwynedd”, nome do noroeste do País de Gales, e da palavra “veneti”, nome do povo gaulês que habitava o país de Vannes, Gwened em bretão.
Quando a família está completa, na Irlanda, toma o nome de “deirbhfine”, e compreende quatro gerações, do pai, que recebe o nome de “senn-fine” (cabeça ou chefe da família), aos filhos do sobrinho. Mas além desse parentesco, se produz uma migração e se constitui uma nova família, com uma participação obrigatória dos bens anteriormente comuns.
Muitos “fine” se agrupam em uma tribo, a “tuath”, que é a base da célula política da Irlanda.
A “tuath” tem a particularidade de ser auto-suficiente:possui sua hierarquia social bem determinada, que vai do chefe ao rei (ri), os escravos, os bens comunitários, seus regulamento e inclusive seus Deuses.
A consequência dessa quase autarquia da “tuath” no plano da história dos celtas é bastante destacável, pois explica a impossibilidade da unificação política. Os celtas não sentiram jamais a necessidade de agrupar-se em amplas e complexas políticas, já que a “tuath” era um todo, podia regular-se por si mesmo.
Os celtas não tinham noção de estado como os romanos, para os quais, a noção de estado, quase totalitário, representava a base de todo seu pensamento e de suas atividades. Por isso, no plano prático, isso conduziu os celtas à catástrofes, entre as quais foi o seu desaparecimento do jogo político europeu.
Na vasta compilação chamada “Livro dos Direitos”, escrita por ordem de Cormac Mac Cuilennain, rei-bispo de Cashel, em 903, compreendemos facilmente a origem desses costumes. Todo sucedeu como se os gaélicos houvessem sonhado com uma sociedade ideal e houvessem tentado aplicá-la em uma terra pastoril, pouco propícia a cultura. Entretanto, embora a sociedade gaélica fosse pastoril, os gaélicos são sedentários, solidamente implantados em diferentes regiões da Irlanda. Só nas fronteiras existiam “tuatha” móveis.
A diferença da sociedade romana baseada na possessão de terra por um ou por muitos titulares, a sociedade celta, sobretudo entre os gaélicos, se baseia na possessão comunitária da terra, indicando uma organização totalmente organizada para a criação de rebanhos.Como os germanos e os latinos, a moeda mais antiga era o gado, considerado como a única base da riqueza.
Por isso, o modelo de contrato feudal, que encontramos na Irlanda é um contrato de gado. Teoricamente, a terra é propriedade do estado, propriedade comum e indivisível. O rei é o magistrado eleito pela comunidade, encarregado pela administração e que pode autorizar um membro qualquer da “tuath” a trabalhar com vistas ao bem comum, ou ocupar determinado território para estabelecer sua morada ou plantar a terra. Porém, ao fazê-lo, o rei não atua como um soberano feudal. Porém, a maioria das vezes, não é a terra, ou a simples autorização de estabelecer-se em um território, que recebe o membro da “tuath”, e sim cabeças de gado. Sobre ele repousa o sistema feudal celta. O tomador recebe do arrendador uma ou muitas cabeças de gado e contrai assim, obrigações com esse último, obrigações que um contrato firmado ante um druida (ou sacerdote na época cristã) estipulado com precisão.
Todos aqueles que recebiam gado eram pois, “ipso facto”, englobados na hierarquia social, em graus diversos segundo a importância de cada um. Existiam as classes dos servos e dos homens livres. Os homens livres compreendiam desde o rei até o mais humilde camponês. Servos e homens livres constituíam, em caso de contrato de gado, os “ambactoi”, cujo sentido é “servidores”.
Esse contrato de gado, que se manteve por muito tempo na Irlanda, explica o por quê as mulheres, que podiam possuir rebanhos, não estavam excluídas e gozavam, pois, de uma situação diferente das mulheres das sociedades baseadas no direito exclusivo da terra.
Aspecto Jurídico e Social
Na sociedade celta, segundo um grande número de testemunhos, a mulher tinha o direito de escolher seu marido e portanto, não poderia casar-se sem seu próprio consentimento.
Quando havia uma jovem na idade de casar-se, se organizava uma grande festa, para qual eram convidados todos os jovens. A moça elegia seu marido, oferecendo-lhe água para lavar as mãos. Segundo as mais antigas leis galas, as de Gwynedd, as jovens podiam casar-se com a idade de 12 anos.
Muito embora, essa eleição por parte da jovem, não quer dizer que seus parentes estejam ausentes no contrato de casamento. Não há o que duvidar que a célula base é a família. Existe, portanto, um acordo entre famílias e ele conduz a um casamento que será exclusivamente de regime dotal, seja qual for a classe social que pertençam os nubentes.
Todo homem celta que desejava casar-se, deveria pagar uma certa soma, e a mulher, por sua vez, também deveria dar o mesmo montante. Todos os anos, se faziam as contas da fortuna das partes. Se guardava os frutos conseguidos, e o marido superveniente desfrutará da parte que é sua, aumentado com tudo que conseguir posteriormente. Porém, no caso do desaparecimento do marido, a mulher não herda do falecido, toma tão somente a sua parte e adicionando os frutos em comum. O mesmo ocorre se o homem ficar viúvo.
O homem que, na Irlanda, deseja casar-se com uma mulher, deve abonar obrigatoriamente um direito de compra, o “coibche”. Esse “coibche” está destinado ao pai da prometida se essa se casar pela primeira vez. Porém se sua filha se casa pela segunda vez, o pai não receberá mais do que dois terços da soma, e o terço restante irá para a filha. Se essa se cassasse pela terceira vez, o pai ficaria com a metade e assim sucessivamente. Ao vigésimo primeiro casamento da filha, o direito do pai se extingue. Quando o pai está morto, é o irmão, em princípio, o mais velho, que tem direito a metade da compra da prometida pelo futuro marido.
Porém, apesar da compra, desse “coibche”, a mulher irlandesa não entrava na família do marido, como acontecia com a mulher romana. A mulher casada romana, por “coemptio”, caía em “manu amriti”, pertencia a família do marido e deixava de ser proprietária. A mulher irlandesa continua possuindo seus bens, entretanto, se ficar viúva, não era ela que recebia a compensação devida e sim a família do marido. Se ela, entretanto, volta a casar, se repartirá o novo “coibche” com sua própria família. Se afirma, desse modo, por via legal, uma independência grande da mulher casada.
A mulher irlandesa levava para o casamento seu dote, “tinnscra”, que era um conjunto de obséquios que lhe outorgam seus parentes. Dito dote é propriedade pessoal, pois no caso de dissolução do casamento, por divórcio ou desejo conjugal, ela o recobra integralmente, ao mesmo tempo que sua liberdade.
No País de Gales, o método seguido era o mesmo. O homem satisfazia o preço de compra da mulher, o “gobyr”, que era equivalente ao “coibche”. A mulher leva o dote, “argweddy, que era igualmente pessoal. Porém o marido, ou a família desse, deveria pagar por outra parte o “cowyll”, ou seja, o preço da virgindade.
Deve-se dizer que esse “cowyll” se pagava antes da primeira noite, enquanto que em Roma e entre os germanos, não se outorgava senão no dia seguinte a noite das bodas, de onde deriva seu nome técnico de “morgengabe”. Essa diferença de dia de pagamento, demonstra o respeito que os celtas tinham pela mulher, enquanto que os romanos e germanos e, a sua retaguarda, os cristãos, fizeram dela um ser hipócrita e enganosa.
O divórcio entre os celtas era muito comum, inclusive na época cristã.
Ele se deve, em primeiro lugar, justamente porque o casamento não tinha caráter sagrado, tratava-se tão somente de um contrato submetido à cláusulas: se essas cláusulas não fossem respeitadas, o contrato seria anulado.
Não eram realizadas grandes cerimônias para um casamento. A literatura gaulesa e irlandesa não mencionam mais do que um festim para consumar o casamento.
O matrimônio celta aparece como uma espécie de união livre protegida pelas leis e sempre possível de se romper. E, no divórcio celta, o homem e a mulher estão situados em um plano de estrita igualdade.
Uma segunda razão que explica a facilidade do divórcio e a relativa fragilidade do casamento, é o osceltasadmitiam a monogamia, a poligamia e inclusive a poliandria (matrimônio coletivo). Foi César que afirmou que certas tribos bretãs praticavam uma espécie de poliandria (matrimônio coletivo).
O que podemos assegurar, é que existiu entre os celtas a poligamia, pois em uma época de sua história, encontramos a instituição do concubinato legal. Todo homem, inclusive o casado, podia ter uma ou mais concubinas. A origem se encontra na presença de um verdadeiro contrato, mediante o qual o homem compra a concubina, a “ben urnadna” (esposa por contrato). Porém, o mais importante é que a compra tem a validade de um ano, podendo renovar-se o contrato só no final do prazo.
Essa cláusula denota mais uma vez a preocupação dos legisladores celtas por salvaguardar a liberdade da mulher: a doutrina do “habeas corpus”, característica do direito anglo-saxão, parece aplicar-se nesse âmbito concreto.
Se o contrato durasse um ano e um dia, a concubina, ao concluir o período, pertenceria ao homem, em virtude do usucapião: o homem teria direita a revender a concubina e de ficar com o dinheiro da dita venda, em detrimento da concubina e dos pais desta. Desse modo, a concubina recuperava obrigatoriamente a liberdade.
Devemos ainda acrescentar, que o concubinato, ou matrimônio anual, na Irlanda expirava em um dia que correspondia a uma grande festa pagã.
De qualquer forma, o concubinato legal do homem não prejudicava em nada os direitos da esposa legítima, que era a única que recebia o título de esposa e podia mandar na concubina ou concubinas de seu marido que a ajudavam nas tarefas domésticas. Por outro lado, a esposa poderia impedir a presença de uma concubina em sua residência familiar. Se o marido passasse por cima dela, sempre podia divorciar-se. Segundo a lenda da Santa Brigida de Kildare, podemos citar o caso do druida Dubtach, que havia comprado uma concubina e a havia deixado grávida. A esposa legítima que não admitiu o feito, ameaçou divorciar-se se Dubtach não se separasse da concubina. Ao divorciar-se, ela recuperava não só seu “coibtche”, preço de compra, como também seu pecúlio, seu “tinnscra”. A ameaça fez com que o druida repensasse seu ato e acabou se separando de sua concubina para conservar sua legítima esposa, juntamente com os bens que essa possuía.
COM QUEM FICA O PODER FAMILIAR?
Na sociedade celta, o homem era o cabeça da família, mas nem sempre é a cabeça do casal. As leis irlandesas apresentam três aspectos bem distintos em relação à situação matrimonial e, segundo cada caso, o papel da mulher ou do homem podem trocar completamente. Quando a esposa, a “cetmunter”, tem a mesma fortuna e o mesmo nascimento do marido, estará em um plano de completa igualdade. Pode estabelecer, por sua própria autoridade, qualquer contrato que presuma vantajoso. O consentimento do marido só é necessário em caso de um contrato ser considerado desfavorável. Do mesmo modo, a mulher tem o direito de exigir a anulação de todos os contratos desfavoráveis estabelecidos por seu marido e que comprometa sua própria fortuna.
Quando a esposa é inferior pela classe que ocupa, e, sobretudo, se sua fortuna é inferior a de seu marido, seus direitos se reduzem muito. Aqui explica-se a origem da famosa disputa da rainha Maeve e do rei Ailill, que deu início a grande narração “Tain Bo Cualnge”, disputa que gira em torno da apreciação de suas respectivas fortunas, e que têm como consequência uma guerra inexplicável por Maeve para apropriar-se de um toro que valia mais que o touro de seu marido.
Já se, a mulher possui uma fortuna maior que seu marido, ela é a cabeça da família, sem contestação possível. A autoridade do marido é quase nula. Recebe o nome de “fer fognama”, ou seja, “homem serviçal”, ou também “fer for ban thincur”, “homem embaixo do poder de uma mulher”. Em numerosas narrações épicas, é a situação do rei Ailill, que não pode dizer absolutamente nada contra as decisões da rainha Maeve. Tal estado das coisas é uma situação privilegiada para a mulher casada, não só dona de seu próprio destino, como também do destino do homem. Sem dúvida alguma, se trata da reminiscência de um estado social anterior, onde a mulher desempenhava na vida familiar e política um papel bem mais importante (época do matriarcado).
A reminiscência desse matriarcado primitivo, aparece em um velho costume que encontramos na literatura irlandesa e gaulesa: nomear os heróis segundo o nome de sua mãe e não de seu pai. Sendo assim, o rei Conchobar também recebeu o nome de “filho de Ness”; Gwydyon e Ariannrod são “o filho e a filha de Don”; Setanta-Cuchulainn é o “filho de Dechtire. Parece que aí há uma sucessão matrilineal, que os narradores não puderam suprimir.
OUTRAS IMPORTANTES ATIVIDADES FEMININAS
Além disso, as mulheres casadas tinham acesso a diversas funções. Segundo testemunhos, elas participavam na celebração da missa (período cristão), prática denunciada pelos bispos continentais. Existiam também, mosteiros mistos, de homens e mulheres, como o fundado em Kildare pela célebre santa Brigida sobre o templo pagão, onde as mulheres vigiavam um fogo que não podia apagar-se, algo que recorda as Vestais romanas.
Mas, as mulheres celtas não se limitavam somente a essas funções quase sacerdotais, mas desempenhavam ainda, um importante papel na educação das crianças e dos jovens.
Sabemos que existiu um costume bastante singular, qualificado pelo nome de “fosterage”: que se tratava de enviar as crianças para fora de sua família natural, à casa de um “fosterer” que se encarregaria de alimentá-lo e criá-lo, até ao ponto que os laços que unem o pai nutridor e o filho adotivo, sejam tão fortes como os entre o verdadeiro pai e o filho. Entretanto, não só criavam vínculos entre a criança e os pais adotivos, mas como também entre todos aqueles que se criavam juntos.
Na literatura irlandesa existem inumeráveis exemplos desse tipo de situação, em que irmãos de leite e irmãs de leite estão ligados entre eles por obrigações mais importantes do que as provocadas pela fraternidade natural.
Mas tão somente a instituição “fosterage”, não basta para a educação de um jovem guerreiro. Ao entrar para a adolescência, deveria deixar seus pais adotivos e iniciar-se nos ofícios das armas junto com mulheres guerreiras extremamente misteriosas, estabelecidas no norte da ilha da Bretanha, no territórios dos pictos.
Na Irlanda, a narração da “A Educação de Cuchulainn” e da “Infância de Finn”, são as mais significativas sobre esse ponto de vista. No País de Gales, a narração de Peredur, arquétipo da “Busca do Graal”, proporciona detalhes arcaicos referentes a esse costume.
Essa tradição literária, coincide com a visão que tinham os autores da antiguidade clássica das robustas gaulesas, sempre dispostas ajudar seus maridos nas guerras ou em disputas. Segundo Diodoro de Sicilia (V, 32): “entre os gauleses, as mulheres são quase da mesma estatura que os homens, com os quais rivalizam em coragem”.
Outro aspecto dessas mulheres guerreiras, educadoras, militares e bruxas, é o de iniciadora sexuais. Essa curiosa instituição guerreira, aparece também como uma espécie de prostituição mais ou menos sagrada. É a concreta indicação, mais uma vez, que a liberdade sexual entre os celtas era muito grande, pois tanto as leis como os textos literários não marcados pelo Cristianismo, não existiam tabus sexuais.
A fragilidade do casamento é uma prova absoluta disso. A prática do concubinato também. Qualquer homem, casado ou não, podia contratar um desses famosos matrimônios anuais. A mulher que aceitava esse tipo de situação, não sofria nenhum constrangimento perante à sociedade, bem ao contrário.
A sociedade celta, antes do Cristianismo, jamais conheceu a noção de pecado: com mais razão não a encontrou na sexualidade.
É justamente a liberdade sexual que explica em grande parte a importância da Mulher na sociedade celta. Ao não ser considerada um objeto de “pecado” e não ser um ser “frágil” em uma sociedade mais pastoril e guerreira do que agrícola, só podia ter salvaguardado um grande parte o papel que havia ocupado em épocas posteriores.
A sociedade celta se encontrava na metade do caminho entre as sociedades do tipo “paternalistas”, agrícolas e estruturadas segundo a posse da terra por parte do pai de família, e as sociedades chamadas de “matriarcado”, nas quais as mães, ou a mulher em geral, segue sendo o vínculo fundamental da família e o símbolo da fertilidade.
A mulher celta, tanto a irlandesa como a bretã, desfrutavam de sua liberdade, desfrutavam de direitos, consequência de sua classe social ou de sua fortuna pessoal, que lhe permitia converter-se em chefe de família, que podia reinar, que podia ser profetisa, maga, educadora, que podia casar-se ou permanecer “virgem”, que podia herdar uma parte de seus bens de seu pai e de sua mãe.
Acho que ainda nos serão necessários alguns séculos para que as mulheres recuperem todos esses direitos e privilégios perdidos por nossas ancestrais. Por enquanto, só nos resta estudar sobre a imagem ideal da mulher, tal qual como ela já foi imaginada não só pelas mulheres, mas também pelos homens.
Fonte: www.rosanevolpatto.trd.br
História dos Celtas
A Mitologia Celta é bastante complexa. É difícil fixar, no tempo e no espaço, o limite exato do domínio celta. Foram antes uma raça que um povo, que acabou por influir em toda a Europa e na formação de diversos outros povos. A Alemanha seria o centro de sua moradia.
Os Celtas continentais se estenderam pela Hungria até a Grécia e a Ásia Menor. Jamais formaram uma nação unida, organizada; formavam, sim, tribos separadas, que se atacavam frequentemente.
Os Celtas insulares ocuparam os países do Norte, Grã-Bretanha e Irlanda.
Os últimos celtas passaram do Norte da Gália para a ilha da Bretanha, com o nome de belgas. Se sabe muito pouco de sua mitologia.
Esta pode ser chamada de mitologia celta-latina, galo-romana ou galo-latina, que é a mitologia celta que chegou até nós graças a escritos latinos e trás, evidentemente, os nomes e os atributos dos deuses à moda latina; sempre que isso ocorra chamaremos a atenção, para que não se imagine que adoravam Apolo ou Minerva.
Abnoba –Deusa da Floresta negra (Forêt-Noire, Schwarzwald).
Andrasta –Deusa guerreira. Aparece com a rainha Budica. Tinha um esposo de que foi identificado com Marte (deus da guerra) romano.
Arduina –Deusa de Ardennes. Foi identificada pelos romanos como Diana, a Ártemis grega.
Balor –Gigante irlandês de “mau olho”; tinha as pálpebras caídas sobre os olhos e era mister um forcado para erguê-las; seu congênere gaulês chamava-se Yspaddaden.
Belenos –“O Brilhante” ou “Aquele Que Reluz”, divindade que pelos romanos foi identificada como o Apolo latino.
Brigit –Irmã do deus Oengus, o Cupido irlandês, divindade do amor. Brigit é uma deusa tríplice, a menos que haja três irmãs com o mesmo nome. É venerada pelos poetas, ferreiros e pelos médicos. Enquanto deusa das estações do ano, seu culto se celebrava no primeiro dia de fevereiro, dia do Imbolc, a grande festa de purificação.
Bron –O deus marítimo Llyr teve dois filhos: Bron ou Brân (Bron é irlandês e Brân é gaulês) e Manannân ou Manawydan.
Brân era um enorme gigante que nehum palácio ou nenhum navio podia abrigar; atravessou a vau o mar da Irlanda para combater e destruir um rei e seu exército; estendido através de um rio, seu corpo gigantesco serviu de ponte para o exército passar.
Possuia uma caldeirinha mágica com a qual ressucitava os mortos.
Harpista e músico, era o protetor dos fili e dos bardos.
Rei das regiões infernais, lutou para defender os tesouros mágicos que o filho de Dôn queria roubar.
Ferido por uma flecha envenenada, ordenou que lhe cortassem a cabeça, a fim de abreviar seu sofrimento; a esta cabeça decepada continuava a dar ordens e conversar durante 87 anos, que tantos foram necessários para levar o corpo à sepultura, uma colina de Londres.
A cabeça cortada de Brân, voltada para o sul, prevenia a ilha de toda invasão; o rei Artur, imprudente, mandou exumá-la, tornando possível a conquista da saxônia.
Cuchulainn – As aventuras de Cuchulainn (diz-se Cu-hu-lim) constituem a epopéia principal do ciclo heróico de Ulster. Ao nascer, chamava-se Setanta; era filho de Dechtiré, irmã do rei Conchobar, casada com Sualtan, o profeta. Seu pais verdadeiro, porém, era o deus Lug, mito solar dos Tuatha Dê Danann. Foi criado entre os demais filhos dos vassalos e guerreiros do rei. Com sete anos matou o terrível cão de guarda de Culann, chefe dos ferreiros de Ulster; vem daí o nome Cuchulainn, “Cão de Culann”. O menino possuia uma força incrível e, quando dominado pela ira, lançava calor intenso e suas feições transformavam-se, pavorosamente. Algum tempo depois de matar o cão, massacrou três guerreiros mágicos gigantes, que tinham desafiado os nobres do Ramo Vermelho (uma milícia ou ordem primitiva de cavaleria de Usler, provavelmente). Depois, mandam-no para Scâthach, a Rainha das Trevas, epônima da ilha Skye, onde conclui sua educação. A feiticeira ensina a ele a arte da magia. Antes de voltar para casa, decide matar uma inimiga de sua professora, a amazona Aiffé, uma mortal. Não só a derrota mas deixa-a grávida. Volta, assim, para Ulster, munido de armas prodigiosas. Pouco tempo passado, se apaixona por Emer (diz-se Avair), filha de Forgall Manach, mágico poderoso. Este não permite o relacionamento; Cuchulainn, então, rapta-a, depois de ter matado toda a guarnição e o pai da moça. Neste período é que as grandes batalhas e aventuras tomam lugar.
Dagda – O “Deus Eficaz”, é o nome pelo qual era chamado o deus-chefe Eochaid Ollathair. Dagda era bom para tudo: dos mágicos é o primeiro e o mais poderoso, temível guerreiro, habilíssimo artífice e o mais esperto de todos quantos “possuem a vida e a morte”. Possui uma caldeirinha mágica que pode alimentar todos os homens da terra. Chama as estações do ano tocando sua harpa divina. Veste uma túnica curta e traz na cabeça um capuz. É o senhor da vida e da morte, dispersador da abundância.
Dana –É a companheira de Bilé. A sua descendência chama-se Tuatha Dê Danann (tribos da deusa Dana).
Druidas –Diz-se que eram a casta sacerdotal dos antigos celtas. Se por sacerdotes se designam pessoas especialmente consagradas, com caráter profissional, para executarem ritos religiosos e culturais, nomeadamente o ato do sacrifício, em nome da comunidade ou em seu nome próprio então eles não foram sacerdotes. Se o tivesse sido, então encontrá-los-íamos, certamente, ocupando lugar de destaque entre os celtas da Itália, Espanha, etc. Nessas regiões, porém, os druidas diferem radicalmente dos da Gália ou Irlanda. O nome “druida” é derivado de duas raízes, dru e vid; justos, significariam “aqueles que têm o conhecimento profundo ou completo”; ou seja, eram “mestres” ou “filósofos”. Formavam uma ordem e não uma casta. Dividiam-se em três classes: os druidas propriamente ditos, possessores do extremo poder que, mais tarde, cederam aos brenns (daí o nome que os romanos davam ao general celta que invadiu a Itália e conquistou Roma, Breno), “os chefes” ou “generais guerreiros”; os eubages, advinhos e sacrificadores; e os bardos, que cantavam hinos e celebravam as façanhas dos heróis. Os druidas acreditavam na imortalidade da alma e na metempsicose (metamorfose do homem em animal. Cabe citar quetodos os xamãs espalhados pelo mundo, assim como diversos teurgos também acreditavam nisso); cultuavam vários deuses, mas não possuíam templos: reuniam-se nas florestas sombrias; sua assembléia geral era perto de Dreux; nas grandes calamidades imolavam vítimas humanas. O druidismo atribuia virtudes a certas plantas, à verbena, à selagina, ao sâmolo e, especialmente, ao agárico ou, melhor, ao visco ou visgo (que era cortado, em certos dias, com grandes cerimônias, sobre velhos carvalhos). Eram médicos, astrônomos, físicos e conselheiros. As druidesas, feiticeiras e profetisas, tinham seu principal santuário na ilha do Sena.
Épona –“A Cavaleira” ou “A Amazona”. É representada sempre a cavalo, sentada de lado, como as amazonas do século passado; na cabeça trás um diadema; ao seu lado vê-se uma jumenta ou um poldro, que, às vezes, é alimentado pela deusa. Seus atributos eram a cornucópia, uma pátera e frutos. Presidia, também, à fecundidade do solo, fertilizado pelas águas.
Fionn –Chefe dos Fionna de Leinster, o herói Fionn ou Fionn mac Cumhail é o fanfarrão que mata monstros também sendo um mágico. Vive de aventuras, é desconfiado e astucioso. É filho de Ossian e avô de Oscar; são seus inimigos Goll e seu irmão Conan. Seu nome significa “Branco” ou “Louro”. Morreu em uma batalha, em Ghabra.
Govannon –O nome é bretão; a forma irlandesa é Goibniu e significa “ferreiro”. Este deus é o Vulcano das tribos celtas insulares; fornece armas aos membros do clã e aos aliados.Consideram-no, na Irlanda, arquiteto das altas torres redondas e das primeiras igrejas cristãs.
Ossian –Era filho de Finn. É, certamente, a mais importante personagem do ciclo feniano ou de Ossian. Quando foi da derrota de Gabhra, escapou graças à deusa-fada Niamh, que conduziu sua barca de vidro para Tir na n-Og, o paraíso céltico. Passou lá 300 anos de juventude, enquanto o tempo e os reinos (e os reis) passavam na terra. No fim desse tempo quis retornar à face da terra. Niamh lhe confia a montaria mágica que ela mesma usava, recomendando-lhe que não pusesse o pé em terra. Ossian, entretanto, cai da montaria e bate no solo terrestre e quando ergue-se, custosamente, era um velho fraco e cego.
Tricéfalo –É uma personagem com três cabeças ou com três rostos. Em uma estela encontrada em La Malmaison o Tricéfalo domina o par divino formado por Mercúrio e Rosmerta. Era apenas uma representação do deus que os romanos identificaram ao seu Mercúrio. A multiplicação das cabeças seria a forma prática de multiplicar o poder da divindade.
Fonte: criptopage.caixapreta.org
História dos Celtas
O povo celta : abordagem histórica
Em 500 a.C., haviam-se estabelecido como agricultores pela Europa Central e Noroeste.
As famílias celtas viviam no seio da tribo, em pequenas cabanas construídas em colinas-fortaleza, para se defenderem dos frequentes ataques de outras tribos.
Em tempos de paz, criavam animais e plantavam nas terras próximas. Cada tribo era comandada por um chefe ou rei. Os druidas eram membros muito importantes da tribo.
Os Celtas eram habilidosos no trabalho com metais e faziam utensílios de ferro, armas e fina joalharia. Por esta data os especialistas em metais já utilizavam o ouro, a prata e o bronze. Em oficinas enfumaçadas e quentes, derretiam minérios em potes de argila, sobre fogueiras de carvão.
Munidos somente de ferramentas feitas de ossos e ferro, criaram símbolos celtas inconfundíveis, entrelaçando e recurvando fios de metal ou martelando formas sobre ornamentos.
Apreciavam festas e bebida. Lutavam com ferocidade mas sem disciplina e foram facilmente conquistados pelos romanos.
No entanto, os guerreiros celtas eram terríveis – pelo menos na aparência. Os homens normalmente vestiam toscas de lã, mas, nas batalhas, combatiam nus, usando apenas colares. Seus corpos eram pintados de azul com uma tintura extraída das folhas de uma planta chamada ísatis. Os guerreiros lutavam com espadas, lanças e fundas e protegiam-se com escudos de bronze ou de madeira.
Eles avançavam sobre o inimigo a pé, gritando e batendo nos próprios escudos. Alguns sopravam cornetas. Embora fossem combatentes destemidos, os celtas nunca foram um exército eficiente, por causa da indisciplina.
Os guerreiros celtas também tinham um muito particular código de honra em combate. Eles consideravam inaceitável, por exemplo, que um só homem fosse atacado por dois inimigos ao mesmo tempo. Como resultado, foram com facilidade batidos pelas altamente disciplinadas e treinadas legiões romanas.
Os Celtas não tinham língua escrita. Suas leis, rituais e lendas eram transmitidas oralmente. Línguas célticas sobrevivem em áreas do noroeste da Europa. Na Irlanda e na Escócia, fala-se o goidélico. O gaélico é a forma moderna dessa língua. Outras formas de línguas célticas, chamadas britônicas, são também faladas no País de Gales e na Cornualha, sudoeste da Inglaterra. O bretão, outra língua céltica, é falado na Bretanha, noroeste da França.
Que comiam os Celtas?
Os Celtas gostavam de comer e de beber, comiam muita carne que obtinham de animais domésticos e de animais selvagens que caçavam.
Pescavam nos rios e ferviam em leite as algas do mar. Cada família fazia o seu próprio pão e gostavam de comer pão com carne.
Os Celtas já usavam o sal para cozinhar, obtendo o sal em minas. O sal era muito importante não só para cozinhar, como também para fazer conservas. A carne era conservada ,salgando-a ou secando-a.
Como se vestiam os Celtas?
Depois de obter a lã, os celtas, como outros povos antigos, faziam as suas próprias roupas utilizando um tear e lãs de diferentes cores.
De que material eram as casas Celtas?
No círculo à direita pode-se ver como era uma parede de uma casa celta.
O vime entrelaçado formava uma espécie de cobertura, aplicando-se barro para tornar a parede mais resistente.
Deuses e Druidas Celtas
Quem eram os druidas ? O que melhor se pode dizer é que os druidas foram membros de uma elevada estirpe de Celtas que ocupavam o lugar de juízes, doutores, sacerdotes, adivinhos, magos, médicos, astrónomos, etc. mas que evidentemente não constituíam um grupo étnico dentro do mundo Celta. Eram grandes conhecedores da ciência dos cristais.
As mulheres célticas gozavam de mais liberdades e direitos do que as de outras culturas contemporâneas, incluindo-se, até mesmo, o direito de participarem de batalhas, e de solicitarem divórcio. Neste contexto havia mulheres druidas. Na cultura druídica, portanto, a mulher tinha um papel preponderante pois era visa como a imagem da Deusa.
No contexto religioso os druidas eram sacerdotes e sacerdotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade, a Deusa Mãe. Embora prestassem culto à Deusa Mãe mesmo assim admitiam que todos os aspectos expressos a respeito da Divindade eram ainda percepções imperfeitas do Divino. Assim, todos os deuses e deusas do mundo nada mais eram do que aspectos de um só Ser Supremo – qualquer que fosse a sua denominação visto sob a óptica humana.
A palavra druida é de origem céltica, e segundo o historiador romano Plínio – o velho, ela está relacionada com o carvalho, que na realidade era uma árvore sagrada para eles.
Desde que o povo celta não usava a escrita para transmitir seus conhecimentos, após o domínio do cristianismo perdeu-se muito das informações históricas daquela maravilhosa civilização e especialmente das que a precederam deste o fim da Atlântida, excepto aquilo que permaneceu zelosamente guardado nos registros de algumas Ordens Iniciáticas, especialmente a Ordem Céltica e a Ordem Druídica. Por isto muito da história dos Druidas até hoje é um mistério para os historiadores oficiais; sabem que realmente que existiu entre o povo Celta mas que não nasceram nesta civilização.
Sendo assim impõe-se a indagação: de onde vieram os Druidas? Seriam Deuses? Ou Bruxos?
O pouco que popularmente é dito a respeito dos druidas tem como base diversas lendas, como a do Rei Arthur, onde Merlin era um druida.
Diversos estudiosos tem argumentado que os Druidas originariamente pertenceram à pré-céltica (não Ariana) população da Bretanha e da Escócia.
Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, a cultura druídica foi alvo de severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito dela embora que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.
Os Druidas dominavam quase todas as áreas do conhecimento humano, cultivaram a musica, a poesia, tinham notáveis conhecimentos de medicina natural, de fitoterapia, de agricultura e astronomia, e possuíam um avançado sistema filosófico muito semelhante ao dos neoplatónicos. O povo celta tinha uma tradição eminentemente oral, não faziam uso da escrita para transmitir seus conhecimentos fundamentais, embora possuíssem uma forma de escrita mágica conhecida pelo nome de escrita rúnica. Mesmo não usando a escrita para gravar seus conhecimentos eles possuíram suficiente sabedoria a ponto de influenciarem outros povos e assim marcar profundamente a literatura da época, criando uma espécie de aura de mistério e misticismo.
A Igreja Católica, inspirada pela Conjura, demonstrou grande ódio aos Druidas que, tal qual outras culturas, foram consideradas pagãs, bruxos terríveis, magos negros que faziam sacrifícios humanos e outras coisas cruéis. Na realidade nada disso corresponde à verdade, pois quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito bem recebidos, até porque a tradição céltica conta que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (Taça usada por Jesus na Última Ceia).
Em torno disto existem muitos relatos, contos, lendas e mitos, especialmente ligados à Corte do Rei Arthur e a Távola Redonda. São inúmeros os contos, entre eles, aqueles relativos à Corte do Rei Arthur, onde vivera Merlin, o mago, e a meia-irmã de Arthur, Morgana, que eram Druidas.
A religião druídica na realidade era uma expressão mais mística da religião céltica. Esta era mais mágica, por isso mais popular, com formas de rituais mais rústicos, e muito mais ligado à natureza ambiental, à terra que era tratada com carinho bem especial. A mais popular das expressões religiosas dos celtas constituiu-se a Wicca, que o Catolicismo fez empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos.
São frequentes os festivais célticos. Para eles o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de cada um havia um grande festival.
Eram eles:
Imbolc –celebrado em 1 de Fevereiro e era associado à deusa Brigit, a Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das crianças;
Beltane –celebrada em 1 de Maio. (também chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa “brilho do fogo”. Este festival, muito bonito, era marcado por milhares de fogueiras;
Lughnasadh –(também conhecido como Lammas), dedicado ao Deus Lugh, celebrado em 1 de Agosto;
Samhain –a mais importante das quatro festas, celebrada em 1 de Novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao Halloween.
Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações. Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer mas que com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse. Toda a ação era livre, mas traria sempre uma consequência, boa ou má, segundo as obras praticadas. Mesmo sendo livre, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.
A Igreja Católica acusava os Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais diferentes pura ironia!
A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida atualmente como lei do carma.
Não admitiam que a Divindade pudesse ser adorada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas , principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimonias.
Em vez de templos fechados eles reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.
Enquanto em alguns dos festivais célticos os participantes o faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força.
Por não usarem roupas em alguns festivais e por desenvolverem ritos ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos, quando não realidade tratava-se de ritos sagrados.
Fonte: eb23-briteiros.edu.pt
História dos Celtas
DEUSES CELTAS
Abnoba –Deusa da Floresta negra (Forêt-Noire, Schwarzwald).
Airmid –filha de Diancecht divindade da medicina.Contam as lendas que Airmid colheu 365 talos que cresceram sobre a tumba de seu irmão Miach e organizou de forma fazer um manto com eles onde cada um dos talos curavam qualquer doença do mundo.Tudo seria perfeito se Diancecht por ciúme(ele havia matado Miach por ciúme) não tivesse misturado os talos.Dizem as lendas que se ele não tivesse feito isso hoje saberíamos a cura para todas as doenças.
Andrasta –Deusa guerreira. Aparece com a rainha Budica. Tinha um esposo de que foi identificado com Marte (deus da guerra) romano.
Angus óg –”O deus jovem” do amor , do erostismo e da beleza, tinha uma arpa como a de Dagda, mas a sua era feita de ouro, e a musica que dela emanava era tão doce que ninguém que a ouvisse resistia ao chamado de acompanhá-la; seus beijos se tornavam pássaros que iam de encontro aos casais enamorados de toda Erin.
Arduina –Deusa de Ardennes. Foi identificada pelos romanos como Diana, a Ártemis grega.
Balor –Gigante irlandês de “mau olho”; tinha as pálpebras caídas sobre os olhos e ao erguê-las destruia e definhava tudo o que o seu olho avistasse ;conseguiu seu ”mau-olho” quando criança e ao olhar escondido pela fresta de uma janela onde as feiticeiras de seu pai estavam a preparar uma poção mágica uma exlplosão acertou seu olho;seu congênere gaulês chamava-se Yspaddaden.
Belenos –“O Brilhante” ou “Aquele Que Reluz”, divindade pré-céltica que simboliza as chamas.
Boann –esposa do Dagda é ligada diretamente com o rio Boyne e a sua lenda.
Brigit –Irmã do deus Angus Óg,divindade do amor. Brigit é uma deusa tríplice, a menos que haja três irmãs com o mesmo nome. É venerada pelos poetas, ferreiros e pelos médicos e principalmente as mulheres que cuidam do lar. Enquanto deusa das estações do ano, seu culto se celebrava no primeiro dia de fevereiro, dia do Imbolc.Seu caldeirão arde com três chamas;o fogo que cura, o que forja e o que inspira.
Bilé –Divindade pré-céltica ligada a Morte
Bron –O deus marítimo Llyr teve dois filhos: Bron ou Brân (Bron é irlandês e Brân é gaulês) e Manannân ou Manawydan. Brân era um enorme gigante que nenhum palácio ou nenhum navio podia abrigar; atravessou a vau o mar da Irlanda para combater e destruir um rei e seu exército; estendido através de um rio, seu corpo gigantesco serviu de ponte para o exército passar. Possuia um caldeirão mágico com a qual ressucitava os mortos. Harpista e músico, era o protetor dos fili e dos bardos. Rei das regiões infernais, lutou para defender os tesouros mágicos que o filho de Dôn queria roubar. Ferido por uma flecha envenenada, ordenou que lhe cortassem a cabeça, a fim de abreviar seu sofrimento; a esta cabeça decepada continuava a dar ordens e conversar durante 87 anos, que tantos foram necessários para levar o corpo à sepultura, uma colina de Londres. A cabeça cortada de Brân, voltada para o sul, prevenia a ilha de toda invasão; o rei Artur, imprudente, mandou exumá-la, tornando possível a conquista da saxônia.
Cuchulainn –As aventuras de Cuchulainn (diz-se Cu-hu-lim) constituem a epopéia principal do ciclo heróico de Ulster. Ao nascer, chamava-se Setanta; era filho de Dechtiré, irmã do rei Conchobar, casada com Sualtan, o profeta. Seu pai verdadeiro, porém, era o deus Lug, mito solar dos Tuatha Dê Danann. Foi criado entre os demais filhos dos vassalos e guerreiros do rei. Com sete anos matou o terrível cão de guarda de Culann, chefe dos ferreiros de Ulster; vem daí o nome Cuchulainn, “Cão de Culann”. O menino possuia uma força incrível e, quando dominado pela ira, erradiava calor intenso de seu corpo e suas feições transformavam-se, pavorosamente. Algum tempo depois de matar o cão, massacrou três guerreiros mágicos gigantes, que tinham desafiado os nobres do Ramo Vermelho (uma milícia ou ordem primitiva de cavaleria de Ulster, provavelmente). Depois, mandam-no para Scâthach, a feiticeira-guerreira, epônima da ilha Skye, onde conclui sua educação. A feiticeira ensina a ele a arte da magia. Antes de voltar para casa, decide matar uma inimiga de sua mestra, a amazona Aiffé, uma mortal. Não só a derrota mas deixa-a grávida. Volta, assim, para Ulster, munido de armas prodigiosas. Pouco tempo passado, se apaixona por Emer (diz-se Avair), filha de Forgall Manach, mágico poderoso. Este não permite o relacionamento; Cuchulainn, então, rapta-a, depois de ter matado toda a guarnição e o pai da moça. Neste período é que as grandes batalhas e aventuras tomam lugar.
Crédné –O bronzista dos Thuata de Dannan.Constitui junto com Luchtainé e Goibniu o ”na trí dé dána”, ou os três deuses das artes.
Dagda –O “O bom deus”, é o nome pelo qual era chamado o deus-chefe Eochaid Ollathair. Dagda era bom para tudo: dos mágicos é o primeiro e o mais poderoso, temível guerreiro, habilíssimo artífice e o mais esperto de todos quantos “possuem a vida e a morte”. Possui um caldeirão mágico que pode alimentar todos os homens da terra além de curar todos os ferimentos existentes. Chama as estações do ano tocando sua harpa divina feita de carvalho. Veste uma túnica curta e traz na cabeça um capuz. É o senhor da vida e da morte, dispersador da abundância.Seu cajado mágico pode com uma ponta ressuscitar uma pessoa e com a outra retirar a vida, este cajado por sinal só pode ser empunhado por Dagda,e qualquer outro que tentar não conseguirá de tão pesado que ele se torna.
Dianecechet –deus da medicina, médico dos deuses teve como fillhos Miach, Airmid, Etan(esposa de Oghma), Cethé, Cu e Cian ( que se casou com Ethniu, filha de Balor que teve como filho Lugh).
Dana/Danu –Companheira de Bilé. A sua descendência chama-se Tuatha Dê Danann (tribo da deusa Dana).Acredita-se estar ligada ao Danúbio um dos principais locais de exploração dos vestígios dos celtas.
Épona –“A Cavaleira” ou “A Amazona”. É representada sempre a cavalo, sentada de lado, como as amazonas do século passado; na cabeça tras um diadema; ao seu lado vê-se uma jumenta ou um poldro, que, às vezes, é alimetado pela deusa. Seus atributos eram a cornucópia, uma pátera e frutos. Presidia, também, à fecundidade do solo, fertilizado pelas águas.
Fionn –Chefe dos Fianna de Leinster, o herói Finn ou Fionn mac Cumhail é o fanfarrão que mata monstros também sendo um mágico. Vive de aventuras, é desconfiado e astucioso. É seu filho Ossian e seu avô Oscar; são seus inimigos Goll e seu irmão Conan. Seu nome significa “Branco” ou “Louro”. Morreu em uma batalha, em Ghabra.
Govannon –O nome é b retão; a forma irlandesa é Goibniu e significa “ferreiro” ; fornece armas aos membros do clã e aos aliados.Consideram-no, na Irlanda, arquiteto das altas torres redondas e das primeiras igrejas cristãs, ele também era possuidor dos segredos de uma bebida em que se acreditava fornecer invulnerabilidade.
Luchtainé –o carpinteiro dos Thuata de Dannan.
Lugh –Mito solar dos Tuatha de Danann, Lugh das muitas artes é conhecido por suas inúmeras habilidades; é guerreiro, poeta,historiador,magista,construtor, campeão, médico, copeiro,caldeireiro, ferreiro e carpinteiro. Possui um elmo que o torna invisível e uma lança sedenta por combates que nunca erra o alvo.
Llyr –Deus dos mares e tempestades, o impetuoso Llyr teve dois filhos; o gigante Bron e o famoso Manannán MacLlyr, possuidor de tesouros e segredos mágicos.
Mider –deus do submundo,era ligado a ilha de falga ( ilha de Man), onde em uma cidadela guardava três vacas e um caldeirão mágicos; ele é ao meu ver representado como uma espécie de vítima já que todas as suas posses foram saqueadas inclusive sua esposa Etain,que fora levada por Angus óg.
Nuada ”Mão-de-prata” –Rei supremo dos Thuata de Dannan, afastado após perder seu braço em batalha e depois retornando ao trono com um braço mágico de prata novo acabando com a tirania do rei meio Tuatha meio Fomore Bress que havia tomado o seu lugar.
Oghma –Oghma, também conhecido como Cermait ( boca de mel), é o deus da poesia e da eloquencia, divindade protetora dos fili irlandeses, Oghma foi o responsável pela criação do agham, alfabeto rúnico utilizado pelos druidas em seus rituais e marcações secretas.
Ossian –Era filho de Finn. É, certamente, a figura mais importante ciclo feniano ou Ossianico. Quando aconteceu a derrocada de Gabhra, escapou graças à fada Niamh, que o conduziu para Tir na n-Og,( a terra da juventude). Passou lá 300 anos de jovialidade plena, enquanto o tempo e os reinos (e os reis) passavam na terra. No fim desse tempo quis retornar a Erin; Niamh lhe confia a montaria mágica que ela mesma usava, recomendando-lhe que não pusesse o pé no solo. Ossian, entretanto, desce da montaria e pisa em terra firme, e quando se dá por si já era um velho fraco e cego.
Rhiannon –Rhiannon é uma deusa britânica, ligada ao mundo dos mortos (outro mundo) e possuidora de famosos três pássaros.
Há uma longa história presente no Mabinogion envolvendo seu casamento com o herói gales Pwyll, monarca de Dyfed bem como uma maldição para que esta se tornasse estéril engravidando através de mágica e uma grande busca por seu filho após ao nascimento. Além das crianças e o mundo dos mortos ela também tem sua imagem associada a cavalos.
Dizia-se que os pássaros de Rhiannon com seu canto podiam despertar os mortos para a vida e adormecer os vivos em sono de morte.Por sorte eles não eram muito de sair cantando por ai.
Uma tríade galesa até mesmo dizia que ” Há três coisas que não são muito ouvidas: O canto dos pássaros de Rhiannon, sabedoria da boca de um saxão e um convite a banquete da boca de um avarento.”
Fonte: www.tocadobardo.kit.net
História dos Celtas
Os celtas eram um povo dinâmico originado na Europa Central e que se desenvolveu durante a Idade do Ferro. Seu nome deriva do grego “keltoi” e são referidos pelos gregos como “bárbaros de além das montanhas”. Eles eram distintos dos seus predecessores arqueológicos, referidos como as culturas de Urnfield, por causa do seu uso do ferro, sua arte, o papel do cavalo em suas vidas e a estrutura social da sua sociedade.
Os primeiros celtas de fato apareceram no período arqueológico chamado Hallstatt (700.B.C.E).
Foi a expansão do Império Romano que pressionou aas principais terras européias e britânicas celtas, que foram finalmente dizimados por uma combinação de completa destruição e assimilação da cultura romana.
Os celtas irlandeses nunca entraram em confronto direto com os romanos e bem mantiveram sua identidade céltica até o quinto século depois de Cristo, quando o Cristianismo se espalhou pela Irlanda. Apesar de muito da identidade celta ter restado e ainda resta após a cristianização da Irlanda, ela foi drasticamente alterada pela exposição e aceitação da fé cristã.
Sociedade Celta
A menor unidade era o FINE, um extensivo e fechado grupo familiar. Assim como em algumas outras culturas não-ocidentais, o bem-estar do fine é que era importante, e não o bem-estar individual. Legalmente, o indivíduo nem existia, exceto como um membro do grupo e responsável pela sua parte da propriedade do fine e por suas obrigações como a proteção, o crescimento e bem-estar geral do dele.
O TUATH, grupo o qual pode ser entendido como uma tribo ou clã, podia ser feito de um ou vários fine e era lideradodo pelo RI, o rei. Dentro do Tuath, a sociedade era dividida em três classes: a Nobreza, composta por donos de terras e gueirreiros; os Aes Dana, homens de arte e estudo, artesãos e que incluía os druidas; e finalmente os Homens do Povo ou “Churls” (“rústicos”), que não possuíam terra, mas eram livres e não escravos (a escravidão foi praticada eventualmente pelos celtas, mas seus escravos eram prisioneiros de guerra e outros povos subjugados). O tuath era governado pelo ri, mas o ri não representava o maior poder de decisão ou legislador. Seu papel era, genericamente falando, fazer negociações fora do tuath e ser o líder de guerra. Ele era eleito e sua autoridade mantida por um conselho de nobres e assembléias de homens livres, que seria aleita anualmente, normalmente e conjunção com festivais religiosos. Tratados com outros tuaths seriam declarados e discutidos nessas assembléias e seria atribuição dos nobres fiscalizar se cada trato feito foi aderido.
Deuses e Deusas dos Celtas
Os celtas tinham numerosos deuses e deusas. Cada tuath tinha os seus próprios e alguns dos deuses e deusas eram reconhecidos por muitos grupos tribais por derivações do mesmo nome e como sendo os mesmos pelas suas esferas de influência, mesmo se eles tinham nomes diferentes em diferentes áreas. Muitos dos deuses e deusas menores eram de uma localização específica, tendo domínio sobre uma certa fonte, clareira, bosque ou monte.
A deusas na fé celta geralmente existiam em tríades, grupos de três, e frequentemente suas influências estavam ligadas a áreas geográficas específicas. A Mãe Terra, a deusa da guerra e o Corvo (três das mais populares Deusas dos antigos celtas) às vezes eram vistas como parte de uma tríade e às vezes não. Ela era a consorte do Divino Pai ou deus tribal e relacionada com a fertilidade da terra, colheita e rebanhos, assim como do povo. Ela também defenderia o tuath quando ameaçado com magia em vez de armas físicas.
É importante notar que quando falamos sobre deusas dos antigos celtas, elas não eram consideradas na moderna interpretação da tríade: a Donzela, a Mãe e a Anciã. Suas deusas podiam ter apenas uma ou todas essas três “faces”, mas não eram limitadas por elas. Por exemplo, Epona era às vezes representada no seu aspecto de “Donzela” (a consorte do Deus), às vezes como a “Anciã” (a Deusa dos Submundos), mas mais frequentemente era vista como “mãe”, uma deusa de fertilidade que protegia suas crianças. Portanto, nas tríades do celtas antigos, as deusas não representavam apenas um aspecto dessas “faces”, na realidade eram uma mistura de todas as três sem uma ordem determinada.
Bibliografia
Chadwick, Nora, The Celts, Penguin Books, 1971.
Cunliffe, Barry, The Celtic World, McGraw Hill, 1979.
Dillon, Myles, Early Irish Society, Mercier Press, 1969.
Filip, Jan, Celtic Civilization and Its Heritage, Prague, 1962.
Ford, Patrick K., trans., The Mabinogi and Other Medieval Welsh Tales, University of California Press: Berkeley, CA, USA, 1977.
Herm, Gerhard, The Celts, St. Martins Press, 1975. Kinsella, Thomas, trans., The Tain, Oxford University Press: Oxford, England, 1969.
MacCona, Proinsias, Celtic Mythology, Hamlyn Press, 1970.
MacCulloch, J. A., The Religion of the Ancient Celts, T. and T. Clark : Edinburgh, Scotland 1911.
Norton-Taylor, Duncan, The Celts, Time-Life Books, 1974.
Powell, T. G. E., The Celts, Thames and Hudson, 1979, repr., New York,NY, USA, 1989.
Ross, Anne, Everyday Life of the Pagan Celts, B. T. Batsford, London, 1970.
Ross, Anne, Pagan Celtic Britian, Routledge and Kegan Paul, London, 1967.
Roy, James, The Road Wet, The Wind Close: Celtic Ireland, Gill and MacMillan, 1986.
Sharkey, John, Celtic Mysteries: The Ancient Religion. Crossroad: New York, NY, USA, 1975.
Syracuse University Press, Scandinavian and Celtic Religions, Syracuse University Press: Syracuse, NY, USA, 1988.
Fonte:www.celtic-cauldron.com
História dos Celtas
História
Antes do amanhecer da história, os Celtas subjugaram o povo Germano e estabeleceram-se na Europa Central.
Os Celtas eram um povo guerreiro, rico em conhecimentos de arte da vida civilizada. Eles tinham um sentido único de unidade política e um único rei.
Descobertas datadas de 900 A.C. mostram que foram mineiros e agricultores, com a utilização de ferramentas em ferro. Eles invadiram a Itália duas vezes, no ano 7 A.C. e 4 A.C., e atormentaram Roma no ano 300 A.C. A grande onda Celta, moveu-se para oeste para o Reno, e penetrou na Inglaterra, Escócia, e Irlanda. O Fim do poder continental celta começou, quando os alemães oprimidos se levantaram contra eles em 3 A.C.
Uma colónia fugitiva de Celtas da Ásia Menor, estabeleceu-se num território chamado Galatia (Gaels). Em 4 A.C., um escritor romano chamou-lhe Irlanda, “Insula Sacra”, indicando que os primeiros pagãos tinham a ilha como santa. César referiu-se á Irlanda como Hibernia. No tempo de César, os Celtas(Gauleses) dominavam a França e usavam a escrita Grega na maioria dos seus negócios.
De acordo com uma lenda, o primeiro povo que chegou á Irlanda era oriundo da Macedónia liderada por um chefe chamado Parthalon. Depois de três séculos, a nação inteira foi atingida e dizimada por uma praga.
Os habitantes seguintes vieram da Grécia e descendiam de Nemedius, o décimo primeiro descendente de Noé. Por causa de querelas e desunião os Nemedianos foram reduzidos ao nível de servos pelos pirats Fomorianos. Os Nemedianos retornaram para a Grécia, onde eles se estabeleceram para trabalhar como escravos a terra e criar quintas. Eles ficaram conhecidos com Fir Bholg, os homens da “mala de pele”. Depois de 200 anos de escravatura grega, eles escaparam em barcos capturados aos seus mestres, reconquistando a Irlanda e viveram em paz por uma gração ou duas antes de Tuatha De Danann chegou e forçou os Firbolgs. Quando De Danann chegou pela primeira vez á Irlanda( depois de viver por um tempo na Escandinávia), Lug foi para Eochaid, o rei Firbolg em Tara, onde estabeleceu uma base. Depois de muita negociação, o rei tornou-se professor chefe das artes e ciências. Na famosa batalha no Sudoeste de Moytura(na fronteira Mayo-Galway), Tuatha De Danann derrotou os Firbolgs. O rei dos Firbolgs foi morto e a mão do rei dos De Danann, Nuada, foi severa para com os Fir Bolg .
Os Tuatha De Danann não gostavam dos Firbolgs, pois consideravam-se mais evoluídos culturalmente e socialmente. Eles trouxeram com eles para a Irlanda um pesado bloco de pedra que tinha sido utilizado como assento para coroação dos reis de Scythia, o seu país de origem. O Liath Fail(Pedra do Destino) serviu na Irlanda por muitos séculos como assento de coroação. Foi depois levado para a Escócia, onde em Scone continuou a servir como assento de coroação dos reis escoceses. Em 1269 a pedra foi capturada pelos ingleses que a levaram para Londres. Está atualmente na Abadia Westminster, e tem servido na coroação dos reis e raínhas da Inglaterra.
Os Firbolg e os Tuatha De Danann, ocuparam a terra antes dos Milesianos a terem invadido, não foram exterminados, mas foram dominados pela aristocracia Milesiana e por soldados com armas de ferro superiores. Os Milesianos trouxeram a língua Gaélica. Todas estas três raças de tribos diferentes da grande família celta, separadas durante séculos juntaram-se formando a tribo dos Gaélicos.
Subsequentemente, os Gaedhal(Gaélicos) vindos de Scytia(vasta e não indentificada área no Sudoeste da Europa e parte da Ásia) para a Irlanda através do Egipto, Creta, e Espanha. São conhecidos como Gaedhal porque os seu ancetral foi Gaodhal Glas; a criança que Moisés curou de uma picada de serpente e que prometeu que nenhuma serpente invadiria a ilha que os seus descendentes iriam habitar. Niul, o neto de Gaodhal foi convidado para ir para o Egipto como instrutor dos Faraós. Ele casou com uma filha do Faraó, Scota. Niul e o seu povo cresceu e tornou-se rico e poderoso. Resentidos da injustiça do último Faraó, saíram do Egipto. Eles viajaram para Espanha onde ouviram falar da Irlanda, talvez em conversas com os comerciantes Fenícios. Eles acreditavam que era a Ilha do Destino de que falava Moisés. O seu líder era Mile, e a sua esposa era também uma filha do Faraó chamada Scota. A raça irlandesa é popularmente conhecida como raça Milesiana, descendente de Mile de Espanha. Os reis da Irlanda em 1000 A.C. também descendiam do Rei Mile que tinha voltado a sua atenção para a Irlanda como estava previsto numa profecia Druida.
O tio de Mile, Ith, foi enviado para a Irlanda para investigar. Os Tuatha De Danann, suspeitando dos propósitos da sua missão, assassinaram Ith. Mile juntou um exército para se vingar, mas morreu em Espanha. Os seus oito filhos e esposa, Scota, partiram numa viagem para a Ilha do Destino com a família e seguidores.
Quando tentaram desembarcar na Irlanda, cinco dos seus filhos e muitos dos seus seguidores perderam-se numa grande tempestade. Os três netos de Lug estavam reinando quando os Milesianos chegaram( o heroi De Danann, Lug, era filho de Manannan mac Lir, , o deus do mar e rei da Ilha de Man).
Três rainhas De Danann: Banbha, Folda e Erie governaram em rotação. Erie estava no trono quando os Milesianos chegaram. Heber (e os seus seguidores) chegaram a Inver Sceni(Bantry Bay) e derrotou o exército De Danann, mas perdeu a sua mãe (raínha Scota) na batalha. Heremon (e os seus seguidores) desembarcaram em Inver Culpa(Boca de Boyne). Heber e Heremon juntaram forças em Meath e partiram para enfrentar os De Danann numa batalha em Taillte.
Os três reis e raínhas dos De Danann foram mortos. Os sobreviventes De Danann, esconderam-se em nas cavernas em montes remotos.
Heremon reinou por 14 anos com os seus irmãos: Heber, e Ir. Heremon ficou com a parte norte da ilha, Heber com o sul e Ir com canto oeste.. Eles chamaram á terra Scota o nome da sua mãe. Scota foi um dos primeiros nomes da Irlanda os seus habitantes eram chamados de Scotti ou Scots. O nome Irlanda deve-se ao fato de o rei irlandês Colla quando foi exilado para as ilhas escoceses, deixando Ir-Land (terra de Ir) ao filho mais novo de Mile.
Os Milesianos dividiram a irlanda em 5 provincias e estabeleceram um rei cada provincia.
Os Celtas na Península Ibérica
Os Celtas não eram uma raça restrita e concreta, nem sequer um povo unificado, mas sim umas tribos homogéneas pelo parentesco e por um habitat e costumes comuns, que povoavam o centro da Europa constituindo uma éspecie de agrupamento de sociedades.
A primeira vaga celta passou os Pirinéus por volta de 900 a.c.. Uns grupos procedentes do vale do Ródano, ocuparam as planícies de Urgel, e extenderam-se desde o Ebro oriental até á Catalunha.
Durante dois séculos, os Celtas não pertubaram a vida das povoções do norte da Ibéria; mas a partir de 700 a.c. uns e outros vão encher a nossa Idade do Ferro com episódios conhecidos de amplas repercusões. Entre este período e o ano de 570 a.c. dão-se três grandes vagas e uma infinidade de vagas intermédias.
Por volta do ano 600 a.c. uma destas vagas celtas chegou ao noroeste da península e assentam nas zonas da Galiza, Astúrias, Léon, Zamora,etc…
Esta invasão, apesar da sua força, não fez com que se criassem cidades celtas com um certo relevo, mas misturaram-se com as povoações locais criando uma cultura com cariz ibérica e celta:Os Celtaíberos.
Este feito, e as circuntâncias que o rodearam, vão condicionar o destino dos futuros espanhois e portugueses, pois alterou profundamente a sua vida, costumes e composição étnica:por exemplo na Galiza, Portugal e Extremadura os celtas conservam-se quase puros; é o caso dos Célticos(Extremadura),Galegos(Galiza e Norte de Portugal e Zamora),Verones(La Rioja e Burgos) ou os Bascos(Navarra e Euskadi). Em outras zonas existem povos com mais ou menos sangue celta, produto da mistura dos indígenas com os celtas ficando classificados como Celtaíberos.
O carácter destes povoados tem grandes diferenças entre os habitantes do sul e do leste(mais cultos, artistas e pacíficos) e os da Meseta e do noroeste(rudes e guerreiros).
ECONOMIA
A economia castrense tinha uma base agrícola e ganadeira, ainda que praticassem também a caça e atividades pesqueiras(como o marisco). A agricultura era cerealista(milho e trigo), com plantas leguminosas(favas). para esta prática utilizavam sachas e ancinhos. Para além do gado doméstico(ovelhas,cabras, porcos e cavalos), nos castros costeiros também os moluscos e crustáceos(vieiras, ostras, lapas, percebes,…) e a pesca maritima. A sua indústria mineira foi conhecida e falada por autores gregos e romanos. Destaca-se a exploração do estanho, ferro e chumbo e, sobre todo estes os metais preciosos, como o ouro. Os castrenses desenvolveram uma importante metalurgia e de ouríves.
ARMAS
Como os povos guerreiros, os habitantes dos castros conheciam diferentes tipos de armas, lanças, espadas e machados, escudos, capacetes, couraças.
RELIGIÃO
O seu panteão tinha quase cem divindades. Destacavam o deus da guerra, o deus da montanha, também havia outras divindades menores vinculadas aos caminhos e encruzilhadas, espíritos de fontes e rios,frutos, plantas ou animais…
COSTUMES E VESTIMENTA
Tanto homens como as mulheres prendiam os seus cabelos com grossos alfinetes, penteavam-se com joias de ouro ou prata ricamente elaboradas. Aqueles que não podiam aceder a este tipo de joias, recorriam a produtos de bronze, com incrustações de metais preciosos.
A vestimenta consistia numa saia larga, e numa camiseta em lã ou linho, ás vezes adornadas com motivos geométricos. Esta vestimenta era coberta por uma capa negra de lã para protecção do frio e da chuva.
Prendiam as sua vestimentas com cinturões de coiro com apliques metálicos.
Castros galaico-portugueses
Este grupo compreende as províncias galegas, parte de Astúrias e a zona de Portugal e Zamora situada ao norte do Douro. Ali desenvolveu-se uma cultura de aspecto celta com características especiais, por causa dos seus recintos fortificados e as edificações circulares. Formavam pequenos povoados sem ruas e sem ordenamento urbano algum, situados em lugares altos e nas margens dos rios. Ás vezes os castros estavam rodeados de várias muralhas paralelas e as casas passaram a ser de planta redonda ou oval.
Estes castros abundam extraordináriamente e são parecidos uns aos outros. Não se acham neles manifestações artísticas própriamente, armas e joias são de uma grande riqueza e a sua ornamentação também se destacam os motivos geométricos. Para uma maior compreensão deste povo e as e das suas edificações, pode-se recorrer a uma definição de castro oferecida pela enciclopédia universal Espasa.
Segundo esta fonte o castro é uma fortificação ou recinto fortificado, situado sempre em um pequeno monte o terreno alto e que se encontra com frequência no norte de Espanha:em Salamanca, Zamora, Leon, Astúrias e especialmente na Galiza. As opiniões dos arqueólogos tem estado divididas em relação quanto á origem e destino destas construções. O estudo apurado destas edificações a julgar pelos objetos achados nas escavações, deduz-se que foram templos funerários nem construções puramente militares. Conforme várias opiniões tratavam-se de burgos, ou seja agrupamentos de vivendas com caraterísticas defensivas em consonância com a importância do lugar e a topografia do terreno. Nem todos são da mesma época, alguns são Pré-romanos, outros romanos e outros posteriores. Na sua situação e distribuição observa-se uma estratégia definida, e a distância a que se encontravam uns dos outros leva a creer que comunicavam entre eles por sinais.
A fortificação dos castros de forma elíptica, era constiyído de um fosso e uma muralha. No seu interior havia vivendas, erguidas ou sovacadas, de planta curva com paredes de pedra. Povoadores muito posteriores aproveitaram as edificações dos castros para construir refúgios e currais.
Estas contruções eram edificadas em colinas e escarpas. Em alguns casos reconhecem-se os caminhos que a elas conduziam. Presume-se que formavam uma rede defensiva.
Fonte: palma1.no.sapo.pt
História dos Celtas
Aquele povo nórdico mantinha uma vida simples se comparada com a do mundo civilizado atual, e primava pela utilização das forças telúricas em todos as suas atividades, expressas basicamente através de ritos propiciatórios. Consideravam a natureza como a expressão máxima da Deusa Mãe. A divindade máxima era feminina, a Deusa Mãe, cuja manifestação era a natureza, por isso a sociedade celta embora não fosse matriarcal mesmo assim a mulher era soberana no domínio das forças da natureza.
Na realidade a corrente migratória atlante direcionada para a Europa Ocidental não primou pelo desenvolvimento tecnológico, ela não deu prosseguimento, por exemplo, à utilização ao desenvolvimento da ciência dos cristais como fonte de energia. Preferiram a utilização da energia inerente aos canais das forças telúricas mais simples (nesta palestra queremos dizer que nossa descrição teve mais como base a terminologia chinesa, mas vale agora dizer que tudo o que a geomância atual diz já era sobejamente conhecida dos Celtas que, por sua vez herdaram tais conhecimentos dos seus ancestrais remotos, os Atlantes que tinham grande domínio sobre tais conhecimentos), e mesmo assim de uma maneira não tecnológica.
Os celtas entendiam que a terra comporta-se como um autêntico ser vivo, que nela a energia flui tal como nos meridianos de acupuntura de uma pessoa. Eles sabiam bem como se utilizarem de meios de controlar essa energia em beneficio da vida, das colheitas e da saúde.
O grande desenvolvimento dos celtas foi no campo do como manipular a energia sem o envolvimento de tecnologia alguma, somente através da mente. Enquanto outros descendentes da Atlântida usaram instrumentos os migraram para o oeste europeu, dos quais bem tardiamente surgiu como civilização celta, usaram apenas pedras, na maioria das vezes sobe a forma de dolmens de menhires. Geralmente pedras eram usadas como meios para o desvio e canalização de energia.
As construções megalíticas eram drenadores, condensadores e drenadores de energia telúrica, com elas os descendentes da Atlântida criavam “shunts” nos canais de força telúrica, desviando-a para múltiplos fins.
Os Celtas chegaram a ter pleno conhecimento de que as forças telúricas podiam ser controladas pela mente, que a energia mental interagia com outros campos de forças, e que a energia mental podia direcionar aos canais, ou até mesmo gerar canais secundários de força. Sabiam o que era a energia sutil, e que podiam aumentá-la de uma forma significativa mediante certos rituais praticados em lugares especiais. Para isto escolhiam e preparavam adequadamente os locais ideais para suas cerimoniais religiosas.
A realização dos festivais celtas não se prendia somente à localização, também tinham muito a ver com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as forças telúricas.
Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e refrações ao tocar coisas materiais, tal como ensina atualmente o Feng Shui, por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos. Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não ser impedida ou desviada pelas vestimentas.
Também tinham conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la inutilmente e até mesmo da importância de tratá-la. Tal como um acupunturista trata uma pessoa quando o fluxo de energia não esta se processando de uma forma adequada, da mesma forma eles procediam com relação à “Mãe Terra”.
Estabeleciam uma interação entre a energia a nível pessoal com a energia a nível planetário e também a nível sideral.
É todo esse conhecimento que está sendo liberado progressivamente. Agora que o homem moderno está começando a compreender que a terra foi dilapidada, atingida em sua integridade precisa urgentemente ser tratada vêm ressurgindo conhecimentos antigos, espíritos aptos estarão encarnando na terra para desenvolverem métodos precisos visando à correção dos males provocados. Assim é que estamos vendo o desenvolvimento da Radiestesia, da Rabdomância, do Feng Shui e de outras formas de atividades ligadas às energias que fluem na terra. Os princípios preconizados pela Permacultura serão aceitos progressivamente e a humanidade passo a passo irá se integrando a um sistema de vida holístico.
Na realidade não se pode falar de religião céltica sem se falar da religião druídica, por isto a partir da próxima palestra entraremos sobre que e quem eram os Druidas, assim como exerciam suas cerimônias religiosas.
Os cerimoniais célticos tinham um conteúdo “mágico” bem mais intenso que os druídicos pois neles havia uma comunhão muito grande entre o homem e a natureza. Esse lado mágico e mais ainda o exercido de alguns rituais com os participantes despidos foi motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez.
O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa. Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza. Mas, bastaria isto para o catolicismo não aceitar a religião celta, pois como aquela religião descendente do tronco Judaico colocava a mulher como algo inferior, responsabilizando-a pela queda do homem, pela perda do paraíso. Na realidade o lado esotérico da religião hebraica baniu o elemento feminino já desde a própria Trindade. Como já dissemos em outros temas, todas as Trindades das religiões antigas continham um lado feminino, somente não a hebraica.
A Igreja Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza.
Mesmo que o Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal, existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado “O Evangelho da Mulher”. Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação feminina era bem intensa. Entre os principais livros do Gnosticismo dos primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas não foram apenas pessoas do sexo masculino.
Na realidade Jesus apareceu primeiro às mulheres, e segundo o que está escrito nos documentos sobre o Cristianismo dos primeiros séculos, via de regra, por cerca de 11 anos depois da crucificação Jesus continuou a ensinar e geralmente fazia isto através da inspiração, algo como mediunidade, e isto acontecia bem mais frequentemente através das mulheres.
Sabe-se que o papel de subalternidade do lado feminino dentro do Cristianismo foi oficializado a partir do I Concilio de Nicéia no ano 325. Aquele concílio, entre outras intenções visou o banimento da mulher dos atos litúrgicos da igreja. Ela só podia participar numa condição de subserviência. O catolicismo que nasceu da ala ortodoxa do Cristianismo primitivo que continha em seu bojo a influência judaica no que diz respeito à marginalização da mulher no exercício das atividades sacerdotais.
Por isto, e por outras coisas, as autoridades católicas não podiam tolerar o celtismo, cuja religião era mais exercida pelas mulheres. Existam as sacerdotisas que exerciam um papel mais relevante que a dos sacerdotes e magos. Naturalmente os celtas eram muito apegados à fertilidade, ao crescimento da família e ao aumento da produção dos animais domésticos e dos campos de produção e isto estava ligado diretamente ao lado feminino da natureza. Também a mulher é mais sensitiva do que o homem no que diz respeito às manifestações do sobrenatural, do lado mágico da vida, portanto é obvio que elas canalizassem mais facilmente a energia nos cerimoniais, que fossem melhores intermediárias nas cerimônias mágicas. Assim é que o elemento básico da Wicca não tinha como base primordial o homem e sim na mulher, cabendo àquele a primazia nos assuntos não religiosos.
Fonte: users.hotlink.com.br
História dos Celtas
A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade a reverenciava. As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.
A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a veneração que os Celtas tinham pelas árvores.
Como uma representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra. E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.
A Cultura Hallstatt foi a primeira das várias culturas existentes na Idade do Bronze. As regiões ocidentais desta cultura entre a França e a Alemanha do Este, já falavam a língua Celta. Por volta do ano 600 a.C., o grafólogo Grego Herodotus escreve sobre os Celtas colocando-os para além dos Pilares de Hércules (isto é, Espanha) e acima do Danúbio. O nome “Celta” surgiu da tribo dominante dos Halstatt, e tornou-se um conceito unificador para toda a cultura.
Segundo historiadores, a terra de origem dos Celtas era uma região da Áustria, perto do sul da Alemanha. Dali, os Celtas expandiram-se pela maior parte da Europa Continental e Britania. Na sua expansão os Celtas abrangeram áreas que vão desde a Espanha à Turquia.
Tomando posse de quase toda a Europa, os Celtas dividiram esse continente em três partes:a Central (teuts-land, q.s. terra de teut), a Ocidental (hôl-lan ou ghôl-lan, q.s. terra baixa) e a Oriental (pôl-land, q.s. terra alta); tudo o que estava a Norte dessas regiões denominavam de dâhn-mark (q.s. o limite das almas), que ía do Rio Don às Colunas de Hércules; aquele Don que os antigos franceses chamavam de Tanais e que era baliza para a ross-land (q.s. terra do cavalo = rússia).
Ainda em relação a este assunto, que obviamente liga os povos célticos, está a palavra ask, de onde a denominação geral asktan dada a vários povos (os mais interessados no assunto devem procurar a velha Gramática da Língua D’Oc); ora, entendia-se por Trasks os Asks orientais, por Tosks os Asks meridionais e por Vasks os Asks ocidentais – daí, toscanos, estruscos, vascos…
OsCeltasdominaram a Europa Central e Ocidental por milhares de anos.
Mas só mais recentemente os Celtas influenciaram a Europa no seu desenvolvimento, a nível cultural, linguístico e artístico.
Os Celtas com grupo e raça, há muito que desapareceram, exceto na Irlanda e nas Terras Altas da Escócia.
Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, as culturas druídica e celta foram alvos de severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito delas embora que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas e celtas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.
A bravura dos Celtas em batalha é lendária. Eles desprezavam com frequência as armaduras de batalha, indo para o combate de corpo nu. Os homens e as mulheres na sociedade Celta eram iguais; a igualdade de cargos e desempenhos eram considerados iguais em termos de sexos. As mulheres tinham uma condição social igual á dos homens sendo muitas vezes excelentes guerreiras, mercadoras e governantes.
Os Celtas transmitiram a sua cultura oralmente, nunca escrevendo a sua história ou os seus fatos. Isto explica a extrema falta de conhecimento quanto aos seus contatos com as civilizações clássicas de Grécia e Roma.
Os Celtas eram na generalidade bem instruídos, particularmente no que diz respeito á religião, filosofia, geografia e astronomia.
Relativamente ao nome BRASIL…Este não se encontra nas línguas nativas, mas há vestígios da passagem dos fenícios pelas costas equatoriais e, também, pelas do Brasil. Na antiga Língua céltica “braazi” queria dizer “terra grande” segundo escritos do estudioso Sérgio Trombelli…
Por outro lado, sabemos que uma Insulla Brazil já existia em antigos mapas bem antes da viagem cabralina – mapas como os de Bartolomeu de Pareto (1455) e de Pero Vaz de Bisagudo (segundo Carta enviada pelo Mestre João a el-rei D. Manuel logo após o “descobrimento” oficial a tal Insulla Brazil…
É possível que, em breve, os modernos instrumentos da Arqueologia possam, também, trazer até nós outros vestígios.
E que influência tiveram os Celtas na Literatura européia que tanta força emprestou ao pré-Cristianismo? As literaturas no gaélico, no galês ou no bretão, exerceram influência através da Poesia Pastorial e dos Romances de Cavalaria (a saga do Rei Arthur e a busca do Santo Graal), das Ciências Herméticas ou Ocultas, da Adivinhação e da Cultura Rúnica, até a formação ideológica das elites em Ordens de Cavalaria e Confrarias (do tipo Rosacruzes e Maçonaria).
Chamo a atenção para o fato de vários estudiosos que põem o kardecismo (de Kardec, antigo poeta esotérico celta) como um sistema filosófico-espiritual do eixo telúrico-cósmico desenvolvido na essência mística dos Celtas; aliás, Kardec (Allan Kardec) é pseudônimo do estudioso francês Léon Rivail (1804-1869) que continuou a doutrina céltica no que à transmigração das almas e dos Espíritos diz respeito.
E, antes dele, já os essênios, os nazarenos e outras seitas judeo-palestinas o haviam feito.
Importante ainda é o fato de se poder ligar o desenvolvimento da Música e da Poesia aos cultos da Voluspa:mesmo rudimentar, o Oráculo passou a ser lido/interpretado em voz ritmada e em versos rimados. Foi grande a importância dessa Civilização antiga na formação do ser-português, na Língua Lusa que a saga marítima de 1500 levou ao mundo, legou a africanos e criou o tupi-afro-brasileiro, mesmo que à custa da destruição dos nativos pelo catecismo jesuítico e pelos ferozes salteos e bandeiras…
Os povos Celtas, em cinco grupos, entraram na velha província romana, chamada Lusitânia, pelo Algarve (os cinetes), entre os rios Sado e Tejo (os sempsos), entre a Estremadura e o Cabo Carvoeiro (os sepes), pelo centro (os pernix lucis) e pelo norte (os draganes). Sim, nem a Roma imperial conseguiu vencê-los na Grã-Bretanha. Foi grande a contribuição dos povos Celtas para a Cultura Portuguesa.
Inglaterra, Escócia e Irlanda
O nome Bretanha deriva do Céltico. O autor Grego Pytheas chamava-lhes as Ilhas Pretanic o que tem origem no nome que os habitantes da ilha tinham e se chamavam a eles próprios, Pritani. Isto e muito mais, foi mal traduzido para o latim o que deu Brittania ou Britanni.
Os Celtas migraram para a Irlanda vindos da Europa, conquistando assim, os seus habitantes originais.
A Origem Celta ao que se consegue datar até o ano de 1200 AEC situa-se na Europa Central, embora parte da mais numerosa vaga de invasão indo-européia.
Durante os 600 anos seguintes, os celtas chegaram a Portugal, Espanha, França, Suíça, Grã-Bretanha e Irlanda, e também tão longe como a Grécia e a Galácia.
No continente foram vencidos pelos Romanos, continuando, portanto a manter traços fundamentais da sua cultura, mas nas Ilhas Britânicas a invasão romana parou na Muralha de Adriano, mantendo os Celtas, em especial na Irlanda, toda a sua autonomia e herança cultural. Pois, é na Irlanda e no País de Gales que ainda hoje podemos ir em busca do pensamento e da antiga religião de nossos antepassados Celtas e Druidas.
Muitas das informações que até hoje obtivemos vem de escritores romanos como Estrabão e César, que apesar de não serem fontes isentas nos transmitem algum conhecimento acerca da sociedade céltica.
Os cerimoniais célticos tinham um conteúdo “sagrado” pois neles havia uma comunhão muito grande entre o homem e a natureza. Esse lado sagrado e mais ainda os exercícios de alguns rituais rústicos com os participantes despidos foram motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez. O catolicismo fez todo o empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos.
Para a Cultura Celta o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de cada um havia uma grande cerimônia:
Imbolc –celebrado em 1 de fevereiro, é associado à deusa Brigit, a Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das crianças;
Beltane –celebrada em 1 de maio. (também chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa “brilho do fogo”. Esta cerimônia, muito bonita, é marcada por milhares de fogueiras;
Lughnasadh –(também conhecido como Lammas), dedicado ao Deus lugh, celebrado em 1 de agosto;
Samhain –a mais importante das cerimônias, celebrada em 1 de novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao Hallowen.
Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações.
Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas que com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse. Toda a ação era livre, mas traria sempre uma consequência, boa ou má, segundo as obras praticadas.
Mesmo sendo livre, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.
A Igreja Católica acusava os Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais diferentes.
O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa. Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza e quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito bem recebidos, segundo pesquisadores, a tradição céltica relata que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (Taça usada por Jesus na Última Ceia).
A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida atualmente como lei do carma.
Não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias, reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.
Enquanto em algumas cerimônias célticas os participantes a faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força. Por não usarem roupas em algumas cerimônias e por desenvolverem rituais ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos, quando na realidade tratava-se de rituais sagrados à Deusa Mãe.
Mas, bastaria isto para o catolicismo não aceitar a religião celta, pois como aquela religião descendente do tronco Judaico colocava a mulher como algo inferior, responsabilizando-a pela queda do homem, pela perda do paraíso. Na realidade o lado esotérico da religião hebraica baniu o elemento feminino já desde a própria Trindade. Todas as Trindades das religiões antigas continham um lado feminino, somente não a hebraica.
A Igreja Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza, tanto que para Igreja Católica, seu Deus é uma figura masculina.
Mesmo que o Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal, existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado “O Evangelho da Mulher”. Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação feminina era bem intensa. Entre os principais livros do Gnosticismo dos primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas não foram apenas pessoas do sexo masculino.
Na realidade Jesus apareceu primeiro às mulheres, e segundo o que está escrito nos documentos sobre o Cristianismo dos primeiros séculos, via de regra, por cerca de 11 anos depois da crucificação Jesus continuou a ensinar e geralmente fazia isto através da inspiração, algo como mediunidade, e isto acontecia bem mais frequentemente através das mulheres.
Sabe-se que o papel de subalternidade do lado feminino dentro do Cristianismo foi oficializado a partir do I Concilio de Nicéia no ano 325. Aquele concílio, entre outras intenções visou o banimento da mulher dos atos litúrgicos da igreja. Ela só podia participar numa condição de subserviência. O catolicismo que nasceu da ala ortodoxa do Cristianismo primitivo que continha em seu bojo à influência judaica no que diz respeito à marginalização da mulher no exercício das atividades sacerdotais. Daí a perseguição cultural à figura da Mulher tornada maldita pelo Homem (movimento do qual veio a surgir um novo povo: os Fenícios).
Por isto, e por outros motivos católicos, as autoridades católicas não podiam tolerar o celtismo, cuja religião era mais exercida pelas mulheres.
Existiam as sacerdotisas que exerciam um papel mais relevante que a dos sacerdotes e magos. Naturalmente os celtas eram muito apegados à fertilidade, ao crescimento da família e ao aumento da produção dos animais domésticos e dos campos de produção e isto estava ligado diretamente ao lado feminino da natureza.
Também a mulher é mais sensitiva do que o homem no que diz respeito às manifestações do sobrenatural, do lado sagrado da vida, portanto é obvio que elas canalizassem mais facilmente a energia nos cerimoniais, que fossem melhores intermediárias nas cerimônias sagradas.
Assim é que o elemento básico da Wicca não tinha como base primordial o homem e sim na mulher, cabendo àquele a primazia nos assuntos não religiosos.
Eis-nos retornando à essência feminina… Como surgiu a Voluspa? Sabemos que foi através da Mulher que os povos Celtas se organizaram. Algumas mulheres, sentindo em si-mesmas o Espírito dos seus Ancestrais e dos Deuses divulgaram essa Mensagem tornando-se Voluspas.
Leitora do Oráculo e seu eco místico, a Mulher tornou-se legisladora e, com isso, poderosa:a voz da Voluspa era a voz Divina que vinha do ventre da Terra e ecoava por todo o sistema cósmico.
Verifica-se que a Cultura céltica adotou, no seu sistema esotérico-religioso, a via matriarcal.
Isso passou, aos poucos, para a vida social.
O que ainda é, hoje, visível em determinadas regiões onde esse sistema foi implantado antes do Segundo Milênio AC, como no centro e norte de Portugal (onde se formaram os celtiberos), no norte da Espanha, na Gália, nas Ilhas Britânicas (particularmente na Irlanda e na Ilha de Man), no Alto Danúbio (Boêmia e Baviera), i.e., o patriarcado ficou responsável pelos assuntos da Guerra enquanto o matriarcado pelos assuntos do Espírito, do Social e do Legislativo, que o mesmo é dizer:da Cultura.
Forte, o Oráculo da Voluspa era Lei geral. Enfim, a Mulher tornava-se Ser Humano gerando Civilização…
E até formou uma fantástica corte guerreira, na Ásia, em meio à outra dissidência:um povo de mulheres que decidiu caminhar com suas próprias leis – as Amazonas. Na concepção d’olivetiana, a palavra compõe-se do radical mâs, conservado ainda no latim puro e reconhecível no francês antigo masle, no italiano maschio e no irlandês moth; esse radical, unido à negativa ohne forma a palavra mâs-ohne à qual se ligou o artigo fenício ha; a palavra ha-mâs-ohne significa as-que-não-têm-macho.
Ora, nesta estrutura encontramos a origem céltica e a moradia asiática. Até meados de 1997 falar d’as amazonas era falar, quase sempre, de uma lenda, apesar da extraordinária contribuição dos estudos d’olivetianos sobre esse povo. Em 1997 foram descobertas as tumbas, no Caucaso, onde muitas dessas guerreiras foram enterradas…A pesquisa arqueológica – neste caso como no caso d’os manuscritos do mar morto – é a principal arma da História contra a estupidificante estória oficial…! Foi feita homenagem a D’Olivet.
Osceltasentendiam que a terra comporta-se como um autêntico ser vivo, que nela a energia flui tal como nos meridianos de acupuntura de uma pessoa. Eles sabiam bem como se utilizarem meios de controlar essa energia em beneficio da vida, das colheitas e da saúde.
O grande desenvolvimento dos celtas foi no campo do como manipular a energia sem o envolvimento de tecnologia alguma, somente através da mente. Enquanto outros descendentes da Atlântida usaram instrumentos os migraram para o oeste europeu, dos quais bem tardiamente surgiu como civilização celta, usaram apenas pedras, na maioria das vezes sobe a forma de dolmens de menhires como Stonehenge (veja link).
Geralmente pedras eram usadas como meios para o desvio e canalização de energia. As construções megalíticas eram condensadores e drenadores de energia telúrica, com elas os descendentes da Atlântida criavam “shunts” nos canais de força telúrica, desviando-a para múltiplos fins.
Os Celtas chegaram a ter pleno conhecimento de que as forças telúricas podiam ser controladas pela mente, que a energia mental interagia com outros campos de forças, e que a energia mental podia direcionar aos canais, ou até mesmo gerar canais secundários de força. Sabiam o que era a energia sutil, e que podiam aumentá-la de uma forma significativa mediante certos rituais praticados em lugares especiais. Para isto escolhiam e preparavam adequadamente os locais ideais para suas cerimoniais sagradas.
A realização das cerimônias celtas não se prendia somente ao lugar, também tinham muito a ver com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as forças telúricas.
Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e refrações ao tocar coisas materiais, tal como ensina atualmente o Feng Shui, por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos. Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não ser impedida ou desviada pelas vestimentas.
Também tinham conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la inutilmente e até mesmo da importância de tratá-la. Tal como um acupunturista trata uma pessoa quando o fluxo de energia não esta se processando de uma forma adequada, da mesma forma eles procediam com relação à “Mãe Terra”.
Estabeleciam uma interação entre a energia a nível pessoal com a energia a nível planetário e também a nível sideral.
É todo esse conhecimento que está sendo liberado progressivamente. Agora que o homem moderno está começando a compreender que a terra foi dilapidada, atingida em sua integridade precisa urgentemente ser tratada vêm ressurgindo conhecimentos antigos, espíritos aptos estarão encarnando na terra para desenvolverem métodos precisos visando à correção dos males provocados. Assim é que estamos vendo o desenvolvimento da Radiestesia, da Rabdomância, do Feng Shui e de outras formas de atividades ligadas às energias que fluem na terra. Os princípios preconizados pela Permacultura serão aceitos progressivamente e a humanidade passo a passo irá se integrando a um sistema de vida holístico, segundo José Laércio do Egito.
Na realidade a corrente migratória atlante direcionada para a Europa Ocidental não primou pelo desenvolvimento tecnológico, ela não deu prosseguimento, por exemplo, à utilização ao desenvolvimento da ciência dos cristais como fonte de energia. Preferiram a utilização da energia inerente aos canais das forças telúricas mais simples. A geomância atual já era sobejamente conhecida dos Celtas que, por sua vez herdaram tais conhecimentos dos seus ancestrais remotos, (os Atlantes que tinham grande domínio sobre tais conhecimentos, segundo alguns pesquisadores), e mesmo assim de uma maneira não tecnológica.
Obs: Caso o leitor tenha alguma dúvida ou discordância em relação a este texto, por favor, entre em contato conosco, pois nosso intuito é e sempre será desmistificar em abordagens simples a rica e sagrada Cultura Celta que é de grande magnitude para a compreensão dos Antigos Mistérios e a razão principal da existência hoje do Site Mistérios Antigos.
Na realidade não se pode falar da Cultura Céltica sem se falar da Cultura Druídica, de Ceridwen e Taliesin, das Sacerdotisas da nossa Ilha de Avalon, do nosso Rei Arthur e a busca do Santo Graal…
Fonte:www.misteriosantigos.com
História dos Celtas
Magia, Espiritualidade e Sabedoria
A Cultura Celta se difundiu pela Europa e,na atualidade,é tida como referência no mundo Mágico e Espiritual.
Os povos Celtas estiveram espalhados por quase todo o continente Europeu.Não formaram um império,nem possuíam um governo centralizado.Não tinham um sistema de escrita e,portanto,a precisão cronológica sobre seu surgimento se baseia em escavações e em muitas pesquisas,datando de 1800 a 1500 a.C. ,na Europa Central e Ocidental.Viviam em Tribos e,apesar de não possuírem uma etnia homogênea,a língua e a religião representavam o elo entre eles.Sua cultura é repleta de magia,espiritualidade e culto á natureza.
Para os Celtas,o mundo estava em constante transformação,noção baseada na experiência de observação e de adoração da natureza;o importante é o presente,o momento,a harmonia e a saúde do corpo e do espiríto.
O seu habitat inicial era o sudoeste da Alemanha,Europa Central e Ocidental.Com o dominío da agricultura,tecnologia na cerâmica e no bronze,ao longo dos séculos eles invadiram França,Espanha,Tchecoslováquia,sul da Alemanha,Áustria e Grã-Bretanha.a sua história se estendeu por cerca de dois mil anos(1800 a.C até final do século 1 a.C).A partir de 660 a.C,invadiram a Península Ibérica e,até metade do século 2 a.C,expandiram para a Ucrânia,Grécia,Ásia Menor,Gália e grande parte da Itália.Viviam em tribos independentes o poder era dado ao rei,escolhido pelo grupo,e que cuidava do bem estar da sua comunidade.Quando uma tribo atingia um número determinado de habitantes,ela se dividia.Uma parte para outro lugar a fim de organizar uma nova aldeia,seguindo o sinal que era fornecido pelas aves totêmicas,até chegarem ás novas terras.A língua e a religião servia como um elo entre os membros das diversas tribos,dando-lhes as caracteristicas de “Celtas“.
Os Celtas,apesar de viverem em tribos,tinham o seu rei,o seu druída,suas crenças religiosas ligadas à natureza,à Mãe Terra.Para o celta a mulher era especial,e muito,porque era associada á Mãe Terra.
As mulheres Celtas eram vistas como aspectos vivos da criação,porque vivenciavam todos os meses com o ciclo menstrual,o processo da vida,morte e renascimento,além do poder de gerar vidas.
“Dergfalith”era um dos nomes Celtas dados á menstruação,e significava,”Soberania Vermelha”, O Vermelho representava soberania,poder,vida.A menstruação tinha conotação de sagrado,porque acreditavam que a mulher se tornava ancorada e enraizada nesse período.Outro ponto que pode ilustrar o poder feminino,se refere ao ritual religioso e mágico,”hierós-gámos”(casamento sagrado),no qual uma mulher que tinha o poder mágico representava a “Deusa” e concedia aos reis e heróis grandes poderes.Dentro de uma sociedade Celta,a mulher dominava a religião.Podia ser uma Guerreira e podia escolher o seu parceiro.
Como os Celtas se relacionam com os elementos da natureza,é uma religião Xamânica.Levavam sempre em consideração a “Roda do ano”(estações),os elementos da natureza,os pontos cardeais,o Sol,a Lua e valorizavam a energia de tudo o que os rodeava.A Terra,o Ar,o Fogo, e a Água,são representações e formas diferentes de energia,e a partir desses elementos todas as coisas são formadas (energia elemental,seres do mundo espiritual cuja tarefa é dirigir o poder divino para as formas da natureza.O”ogham”,alfabeto Celta utilizado pelos druídas,é conhecido como o alfabeto da”Árvore”,no qual cada letra representa uma árvore com energia e caracteristicas especifícas.Os “druídas,como os xamãs”,recebiam revelações por sua interação com o Outro Mundo,praticavam a adivinhação e faziam uso do tambor,da dança e do cogumelo amanita em seus rituais.
Ana Elisabeth Cavalcanti da Costa
Fonte: arteoriginaldeanaproque.com
Redes Sociais